17.11.15

Novos desenhistas para ateliers abertos na cidade

O Grupo do Traço e das Artes do Corpo inaugura a mostra de final de período do Laboratório Permanente de Criação e Experimentação “O Corpo como Objeto de Arte – Desenho com Modelo Vivo e Artes em Cena”, que reúne desenhos dos artistas do ateliê aberto, além de fotografias das sessões de desenho com modelo vivo. Hoje, às 19h, na Casa das Artes.

Ao propor uma oficina, a partir de sua experiência de atelier aberto, em São Paulo, a artista visual e produtora cultural Renata Maués acabou sendo convidada a iniciar o projeto Laboratório Permanente de Criação e Experimentação, da Fundação Cultural do Pará, realizado na Casa das Artes.

A exposição é resultado do laboratório de desenho coordenado pela artista Renata Maués.
As fotografias são de Jorge David Santos, que acompanhou as etapas das aulas de desenho com modelo vivo.  “A ideia foi atender artistas iniciantes ou já experientes, que tenham interesse em desenvolver trabalhos em um espaço de troca continuada e amadurecimento das produções, em formato de atelier com livre acesso”, diz Renata Maués. 

Inspiração e troca de conhecimentos

Pois o projeto deu frutos, reuniu uma pá de gente nova, talentosa, a fim do desenho e realizou, de forma inédita, uma oficina com modelos vivos. A ideia do trabalho coletivo também foi estimulante para os alunos, que puderam trocar ideias, conhecimentos e fazer análises de seus desenhos.

Ao final do curso, já há quem proponha novos encontros, com objetivo de reunir os desenhistas da cidade. Além do encontro, sabe o que mais precisa? “Material básico de desenho: lápis, biscoito, papel, água e música”, escreveu no facebook Humberto de Castro Neto, um dos mais jovens e promissores desenhistas do grupo de Reneta Maués.

E o encontro para além dos jardins é importante. No atelier do laboratório os participantes se viam um dia por semana, em 16 encontros, que tinham acompanhamento da ministrante, responsável por assessorar no uso da infraestrutura, pelas propostas de atividades e pela mediação entre os participantes e o desenvolvimento dos trabalhos. Nos demais dias, a ideia era de se encontrar pela cidade.

“Um trabalho de envolvimento, que garantiu a evolução no traço do grupo de desenhistas, a alta performance dos modelos e a sensível fruição conjunta de todos os participantes”, disse Renata Maués em sua página no Facebook.

Renata Maués estava fora de Belém, quando retornou e acabou se tornando, em 2012, produtora executiva do filme documentário ‘Carnaval Devoto”, de Regiana Queiroz, rodado naquele ano em várias cidades paraenses e em Belém, onde se acompanhou diversos momentos da festa, incluindo, claro, a grande procissão de domingo. 

“Nunca havia feito produção de cinema e também não voltei a fazer de lá pra cá, mas o convite para fazer a produção do Carnaval Devoto veio da Regiana, por conhecer meu trabalho e por estarmos conectadas naquela ocasião em que ela desejava vir para Belém filmar o Círio de Nazaré”, diz Renata Maués.

Arte Educadora e produtora de eventos culturais, incluindo música, artes visuais, projeção de vídeos e educação ambiental, na esfera da divulgação científica, Renata também já trabalhou também como assistente editorial por 7 anos na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, com gestão de processos editoriais e montagem de eventos científicos de grande porte, congressos, Bienal e lançamentos de livros. E agora também fez cinema, afinal na vida, pra tudo há uma primeira vez.

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