Vencedor do Edital Cláudio Barradas, “Eu Me Confesso Eneida” tem dramaturgia de Carlos Correia e direção de Edson Chagas e Leandro Haick.
Ela foi poeta, ativista política, pesquisadora do carnaval brasileiro e definiu o que hoje se convenciona chamar de crônica memorialística. Eneida de Moraes.
Um dos nomes paraenses mais festejados em nível nacional. As múltiplas inquietações que transformaram essa mulher única em muitas chegam à ribalta no espetáculo “Eu Me Confesso Eneida”, que ficará em cartaz até domingo, no Teatro Waldemar Henrique.
Nesta sexta e sábado às 20h. E no último dia desta primeira temporada às 19h. Vencedora do edital Cláudio Barradas de Fomento ao Teatro, promovido pelo Governo do Estado do Pará, através da Secult, a montagem tem dramaturgia assinada por Carlos Correia Santos e direção de Edson Chagas e Leandro Haick. Em cena, as atrizes Marta Ferreira, Elisângela Vasconcelos e Rosa Marina vivem, simultaneamente, as várias faces e facetas de Eneida. Um embate angustiante e provocativo que vai revelando para a platéia detalhes da densa biografia da famosa nortista.
A peça é uma realização do grupo EcoArte e conta com apoio do Gepem e Teatro Waldemar Henrique. O figurino, cenografia, iluminação e maquiagem foram concebidos por Chagas Franco. A pesquisa de sonoplastia foi desenvolvida por Nelson Borges, Edson Chagas e Leandro Haick. A operação de sonoplastia é de Marcos Blanco. A operação de luz de Venildo Cohen. E as fotos de divulgação têm o selo de Naldo Silva e Pedro Ferreira.
Biografia - Contista, cronista, memorialista, Eneida Vilas Boas Costa de Moraes nasceu num palacete situado à rua Benjamim Constant e ali se criou. Filha de Guilherme Costa e Júlia Vilas Boas Costa. Família de posses.
O pai era comandante de navio e, assim, desbravava os rios do Estado. Rios que, de um jeito ou de outro, acabariam tomando conta das veias de Eneida, correndo por elas mais do que seu próprio sangue. O amor de Eneida pelo Pará foi tanto que mais verdes do que essas terras só mesmo os olhos da autora, eternos apaixonados por Belém. E justamente este verde estaria no título do primeiro livro. Em 1930, ela publica “Terra Verde”, um livro de poemas com temática amazônica.
Ainda muito jovem, foi morar no Rio de Janeiro, na época, a capital federal. Filiou-se ao Partido Comunista e se posicionou abertamente contra a ditadura Vargas. Por esta razão, foi presa várias vezes. No cárcere, dividiu cela com Graciliano Ramos e Olga Benário.
Apaixonada pela cultura do povo, dedicou-se a um profundo estudo sobre o folclore brasileiro. Foliona de grande marca, criou na capital carioca o célebre Baile do Pierrô. Eneida despediu-se das árvores de suas verdes terras num mês de abril. Morreu em 27 de abril de 1971. Atendendo a um pedido seu, como boa comunista, foi sepultada no lado esquerdo do Cemitério de Santa Isabel.
Serviço
Eu Me Confesso Eneida”, de Carlos Correia Santos. Direção Edson Chagas e Leandro Haick. Realização EcoArte. Patrocínio Secult. Até o dia 27 de fevereiro. Teatro Waldemar Henrique. Sexta e sábado às 20h e domingo às 19h. Ingressos: R$10,00.
(Texto de divulgação enviado por Carlos Correia Santos)
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