O “Expedição VivaMarajó”, realização do Programa VivaMarajó, mostra o modo de vida no arquipélago e busca caminhos para a melhoria da qualidade de vida na região.
O preparo para a pesca e os ribeirinhos e suas tradições de extrativismo são alguns dos focos do documentário que procura mostrar a população do Marajó em seus diferentes ambientes e cotidianos.
Com trilha sonora de Egberto Gismonti, criada a partir do cancioneiro marajoara, e imagens de Emerson Bueno, o documentário “Expedição VivaMarajó” é uma das ferramentas de mobilização social do Programa VivaMarajó na discussão pela melhoria da qualidade de vida local.
A narração é feita pelos próprios marajoaras, moradores dos 16 municípios que integram o arquipélago, que revelam ao espectador os contrastes entre a riqueza natural e a pobreza encontrada nos. Depois da estreia em Belém, o filme também será lançado oficialmente em todo o arquipélago, durante uma nova expedição, que percorrerá todos os seus 16 municípios.
O Marajó é uma das regiões mais diversas em termos de cultura e natureza da Amazônia, no entanto, cinco de seus municípios estão na lista dos 50 mais pobres do Brasil. Todos carecem de saneamento, segurança, educação e saúde. Metade da população, de cerca de 500 mil pessoas, não tem acesso à energia elétrica e 75% não tem água tratada. O Tribunal Superior Eleitoral ainda aponta que 85% dos adultos são analfabetos funcionais.
Contrária aos indicadores de desenvolvimento humano, porém, a natureza no Marajó é próspera. A região é uma das zonas úmidas tropicais mais importantes da Terra, no estuário dos rios Amazonas e Tocantins. A vegetação apresenta 48 tipos de ecossistemas, numa das áreas mais complexas e biodiversas e é o único local do planeta, por exemplo, em que podemos encontrar as duas espécies de peixes-boi: o marinho e o amazônico.
Ao apoiar a valorização da cultura e a preservação das áreas protegidas, o Programa Viva Marajó realizou o Diagnóstico Socioeconômico do arquipélago e um estudo sobre as principais culturas da região, como o açaí, a mandioca, sua pecuária e a pesca. O objetivo é levar maior qualidade de vida dos moradores e a conservação da biodiversidade.
Realizado pela produtora Lauper Films, para o Programa Viva Marajó, o documentário recebeu financiamento da Vale S/A, através da parceria do Instituto Peabiru e Fundo Vale para o Desenvolvimento Sustentável.
Serviço
Lançamento do documentário “Expedição VivaMarajó”. Nesta terça-feira, 16, às 18h30, com reapresentação na quarta-feira, 17, às 18h. No auditório do Centro Cultural SESC Boulevard - Av. Castilho França, em frente à Estação das Docas. Entrada franca. Mais informações: http://www.vivamarajo.org.br.
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