No mês em que a atriz completaria 85 anos, a Sessão
Cult apresenta “Infâmia", clássico estrelado
pela atriz, com direção de William Wyler (Ben-Hur). O clássico, indicado a cinco estatuetas do Oscar, incluindo melhor atriz coadjuvante,
será exibido neste sábado, 10, às 16h, com entrada franca. Após a
sessão, debate com críticos da Associação de Críticos de Cinema do Pará
(Accpa).
Falecida em janeiro de 1993, Audrey Hepburn, provavelmente o
ícone do cinema clássico mais lembrado junto com Marilyn Monroe, cativou na
audiência algo que ela sentiu saudades desde menina: o carinho e a adoração.
Musa da Givenchy na moda, de Stanley Donen, Billy Wilder,
George Cukor e Blake Edwards no cinema, foi rejeitada por Albert Finney e Ben
Gazzara na vida real, seus dois casamentos fracassados. De beleza etérea, sexy, mas sem a aura do glamour de filmes
como "A Princesa e o Plebeu" e "Bonequinha de Luxo", Audrey
se sentia menor.
Baseado na peça teatral de Lillian Hellman, "Infâmia" conta a história de duas professoras de uma escola particular que são acusadas, por uma das alunas, de manter uma relação amorosa. A menina ainda convence a avó de que ela e as outras estudantes foram molestadas pelas professoras.
É o início de um escândalo que atinge toda a comunidade, com repercussões inesperadas e trágicas. Com excelentes diálogos, o elenco conta ainda com as ótimas atuações das de Shirley MacLaine e James Garner.
Apesar da excelente direção e grandes atuações, “Infâmia” foi ofuscado no Oscar de 1962, provavelmente por sua abordagem. Na época, o grande vencedor foi o musical “Amor Sublime Amor” (conhecido pelo título original, West Side Story, e do qual não sou muito chegado).
McLaine e Hepburn fazem atuações espetaculares, assim como a pequena Karen Balkin — que convence muito bem no papel de uma menina mimada e arrogante — e Fay Bainter — espetacular em cena como a vó da menininha –, que foi a única atriz indicada ao Oscar pelo filme. Foi injusto, mas o caso não foge à regra da Academia, sempre conservadora.
Ficha Técnica
Título original: The Children's Hour | Direção:
William Wyler | Roteiro: John Michael Hayes (baseado na peça de
Lillian Hellman) | Gênero: Drama | Ano: 1961 | País: Estados
Unidos | Elenco: Audrey Hepburn, Shirley MacLaine, James Garner,
Miriam Hopkins, Fay Bainter, Karen Balkin, Veronica Cartwright, Mimi Gibson,
Debbie Moldow | Fotografia: Franz Planer | Trilha Sonora:
Alex North | Produção: Robert Wyler, Walter Mirisch,William
Wyler | Cor: Preto e branco | Duração: 107 min. |
Classificação etária: 14 anos
Serviço
Sessão Cult, neste Sábado, 10 de maio, às 16h. No
Cine Líbero Luxardo – Centur. Entrada franca. Classificação: 14 anos. Lotação:
86 lugares, com espaços para cadeirantes. Realização: Governo do Estado do
Pará e Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves. Parceria: Associação de Críticos de Cinema do Pará (Accpa).
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