O músico e produtor musical argentino, Santi López, viajou quase cinco mil quilômetros até a capital paraense em busca de se reconectar com sua ancestralidade. Nascido em Córdoba e de descendência direta de povos originários da província argentina, o artista vive há três anos no Brasil.
Durante esse tempo, ele passou por um processo intenso de resgate das suas origens, muito por meio do contato com indígenas das etnias Anambé e Guajajara. Não à toa, Santi López escolheu o dia 19 de abril, celebrado como o Dia dos Povos Indígenas, para o lançamento de “Amazônia Legal”. A faixa traz mensagens de valorização e respeito aos povos indígenas e denuncia o desmatamento.
“Através de vivências ao lado de Têçá Anambé e Ylmarana Guajajara pude me envolver em projetos e práticas indígenas, assim como valores, como conexão e valorização da terra. Esse foi o despertar para a minha reconexão ancestral. A escolha da data tem a ver com a necessidade de honrar e dar voz às lutas dos povos indígenas, sobretudo diante da situação alarmante de desmatamento e descaso que vemos hoje em dia. Espero que essa música possa ser um porta-voz dessa mobilização tão importante”, diz ele.
A culinária regional também é lembrada na letra, que cita comidas típicas como a maniçoba, farinha e o açaí – paixões de Santi López. “A minha identificação com o Pará tem sido muito forte. É algo que percebo desde a questão visual, com as pessoas que encontro na rua, em relação a traços faciais que eu carrego em comum, até mesmo o afeto e as amizades construídas na música. Impossível não comentar as comidas regionais, como tucupi, camarão, maniçoba e peixes - morando em Outeiro, temos muito acesso a peixes regionais, como o tambaqui. O gosto pela culinária é tão grande que virou destaque na música”, afirma Santi.
“Amazônia Legal” é uma realização da produtora O Boto Produções e tem o apoio da Ná Figueiredo, Go Health Food, Loja Odoyá, Budokaos Records, Antonieta Hostel, O Adridau Hospedaria Amazônica, Casa D´Noca e Organização Máquina. “Espero que a repercussão desse trabalho possa fortalecer movimentos relacionados à luta ambiental, contra as queimadas e o desmatamento, e pela preservação dos povos originários da Amazônia”, finaliza.
(Holofote Virtual, com assessoria de imprensa)
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