15.9.11

Seda encearra jornada com música e intervenções


A sexta-feira promete. É que, unindo-se à Balck Soul Samba, a Semada do Audiovisual - Seda - vai encerrar em grande estilo, no bar Palafita, com intervenções de vídeo, circo, performances e exposições fotográficas. Antes da festa, porém, o último dia de programação da Seda ainda está recheado de filmes e debate. 

Há uma semana, a Seda vem exibindo curtas e realizando oficinas e debates sobre a produção audiovisual contemporânea em Belém, feita por coletivos de realizadores munidos de câmeras e com acesso às novas tecnologias . O resultado são filmes sobre o qual recai um investimento maior na criatividade e na vontade de cada um em fazer cinema custe o que custar. 

Nesta sexta-feira, 16, porém, a sessão de cinema, que inicia às 14h30 , no Cine Líbero Luxardo, no espírito, exibirá os filmes da KinemAndara, de Vicente Franz Cecim, cuja produção situa-se nos anos 1970, em Super 8.  Na programação estão cinco filmes deste período: o Cinema do Invisível. ‘Matadouro(1975) ‘, ‘Permanência(1976)’, ‘Sombras(1977)’, ‘Malditos Mendigos(1978)’ e ‘Rumores(1979)’. 

O cineasta, crítico e escritor, que havia parado de filmar desde então, retomou sua produção em 2009, desta vez filmando em  digital. “Fonte dos que Dormem” e “A Lua é o Sol” já receberam comentários do crítico Pedro Veriano. A partir das 16h, entra na tela a produção do qUALQUER qUOLETIVO, projeto que nasce como intervenção urbana e como cena do improviso. 

Já às 19h, na Livraria Saraiva (Boulevard Shopping) , o debate gira em torno do tem "Articulando Redes: Integrando as experiências audiovisuais na Amazônia", que terá como participantes, Delson Cruz (Regional Norte Minc), Caio Mota (Difusão-Manaus), Otto Ramos (Palafita-Macapá), Nilton Silva (Redecom–Belém), Antônio Botelho (GAM – Marabá) e Samir Raoni (Rede Norte de Cineclubes).

Mateus Moura, do qUALQUER qUOLETIVO
Encerramento - Depois de mais um dia respirando o novo momento da produção audiovisual paraense, aí, sim, já dá pra "rasgar a Seda" e se reencontrar no Palafita, onde o grafiteiro Rafael Duque promete registrar sua arte no improviso, Brow TDC assumirá o microfone com seu "rap free style" e o grupo Maha-Mantra Malabares, formado por quatro artistas de rua, vai intervir no ambiente com arte circense. Eles farão jogos de fogo, monociclo e tecido. 

Unindo os sons dos DJ’s Black Soul Samba: Eddie Pereira, Fernando Wanzeller, Homero da Cuíca, Kauê Almeida e Uirá Seild, a festa ganha o peso dos DJ’s da Confraria do Som, Dance Like Hell e Pogobol.  "Como teremos muitos coletivos que vão participar, e cada um com estilos bem distintos, o tempo de apresentação de cada um será mais curto do que o normal, o que vai dar um ritmo bem interessante a festa. 

Além disso, haverá  participação do percussionista Rodrigo Etnus, e do Improvídeo, dupla que faz experimentação em vídeo. "A ideia é conglomerar estas expressões e criar um ambiente totalmente envolto pela arte”, explica Cris Salgado, da organização da Seda.

De acordo com ela, o objetivo é fazer com que todo mundo faça parte do processo de construção artística do espaço.  "A exposição fotográfica, é aberta. Basta levar suas imagens que lá teremos material para a fixação das fotografias nas paredes", convida. A montagem final dessa festa de cinema, fica por conta das intervenções do "Qualquer Coletivo", que vai ocupar espaços inusitados no ambiente.

Serviço
SEDA - 14h30 no Líbero Luxardo; 19h, na Livraria Saraiva e festa de encerramento: 22h, no Palafita - Black Soul Samba –  Cidade Velha, ao lado da Casa das 11 Janelas - Ingresso: R$10,00 – mas as 50 primeiras pessoas pagam metade. Informações: (91) 8413 0861 e 8272 5105.

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