17.11.15

Mestre Salú e as batidas do Hip Hop no Maracatu

Pernambuco é apaixontante e o paraense se identifica. Na música misturamos ritmos e também gostamos da nossa cultura aqui, tanto quanto os pernambucanos amam a deles. O Brasil é plural. Pesquisando um pouco mais sobre Maciel Salú, que estará em Belém nesta sexta-feira, 20, no Teatro Gasômetro, apresentando "O Duelo da Rabeca com o Violino", ao lado do Maestro Israel de França, que também deita e rola no erudito e popular, quando me deparei com uma pérola, um outro tipo de duelo, em que Maciel Salú toca seu maracatu com o rap KBS Marques, veja AQUI.

Rap, Maracatu, cultura pernambucana, cultura hip hop. Está tudo junto, misturado e atraentemente harmonioso. Salú e Marques estão metidos com isso até o último fio de cabelo e é bonito demais. "Caçador" faz parte de um disco de KBS Marques lançado em 2012, com músicas exaltando o que Pernambuco e o Brasil têm de melhor e mais rico, com participação de outros artistas brasileiros, em cima das batidas fortes do Hip Hop.

Maciel Salú é de uma família tradicional de brincantes de maracatu e tocadores de rabeca. Filho do Mestre Salustiano e neto de João Salustiano (falecido aos 97, este ano). Além de músico e cantor, compositor, é mestre do Maracatu Piaba de Ouro, de Olinda/PE. Cresceu em contato com o cavalo-marinho, as sambadas de maracatu, a ciranda, o forró, o coco, entre outros brinquedos.

KBS Marques, morador da comunidade dos Coelhos (Recife). Envolvido com a música desde 1997 e com a cultura Hip Hop, até 2010, ele era conhecido como KBSSA. Foi premiado em vários Festivais da região e também nacionais, como o título de Campeão arrebatado no Festival RPB (Produzido pela CUFA em parceria com a Rede Globo), em 2010.

Já Maciel Salú, antes da carreira solo, que iniciou em 2003, com o grupo Terno do Terreiro, integrava ao lado de familiares, os grupos Os Quentes do Forró e O Sonho da Rabeca. Nos anos 1990, fez parte do Chão e Chinelo, participou da Orchestra Santa Massa, ao lado de Fábio Trummer, Isaar, Jam da Silva e DJ Dolores, além de compor a trilha sonora para os espetáculos Desatino do Norte e Desatino do Sul, do Balé Municipal de São Paulo e do filme Tejucupapo, curta-metragem pernambucano dirigido por Marcílio Brandão. Atualmente, integra a Orquestra Contemporânea de Olinda. 

KBS é membro líder do Coletivo Cem Por Centro, também é representante da PROHIPHOP (selo do Cabal, rapper de São Paulo, autor do Hit “Senhorita”) no Nordeste, além de fazer parte da Entidade Associação Metropolitana de Hip Hop em Pernambuco. Conhecido por fazer um Rap mais despojado e extrovertido, direcionada na maioria das vezes pras pistas de dança, ele hoje integra também o repertório da Quinta Black, a festa do gênero mais conhecida de Recife.

Em Belém para O Duelo da Rabeca com o Violino

O Rap KBS não sei se já esteve por aqui, confesso. Mas Maciel Salú faz show em Belém nesta sexta-feira, 20. Ele toca ao lado do Maestro Israel de Farnça, no espetáculo “O Duelo da Rabeca com o Violino – Uma Peleja de Amor à Vida”.

Dois artistas representativos da cultura pernambucana, um na rabeca e outro no violino, mais uma banda formada por multinstrumentista, bailarina e diretora artistica do espetáculo, amiga de Ariano Suassuna, que é homenageado na performance, e um cenário que será construído enquanto o show acontece. Uma fórmula popular e erudita que com certeza resultará num belo espetáculo. 

Antes do show, que começa às 20h, haverá uma aula espetáculo às 18h. A entrada é gratuita. Mais informações:  91 3088.5858 / 98134.7719 ou ainda 4009.8721/ tr3sprodutora@gmail.com . 

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