14.5.17

Rafael Lima fala sobre álbuns que lança em 2017

Rafael e MG Calibre (Fotos: Holofote Virtual) 
Num rápido papo com Rafael Lima, a gente fica sabendo que ele está produzindo muito, como sempre, voltou aos espaços da cidade e que vai lançar novos álbuns "Nossas Ladainhas Marajoaras" e "Sinal Aberto". Depois do susto que o compositor nos deu, ano passado, ao ser internado em estado de emergência com pneumonia aguda, as notícias não poderiam ser melhores.

Foi assim. Três meses entre internação, alta e volta pro palco, ainda se recuperando. Pasmem, em dezembro do ano passado, Rafael Lima fez uma bela apresentação mostrando as canções que estarão no álbum, ainda inédito, "Nossas Ladainhas Marajoaras". No Teatro Waldemar Henrique estavam com ele, a filha Juçara Abe, MG Calibre, no baixo e Zé Macedo, na percussão, além da participação de Andrea Barbosa, que também gravou no CD.

“Até o último final de semana, em setembro, antes deu cair doente, eu estava em Ponta de Pedras, fazendo a última etapa de recolhimento da pesquisa para o Ladainhas, que fiz com o prêmio do Edital Seiva, pela Casa das Artes, da Fundação Cultural do Pará. Durante a minha recuperação, a partir de dezembro, comecei a gravar gradativamente, incentivado e produzido pelo meu irmãozinho, Dako, que tem um home estúdio chamado carinhosamente de Alvi-azul”, conta Rafa.

Apresentação na Casa do Fauno, no final de abril
O CD traz várias participações, como  Nilson Chaves, Kleber Benigno (Manari), Nazaco (Manari), Ana Selma, Luis Pardal, Louis Boyerre, MG Calibre. Juçara Abe colaborou nas pesquisas.

“As Ladainhas são todas do povo, dos mestres e mestras de Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras, Comunidade de São Miguel, no entorno de Soure. Posso citar os mestres Luís dos Santos, Raimundo Barbosa, Dona Jacirema, nossa tem tanta gente”, explica Rafael.

O artista diz que o CD está pronto, mas falta produzir a capa, masterizar e prensar. “É que pra isso, preciso de um parceiro financeiro (risos)”, ressalta Rafa, que pretende lançar o disco até o final de junho.

Sinal Aberto na música e para a vida

Rafael, com Canhão, MG Calibre e a família Jardins
Rafael Lima também está captando para finalizar outro álbum, o "Sinal Aberto", cheio de músicas inéditas, além de três que já estão gravadas, mas nunca foram editadas ou tocadas. São parcerias com Joãozinho Gomes, Antônio Moura e Fernando Dako.

As canções inéditas já gravadas com Mini Paulo, Magrus Borges, João Marcos Mascarenhas, além dos amigos que moram na e alguns amigos da Suíça. Guiom S, saxofonista que mora atualmente em Paris, e Mauro Martins, um baixista que toca bateria.

"É um material que já está pronto, foi gravado num puta estúdio, na Suíça, mas falta mixar todo e masterizar etc. As músicas com Mini Paulo, Magrus, Aritanã e João Marcos foram gravadas aqui mesmo em Belém, na primeira metade dos anos 2000", conta.

A composição em parceria com Antônio Moura chama-se “Serenata para o que não tive”, uma canção antiga, defendida por Rafael, no Projeto Pixinguinha no Rio, na mesma leva em que estava nada menos que Belchior. "Fiz uma tour com ele de uns 40 dias, o professor como a gente o chamava. Belchior era muuuuuito fooooodaço”, relembra Rafael Lima.

Rafael Lima segue carreira, atento ou mais atento hoje do que nunca. Embora diga que as coisas não estejam fáceis do ponto de vista financeiro, sabe que tudo pode ser diferente. A saúde vai bem e, dentre seus planos, está o de viajar para divulgar os novos trabalhos. "Deus me deu outra chance e disse pra eu não vacilar”, finaliza.

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