24.8.10

Cineclube Pedro Veriano exibe curtas realizados em fotofilmes

Em 1895, o cinema ‘brota’ da fotografia. Sendo assim, é natural que, quase cem anos depois, a foto se aposse da linguagem cinematográfica em oito exemplares nacionais do formato conhecido como fotofilmes, exibidos na tela do Cineclube Pedro Veriano nesta terça-feira, dia 24.

Vê-se a vitrola que toca uma tenebrosa música sem parar, deixando uma menina assustada e fascinada com o que acontece à medida que a agulha arranha o vinil do disco.

Um baú de registros fotográficos reconta a história de amor de um casal. Morto, o cachorro não pode se defender contra o ataque cruel que sua carne sofre, ao passo que outras fotografias dão movimento ao assalto à um banco de sangue.

Imagens do Arpoador ilustram a tela, o mar e o céu - espaço onde a gaivota costuma voar -, ave que acaba no prato de um homem. Pequenos frames de histórias que desenvolvem uma estética, não necessariamente fílmica, mas se utilizam de recursos de câmera e usam poderosamente o som para dar vida e vazão as imagens que são projetadas num fluxo narrativo.

Fios de histórias presentes em oito obras criativas de cineastas brasileiros (os chamados fotofilmes) que partem de fotos still para uma edição cinematográfica, ganham uma dimensão audiovisual legítima.

Filmes - Aqueles Dias (Gustavo Nasr, RJ, 2004); Arpoador (Fernanda Ramos, RJ, 2005); Banco de Sangue (Luiz Montes, SP, 1998); Gaivotas (Cristian Borges, RJ, 1997); Jugular (Fernanda Ramos, RJ, 1997); Juvenília (Paulo Sacramento, SP, 1994);
Para Sempre Assim (João Carlos Lemos e Róger Carlomagno, MG, 2001);
Vinil Verde (Kleber Mendonça Filho, PE, 2004).

Serviço
Sessão Fotofilmes, nesta terça-feira, 24, às 18h30, no ponto de exibição - Cineclube Pedro Veriano, que fica na Avenida Nazaré, prédio da Casa da Linguagem, s/n, esquina com Avenida Assis de Vasconcelos.

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