8.1.13

Belém vê o peso de sua música em seus 397 anos


Em quase 400 anos, Belém vive intensamente a sua produção musical. Por isso em sua festa de aniversário não poderiam faltar shows para melhor representá-la. Trabalhando cultura, ação e identidade, o Ver-o-Peso da Nossa Música acontecerá nos dias 11 e 12 de janeiro, no Centur. Entrada franca. 

A escolha do nome Ver-o-Peso para o evento também reforça o valor cultural com que o projeto foi construído e incentivado pela Vale, patrocinadora, e MM Produções, realizadora. Além de ser um de nossos maiores patrimônios culturais, é o nosso mais importante cartão postal da cidade. Mais do que um grande mercado à céu aberto, é uma espécie de coração cultural de Belém.  

"Participar do aniversário de Belém é sempre motivo de orgulho para todos nós da Vale. Uma das formas que buscamos parabenizar os 397 anos da cidade é o incentivo à cultura local e a música é um dos pontos forte da cidade, por isso estamos patrocinando o Festival Ver-o-Peso da Nossa Música", Diretor Global de Energia João Coral.

O evento trará nestes dois dias seis atrações que homenagearão a capital paraense. De cunho popular, o evento traz para o palco do Centur, os artistas Lia Sophia, Arraial do Pavulagem, Dona Onete e Mestre Solano, além da Big Band e do Grupo de Percussão, ambos projetos integrantes do Programa Vale Música.

Em cena, a produção musical da cidade

Os artistas escolhidos representam, por sua vez, a musicalidade que vem contagiando o país.  Dona Onete, por exemplo, vem vivendo uma fase intensa em sua carreira, aos 73 anos, ela lança seu primeiro disco pela gravadora Ná Music.

“Feitiço Caboclo” foi produzido por Marco André e conta com participações de Mestre Vieira, Pio Lobato, Manoel Cordeiro, Gaby Amarantos, Luê Soares e Lia Sophia.

Fazendo shows em várias capitais ela  emplacou musica na trilha sonora do filme “Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios”, de Beto Brant, rodado em Santarém, e acaba de ser selecionada, através de edital da Funarte, para participar do "Espaço Brasil", dentro da programação do evento internacional "O ano do Brasil em Portugal", junto a mais de outros 90 artistas que devem se apresentar entre abril e junho deste ano em Lisboa.

As canções cantadas por Dona Onete passeiam por toda a cultura musical paraense, dos mais ousados carimbós com suplícios de amor e saudade. No palco, ela gira a saia rodada e abre o sorriso que arrebata um público de qualquer idade. Ela nasceu em Igarapé Miri, mas escolheu a capital paraense para sua trajetória profissional. Neste show de aniversário ela promete muita alegria ao público.

“Minha querida Belém, para este aniversário de seus 397 anos quero estou levando ao público músicas muito bonitas para declarar meu amor pela cidade. Vai ter muito carimbó, posso garantir. Espero que este ano nossa cidade ganhe muitos presentes, seja mais bem cuidada e que outros eventos como este, que valoriza nossa cultura, possam ser realizados. Parabéns Belém”, deseja desde já.

Carimbó pop - “Ai, Menina” virou hit e vem revelando o potencial de Lia Sophia para o Brasil. Cantora, compositora e instrumentista, nascida na Guiana Francesa e criada entre o Pará e o Amapá, ela traz na carreira três álbuns lançados, “Livre”, “Castelo de Luz” e “Amor Amor”. 

Na bagagem, ritmos como brega, carimbó, guitarrada e pop eletrônico. Em seu novo trabalho, que terá produção musical de Carlos Eduardo Miranda, a cantora vem buscando as raízes da música paraense.

“Vou mostrar um repertório cheio de músicas que são e foram sucesso aqui na cidade.  Belém está merecendo homenagens. Nosso povo é acolhedor, alegre, cada vez mais orgulhoso de nossas raízes e faz com que qualquer pessoa que chegue aqui não queira mais ir embora. Belém tem sido destaque em todo o Brasil pela música que está sendo produzida aqui. E isso tem atraído jornalistas, turistas e profissionais em busca de ver-o-peso da nossa música. Viva Belém!!”, diz Lia Sophia.

Caribe na veia - Já as sonoridades das rádios caribenhas – únicas que chegavam à cidade de Abaetetuba, interior do Pará, na década de 50 – moldaram o estilo de José Félix Solano Melo, que decidiu ser músico por influência do pai. Fez sua estreia em 1953, tocando banjo no grupo Jazz Tupi, no qual permaneceu por dez anos.

Depois foi baterista do Jazz Abaeté e, em 1965, mudou-se para Belém, onde tornou-se músico efetivo da Banda do Corpo de Bombeiros. Em 1971 criou o grupo Top Cinco, batizado em seguida de Solano e seu Conjunto, vendendo mais 100 mil cópias graças ao hit “Americana”, que emplacou nas rádios do Norte e Nordeste do Brasil.

Com LPs e CDs lançados ele soma já 16 discos gravados e agora se prepara para lançar em 2013 mais uma obra. Mestre Solano continua fazendo shows e voltou à mídia com a regravação de seu antigo sucesso “Americana” por Arnaldo Antunes.

“Estou muito feliz. Vou lançar em 2013 o meu 17º disco e na semana do aniversário de Belém vou poder homenagear minha cidade com um grande show. Acho iniciativas como estas muito importante, pois valorizam a cidade e a nossa música. Temos muitas sonoridades. Vou tocar guitarrada, brega melody e muito zouk, o público vai gostar. É meu presente pra Belém”, anuncia Solano.


Ritmos e cores - O Arraial do Pavulagem, criado em 1987, é um grupo musical paraense que trabalha com a rítmica da música tradicional produzida na Amazônia brasileira. 

Tambores, guitarras, carimbós, bois-bumbás e retumbões se misturam e soam com música ancestral, mas, ao mesmo tempo, contemporânea e universal na forma apresentada pelo grupo Arraial do Pavulagem.

Com composições próprias foram gravados 07 CD’s, que são difundidos em apresentações musicais por todo o Brasil. Uma das principais turnês realizadas pelo grupo foi de 2004, através do projeto “Sonora Brasil” (do SESC), quando o grupo percorreu 64 cidades, de 14 estados (Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Brasília, Bahia, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Goiás) mostrando a música produzida pelo grupo.

“O Arraial do Pavulagem é um símbolo cultural de Belém. Nossa homenagem vai ser com o que mais gostamos de fazer: música. Cantar Belém, falar para as pessoas da importância de cuidar bem da cidade que moramos. Belém sempre será merecedora de homenagens. É a cidade que acolhe muito bem quem vem de fora, e que sente saudades dos filhos que partem. Esta cidade é uma síntese da cultura produzida no estado e que é de uma beleza incomparável”, diz Junior Soares, um dos integrantes e fundador do grupo, junto a Ronaldo Silva.

Além do trabalho em palco, o grupo organiza os conhecidos Arrastões do Pavulagem, que atraem milhares de pessoas às ruas de Belém nos meses de fevereiro, junho e outubro e, desenvolve um projeto denominado Arraial do Saber – Educação cultural na Amazônia brasileira, ponto de cultura de Belém-PA. 

PROGRAMAÇÃO

11 de  janeiro
19:00 – BIG BAND VALE MÚSICA
19:45 - SOLANO
20:30 - LIA SOPHIA E BANDA

12 de janeiro
19:00 – GRUPO DE PERCUSSÃO VALE MÚSICA
19:45- DONA ONETE
20:30 - ARRAIAL DO PAVULAGEM 

Serviço
Ver-o-Peso da Nossa Música. Dias 11 e 12 de janeiro na Praça do Artista - CENTUR – Fundação Cultural Do Pará Tancredo Neves, a partir das 19h. Entrada franca. Patrocínio: VALE. Realização: MM PRODUÇÕES. Outras informações: 91 8134.7719.

Nenhum comentário: