É isso mesmo. O encerramento do 3º Salão Internacional de Humor da Amazônia, neste domingo, 26, será à base de muito choro, no Espaço São José Liberto.
Contraditório? Não! Estou falando da apresentação de um dos melhores grupos de Belém, o “Choro e Sorriso”, que embala a festa do mais famoso reduto do choro, em Belém, a Casa do Gilson.
Contraditório? Não! Estou falando da apresentação de um dos melhores grupos de Belém, o “Choro e Sorriso”, que embala a festa do mais famoso reduto do choro, em Belém, a Casa do Gilson.
Não estava previsto, mas os cartunistas que organizam o evento não podiam deixar de fazer sua última pegadinha, né? E ao mesmo tempo oferecer mais uma preciosidade ao público. Basta lembrar que o criador do salão, Biratan Porto (caricaturado ao lado, por J. Bosco), é ele próprio um grande chorão e vai se apresentar também.
A programação, decidida ao longo desta semana, promete apimentar mais ainda o humor gráfico exposto em mais de 150 trabalhos no Espaço São José Liberto, desde a última sexta-feira, 17.
O show, que ganhou o nome de "Chorando pela Natureza", começa às 17h, com Adamor Ribeiro e Biratan Porto nos bandolins, Antônio Carlos, no cavaco; Cardoso, no violão de seis cordas, Maurinho, no violão de sete cordas e Amarildo, no pandeiro.
Na mira do caricaturista - E ainda tem mais. Anote aí e divulgue. O público que for neste final de semana de despedida do salão, no Espaço São José Liberto, poderá sair de lá caricaturado. É só aparecer e querer.
O desenhista João Bento faz o plantão dele, no sábado, 25, e o J. Bosco, no domingo, 26, a partir das 18h. É tudo gratuito. Vale à pena dar uma passada por lá. O melhor do humor gráfico do Brasil e de mais 32 outros países está lá, esperando por boas gargalhadas.
Belém tem sido palco desse evento há três anos, sempre com o patrocínio da Oi, através da Lei Semear, e tem chamado atenção da mídia em várias partes do mundo, já que os cartunistas selecionados, a maioria deles, é de algum veículo de comunicação, que divulga o Salão e a cidade e Belém internacionalmente.
Não deixe de passar pela coleção das caricaturas selecionadas este ano. São 36, ao todo, uma melhor que a outra. Tem Frida Kahlo, maravilhosa, José Saramago, Jimmy Hendrix, Rolling Stones, Zacarias, Madre Tereza de Calcutá e até a Dilma Roussef, graças a derrubada daquela lei absurda que andou proibindo nossos humoristas a se manifestarem nestas eleições em relação aos candidatos.
Dona Risoleta Bandeira recebe as homenagens feitas à Chembra
Tem um outro espaço, este mais especial, com 10 caricaturas feitas do Chembra, o jornalista Euclides Bandeira, que faleceu em 2000, deixando uma enorme lacuna na imprensa paraense.
Ele está sendo homenageado pelos caricaturistas brasileiros Baptistão (SP), Amorim (RJ), J. Bosco (PA), Biratan (PA), Luiz Pinto (PA), João Bento (PA), Junior Lopes (SP), William (PB), Alan Souto (RJ) e Fernandes (SP)”.
Na noite de abertura do salão, a mãe de Chembra, Dona Risoleta Bandeira esteve presente e muito emocionada, agradeceu a homenagem ao filho. Dona Riso, como é carinhosamente chamada pelos amigos, é mãe também do saudoso cantor Walter Bandeira.
Depois de uma semana com oficina, workshop, palestra, caricaturas ao vivo e visitas monitoradas para estudantes, que se divertiram na grande exposição, o 3 Salão Internacional de Humor da Amazônia vai se despedindo do público. E você é convidado a participar dessa grande roda de chorões em prol da natureza, pois findando este domingo, só no ano que vem, com certeza!
Homenagem traz Chembra à memória dos amigos
“Singular, sempre foi extremamente plural. Jornalista, cronista, contista, humorista, homem de sete instrumentos. Mas tocava somente tamborim. O que não o impedia vez ou outra de botar a boca no trombone”.
É assim que inicia o texto escrito pelo jornalista Raymundo Sobral, para apresentar Euclides Chembra Bandeira, no espaço instalado em sua homenagem dentro do 3º Salão Internacional de Humor da Amazônia, no Espaço São José Liberto.
“Considero acertadíssima essa homenagem que se presta a Euclides “Chembra” Bandeira no Salão Internacional de Humor já que o humor sempre foi sua marca registrada.
Nos textos, suas estórias eram inspiradas na mais fina flor da malandragem e, ao longo de mais de 20 anos, sua galeria de irresistíveis personagens foi corpo e alma do PQP – Um jornal Pra Quem Pode. Um cara de bem com vida e sempre disponível para um papo com os amigos. De preferência regado a bastante mé...”, diz Raymundo Mário Sobral.
Para mais um outro de copo e de profissão, Tito Barata, a escolha também não poderia ser mais apropriada de homenagear Chembra dentro de um Salão de Humor.
“É o fórum apropriado para isso. Tenho certeza de que o nosso "cabeçudo" ficaria muito feliz com a homenagem.
As centenas de crônicas geniais que escreveu nos jornais não se comparam com o prazer de conversar pessoalmente com ele. Seu humor era fino e sutil.
Sem nenhum ruído caricato. Fazia parte da escola do fenomenal Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta”, afirma.
Chembra era considerado um amigo generoso e solidário com todos. Na opinião de Tito e de muitos, ele foi um dos maiores editores e redatores da imprensa paraense.
“Seu texto é limpo, preciso e didático. Nas crônicas satirizou as mazelas do cotidiano sem perder a elegância e a ternura com seus personagens. Um grande amigo de quem tenho saudade”, relembra o jornalista.
O primeiro Stand up de Belém
Muito antes do "stand up comedy" virar moda, de acordo com Tito, Chembra já se aventurava pelo estilo para os privilegiados frequentadores do bar e restaurante "AltaVista", no final dos anos 90.
“Pouca gente sabe, mas o Chembra também se aventurou pelo mundo empresarial.
Foi um dos sócios do "AltaVista", que funcionou no último andar do prédio da Associação Comercial do Pará, na Presidente Vargas. Fazia "stand ups" improvisados no melhor estilo do Richard Pryor. Impagável o set do "Pequeno Isaac"”.
“Na crônica, nunca é demais repetir, que foi genial”, enfatiza o amigo. “Se morasse no sul maravilha, seria reconhecido como um dos grandes cronistas do país. Leiam depressa, se ainda houver edição disponível, "Memórias de Um Anti-Herói" e "Meio Pau-Meio Tijolo", os dois livros que o Chembra publicou”, dá a dica.
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