D. Juan, de Mateus Moura |
Quatro dias dedicados ao cinema. É isso que propõe a Semana do Audiovisual (Seda), que começa nesta terça-feira, 13, com uma programação gratuita composta por debates, mostras e oficinas voltadas para o fortalecimento da produção local.
O evento propõe um intensivo de atividades cujo objetivo é um só: massificar a ideia de que para produzir a sétima arte é necessário muito mais do que dinheiro, é preciso paixão. Trata-se também de um encontro de cineastas, produtores, articuladores, entusiastas e curiosos que dão uma conotação bem menos pejorativa àquilo que se chama de cinema amador.
Pelo contrário, atribuem à expressão o seu significado original, que se refere ao amor pelo fazer. Uma interpretação que não pressupõe desleixo ou mau gosto, mas sim a adoração pelo que se produz, independente da estrutura que se tem em mãos. É este espírito que guia todas as ações do festival que, estrategicamente, acontece em 3 locais diferentes.
A tarde, 8 realizadores independentes, entre cineastas e coletivos, apresentam suas produções na mostra no Cine Líbero Luxardo, a partir das 14h30. Após as exibições, os convidados darão seus relatos de experiência, depoimentos que poderão ser estimulados por intervenções do público.
Muragens, animação de Andrei Miralha |
“A Seda é uma atividade do Circuito Fora do Eixo, rede que atua em diversos estados do país. Por isso, os relatos provenientes da mostra, assim como de todas as outras ações do festival, serão distribuídas por esta rede, ou seja, chegarão a vários lugares do Brasil”, explica Samir Raoni, membro da representação compartilhada do Circuito no Pará, que assina a Seda junto com a Associação Paraense dos Jovens Críticos de Cinema - APJCC.
A partir das 19h30, a programação dá continuidade com as mesas de debate, que acontecem na Livraria Saraiva, parceira da Seda. Em discussão, algumas temáticas muito pertinentes: crítica cinematográfica, articulação de redes, cinema e educação e produção audiovisual, todos os assuntos debatidos em âmbito local por representantes de cineclubes, produtores e críticos. “As mesas são espaços para discussões mais políticas, reflexões que são extremamente importantes principalmente dentro do contexto amazônico”, diz Mateus Moura, curador do festival.
Durante a manhã, as oficinas vão ocupar espaços distintos, abordando assuntos como animação (com ênfase em Stop Motion), produção de maquinário audiovisual, realização cinematográfica com baixos custos e linguagem. Estas atividades são destinadas as pessoas que fizeram inscrição prévia.
“Queremos discutir cinema e também falar sobre as formas de fazê-lo. Todos estão convidados a fazer esse exercício com a gente, basta ser apaixonado por esta arte”, incita Mateus. Programação completa e mais informações pelo site www.garfoefaca.net/seda. Contatos: Mateus Moura (curador da Seda) -8372-8367; e Samir Raoni (produtor do Festival) - 91 8154-1386.
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