13.3.24

Carimbó Selvagem: 1o single com shows na cidade

O grupo “Carimbó Selvagem” inicia uma série de shows, desta quinta-feira, 14, a domingo, dia 17 de março, celebrando o lançamento do primeiro single, nesta sexta-feira, 15, em todas as plataformas digitais da música.

Denominado “Mangueio no Veropa”, o single saúda o cotidiano de trabalho artístico que os catimbozeiros selvagens desenvolvem na maior Feira a céu aberto da América Latina, o Ver o Peso,  marcando a importantes ocupações na cidade, a partir da produção do Carimbó Selvagem no Mercado de carne, na feira do Açaí ou em frente ao solar da Beira , ambos no mercado do Ver o Peso.

Com objetivo de  salvaguardar o patrimônio cultural imaterial brasileiro, o Carimbó e também chamar a atenção da preservação do patrimônio histórico da cidade de Belém através do famoso “mangueio” , termo usado para denominar a prática cultural nas ruas, o single “Mangueio no Veropa” foi realizado pela produtora Fonográfica Caqui, gravado no “estúdio Torto”. Engenheiro de som: Reiner, Edição de áudio: Pratagy, Mixagem: Reiner, Masterização: Luan Sanches, Distribuição: Selo Caquí via Shake Music

Mini turnê de lançamento

A turnê inicia nesta quinta-feira, 14, na casa Buraco Negro. No dia 15, o rolê será na casa De Bubuia, localizada no bairro da Cidade Velha. No sábado, 16, o batuque será na ocupação “Acorda Pedreira”, no bairro da Pedreira com programação especial para as crianças. A última apresentação da jornada será no domingo, 17, na Roda Selvagem na Feira do Açaí, com participações de convidados especiais.

Realizam o projeto Gabiru Cigano, Astrum Zion, Luan Monteiro, Heron Rodrigues, Jadson Maiandeua, membros oficiais do Carimbó Selvagem, além de músicos e artistas convidados, contando com a direção artística de Andrey Alves e fotografia de Sávio Lima. 

A composição  conta com a participação do artista Flor de Mururé. Como em todo mangueio, a cuia vai passar para contribuições voluntárias, fazendo assim a valorização e a democratização ao acesso à cultura popular nas ruas da cidade de Belém.

PRÉ-SAVE DO LANÇAMENTO DO SINGLE MANGUEIO NO VEROPA: https://play.shakemusic.com.br/mangueionoveropa

Serviço: Carimbó selvagem faz turnê de lançamento do seu primeiro Single “Mangueio no Veropa”. Dia 15, em todas as plataformas e turnê presencial de shows de quinta, 14, a domingo, 17 de março. Confira:

  • 14/03/2024 – Quinta-Feira – Buraco Negro  ( Tv. Dom Bosco , 15 – ao lado da Igreja do Carmo)
  • 15/03/2024 –  Sexta-Feira –  De Bubuia (Rodrigues dos Santos , n° 210, Cidade Velha)
  • 16/03/2024 – Sábado –Acorda Pedreira ocupação Nascente (Av. visconde de Inhaúma esquina com Barão do triunfo). Participações: Apresentação de Pernaltas com os Gigantes da Amazônia , contação de Histórias infantis, Dj Sidou e  Carimbó Selvagem.
  • 17/03/2024 – Domingo – Roda Selvagem na Feira do Açaí (Complexo da Feira do Açaí).

Sesc recebe Mostra Cinema e Direitos Humanos

A abertura da mostra, no Rio de Janeiro
A 13ª edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos chega ao Pará, no Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso, dia 18, a partir das 18h.

A abertura será seguida da exibição de “Nas Asas da Pan Am”, de Silvio Tendler, cineasta homenageado nesta edição. O documentário é uma autobiografia do diretor, abordando o período em que o mesmo viveu em autoexílio, no Chile, nos anos 1970. Anos depois, estudou cinema em Paris, voltando ao Brasil na época em que o país se redemocratizava. Com passagens por Cuba, União Soviética e Alemanha Oriental, Tendler registrou diversos universos que não mais existem.

Com todas as regiões representadas nas produções cinematográficas selecionadas, a Mostra tem 18 filmes realizados por profissionais escolhidos por terem relação direta com os temas abordados nas telas, como o racismo e os direitos das mulheres, de pessoas com deficiência, povos indígenas e comunidade LGBTQIAPN+. O roteiro do evento foi organizado em programas divididos com os títulos “Homenagem”, “Raízes”, “Sementes” e “Frutos”. 

Ribeirinhos do Asfalto, de Jorane Castro
Também gratuitas, as oficinas com educadores são outras atrações da 13ª Mostra, que tem como tema "Vencer o ódio, semear horizontes”. O objetivo é a formação de multiplicadores, alcançando mais de 700 educadores no país, para que a arte e os direitos humanos apoiem o ensino. 

Em Belém, as oficinas acontecerão na Faculdade de Artes Visuais (FAV) da Universidade Federal do Pará (UFPA), na Rua Augusto Corrêa, 1, Guamá, em Belém, de 19 a 22 de março, das 09h às 12h. 

Em uma segunda fase, o evento terá a Mostra Difusão, quando a programação desta 13ª edição ficará disponível online, na plataforma de streaming InnSaei.TV, e em equipamentos culturais das cidades participantes, de 25 de março a 24 de abril. 

Os espaços, incluindo os do interior, foram cadastrados pelo Ministério da Cultura, que realiza a Mostra com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. A produção é do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF) com a Faculdade de Artes Visuais da UFPA.

PROGRAMAÇÃO

Abertura: Dia 18, com “Nas Asas da Pan Am” (2020, 115 min, livre), de Silvio Tendler, às 18h30.

Dia 19, às 14h, o programa “Frutos” exibe “Um Filme de Verão” (2019, 95 min, 14 anos), com debate depois. A partir das 18h, o programa “Raízes” traz “Travessia” (2017, 5 min, livre), “Filha Natural” (2018-19, 16 min, livre), “Nossa mãe era atriz” (2022, 26 min, 12 anos), “Mãri Hi – A Árvore do Sonho” (2023, 18 min, livre), “O que pode um corpo?” (2020, 14 min, livre) e “A poeira dos pequenos segredos” (2012, 20 min, 14 anos), com um debate ao final, às 19h40.

No dia 20, a partir das 14h, o programa “Frutos” tem “Tesouro Quilombola” (2021, 23 min, livre), “Mutirão, O Filme” (2022, 10 min, livre), “Cósmica” (2022, 7 min, livre), “O Pato” (2022, 11 min, 14 anos), e um debate com o público, às 14h50.

O programa “Sementes” traz “Ribeirinhos do Asfalto” (2011, 26 min, livre), às 18h, seguido por “Adão, Eva e o Fruto Proibido” (2021, 20 min, 14 anos), “Nossos espíritos seguem chegando” (2021, 15 min, livre), “Me farei ouvir” (2022, 30 min, 10 anos), “Escrevivência e Resistência: Maria Firmina dos Reis e Conceição Evaristo” (2021, 26 min, livre), e debate ao final das projeções, às 20h.

Dia 21, a sessão “Homenagem” apresenta mais um filme de Silvio Tendler: “A Bolsa ou a Vida” (2021, 102 min, 10 anos), às 18h, também com debate sobre a obra do diretor.

SERVIÇO

13a Mostra Cinema e Direitos Humanos. Período: 18 a 22. Local: Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso (Boulevard Castilhos França, 522/523). Entrada franca.

Informações sobre as oficinas: As informações sobre as inscrições estão no link https://forms.gle/Q4HKLCGfEyW53jrx7.

Outras informações da Mostra no site mostracinemaedireitoshumanos.mdh.gov.br. 

11.3.24

Lúcia Chedieck: o desafio da iluminação urbana

Oportunidade para os interessados na arte da iluminação urbana. A artista da luz, como é conhecida Lúcia Chedieck, vai ministrar a oficina “Criando Paisagens Noturnas", de 20 a 28 de março. Inscrições abertas, prorrogadas até 15/03.

Lúcia Chedieck é paraense, mas reside em São Paulo há muitos anos, desenvolvendo um trabalho premiado com a luz. A artista traz como propósito, nesta oficina, formar olhares que possam compreender a importância da iluminação urbana, a questão da sua relação com a paisagem da cidade e a percepção de interesse alusivo ao papel da luz, sendo natural ou artificial. É ela quem assina o projeto de luz da peça principal da exposição “Mastarel: As Águas de Dentro”.

A mostra, aliás, prorrogou e ficará aberta até este sábado, 9 de março, no Mercado do Porto do Sal, na Cidade Velha, dentro do projeto Mastarel, de arte pública, viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura Rouanet, com patrocínio master do Instituto Cultural Vale e realização do Ministério da Cultura, Apneia Cultural e Tijuquaquara Produtora Cultural.

Lúcia diz que apesar de estar distante da cidade, se tratando da espacialidade, ela continua se encantando e se envolvendo com esse projeto, desde 2016. “Quando me foi apresentado pela artista e criadora do projeto Mastarel, Elaine Arruda, com a parceria e falas do Mestre João em São Paulo, a oportunidade de atuar com o Mastaréu, pensei 'estou dentro', porque existe um propósito onde arte e resistência se encontram, criando visibilidade ao que é invisível para alguns olhares, uma luta juntamente com a comunidade do Porto do Sal", diz Lúcia Chedieck. 

"Temos uma parceria e me vejo a cada ano, mais e mais envolvida e realizada. Porque o projeto abriu vários leques de possibilidades, se tratando de um processo criador de todos, ao quais aglutinaram trocas de ideias entre as vozes responsáveis envolvidas. O Mastarel de 2023 foi um processo de partilha e experiências entre o escambo das trocas de reconhecimento entre todos", continua.

Para ela, a iluminação urbana desempenha um papel crucial na definição da atmosfera e identidade de uma cidade, influenciando diretamente a experiência dos habitantes e visitantes. Além de garantir a segurança e o conforto durante a noite, a iluminação adequada pode realçar elementos arquitetônicos, destacar pontos de interesse cultural e criar ambientes acolhedores.

“Quero compartilhar um olhar sobre a ótica por parte de um designer de luz. Um olhar entre tantos outros, interrogando sobre o seu aspecto noturno. Pretendendo, assim, tentar acrescentar uma nova faceta à reflexão atual sobre o sentido e o futuro da paisagem noturna”.

Trajetória com premiações e repercussão internacional

Lúcia Chedieck é artista paraense, que reside há muitos anos em São Paulo e que possui uma longa e vasta carreira, premiada e reconhecida nacional e internacionalmente. Na oficina "Criando Paisagens Noturnas”, ela vai explorar a importância da iluminação urbana e sua relação com a paisagem da cidade.

Atuante na área das Artes Cênicas e Arquitetura, ela tem criações em peças de teatro, projetos em arquitetura cênica e luminotecnia. Sua origem está na cenografia, o que a faz interpretar o espaço arquitetônico por um ponto de vista peculiar. 

Entre as obras com sua assinatura estão o Projeto de iluminação cênica Sala de cinema no Instituto Moreira Salles, São Paulo 2017; para a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, Belém-PA 2005; Galeria Garage São Paulo/SP  2013 e Igreja de São Benedito, Bragança/PA 2011. 

Professora convidada do Programa de Pós-graduação do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo nos cursos de pós-graduação em Lighting design e Cenografia e Figurino, Lúcia tem formação em Artes Plástica pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e possui pós-graduação em Iluminação e Design de interiores e arquitetura. 

Como artista possui três indicações ao Prêmio Shell de Teatro de melhor Iluminação e é vencedora do Prêmio Shell de Teatro de melhor iluminação, em 2005;  e do Prêmio III Prêmio ABILUX de Arquitetura – São Paulo 2006. Em 2015, representou o Brasil na Quadrienal de Praga: Espaço e Design da Performance e, em 2012, em Lisboa, como convidada da FUNARTE, no ano do Brasil em Portugal, onde foi apresentado o espetáculo “Eu vi o sol brilhar em toda sua glória.

Visitas guiadas continuam no Mercado do Porto do Sal

Além da oficina, o projeto lançado em dezembro de 2023, no Mercado do Porto do Sal, continua a cativar os visitantes com a exposição "Mastarel: As Águas de Dentro", que teve sua permanência prorrogada até este sábado 9 de março, das 8h às 18h, proporcionando mais tempo para os apreciadores da arte explorarem suas diversas facetas.

São painéis, fotografias em tecido e vídeo arte, a partir da criação da artista visual Elaine Arruda e do carpinteiro naval Mestre João Aires. Outra ação prevista, mas só em abril, será o lançamento do livro "Mastarel", de Elaine Arruda. A obra traz uma análise detalhada do projeto escultural do Mastarel e seu impacto cultural na região. 

Serviço

​​Oficina "Criando Paisagens Noturnas", com Lúcia Chedieck - De 20 a 28 de março, de segunda a sexta-feira, das 15h às 18h, e aos sábados, das 9h às 12h, no Fórum Landi - Não haverá aula no domingo, 24. 

Inscrições gratuitas e exclusivamente online, até dia 15 de março: https://acesse.one/OficinaLuciaChedieck

Visitas guiadas à exposição Mastarel: As águas de Dentro”, no mercado do Porto do Sal vão até sábado,9, das 8h às 18h.  

Projeto viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura Rouanet, com patrocínio master do Instituto Cultural Vale e realização do Ministério da Cultura, Apneia Cultural e Tijuquaquara Produtora Cultural.

7.3.24

Arte de Casa em Casa na Galeria Direitos Humanos

Lúcia Gomes - Apeú-Castanhal-Pa
Foto: Simone Machado
O mês é especial e o Arte de Casa em Casa chega neste dia 8, ao município de Quatipuru-Pa, para montar a exposição coletiva “Arte e Democracia”, reunindo obras de quatro artistas mulheres, na Galeria Direitos Humanos, coordenada pela artista visual Lúcia Gomes.

Entre março e maio, o "Arte de Casa em Casa" percorrerá quatro municípios e dois distritos paraenses, chegando em espaços culturais e galerias criadas em residências. Selecionado pelo edital de Artes Visuais da Lei Paulo Gustavo-Pa, o projeto já passou pela  Vila do Apeú, em Castanhal, e chega nesta sexta-feira, 8 de março, em Quatipuru-Pa. Os deslocamentos ainda passarão por Mosqueiro, Salvaterra, Marabá e Icoaraci.

Em Quatipuru, município do nordeste paraense, primeiramente será montado o ateliê coletivo, que faz parte da itinerância, promovendo o intercâmbio entre os artistas envolvidos e que resultará nas obras da montagem da exposição "Arte e Democracia", cujo vernissage será no sábado, 9, às 19h, na Galeria Direitos Humanos, coordenada pela artista visual Lúcia Gomes. Na ocasião, haverá a roda de conversa reunindo a experiência das artistas, que também são gestoras de espaços independentes.  

Idealizado e coordenado por Werne Souza, o projeto Arte de Casa em Casa conecta espaços independentes, que, embora enfrentem a negligência das políticas públicas, exercem um papel fundamental de acesso à arte, em periferias e municípios localizados em áreas mais distantes dos centros. 

“Nosso objetivo com esse projeto é criar um circuito permanentemente de exposições de artes visuais entre esses lugares, aproximando e intercambiando ações entre os artistas e os espaços em que ocorrerão as exposições e ateliês coletivos. A ideia é dar mais visibilidade a esta rede de espaços culturais, tornando-os conhecidos pelo público da própria cidade e visitantes, além de chamar atenção da necessidade de se pensar políticas públicas que apoiem essas iniciativas", diz Werne, artista visual premiado, e gestor do espaço Na Casa do Artista, em Icoaraci.

Quatipuru, com mulheres na arte e na democracia

Obras de Lúcia Gomes
Foto: Simone Machado
Lúcia Gomes, a anfitriã da vez, em Quatipuru, pretende reunir uma variedade de obras que refletem questões sociais e políticas. Participam desta exposição, a própria Lúcia Gomes, Galvanda Galvão e as novas participações da fotógrafa Simone Machado e da artista convidada da cidade, Cássia Costa. A curadoria é de Werne Souza.

“Estamos felizes em receber esse projeto em Quatipuru, onde vamos ter nova convivência e além dos artistas visitantes teremos participação de uma artista daqui, a Cássia Costa, que trabalha com madeira da beira do rio, madeira de barco para suas instalações”, conclui Lúcia.

A abertura, no dia 9, às 19h, conta com uma roda de conversa sobre as experiências nestes espaços culturais independentes. Auda Piani vai falar do espaço cultural Na Casa do Artista; Lúcia Gomes, do espaço dela, a Galeria Direitos Humano; Simone compartilhará as experiências do Foto Sima, em Icoaraci, e Cássia Costa vai falar do espaço dela em Quatipuru, o Monóculo da Vovó. 

Para a itinerância, Simone também leva a série "Rituais de Passagem", uma reflexão sobre a vida e a morte através de fotografias antigas. Ela desenvolve um trabalho de memória e ressignificação através de releituras das obras de seus pais, os fotógrafos Mateus Machado e Rosalina Melo.

“É uma série de monóculos com fotos antigas dos eventos que meus pais cobriram e que iam desde o casamento, batizado, primeira comunhão, 15 anos, até fotografia retratar pessoas mortas no caixão na Capela Mortuária, o que era bem comum há 30, 40 anos atrás”, comenta Simone, fotógrafa há mais de 30 anos, vinda de uma família de fotógrafos em Icoaraci.

Visite as exposições abertas na Vila do Apeú 

Obras de Werne Souza, idealizador do projeto
Foto: Simone Machado
Os deslocamentos do projeto ainda seguem para Mosqueiro, Salvaterra e Marabá, em abril, mas desde 2 de março, em Apeú, Castanhal, dois espaços já estão ocupados com visitação aberta ao público, até dia 16 de março. No Ponto de Cultura e Memória Estação Apehu História, Humor e Arte, residência de Luiz Fernando Carvalho, o curador das duas exposições, está aberta a exposição “CasaÀsEscuras”, com obras de Gilmar Lopes.

O artista adquiriu cegueira e participou da roda de conversa “Um Passo no Escuro”, onde compartilhou de suas experiências e sobre os trabalhos realizados em fases anteriores, em trajetória. Natural de São Miguel do Guamá, residindo em Castanhal, ele é um autodidata, que se instruiu por meio de oficinas e muito estudo e inspiração. "Tenho como referência artistas como Claude Monet, Washington Maguetas, Clóvis Percio, Alexandre Reider e outros", diz Lopes.

Ateliê para a exposição coletiva

Video instalação de Galvanda Galvão
Imagem: Print do vídeo
No Apeú, o projeto também passou pela Arte Fazenda Renascer, onde foi realizado o primeiro atelier coletivo da itinerância, gerando a exposição “CasaAcesa”, que inaugurou dia 2 de março, reunindo obras de Galvanda Galvão, Werne Souza e Lúcia Gomes. Esta também segue aberta, mas na galeria da Estação Ery Holanda, até dia 16 de março, de segunda a sexta, das 8h às 18h, e aos sábados, das 17h às 20h. 

A mostra reúne desenho, fotografia, projeção e áudios. Na vídeo-instalação “Imaginário Arquivo”, a artista Galvanda Galvão dialoga com a obra de Vicente Franz Cecim. “Trago imagens de arquivo, fotografia, colagem e poesia. Neste desvelar organizado, pensando um pouco no diálogo destas questões, daquilo que se quer ver, da dificuldade em tocar e encontrar outro olhar. E a importância dessas parcerias em deslocamento, em espaços como esses”, explica Galvanda Galvão.

Ela acredita que houve uma conjunção desta obra com o projeto, “uma vez que essas relações trazem uma aproximação em estar mais perto deste outro e desse lugar que tem essa relação com Andara, no sentido de ser uma Amazônia descoberta, no sentido de que esse deslocamento propõe um outro modo de ver e de tocar uma contraposição nessa aceleração”, conclui.

Werne Souza
Foto: Simone Machado
Para Lúcia Gomes, que também participou da fase Apeú, o projeto proporciona um ambiente de colaboração e troca de ideias entre os artistas. "Foi fantástico. Conviver naquele espaço onde a natureza resiste, nos igarapés, aquele jeito manso do povo, a convivência fraterna, os sorrisos e principalmente estar na natureza em plena cidade, me estimulou não só a criar para a exposição no Apeú, mas também criar outras obras de arte", disse Lúcia Gomes.

Em Apeú, além de levar uma extensão de seu trabalho de denúncia contra genocídios, seja na Palestina, ou no Brasil, com a saga da Covid, negligenciada no governo brasileiro anterior, a artista também produziu obras inspirada no tema sugerido pelo curador Luiz Fernando Carvalho, sobre a questão da cegueira. “Esta, não é apenas física. O pior cego não é aquele que não vê, é a cegueira política em que não se enxerga. Esta segunda obra trouxe projeção na abertura denunciando os mais de 600 mil mortos por Covid”. 

O Arte de Casa em Casa chegará em abril ao Espaço Expressarte, em Mosqueiro; à Taberna Marajó, em Salvaterra, e ao Pontal Instituto Cultural, em Marabá. O encerramento em maio será Na Casa do Artista, em Icoaraci. O projeto conta com produção e montagem de Margareth Gondim e Auda Piani, e registros fotográficos e audiovisuais de Simone Machado.

Projeto Arte de Casa em Casa

Em Quatipuru-Pa: Ateliê, vernissage e roda de conversa

Galeria Arte Direitos Humanos - "Arte e Democracia"

Abertura e roda de conversa:  9/3, às 19h. 

Visitação: 10 a 30/03 - Das 09h às 11h e das 14h às 18h

Endereço: Rua N. S. de Nazaré 364, bairro Centro.

Em Apeú – Castanhal-Pa: Duas exposições

Estação Ery Holanda – Exposição “CasaAcesa”

Obras: Werne Souza, Galvanda Galvão e Lúcia Gomes.

Visitação: Até dia 16 de março

Funcionamento: Seg. a Sex.,  das 8h às 18h e, aos sábados, das 17h às 20h.

Endereço: Av. Barão do Rio Branco - Antiga Estação Ferroviária do Apeú - Castanhal.

Ponto de Cultura e Memória - Estação Apehu História, Humor e Arte – Exposição “CasaÀsEscuras”, com obras de Gilmar Lopes.

Visitação: Até 16 de março, por agendamento

Contato:  (91) 98818.0678

Endereço: Rua Coronel Sampaio, 317 - Apeú Castanhal

Serviço

O Projeto Arte de Casa em Casa foi selecionado pelo Edital de Artes Visuais da Lei Paulo Gustavo-Pa. A realização é do espaço Na Casa do Artista. Neste final de semana, dia 9 de março, às 19h, abre a exposição e realiza a roda de conversa "Arte Democracia", na Galeria Direitos Humanos - Rua N. S. de Nazaré 364, bairro Centro - Quatipuru-Pa. Mais informações e para acompanhar a itinerância: @arte_decasaemcasa (https://www.instagram.com/arte_decasaemcasa/)


1.3.24

Projeto Mastarel traz aula aberta com Michel Pinho

Michel Pinho vai contar as histórias do Mercado do Porto do Sal, que segue ocupado pelo projeto Mastarel, desde dezembro passado. O encontro é sábado, 2 , às 8h, em frente ao espaço, localizado no Bairro da Cidade Velha. Gratuito.

Historiador e fotógrafo, Michel Pinho desenvolve ações na área de educação patrimonial, fotografia e inclusão social. Atua como professor há mais de 20 anos. Pesquisando a história de Belém, a construção da sua memória imagética e suas relações com o patrimônio edificado e imaterial, ele vai além das observações históricas e arquitetônicas para falar das histórias que permeiam o imaginário de quem trabalha, vive ou visita aquela área portuária da cidade.

Os participantes vão percorrer o entorno e seguir por uma rua estreita que interliga o mercado à Praça do Carmo. Ocupada na década de 1970, erguida no terreno de uma empresa de navegação, esta rua ficou conhecida como Beco do Carmo. O público também vai conferir a exposição "Mastarel: As Águas de Dentro", que seguirá aberta com visitas guiadas até dia 9 de fevereiro. A mostra tem curadoria de Vânia Leal e reúne painéis, fotografias em tecido e vídeo.

Mercado é jóia arquitetônica no centro histórico de Belém

A influência arquitetônica mourisca, proveniente do norte da África, deixou sua marca no Mercado do Porto do Sal como um vestígio da influência construtiva portuguesa, que por sua vez absorveu elementos desses povos.

Essa fusão de estilos arquitetônicos, distintos na paisagem urbana, torna o mercado uma preciosa relíquia dessa herança importada da era colonial. Erguido em concreto armado, uma inovação para a época, o mercado destacou-se como um marco de modernidade em sua inauguração. Pouco depois, o concreto armado tornou-se um padrão na construção da cidade. 

Inaugurado em 1933 como um centro vital para o abastecimento e distribuição de produtos provenientes da região das ilhas, o Mercado do Porto do Sal teve sua origem no movimento do Porto do Sal, nomeado durante o período colonial devido ao seu papel como ponto de entrada para o sal inglês.

Sob a administração municipal, o edifício passou por reformas em 1990 e em 2013, até que, em 2023, por iniciativa do Projeto Mastarel, liderado pela artista Elaine Arruda em colaboração com o mestre de carpintaria naval João Aires, recebeu uma intervenção significativa. 

Graças ao patrocínio do Instituto Cultural Vale e com o apoio do Ministério da Cultura, Apneia Cultural e Tijuquaquara Produtora Cultural, o mercado foi submetido a uma restauração abrangente, incluindo a renovação completa do telhado, além de limpeza e pintura das paredes.

Além das melhorias estruturais, as áreas internas e externas do mercado foram revitalizadas. Uma iniciativa denominada "Lavadão" mobilizou a comunidade local em uma ação de limpeza, apoiada pela SECON, SESAN e Loja Frida Store, que forneceram os produtos necessários. Com o mercado devidamente limpo, teve início o processo de pintura.

Em dezembro, o Mercado do Porto do Sal recebeu a instalação da peça Mastarel em seu telhado, além de melhorias em acessibilidade. Foram construídas cinco rampas no total, sendo três internas e duas externas, uma delas na entrada principal e outra na calçada. As rampas foram pintadas seguindo um padrão uniforme, facilitando a orientação e identificação dos espaços de circulação para todos.

O Projeto Mastarel segue até dia 9 de fevereiro, com visitas Guiadas no mercado e com a realização de uma oficina de iluminação pública, com Lúsica Chedieck, em ma’rco, no Fórum Landi. As inscrições estão abertas. As novidades sobre a programação podem ser acompanhadas pelas redes sociais @projetomastarel

Serviço

Aula Aberta sobre o Mercado do Porto do Sal. Neste sábado, 2 de março, com concentração às 8h, no próprio mercado – Rua São Boaventura, com Gurupá – Cidade Velha. Exposição "Mastarel: As Águas de Dentro" - Visitas guiadas de quarta a sábado, das 8h às 18h, até o dia 9 de março.

Cinema Olympia passa por obras de requalificação

Um sonho está prestes a se tornar realidade, desenrolando mais uma saga arquitetônica e cultural de Belém nos próximos meses, com o andamento das obras de requalificação do Cine Olympia, iniciadas nesta semana. 

Conhecido por ser o cinema mais antigo do país em funcionamento, o Olympia passará por um processo de requalificação. Além da restauração e modernização tecnológica do espaço – com medidas de acessibilidade – está prevista a elaboração de um plano de manutenção, gestão e curadoria cultural, e também um programa educativo com visitas monitoradas. 

Iniciativa pública e privada, da Prefeitura de Belém e Instituto Pedra, os recursos, que somam cerca de 11 milhões, foram captados pelo Instituto Pedra, via Lei Federal de Incentivo à Cultura. A previsão é reabrir as portas com programação no início de 2025.

Inaugurado a 24 de abril de 1912,  na Belle Époque, época em que a influência e a reprodução da cultura francesa em Belém eram proeminentes. Ao longo dos anos, passou por uma série de reformas significativas. A primeira grande mudança ocorreu na década de 1940, quando o estilo neoclássico da Belle Époque foi substituído pelo elegante art déco.

Na década de 1950, após ser adquirido pelo grupo Severiano Ribeiro, o espaço foi equipado com uma tela panorâmica e tecnologia cinemascope. Outra década se passou e, nos anos 1960, uma nova onda de renovações chegou, incluindo a substituição das poltronas e tapeçarias, bem como a instalação de ar-condicionado.

Nos anos subsequentes, o cinema continuou cumprindo sua missão, atraindo um grande público nas décadas de 1970 e 1980. Entretanto, após duas décadas, o edifício exigia manutenção, mas foi negligenciado até que o alerta vermelho soasse nos anos 2000. Durante esse período, o prédio despertou o interesse de lojas de departamento, que almejavam expandir seus negócios.

Foram inúmeras, as ameaças de ser fechado e vendido pela família Severiano Ribeiro, então dona do cinema, que alegava não ter mais como manter a sala. Em 2006, numa dessas ameaças iminentes, foi graças à mobilização da classe artística e da população que, mais uma vez, evitou-se o pior. O espaço passou então a ser locado e administrado pela Prefeitura, mantendo-se a função de cinema, com sessões gratuitas ao público e também como espaço de realização de eventos cinematográficos, como festivais e mostras audiovisuais paraenses.

Patrimônio Cultural

Em 2012, o equipamento cultural foi declarado integrante do Patrimônio Histórico e Cultural de Belém e agora, num momento de levante da produção cinematográfica paraense, a partir dos editais da Lei Paulo Gustavo, a aguardada reinauguração do cinema é mais do que bem-vinda!

Os 112 anos do cinema serão comemorados de portas fechadas, ainda, pois o processo todo deve durar até 12 meses, de acordo com o Instituto Pedra, responsável pelo projeto de requalificação do prédio: mas ano que vem tem festa, e na Cop-30.

A requalificação é da Prefeitura de Belém, por meio da Fumbel, em parceria com o Instituto Pedra, com patrocínio master do Instituto Cultural Vale e co-patrocínio do Banco da Amazônia, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei 8.313/1991).

27.2.24

Marahu Filmes estreia série sobre bares brasileiros

“BAR BRASIL” viaja por todas as regiões mostrando a diversidade dos estabelecimentos brasileiros. A série estreia dia 2, com novos episódios todos os sábados, às 20h, no Travel Box Brasil.

Qual a receita do sucesso de um bar verdadeiramente inesquecível? O que faz aquele lugar tão especial e atrai um público fiel, às vezes até por décadas? A comida? O ambiente? Ou a cerveja estupidamente gelada? Dificilmente hoje se encontra um lugar que seja mais unanimidade entre os brasileiros do que o bar. E foi pensando nisso que a Marahu Filmes desenvolveu a série “BAR BRASIL” que estreia neste sábado, 2, no canal de TV por assinatura Travel Box Brasil, às 20h. 

São treze episódios que passeiam por 39 bares de Belém a Curitiba, do Rio a Salvador: o espectador viaja junto por um Brasil de todas as regiões, de bar em bar. A série, com episódios de aproximadamente 26 minutos, conduz o público por uma viagem por variados bares, desde os mais tradicionais a barracas de praia, mostrando o que cada um tem de melhor, sejam drinks autorais, atendimento diferenciado ou pratos únicos.

“O bar é uma instituição brasileira, vamos dizer assim. Não que eles existam somente no Brasil, mas o nosso conceito é um pouco diferente: tem gente que vai pra comer, para ver jogo, até mesmo para conhecer bares históricos. Existem muitas séries sobre restaurantes, hotéis e pensamos: por que não fazer um sobre bares?”, explica o cineasta Fernando Segtowick, um dos diretores do projeto.

Os episódios serão temáticos, mostrando cultura, esporte, cerveja e muito mais, para deixar o público com água na boca e convidá-lo a um verdadeiro tour pelas cinco regiões brasileiras. “‘BAR BRASIL’ é a série da Marahu com maior representatividade do país como um todo. Nós, enquanto produtora do Norte, temos uma necessidade e vontade de mostrar que o Brasil não está resumido a só um ou dois estados, então quando montamos a série buscamos o máximo de representatividade das cinco regiões do país”, pontua o fotógrafo Thiago Pelaes, que também dirigiu a série.

O tema do primeiro episódio são os Wine Bar, que nada mais são que bares com foco na venda de vinhos. O espectador será convidado a uma viagem pelos estados de Pernambuco, Paraná e São Paulo. No Pará, o Muamba Bar foi um dos bares que entraram no episódio sobre drinks que incorporam elementos amazônicos na composição. 

“Uma série que documenta essa fotografia da realidade no Brasil tem um valor incrível: as diferentes linguagens, tipos de hospitalidade, ofertas e propósitos de cada bar. Poder participar por meio do Muamba é mostrar nosso papel e ambição de apontar para o futuro possível de uma coquetelaria legitimamente e originalmente amazônica”, pontua Yvens Penna, bartender e sócio do Muamba Bar, em Belém.

Onde ver:

Canal 557 na Claro, 483 na Sky, 79 na Vivo, 604 Vivo Fibra, 149 Oi TV e no Box Brazil Play (https://boxbrazilplay.tv.br/)

Ficha técnica

Título: BAR BRASIL

Produção da Marahu Filmes

Financiamento da Ancine/FSA/BRDE.

Diretor: Fernando Segtowick, Thiago Pelaes

Definição: Full HD

Idioma: Português

País: Brasil

Ano de Finalização: 2023

Classificação Indicativa: Livre

Gênero: Documentário

Número de episódios: 13

Duração por episódio: 26 minutos

Redes Sociais: @marahufilmes 

24.2.24

É arte de casa em casa e oficina de acessibilidade

Selecionado pelo Edital de Artes Visuais da Lei Paulo Gustavo (PA), o projeto Arte de Casa em Casa vai realizar, a partir de março, um circuito de exposições em espaços expositivos situados em 6 municípios paraenses, todos dentro de residências. Além de Icoaraci, em Belém, passará por Quatipuru, Marabá, Mosqueiro, Apeú, em Castanhal, e Salvaterra, no Marajó. A realização é do espaço Na Casa do Artista, de Icoaraci, com coordenação do artista visual e produtor cultural Werne Souza.

Antes de sair em circulação, porém, a programação abre com a oficina online “Acessibilidade Atitudinal”, que será ministrada neste domingo, 25, das 16h às 18h, pela plataforma Zoom. A ministrante é Neire Lopes, pesquisadora em acessibilidade e inclusão, audiodescritora, com especialidade em escolas. Licenciada em Teatro, também é técnica em Arte Dramática.

A oficina traz reflexões e proposição de ações e estratégias para quebrar barreiras e envolver pessoas com deficiência em atividades e eventos acessíveis. O conceito vai além das adaptações físicas em espaços e eventos. Refere-se à atitude das pessoas em relação à inclusão e ao respeito às diferenças.

Essa forma de acessibilidade busca eliminar preconceitos, estereótipos e atitudes discriminatórias que possam excluir ou marginalizar pessoas com deficiência ou com necessidades específicas. Em eventos culturais, a acessibilidade atitudinal desempenha um papel fundamental, pois permite que todos os participantes, independentemente de suas habilidades ou condições, se sintam bem-vindos, valorizados e incluídos.

Indicada para uma ampla gama de pessoas e profissionais interessados em promover ambientes inclusivos e acessíveis, esta oficina é especialmente relevante para organizadores de eventos culturais, artistas, educadores, profissionais de saúde, gestores públicos, voluntários e qualquer pessoa comprometida em criar espaços onde todos são bem-vindos e respeitados. 

Serviço

Oficina Acessibilidade Atitudinal – Projeto Arte de Casa em Casa – Lei Paulo Gustavo – Pa – Edital de Artes Visuais. Realização Na Casa do Artista. Neste domingo, 25 de fevereiro, das 16h às 18h, pelo zoom. Para participar, basta pedir o formulário de inscrição pelo e-mail: artedecasaencasa@gmail.com ou pelo whatasapp (91) 98134.7719 para receber o link de acesso. 

22.2.24

Mestre Verequete recebe homenagens do reggae

Evento singular e emocionante no Teatro Margarida Schivasappa. O projeto "Tributo ao Mestre Verequete em Reggae" apresentará um espetáculo inédito da banda Floramor, em honra ao lendário mestre do Carimbó paraense. Neste domingo, 25 de fevereiro, a partir das 18h, com abertura do DJ Vitor Pedra. Entrada gratuita.

A apresentação promete uma fusão criativa entre os ritmos do Reggae e do Carimbó, homenageando as ricas tradições negras da região. Sob a direção artística de DJ Vitor Pedra e direção musical de Ras Mancha, a noite promete ser marcada por um show de grande relevância cultural e artística. 

A iniciativa, viabilizada pelo edital Cultura Livre do Governo do Estado, por meio da Fundação Cultural do Pará, demonstra o compromisso em estimular e valorizar a produção artístico-cultural local. Para DJ Vitor Pedra, diretor artístico do evento, essa iniciativa representa a realização de um sonho de longa data.

"Estou profundamente grato pelo apoio do Governo do Estado e da Fundação Cultural do Pará por incentivarem os agentes culturais de nossa região. Este evento é um marco na cena cultural de Belém e é uma homenagem merecida ao Mestre Verequete", destaca.

Banda Floramor
Por sua vez, Ras Mancha, diretor musical da banda Floramor, ressalta que o repertório do espetáculo resultou de uma pesquisa extensiva. 

"Exploramos desde músicas menos conhecidas até os grandes sucessos do Mestre Verequete. Floramor surgiu com a proposta de resgatar nossas músicas nacionais, os ritmos do povo que narram nosso cotidiano e nossa luta. Este tributo é uma maneira de ultrapassar fronteiras e enriquecer ainda mais a obra do Mestre Verequete", afirma.

O Tributo ao Mestre Verequete em Reggae será uma celebração da vida e do legado desse ícone da música paraense. A fusão entre o Reggae e o Carimbó promete emocionar e encantar o público presente. 

Serviço

"Tributo ao Mestre Verequete em Reggae". Domingo, 25 de fevereiro, às 18h. Local: Teatro Margarida Schivasappa no CENTUR. Entrada gratuita.

19.2.24

Museu da Língua Portuguesa recebe propostas

O Museu da Língua Portuguesa recebe até 29 de fevereiro inscrições para a terceira edição do Plataforma Conexões, que visa apoiar e dar visibilidade a projetos de artistas e grupos iniciantes.

Ao todo, a plataforma selecionará dez trabalhos em 2024, em áreas como música, literatura, dança e performance. O tema deste ano é Línguas Africanas no Brasil, o mesmo da próxima exposição temporária do Museu, a ser inaugurada em maio. 

Poderão ser inscritos trabalhos que dialogam com a influência das línguas africanas, como as do tronco bantu, no português falado no Brasil. Assim como obras que contemplem manifestações artísticas e rituais das várias culturas africanas que reverberam no Brasil por meio da música, por exemplo. Já nos campos da dança e performance, incluindo as artes visuais, são esperados projetos que contemplem ritmos como o kuduro e o kizomba. E, por fim, na literatura, podem ser apresentadas propostas que flertam com a ancestralidade africana e suas diversas cosmovisões.   

Os escolhidos terão a oportunidade de se apresentar nos espaços da instituição, gratuitamente, tanto para o público do Museu quanto aos usuários da Estação da Luz. Os trabalhos contemplados terão suas apresentações programadas entre março e dezembro de 2024.   

Cada trabalho selecionado receberá a verba de R$ 7.500. Com esse recurso, os artistas ou grupos deverão cobrir gastos como cachês, transporte, hospedagem e eventual aquisição ou locação de materiais, entre outras despesas, considerando uma apresentação presencial no Museu.    

Podem participar do processo artistas solo ou grupos, pessoas físicas, jurídicas ou integrantes de cooperativas, que residam ou tenham sua sede no estado de São Paulo. As pessoas ou grupos candidatos devem ser iniciantes, ou seja, devem ter realizado no mínimo uma e no máximo seis produções na área cultural na qual desejam se inscrever.    

O edital completo, com informações sobre quem pode participar ou não, assim como os documentos exigidos, pode ser consultado no site. Por lá, também é possível encontrar o link para o formulário de inscrição.   Os projetos selecionados vão se juntar à programação cultural promovida pelo Museu da Língua Portuguesa, que inclui, além da exposição principal, a futura mostra temporária sobre línguas africanas, visitas temáticas e atividades educativas. 

Serviço

3º Plataforma Conexões - Inscrições até 29 de fevereiro pelo site https://www.idbr.org.br/edital-de-credenciamento-para-artistas-iniciantes-2/ - Museu da Língua Portuguesa - Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.