10.1.13

Capital comemora 397 anos com arte e cidadania

Banda Warilou
No evento Amar-te Belém, não vai faltar opção par quem quiser comemorar em alto estilo o aniversário dos 397 anos da Cidade das Mangueiras.  A iniciativa é do Governo do Estado do Pará, Instituto de Artes do Pará (IAP) e Prefeitura, em parceria com o Pro Paz e Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel).

E não será apenas o grande centro que receberá programação. Além da Praça Santuário de Nazaré, o CAN, onde haverá show e apresentação de dança, os distritos Icoaraci e Mosqueiro recebem uma mostra audiovisual. Tudo gratuito.

No  CAN, que irá de 18h às 21h, estarão as bandas da Guarda Municipal, regida por Carlos Eduardo Lima e a banda sinfônica do Colégio Lauro Sodré, Patrimônio Histórico Cultural do Estado, com 140 anos de história, regida por Silas Borges. A Escola de Dança Clara Pinto apresentará a coreografia "Ama Belém" e a companhia de dança Cabana, o espetáculo “Subúrbios”, que relata um pouco de cada região do Brasil. 

A companhia de dança Ana Unger também estará presente com “Ritmos do Pará”, já apresentado em turnês nacionais e internacionais. Para encerrar, prepare-se pra dançar muito com a banda Warilou, que há 22 anos divulga a cultura paraense. O grupo já gravou seis discos e neste ano prepara o lançamento de um documentário onde conta um pouco da história da música do Pará. 

Ainda no dia 12, haverá programação do Propaz, das 08h às 14h, na Escadinha do Ver-o-Peso, com serviços gratuitos para emissão de identidade, carteira de trabalho e CPF, além de contar com a participação do ônibus biblioteca, da Fundação Tancredo Neves, e oficina de confecção de bonecos de objetos sólidos e educação no transito, ministradas pelo DETRAN. Haverá também atendimento da SESPA, na área da saúde. 


Aniversário em outras paisagens

Em Icoaraci e Mosqueiro a pedida será um bom telão ao ar livre, das 19h às 21h. Serão mostrados filmes de Líbero Luxardo, Milton Mendonça, cedidos pelo Museu da Imagem e do Som do Pará. O público vai conhecer uma Belém mais jovem, ainda com 350 anos, aspirando e transpirando força e determinação, que é típica do paraense. Pelo cinejornal, produzido na década de 60. 

“Iremos visitar uma Belém que cresce, projeta e busca sua afirmação como ‘Metrópole da Amazônia’. Esta raridade, será exibida graças ao trabalho de conservação desenvolvido pelo MIS”, diz Afonso Gallindo, organizador da Mostra pelo NPD-PA/IAP. Em seguida, a viagem fílmica continua, mas traz mais poesia e cultura popular. 

"Vamos mergulhar no universo do realizador Luiz Arnaldo, que nos trás um casamento no mínimo inusitado, mas comum para alguns e infelizmente, desconhecido por outros: O Boi e o Pássaro Junino. Esta expressão, inclusive única de nosso Estado, ganha vida ao lado dos Bois, numa Belém de tempos imemoriais. Além disso teremos muita poesia em cena”, explica Gallindo. 

Serão exibidos os curtas Pássaros Andarilhos e Boi Voadores, de Luiz Arnaldo Campos; Manga Belém, de Suelen Pavão; Enquanto Chove, de Alberto Bitar e Paulo Almeida, e Belém anos 80, de Allan Kardec. Em Icoaraci a mostra acontece na orla, na praça que fica na Rua Siqueira Mendes prox. a rua do Cruzeiro. Em Mosqueiro, na Vila do distrito, em frente ao Coreto Central. 

Atenção que as comemorações audiovisuais vão se estender para a outra semana. De 14 a 18 de janeiro, no Cine Olympia, às 17h, haverá a "Mostra Pará", com exibição de produções de realizadores paraenses e, às 20h, a sessão “Parazinho”, trazendo mais uma coletânea de curtas. 

Pássaros Andarilhos
Saiba mais sobre os filmes

Cinejornal Belém 350 anos (Líbero Luxardo e Milton Mendonça) - No ano de 1965 Belém do Pará completava 350 anos, e a produtora de cine-jornais de Líbero, Amazônia Filmes, não podia deixar passar em branco.

Junto com seu cinegrafista Milton Mendonça, Líbero Luxardo fez um filme homenagem a esta Belém “metrópole” e seus “grandes arranha-céus” que ainda guarda suas “suntuosas construções seculares”. Praças, clubes, monumentos, tudo que Belém tinha e ainda tem de bom, nos dando a oportunidade de fazer uma viagem no tempo, percorrendo uma Belém da memória. 

Pássaros Andarilhos e Bois Voadores (Luiz Arnaldo Campos) - Uma fada e uma feiticeira do Cordão de Pássaro “Quero-Quero” disputam a tripa do Boi Flor de Liz com sortilégios amorosos. Com delicadeza e malícia a trama se desenvolve fazendo um mergulho no universo dos Bumbás, Cordões de Pássaros da Belém de tempos imemoriais. Festa, magia e encanto. 

Manga Belém (Suelene Pavão) - Video-poema, uma declaração de amor por Belém. Enquanto Chove (Alberto Bitar e Paulo Almeida) - 12 histórias que focalizam o cotidiano, que se interligam pela chuva e por acontecimentos fortuitos. Inspirado em livro homônimo, as histórias são marcadas pela sensualidade, pela solidão e pela busca do amor. Música e imagens se fundem para criar uma atmosfera e caos e poesia.

Belém aos 80 (Alan K Guimarães) - Os anos 1980 vão ser lembrados como um marco na vida de todas aqueles que o vivenciaram como criadores ou participantes ativos dessa geração e como herdeiros de uma década que mudou toda uma história de viver e fazer arte em Belém. "Belém aos 80" é uma visita á alguns personagens e movimentos que marcaram esses anos na cidade, registrando momentos de exaltação sociocultural da época.

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