22.8.11

Um papo regado a música e poesia com Antonio Cicero e Arthur Nogueira


Autor de canções de sucesso nas vozes de Marina e Adriana Calcanhotto, o poeta carioca apresenta inéditas com o músico paraense. Celebrar a poesia: no corpo da página, da voz e da melodia. Eis o mote. As apresentações são no dia  27 de agosto, na Feira da Beira do Curro Velho e 11 de setembro, na Feira Pan-Amazônica do Livro.

Arthur Nogueira é hoje uma das mais importantes revelações artísticas do Estado do Pará, destacando-se na cena cultural, tanto por sua bela voz, quanto pela preocupação estético-conceitual que nutri em sua música. O talento tem lhe feito romper fronteiras. Recentemente em São Paulo, ele esteve participando do projeto Encontros Culturais no Metrô, iniciativa que tem como objetivo tornar o metrô um espaço cultural permanente.

“Foi minha estreia com músicos de lá, o Rovilson Pascoal (violão e guitarra) e o Guilherme Kastrup (bateria, percussão e mpc). O Kastrup deve produzir meu novo CD, que pretendo gravar em 2012. Depois desse show, o plano é voltar a São Paulo, para apresentações de divulgação do CD Mundano", conta Arthur.

Quanto à parceria que vem se estabelecendo com Antonio Cícero, um dos maiores autores brasileiros, não é mero acaso. De um lado, temos um poeta, ensaísta e letrista de canções de sucesso. De outro, o cantor e compositor que aos 23 anos, possui 03 álbuns lançados, com um trabalho que se baseia em experimentos com poesia e música.

Antonio Cicero (foto: divulgação)
Parceiros em canções, mas pela primeira vez juntos em cena, o bate-papo musical O poema: som e sentido vem consolidar um encontro que se mantém à distância. Antonio Cicero mora no Rio de Janeiro e o contato freqüente entre os dois acontece naturalmente via telefone ou skype. Viva a tecnologia.

“O poema: som e sentido foi uma ideia minha, que ele embarcou. Acho imprescindível, nessa nossa rotina confusa, onde não há tempo pra nada, falar de poesia. Especialmente porque o poema exige do leitor um exercício que nenhuma outra manifestação artística exige”, diz Arthur.

Para ele, a leitura de um poema, mesmo quando efetuada em voz baixa ou interior, não se compara com outras experiências de leitura. “Não se lê um poema como se lê uma notícia de jornal, uma bula de remédio, uma carta, um ensaio. Quando lido desses modos convencionais, um poema é uma chatice”, acredita Arthur.

A leitura de um poema, de acordo com o cantor, deve transportar-nos para outra temporalidade. “A divisão em versos, o ritmo, a paronomásia, o som de cada palavra, de cada verso e do poema como um todo têm que ser levados em conta: sobretudo a relação do som com o sentido”, diz.

O poema: som e sentido se divide em dois momentos. No primeiro, um bate-papo com Antonio Cicero sobre Como ler um poema. Será um resumo do curso que já ministrou em diversos Estados. Nesta conferência, o poeta revisita alguns dos maiores autores da poesia universal e brasileira para apontar de que forma é possível fruir a poesia enquanto obra de arte.

Arthur Nogueira (foto: Thiago Kunz)
No segundo, os textos de Cicero surgem “relidos” segundo a abordagem musical de Arthur Nogueira. “A ideia, portanto, é explorar todas as possibilidades da poesia, no corpo da página, da voz e da melodia. O Cicero lê, eu canto, a banda toca. No repertório, duas canções inéditas, minhas e do Cicero, e coisas dele com Marina, Calcanhotto, Frejat, já conhecidas do grande público”, conta o artista.

Confira o clipe da canção “$ Cara”, de Marina Lima e Antonio Cicero, faixa do CD “Mundano”, de Arthur Nogueira: aqui.

Serviço
Bate-papo musical O poema: som e sentido. Dia 27 de agosto, na Feira da Beira da Fundação Curro Velho, a partir das 19h30 - Rua Nelson Ribeiro, 287. E dia 11 de setembro, na Feira Pan-Amazônica do Livro - Hangar -Auditório 03 - 17h. Tudo com entrada franca.

Um comentário:

Edyr Augusto Proença disse...

Querida, somente para lembrar do Sem Dizer Adeus, sextas, sábados e domingos, 21hs, no Teatro Cuíra, com Cláudio Barradas e Zê Charone.
Bjs