Sério Fernandes |
Nesta semana de feriado, num clima de lockdown pandêmico, sem condições de se pensar em sair por aí, o negócio é Ficcar em casa. O festival vai render homenagens hoje (1), amanhã (2) e no sábado (3) a três figuras propositivas do audiovisual independente. Justas homenagens para quem se dedica ao árduo ofício de fazer cinema e contribui na construção do FICCA.
Para produzir cinema são necessárias muitas mãos. E quando falamos do contexto amazônico, demarcado por um descaso histórico, o fazer colaborativo se revela ainda mais potente. Nesta edição, o festival reverencia o trabalho e pensamento da multiartista Rosilene Cordeiro e do cineasta Chico Carneiro, ambos paraenses e, reafirmando a parceria com a cidade Porto – que já recebeu duas edições do FICCA– o cineasta lusitano Sério Fernandes também recebe a honraria. O festival está, portanto, celebrando esses encontros que se fortalecem ao longo dos anos e por isso mais ainda se faz necessário o registro e as reverências.
Hoje, a homenagem vai para o diretor lusitano Sério Fernandes, Mestre da Escola Artística do Porto, nascido na cidade do Porto, em Portugal. O diretor se consagra como grande nome da escola portuguesa de cinema, sendo diretor de dezenas de filmes independentes. Na programação do festival, serão exibidos três filmes de Sério: “Segundo Porto” (2017), “Um vulto na praça da Batalha” (2019) e “Curtas” (2020), com apresentação de Francisco Weyl.
“Este trabalho fala do meu dia a dia. Pesquiso performances cotidianas no contexto amazônico, memória individual e coletiva. Construo meu fazer me localizando nessas coletividades amplas, como a escola, a comunidade e a família. Nesta performance trago o meu fazer cinema com essa relação formativa que vivencio à medida que experimento”, conta a artista.
Além disso haverá o pré-lançamento do longa metragem dela “Feitiço”, segundo a diretora, uma obra de roteiro simples, uma fábula fabulante sobre mulheres guerreiras e seus filhos ‘degradados’, filhos delas desde Eva até Maria de Nazaré.
“Esta homenagem, para mim, sinaliza que o cinema documental que venho fazendo tem demarcado seu território de importância no registro de um cinema-olhar-amazônico que se direciona para uma contemporaneidade ribeirinha”, declara Chico, que atualmente trabalha na produção e finalização de três documentários, frutos de viagem e pesquisa no município de Breves.
PROGRAMAÇÃO
Quinta-feira - 1º de abril - 19h
Homenagem a Sério Fernandes – Mestre da Escola do Porto – Portugal
Sexta-feira - 2 de abril – 19h
Homenagem a Rosilene Cordeiro – Exibição do Longa Feitiço
Sábado - 3 de abril – 18h
Homenagem a Chico Carneiro – Exibição do filme “Quem é Vanda”
Domingo - 4 de abril – 18h
Roda de Conversa As Amazonas do Cinema
Segunda-feira, 5 de abril
18h – Lançamento do livro Kynema
19h – Encerramento do festival
Serviço
6º FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté – Projeto selecionado pelo edital Audiovisual – lei Aldir Blanc/PA. Programação até 5 de abril de 2021, pelo canal do YouTube do Ficca. Mais informações www.ficca.net.br e pelas redes sociais @ficcacinema.
(Holofote Virtual, com Luiza Soares)
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