9.4.21

Os rumos da canção no livro de Marcello Gabbay

“Música Estranha: novos rumos da canção no Brasil a partir do brega e do grotesco popular” sai pela Editora Paka-Tatu e tem lançamento agendado para o dia 1º de maio, com uma live do duo O Campo e a Cidade, formado pelo próprio Marcello e o músico Neto Rocha. A obra parte da escuta do disco Kitsch Pop Cult de Felipe Cordeiro, lançado em 2012, e por outro lado, da querela do fim da canção, a inquietação da trinca de “mestres cantores” paulistanos, Luis Tatit, José Miguel Wisnik e Arthur Nestroski. 

Este é o segundo livro solo de Marcello Gabbay, professor e músico paraense radicado em São Paulo. O livro reúne textos produzidos ao longo dos últimos dez anos, e apresentados em congressos e publicações acadêmicas no Brasil e no exterior.  

Quais seriam os novos rumos da música popular? Teríamos atingido o fim da canção? O esgotamento de todos os clichês e discursos possíveis? A partir do contexto do “fim da canção”, o livro de Marcello Gabbay lança um olhar crítico sobre as complexas relações entre a produção cancionista no Brasil contemporâneo e os procedimentos de escuta sedimentados ao longo do último século.

Depois de percorrer um capítulo sobre a canção popular e a questão da escuta no século XX, outro sobre a noção de música brasileira com enfoque na cena nortista, e outro sobre a questão do gosto brega, o livro “Música Estranha” termina sua aventura retomando o dilema do fim da canção e as novas tendências da música popular em dois aspectos: primeiro a possibilidade de derrubada mais radical das fronteiras estéticas entre popular e erudito, e segundo, tomando alguns exemplos da música aliada à narrativa LGBTQI+ para refletir sobre o poder criativo e questionador de uma estética do “feio” e do “sujo” na estética popular.

A grande questão é se a “feiura”, como contrarregra do padrão da indústria fonográfica tradicional, não seria uma importante tendência estética de nosso tempo. Pois, esgotados os recursos estilísticos da indústria pop, resta-nos o que antes foi deixado de fora, a música estranha. Mas estranha pra quem?

Formado em Comunicação Social no Pará, Gabbay se doutorou em Comunicação e Cultura na UFRJ, com intercâmbio acadêmico na Université Paris-Descartes (Sorbonne V), sob orientação do sociólogo Michel Maffesoli. A tese defendida em 2012 virou o livro “Comunicação Poética e Música Popular: uma história do carimbó no Marajó” (Ed. Appris, 2018), que trata da força vinculativa da poética cancionista brasileira.

Especialista em Musicoterapia Preventiva e Social pela FMU e em Psicologia Analítica pelo Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa (IJEP), o autor tem diversos artigos científicos publicados em periódicos no Brasil, na América Latina e na Europa, e artigos jornalísticos sobre música popular. Autor do livro “Música Popular e Comunicação Poética” (Ed. Appris, 2017), também já compôs trilhas e música original para peças de teatro, instalações e curta-metragens.

Serviço

“Música Estranha: novos rumos da canção no Brasil a partir do brega e do grotesco popular”. Editora Paka-Tatu, 112 páginas. Lançamento: live com a banca O Campo e a Cidade, 01 de maio de 2021. Link: youtube.com/ocampoeacidade e instagram.com/ocampoeacidadeoficial. Preço do livro: R$ 25,00.

Música Estranha no Spotify

Para comprar o livro: Música Estranha

Contato wpp: (11) 94232-5286 

E-mail: marcellogabbay@uol.com.br

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