7.6.14

“Anáguas” ganha duas apresentações em Belém

Depois de Campina Grande (PB), Porto velho, Macapá (AP), Palmas (TO), o espetáculo da Cia Oxente será apresentado, neste sábado, 07, e no domingo, 08, às 20h, no Teatro Cláudio Barradas. “Anáguas” vem da Paraíba, contemplado com o prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2013, trazendo três atividades, uma oficina, a apresentação do espetáculo e uma exposição.

A oficina “Danças Folclóricas e sua utilização no Teatro” trabalha as danças folclóricas do nordeste para a utilização no teatro, utilizando ritmos como cocos de roda, xaxado, ciranda e cavalo marinho, e ainda a dança de salão regional como xote, baião, forró, dança do camaleão e araruna, além da quadrilha junina. 

A exposição “Memórias do teatro Paraibano” reúne fotos, textos e documentos que descrevem os 30 anos de atuação da Companhia Oxente, além da vida e obra da dramaturga Lourdes Ramalho, celebrada como grande dama da dramaturgia nordestina. Premiada no Brasil, em Portugal e na Espanha em inúmeros concursos de dramaturgia e festivais de teatro, ela tem um lugar ímpar na história do teatro da Paraíba, no contexto do teatro nordestino e, mais amplamente, no quadro do teatro brasileiro contemporâneo. 

O espetáculo, dirigido por José Maciel, com texto de Lourdes Ramalho, retrata a história de três mulheres: Maria das Graças, a mãe; Maria Exaurina, a filha, esteio da família; e Maria Cândida, a mais nova, considerada a ovelha negr. As três, apesar de suas diferenças, lutam cada uma, a sua maneira, para se manterem fiéis aos seus princípios. 

Elas são capazes de passar por cima de seus próprios egos, liberando o que há de mais cruel no ser humano, seus conflitos, desarmonia, egoísmo, injustiças e senso de condenação, sentimentos que permeiam o espetáculo do inicio ao fim.  As três mulheres mostram, também, suas fraquezas e se apoiam no próprio seio familiar. 

A direção optou por uma montagem triangular e atemporal, três escadas definem o espaço trabalhado pelas atrizes que dão vida as personagens; As escadas definem bem a intenção do poder que essas mulheres pretendem exercer diante da família. 

O espectador é pego de surpresa, ao mesmo tempo em que vislumbra o espetáculo, é parte essencial dele, chegando a contracenar com as atrizes em meio ao desfecho da peça. O público vai sendo envolvido nesse triangulo, uma das formas geométricas de maior ligação entre as pessoas ou qualquer outra manifestação. No caso de Anáguas, o próprio espetáculo propõe essa aproximação entre a obra e seus apreciadores.

Ficha Técnica


  • Atuação: Margarida santos/Mônica Macedo/Palmira Palhano.
  • Dramaturgia: Lourdes Nunes Ramalho.
  • Montagem: Cia Oxente de Atividades Culturais.
  • Encenação: José Maciel.
  • Cenografia: José Maciel e Jacinta de Lourdes.
  • Figurinos: Tainá Macedo.
  • Plano de Luz: Edilson Alves.
  • Execução de Luz: Tainá Macedo.
  • Produção Executiva: Focos Produções.
  • Produtor: Jamil Richene.
  • Músicas Originais: Angélica Lacerda, Marcos Fonseca, Misael Batista.
  • Programação Visual: Tainá Macedo e Regina Negreiros.


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