24.9.15

Palafita no pôr do sol e ao som de música latina

A festa é comandada pela banda Índios, que traz no repertório muita música latina. A partir desta semana toda quinta-feira, com ingresso a R$ 10,00, começando sempre no por do sol, às 18h, com discotecagem do DJ Fernando Wanzler, vulgo Boye em seguida, show da banda. É pra dançar e se divertir! O Palafita fica na rua Sequeira Mendes, próximo à Casa das Onze Janelas. 

A banda Índios promove um encontro de músicos da velha guarda, reunidos em prol da cultura popular paraense, levando ao público, desde guitarradas ao nosso carimbó, com trabalhos autorais, muita pegada pra fazer todo mundo arrastar o pé e fazer a poeira subir. Todas as quintas no Palafita, a partir do por do sol, com a abertura conduzida pelo DJ Fernando Wanzller que é expert no assunto. 

A formação atual da banda é Danilo D'Deus (voz principal), André Macleuri (guitarra, flauta e vozbaixo), Victor de Lima (guitarra e vocal), Pedrinho Batera, Jano Astete (guitarra e voz), Veudo Silva (percussão), Black Teo (baixo) e Ana Lu Aragão (dançarina). 

A banda Índios é uma criação de Danilo Índio, músico e compositor conhecido por ter inaugurado, nos anos 1990, o bar do Índio, que deu origem ao atual bar Palafita. Naquela época era comum a gente amanhecer por lá, embalados pelas redes disponibilizadas na beira do rio. Oh, tempo bom... de encontros, o mesmo que agora ele volta a nos propor! O show desta quinta-feira terá participação especial da pequena Maria de Nazaré, de 7 anos, que fará duas canções, dando apoio no vocal”, diz Danilo.

Danilo toca violão e já lançou o trabalho Dance Carimbó. Agora está lançando novas músicas, como "Na onda do Carimbó", "Maçariquinho de Maiandeua"(homenagem a Chico Braga), "Onça de Lumiar", "Carimbó da Matinta", “Carimbó na Aldeia", "Ilha do Curuá". São todas as músicas voltadas para nossa cultura, com exceção de ‘Onça de Lumiar’, que é voltada ao Xamanismo, existe um misticismo por trás dessa canção. 

Danilo Índio é um artista ribeirinho, tem residência na Ilha das Onças, mas mora entre Belém e o Rio de janeiro. “Tenho morada na ilha das Onças, do outro lado da baía do Guajará, mas no momento estou morando também na cidade velha. Vivo entre RJ e Belém, com planos de Europa ano que vem. É Deus que vai me levando, eu só obedeço”, diz ele sorrindo. 

O artista possui uma vida toda viajada pelo planeta e uma influência muito grande do country americano, que o leva a nomear algumas de suas criações de "Countrybó", uma fusão entre esses dois rítimos calientes. 

“Minha ideia de misturar inglês nas canções para justamente dar um impulso e levar esse carimbó bem longe e verdadeiramente cruzar as fronteiras”, diz ele que promete levar vários desses carimbos nas festas de quinta-feira, no Palafita. “Vou incluir ainda a oitava composição, com parceria de André Macleuri, ‘Lambada do ìndio’, que foi criada a poucos dias no corredor da Rádio Marajoara”, finaliza.

23.9.15

Caldeirada debate rumos para a política cultural

A importância da participação da sociedade civil na construção das políticas públicas voltadas para a cultura em Belém é o tema central da 1ª “Caldeirada - Comunicação e Cultura”, que será realizada nesta sexta-feira, 25, no auditório do Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi e no Belém Hostel.

A iniciativa é dos estudantes do curso de comunicação da Universidade Federal do Pará, em parceria com vários projetos independentes, como a Revista Na Cuia e o site de jornalismo cultural Reduto Cult, também realizados por alunos da faculdade de comunicação da UFPA. 

A programação, porém, ultrapassa os muros da universidade e chega à sociedade civil, agente fundamental para a transofrmação social e cultural necessária para a construção dessa política de fomento à cultura. Na primeira parte, às 15h, no Museu Emílio Goeldi, acontecerá a mesa de debate “Cultura na Cidade: Atores Sociais e Política Pública em Belém”, promovida pelo projeto de extensão “Facom 4.0”, dentro da ação “Isso me diz respeito!", que incentiva a formação profissional e pessoal dos alunos de comunicação e incentiva a participação da comunidade.

Após o debate, às 17h, o evento se desloca para o Belém Hostel, no bairro da Campina, onde a revista cultura eletrônica Na Cuia promove a Kuyera!, programação cultural com exposições fotográficas e shows, além da apresentação do projeto da revista.

Para a diretora da Faculdade de Comunicação, Rosane Steinbrenner, "a Caldeirada é algo que merece ser acompanhado de perto. É daquelas experiências que já nascem inquietas, baseadas numa curiosidade crítica e num DNA colaborativo. É feita por alunos, professores e técnicos da faculdade, projetos de extensão e coletivos independentes de Cultura e Comunicação. Ou seja, é aprendizagem e troca coletiva sobre dois temas, cultura e comunicação, que atravessam, envolvem e afetam quem somos, como indivíduos e cidadãos", explica a professora.

Não por acaso cultura e comunicação são dois temas transversais nas ciências humanas. 

“Quem estuda ou pesquisa comunicação sabe que jamais ela pode ser pensada separadamente da cultura, são duas dimensões da existência humana entrelaçadas de modo indissolúvel. Se a comunicação é a condição primordial para o homem viver em sociedade, a cultura é o seu horizonte simbólico de pertencimento, onde ele se reconhece”, comenta a professora Rosaly Brito, coordenadora do projeto Facom 4.0, um dos promotores do evento. “Por isso, é muito importante para nossos alunos discutirem como, na cena cultural de Belém, as duas coisas se complementam e se conectam”, complementa.

Para a estudante de jornalismo e integrante da revista Na Cuia, Juliana Araújo, a programação da Caldeirada traz esse contato dos alunos com os assuntos sociais, pensando a cultura como um reflexo da sociedade. 

“Os estudantes de comunicação precisam participar de debates públicos, entender como a área que a gente está estudando se relaciona com a sociedade. Cultura também é uma parte da política que ainda não é entendida como política. É a vida das pessoas com as quais nos comunicamos”, declara Juliana que, junto a amigos, fundou a revista Na Cuia para produzir reportagens jornalísticas sobre manifestações culturais.

Discutindo e fazendo cultura

Solar da Beira: Estudantes lutam com arte pela cidadania
Nessa Caldeirada entrarão em debate ações pontuais que vem sendo realizadas pela sociedade civil, que tenta buscar apoio e, ao memso tempo, incentivar o poder publico a criar uma política pública voltada à realidade da cidade. 

A Caldeirada convidou vozes representativas nesse atual cenário, para debater movimentos sociais e os políticos, como a implantação da Lei Valmir Bispo Santos, de iniciativa popular, escrita coletivamente e que institui o Sistema Municipal de Cultura, garantindo pelo menos 2% da receita do município para o fomento direto à cultura na cidade.  Aprovada em 2012 pela câmara dos vereadores, a Lei ainda não foi implementada, por falta de diálogos entre artistas, produtores culturais e governo municipal. 

Para debater o assunto, estarão presente um representante da Fundação Cultural do Município de Belém- Fumbel e o presidente da Comissão de Cultura da Câmara Municipal de Belém, vereador Fernando Carneiro.

Ocupação Solar das Artes
Também participa o militante de políticas públicas de cultura, integrante do Fórum Municipal de Cultura e professor do curso de Economia da UFPA, Valcir Bispo Santos; e o professor mestre em Geografia, músico e compositor, Cincinato Marques Jr, que já atuou como Coordenador da Câmara de Políticas Sócio-Culturais na Secretaria de Estado de Governo-SEGOV, e também como Secretário de Cultura do Estado do Pará.

Mais uma presença importante será a da jornalista Raphaella Marques, mestra em artes pelo Programa de Pós-Graduação em Artes do Instituto de Ciências da Arte (ICA) e militante na área cultural, representando o movimento Solar das Artes, uma das ações mais interessantes e pertinentes realizada ainda no prmeiro seemstre deste ano em Belém, ocupando o Solar da beira, prédio histórico, que continua abandonado mesmo após a manifestações de diversos estudantes e atores da cena cultural de Belém.

Outras ações - Seria interesante que representantes de outras ações independente marquem presença ou tenham suas ações citadas no debate, como exemplos. Cito aqui o Instituto Arraial do Pavulagem que vem a anos debatendo e incentivando a cena da cultura popular na cidade, as formas de financimento coletivo que vem sendo opção para artistas iniciantes e também para grupos atuantes e recohecidos na cidade, como o próprio Arraial do Pavulagem e a In Bust Teatro com Bonecos, que realiza a campanha Salve Salve Casarão.

Outro projeto relevante pra cidade é o Circular Campina Cidade Velha, que em sua oitvada edição apresenta conquistas que só mesmo com a força da sociedade civial se consegue alcançar. Há inúmeros outros coletivos na cidade, inúmeras iniciativas que devem ser pontuadas e fortalecidas. É uma oportunidade única de ter todos estes agentes reunidos.

Banda Maraú
Música e fotografia - A programação cultural dessa Caldeirada fica por conta da Revista Na Cuia. Produzida por um grupo de estudantes do curso de comunicação da UFPA, a revista eletrônica, de publicação mensal, se propõe a fazer jornalismo cultural independente, buscando sempre uma abordagem diferenciada para os temas debatidos. 

A Kuyera! surgiu como um espaço de interação e troca de ideias com o seu público. É, também, um evento de promoção cultural, abrindo espaço para novos artistas do cenário cultural de Belém. A 2° edição da Kuyera! faz parte da Caldeirada e contará com exposições fotográficas do grupo ParÁFRICA e do jovem fotógrafo Yan Belém. 

A programação musical é comandada pela Banda Maraú, que traz um indie tropicalista, com pitadas de lo-fi, à noite. A revista Na Cuia ainda irá expor as suas edições digitais e compartilhará experiências sobre o fazer jornalismo cultural de forma independente em Belém.

Serviço
1ª Caldeirada. Nesta sexta-feira, 25, às 15h. No Auditório do Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi, Av. Magalhães Barata. Às 17h abre a Kuyera! Exposições fotográficas de Yan Belém e projeto ParÁFRICA, show da banda Maraú e apresentação da revista Na Cuia. No Belém Hostel (Rua Ó de Almeida, 624 - Campina). O ingresso na Caldeira é gratuito.

22.9.15

Banda lança campanha para financiar o 1º clipe

Será um grande passo na carreira da banda paraense de rock and roll Groover. No sábado, 26 de setembro, os músicos lançam o projeto de financiamento coletivo (crowdfunding) para a gravação do primeiro clipe do grupo. O show de lançamento do projeto será realizado na sede do EuPatrocino e a entrada é gratuita.

No evento de lançamento, que terá shows da Groover e das bandas parceiras Sokera e Blocked Bones, os músicos vão exibir vídeos sobre o projeto e começar a receber as doações, fazendo cadastro online do público presente.

Eles pretendem arrecadar R$13 mil com doações do público, que vão de R$ 25,00 até R$ 600,00, podendo receber como brindes palhetas, canecas e camisetas exclusivas, pôsteres, downloads gratuitos de músicas do novo disco da banda em primeira mão, participação e agradecimentos nos créditos do vídeo, entre outros. 

Também haverá a cota de R$ 1200,00 para as empresas interessadas, que levam todas as recompensas do projeto e a inserção de logotipo no videoclipe. O evento ainda guarda uma surpresa. Lá, a banda vai divulgar o nome do músico paulista, vocalista em uma das bandas mais influentes do rock independente, que já confirmou presença na gravação do clipe. 

Depois de três meses de planejamento, a banda Groover finalmente inicia os trabalhos para o clipe da música “Pé Preto” e se prepara para o lançamento do primeiro disco, que chega ao público em 2016. O crowdfunding surge como uma saída para vencer a dificuldade de financiar uma grande produção audiovisual. 

“Há um tempo que nós queríamos fazer o clipe dessa música [Pé Preto], mas sempre esbarramos na questão técnica/financeira. Tentamos fazer por conta própria, mas percebemos que não sairia com a qualidade que esperávamos”, explica o vocalista e guitarrista da banda, Léo Tavares. 

Com o plano já traçado, a empreitada em busca do financiamento do clipe começa neste fim de semana e fica disponível para doações por cerca de três mês. Toda a renda do crowdfunding será destinada para a produção das recompensas e realização do videoclipe, assinado pela parceria entre as produtoras Pluvia e Kashimir.

O crowdfunding é um sistema de financiamento colaborativo em que várias pessoas podem participar doando pequenas quantias para a execução de um projeto. Em contrapartida, os empreendedores que cadastram esses projetos oferecem recompensas pela participação. Todo o sistema é feito de forma online e o público pode doar usando o cartão de crédito ou de débito, ou a partir de um boleto bancário. 

No projeto de financiamento do videoclipe de Pé Preto, por exemplo, o público pode contribuir com quantias de 25, 35, 50, 80, 150, 300, 600 e 1200 reais, cada um com uma recompensa diferente. Caso o valor não seja atingido durante o período determinado, os colaboradores recebem de volta o valor da doação.

Depois de arrecadar a quantia, a Groover inicia o segundo passo do projeto nos últimos meses do ano, gravando as imagens e a versão da música “Pé Preto” que será exclusiva para o vídeo. Em 2016, ele será finalizado, assim como as 10 faixas do primeiro disco da Groover, com previsão de lançamento, junto do videoclipe, no início do ano que vem.

Para Léo Tavares, vocalista da banda, foi preciso “chutar o pessimismo pela porta” e encarar o desafio. “Este clipe é de extrema para nós, será um grande passo em nossas carreiras. Ele também servirá de ponte para o lançamento do nosso novo disco, pelo selo do Estúdio Livre Records, que sairá ano que vem. Esperamos alcançar novos públicos, novos palcos e mostrar o quanto temos sede de tocar, de produzir e fazer acontecer!”, declara do músico, que espera que o sucesso do projeto também possa influenciar outros artistas da cidade. 

“Nós que vivemos aqui, sabemos o quanto essa cidade respira cultura, e eu não digo só no âmbito musical, temos escritores, poetas, pintores, cantores e muitos outros artistas nas mais diversas formas de manifestações artísticas que podem ver no crowdfunding uma oportunidade para tirar seus projetos do papel”, finaliza o cantor.

Humor, blus e um anti-herói

A música “Pé Preto” foi escolhida para ganhar o primeiro videoclipe da banda por já ser um hit cantado pelos fãs nos shows da Groover. 

Em meio a conversas sobre a história do rock, eis que o “clube dos 27”, alcunhada dada aos astros do rock que, de forma tenebrosa, morreram aos 27 anos, surge na conversa. 

Os músicos também começam a pensar na letra da canção, blues rock que conta a história de um artista pobre que sonha em ganhar fama com a música e faz um pacto com o diabo para alcançar seu objetivo. Em troca, ele deverá ocupar o cargo de Lúcifer, enquanto o tinhoso tira as férias.

O roteiro do videoclipe é baseado no filme “Crossroads” (1986) que tem enredo similar, e é conhecido pela incrível cena em que o herói participa de um duelo de guitarras com o guitarrista do diabo. Mesclando os gêneros do videoclipe e cinema, o produto final pretende ser uma divertida história sobre música, protagonizada por dois personagens que, rezam muitas lendas em todos os cantos do mundo, já se encontram bastante: o rockstar e o diabo.

Serviço
Lançamento de “Pé Preto: Projeto de Crowdfunding” para a produção do primeiro videoclipe da Groover. Dia 26/09, sábado, a partir de 19h. Sede do EuPatrocino (Tv. Dr. Moraes, Nº 94, entre Av. Brás de Aguiar e Av. Nazaré). Entrada franca. Mais informações: 98208-2111 // 98135-7458.

Muvuca na Cumbuca agita a semana da UFPA

A Muvuca na Cumbuca é a Semana de Comunicação da UFPA, e, como em suas edições anteriores, traz grandes nomes do cenário da Comunicação nacional e local para compor a  sua programação. Em 2015, na sua sexta edição, a Muvuca será realizada nos dias 1, 2 e 3 de outubro e vem inovando em seu formato e local. O primeiro dia será dedicado para uma Mostra Acadêmica e para as mesas de debate, que se dividirão entre o CCBEU e o espaço Casulo Cultural; no segundo dia, ocorrerão as oficinas que, por sua vez, serão na UFPA. O último dia é o das palestras, de volta no CCBEU.

Com o tema "Qual a tua Comunicação?", a Muvuca na Cumbuca se propõe a discutir a Comunicação contemporânea, dando enfoque não somente aos meios técnicos, mas também às pessoas, pois são elas que constroem este campo diariamente, da produção de conteúdo às relações de trabalho. Qual a comunicação do nosso cotidiano? Será que o avanço da tecnologia e o fascínio pela praticidade das ferramentas não têm sufocado o ‘pensar a comunicação’? Esses são alguns dos pensamentos que a Muvuca quer propor esse ano.

As palestras do evento contarão com nomes como: Manuela Barem, editora-chefe do site de conteúdo viral BuzzFeed Brasil; Deco Neves e Doguete, produtores de várias temporadas do MTV Sports e que compõem a equipe da produtora audiovisual Bolovo; e Stalimir Vieira, publicitário com mais de 30 anos de experiência no mercado, dono da agência Base de Marketing, membro da Comissão de Ética do CONAR e autor de vários livros da área como "Raciocínio Criativo na Publicidade" e "Marca: o que o coração não sente os olhos não vêem".

Além disso, as oficinas também geram grandes expectativas nos participantes do evento e, esse ano, elas abrangem desde um curso básico de discotecagem até a fotografia gastronômica. As mesas de debate discutirão temas atuais como os estereótipos da mulher na publicidade e dentro das agências, os desafios da comunicação LGBT, a notícia em tempo de midias sociais e entretenimento e o atual mercado paraense de comunicação, tudo isso sob os diversos pontos de vista de profissionais e acadêmicos da área no cenário local.

Outra novidade deste ano é a Mostra Acadêmica, um espaço aberto para alunos de Comunicação de todas as instituições apresentarem artigos e trabalhos para todos os participantes do evento e terem serem avaliados por professores convidados, reforçando, dessa forma, a importância acadêmica do evento.

Para a edição de 2015, a expectativa é de uma significativa soma de participantes no evento, pois alunos das várias instituições da cidade se mostram animados com a inovação da grade de programação do evento. Assim ,a Muvuca na Cumbuca dá mais um passo para se tornar um dos maiores eventos em Comunicação do Pará, contribuindo para o desenvolvimento da área na Amazônia e dialogando com os demais conhecimentos.

Serviço
Muvuca na Cumbuca 2015
Tema: Qual a tua Comunicação?
Data: 1, 2 e 3 de outubro de 2015
Local: Casulo Cultural (Travessa Frutuoso Guimarães, 562 - Campina), CCBEU (Tv. Padre Eutíquio, 1309 - Batista Campos) , UFPA(Rua Augusto Corrêa, 01 - Guamá)
Passaportes: Ná Figueredo (Av. Gentil Bitencourt, 449 - Nazaré), Coca-Cola Clothings (Shopping Boulevard, 4º piso) e online pelo site.
Mais informações: muvucanacumbuca.com.br

19.9.15

8ª edição em clima de Círio: #vemcircularbelem

Novos parceiros, experimentações sonoras, cobertura ao vivo de rádio web, inaugurações de espaço e exposições. São muitas e diversas as novidades desta edição, que conta com mais adesões, apoios e patrocínio. A 8ª edição do Circular Campina Cidade Velha será realizado no dia 20 de setembro, com programações diversas que vão das 8h às até 20h. 

O projeto vem ganhando a simpatia da população e traz ótimas novidades, como a adesão de novos parceiros e o lançamento do aplicativo para acessar a programação e outras informações pelo celulare. Basta procurar Circular Mobile (Play Store) no seu Android ou acessar este link. 

A programação completinha e detalhada está no site www.projetocircular.com.br. OLha lá e te agenda para participar das oficinas,intervenções e vivências também!

Entre as novas adesões também está confirmada a participação do Instituto Arraial do Pavulagem, que realiza o “Pavulagem na Campina” e da Imprensa Oficial do Estado, que também participa do Circular com o projeto Livro Solidário, recbendo doações no Fórum Landi, com participação do escritor Juraci Siqueira que fará contação de histórias para a garotada do Beco do Carmo. 

O Circular comemora, ainda, o incentivo que proporcionou a um antigo parceiro, o Sebo Sinhá Moça, antes itinerante, e que agora inaugura espaço próprio. Mais uma boa nova é que continua a programação de prática de skate da Hope Skateboard, desta vez, ocupando a Praça Waldemar Henrique. 

Tem ótimas programações, mas uma boa dica pra circular junto é a intervenção sonora que Leo Bitar, da Discosaoleo, vai realizar a partir das 10h, ao longo da Santo Antonio e João Alfredo. Ele colocará em rádio cipó os ruídos comuns àquela área durante a semana. A diferença é que é domingo, quando o centro comercial ganha outros ares e não barulhos.

Nesta edição, o projeto conta com patrocínio do Banco da Amazônia, via Lei Rouanet. A instituição também se tornou parceira e vai abrir, ineditamente, das 9h às 15h, o seu Espaço Cultural na agência matriz da Presidente Vargas, apresentando a exposição “Oratórios da Padroeira”, de artesãos de Abaetetuba e curadoria de Emanuel Franco. O artista estará no local das 9h30 às 11h30 para conversar com os circulantes. Além disso, o Coral da instituição fará um ensaio aberto e didático, às 11h30. Entrada franca.

A realização do Circular Campina Cidade Velha é da Kamara Kó Fotografia, do Ministério da Cultura e Governo Federal, em colaboração com os demais espaços parceiros, e conta com apoio da Macieira Filmes, da IOE – Imprensa Oficial do Estado e da Rede Cultura de Comunicação, que apostam no projeto como uma iniciativa em prol da cidade.

Turismo e arte - A Setur também acaba de abraçar a ideia e vai enviar uma equipe neste domingo, dando início às visitas nos espaços parceiros, a fim de traçar um mapa turístico do Centro Histórico de Belém, a partir da experiência do Circular Campina Cidade Velha. 

O projeto, aliás, tem sido um modelo citado em diversos encontros ligados a arte, patrimônio, turismo e comunicação, como no Vetores das Artes, do qual a curadora Mariza Mokarzel está participando, em São Paulo, desde o dia 16 de setembro, e que em sua palestra citou o Circular como um circuito de artes em Belém do Pará. 

O evento conta, até segunda, com participação de profissionais das áreas de ensino, curadoria e crítica de arte de diferentes regiões do país, para discutir questões do circuito brasileiro de artes-visuais na atualidade. Entre os participantes palestrantes, também estão presentes Raul Antelo, Rejane Cintrão, Paulo Herkenhoff, Gaudêncio Fidelis e Marília Panitz.

Um projeto abraçado por todos!

Acredito neste projeto assim como todos os que estão envolvidos. É preciso trazer de volta este circuito tão preciosos à cidade, à beira de seus 400 anos. Campina, Reduto, Cidade Velha. Parceiros e gente disposta a isso não falta.

A jornalista Adelaide Oliveria, uma circulante de carteirinha, diz com todas as letras que o Circular é hoje o projeto cultural mais interessante nas ruas de Belém. "Os bairros diretamente envolvidos e a cidade mereciam algo assim. O Circular é o tipo de ação que converge 100% com a missão das Emissoras Cultura. Os domingos do Circular são encontros com a arte e a cultura, e eu não perco esses encontros por nada", diz a também presidente da Rede de Comunicação Cultura, super parceira do Circular.

O poder público precisa olhar com mais carinho e aprender a somar com estas pessoas. A polícia intensifica a ronda pelos espaços que abrem nos domingos de Circular. No entanto, este policiamente precisa ser todo dia, de manhã até de noite, para que aquela região floresça e todos possamos andar e circular sempre, sem nenhuma sensação de medo. Vale à pena. E em meio a tudo isso, vamos também descobrindo a história de quem mora nos bairros e começam a abraçar esta ideia.


Uma tapioquinha especial - Esta semana, nos corres pro Circular Campina Cidade Velha, fui conversar com com Dona Clea, pois soube que ela tinha sofrido um incêndio, dentro da casa, onde ela vende deliciosas tapioquinhas, em pleno bairro da Campina e que por isso, talvez nem participasse da oitava edição do projeto, que rola amanhã (20).

"Mas que nada", ela me disse. Dona Clea é 'quenem' bambu, enverga, mas não quebra. Pode, sim, contar com tapioquinha, café, suco e outras delicias caseiras que ela vai estar firme e forte bem na frente de sua casa, ali na Frutuoso. Dona Clea vem participando do Circular desde a sexta edição. Na primeira vez distribuiu tapioquinha pra todo mundo, pois achava que era pra fazer assim, de graça. Que tal? rsss Ai, ai, querida Dona Clea, só a senhora mesmo, que lindo, lhe disse.

Pois bem, esta jovem senhora de pouco mais de 40 anos, também vem incentivando outros moradores do Centro Histórico a abraçarem a ideia do Circular Campina-Cidade Velha. Há 8 edições este é um dos grandes propósitos do projeto, além de fazer a ponte com o poder público para trazer benefícios como reforço de segurança, limpeza e preservação aos bairros históricos, que formam o núcleo e berço da cidade. Boto fé!

Serviço
8ª edição Circular Campina Cidade Velha. Neste domingo, 20 de setembro, das 8h às 20h, em vários espaços e ruas dos bairros da Campina/Comércio, Cidade Velha e Reduto. Mais informações: www.projetocircular.com.br . Baixe o aplicativo Circula Mobile no (Play Store). Patrocínio: Banco da Amazônia. Realização: Kamara Kó Fotografia e Ministério da Cultura, Governo Federal. Apoio: Sol Informática, Setur, Macieira Filmes, da IOE – Imprensa Oficial do Estado e da Rede Cultura de Comunicação.

Maniçoba Social Club: som e gastronomia na beira

Festa comandada pelos músicos paraenses Félix Robatto e Juca Culatra recebe convidados para embalar essa experiência sonora misturando guitarrada, carimbó, lambada, calypso, merengue, tecnobrega, clássicos do brega saudade e muito mais. Tudo regado a cerveja e um dos pratos mais tradicionais de nossa culinária: a maniçoba. Estreia neste sábado, 19h, no Tábuas de Maré Sunset Bar.

O ingresso da festa dará direito a uma porção do prato feito com maniva e uma dose de caipirinha. No cardápio, mais opções da terra: risoto de maniçoba, camarão no bafo e salgados regionais.
Realizada todo sábado, a ideia é que a festa vire ponto de encontro para rever os amigos, almoçar com a família, degustar a culinária paraense, beber cerveja bem gelada e curtir ao som da nossa música. A festa também terá um espaço para a compra e venda de produtos de artistas da terra como CDs e camisetas e exposição de trabalhos de artistas visuais como Michelle Cunha.

O cenário para o ‘Maniçoba Social Club’ não poderia ser melhor: às margens do rio Guamá com o pôr-do-sol mais lindo da cidade. Para aproveitar a vista e fazer uma boquinha antes de rodopiar no salão, a casa abre às 14 horas tocando as balas dos salões paraenses.
Os anfitriões

O Maniçoba Social Club será comandado por dois músicos irreverentes: Félix Robatto e Juca Culatra que têm uma sonoridade bem peculiar com pegada regional.

Guitarrista e percussionista Félix Robatto fundou, em 2004, a banda La Pupuña que apresentou a “guitarrada progressiva” para o Brasil, Estados Unidos e Europa. Produziu o primeiro CD de Gaby Amarantos, “Treme”, indicado ao Grammy Latino 2012. 

A produção do novo CD da cantora Lia Sophia também é dele. É o autor do “The Charque Side of the Moon”, releitura com gêneros amazônicos do clássico “The Dark Side of the Moon” do grupo Pink Floyd. Em maio deste ano, Félix lançou seu primeiro disco solo “Equatorial, Quente e Úmido”, que tem como hit a música “Eu quero Cerveja”. 

Ele vem agitando a noite paraense com seu repertório que mistura músicas latinas e amazônicas com sucessos como o melô do Wipitipiti, Ângela, carimbós e bregas consagrados aliados a músicas autorais que estão em seu primeiro disco solo. “Cabeça Relax e Fígado Total Flex” e “Ilha do Marajá”, que também seguem a linha bem humorada do artista, estão no repertório cuidadosamente montado para não deixar ninguém parado.

Irreverente e carismático, Juca Culatra promete divertir o público e colocar todo mundo para dançar com seu som.  O repertório de seu show foi montado em cima de seu novo projeto que traz uma pesquisa musical que une os clássicos do brega saudade ao estilo jamaicano de Bob Marley, resultando no que ele chama de Breggae (brega com reggae) e o Skregga (ska com brega). Com essa dupla no palco, a promessa é de diversão em dobro.

Serviço
O Maniçoba Social Club será lançado neste sábado, 19 de setembro, a partir das 14 horas, no Tábuas de Maré Sunset Bar (Rua São Boaventura, 156 – Cidade Velha). Ingressos do 1º lote (primeiros 100 ingressos) a R$ 15,00 com direito a porção de maniçoba e uma caipirinha (Venda antecipada nos pontos de vendas ou no site www.meustickets.com). O 2º lote custa R$ 20,00 (direito a porção de maniçoba e uma caipirinha). Entrada gratuita para universitários de 14 às 16h. Ponto de venda: Loja Bem Bordado (1º piso do Shopping Pátio Belém). Informações: (91) 99628-9307 (Wapp).

(Texto enviado pela assessoria de imprensa do Maniçoba Social Club)

18.9.15

Roguesi canta Tim Maia na Black Sou Samba

Mais de sete discos gravados, sucessos premiados e incontáveis regravações de sua obra, feitas por cantores de várias gerações. Marisa Monte, Skank, Paralamas do Sucesso e tantos outros. Conhecido no meio artístico como “síndico”, Sebastião Rodrigues Maia, o Tim Maia, é um dos mais importantes ícones da música brasileira. Homenageá-lo é uma das tradições da Black Soul Samba, que será cumprida logo mais (18), Tábuas de Maré, com o show de Roguesi e sua banda.

A voz rouca e o soul presente em seu trabalho fizeram dele um dos maiores músicos brasileiros.  Em 1957, criou junto com Roberto e Erasmo Carlos, o grupo Sputniks. Depois de passar seis anos nos EUA, voltou ao Brasil totalmente influenciado pela soul music e teve as ideias rejeitadas pela Jovem Guarda. Em 1968 ele lançou o primeiro compacto solo pela gravadora CBS. 

Já em 1969 lançou um compacto contendo “These are the Songs”,  canção que depois foi regravada pela cantora Elis Regina. Um ano depois ele lançou o primeiro vinil em formato LP chamado “Tim Maia” pela Polygram alcançando, durante 24 semanas, o topo das paradas no Rio de Janeiro.

Em 2015, os discos Racional I e II completam 40 anos de lançamento. Na época, ambos foram duramente criticados pela mídia e o sucesso de público foi restrito aos seguidores da seita Cultura Racional, a qual Tim Maia aderiu durante dois anos. Considerados hoje como antológicos, os discos são disputados por músicos e fãs de todo o mundo. 

A busca pelos discos que viraram raridade, se dá menos pelo teor da Cultura Racional, mas bem mais por sua qualidade musical, em faixas que refletem a construção psicodélica da musicalidade dos 70, como as quebras de tempo em “Universo em Desencanto”. 

Os discos também mostram Tim no auge de seu talento musical, como na clássica “Imunização Racional (Que Beleza)”, onde se encontram funk e soul de enorme qualidade, sendo gravada por Gal Costa no disco “Frevo Axé” de 1988.

A homenagem da Black Soul Samba ao músico começou em 2010 e teve participações de Roguesi em metade delas.  A cada show, Roguesi leva ao palco a emoção de interpretar as canções do ídolo Tim. "Sou um grande fã dele desde criança, Tim foi o cara que começou a Black Music por aqui", afirma o músico. No repertório várias fases de Tim Maia com grandes sucessos como “Que Beleza”, “Do leme ao Pontal” e “Acende o Farol”.

Completando a noite de homenagens,  o DJ Bernardo Pinheiro também se apresenta na noite desta sexta com um dos convidados da Black Soul Samba. O DJ preparou um set list especial com versões sampleadas das músicas de Tim Maia. Ao lado dele, Uirá Seidl, Kauê Almeida, Eddie Pereria e Homero da Cuíca se alternam nas picapes, garantindo o melhor da música brasileira - em todas as suas vertentes de soul - no Tábuas de Marés.

Novidades pro Círio - No dia 10 de outubro, na sexta-feira, que antecede o domingo de Círio de Nazaré, a edição especial da Black Soul Samba terá show inédito do pernambucano Di Melo, um do precursores do soul no Brasil. Organizado com o sistema de crowndfunding - financiamento coletivo, o show é aguardado por pesquisadores e entusiastas da música brasileira, em Belém. Até um documentário sobre a vinda do músico a Belém está sendo produzido.

Serviço
Homenagem à Tim Maia na Black Soul Samba - com Roguesi. Sexta-feira, 18 de setembro de 2015. Local: Tábuas de Maré - Rua São Boaventura, 156, Cidade Velha, próximo a Avenida Tamandaré
Ingressos: R$20,00. Informações gerais: (91) 98362 1793.

17.9.15

Carla Beltrão abre a primeira exposição individual

Carioca radicada em Belém há mais de trinta anos, a artista Carla Beltrão realiza a primeira exposição individual após um período de mais de vinte anos de dedicação às artes visuais, com uma produção artística intensa e diversificada. “Cidade e Fé – Tecidogravuras” abre nesta sexta-feira, 18, às 19h, no Museu de Arte de Belém (MABE), com curadoria do artista visual e professor de Artes João Cirilo e de Alexandre Nogueira, coordenador do Memorial Mestre Nato.

A exposição apresenta uma visão panorâmica acerca do universo da artista, reunindo trabalhos antigos e recentes que destacam tanto aspectos abstratos de sua produção quanto trabalhos mais atuais, que versam sobre a fé católica. 

Verdadeiros mapas de cidades idealizadas, cartografias de territórios imaginários, os trabalhos abstratos de Carla Beltrão são marcados por elementos geométricos/orgânicos feitos em tecido, enquanto sua produção figurativa, versa sobre imagens de santos católicos, fazendo alusão, também, a uma das manifestações de fé mais importantes do Brasil: O Círio de Nazaré, que ocorre no mês de outubro na capital paraense. 

Tal série de trabalhos foi executada a partir da apropriação e texturização de imagens e ícones impressos sobre tecido, aos quais Carla Beltrão interfere com uma técnica bastante peculiar, a qual ela denomina de tecido-gravura. 

Pelo envolvimento com a xilogravura, técnica de gravação em madeira, a artista desenvolveu a técnica de gravação em tecido, utilizada por ela em peças artísticas, decorativas e/ou utilitárias. 

A partir do uso de pirógrafos – instrumentos originalmente utilizados para gravar em madeira através da queima – a artista processa texturizações e junções de várias camadas de tecidos, criando desenhos, verdadeiros bordados gráficos.

Para Carla Beltrão os tecidos que são por ela utilizados, sejam eles doados ou comprados, possuem energia própria, que é oriunda de sua origem, como bem observa a própria artista: "Se você usa um pedaço de um vestido de noiva para construir um mapa, ele tem um pouco das experiências e vivências da pessoa”. 

Para a artista, a arte deve estar ao alcance das pessoas, e estas devem ser tomados pela sensação, pelo prazer de sentir. “A arte está aí para quem quiser vivenciar, não precisa ser grande conhecedor para ser surpreendido por ela."

Anote -  exposição ficará aberta ao público entre os dias 19 de setembro e 20 de dezembro, podendo ser visitada de terças às sextas-feiras, das 9h às 18h, aos sábados e domingos, das 9h às 13h. Entrada franca.

15.9.15

Música do Cerrado Amazônico ecoando em Brasília

A Ocupação Território Paranoá – Eixo Cerrado Amazônico realiza, de 23 a 27 de setembro, o Festival de Música e Artes Cênicas - Ágora da Música Brasileira, contemplado pelo Edital de Ocupação do Teatro Plínio Marcos 2015, para o Complexo Cultural Funarte Brasília. Iniciativa do Coletivo Miasombra, de Belém em conexão com Goiânia, em parceria com A Trama – Associação de Teatro e Dança da Amazônia. A ocupação segue até dezembro, em Brasília.

O objetivo do Ágora da Música Brasileira é trazer à cena as novidades cênicas e musicais das regiões Norte e Centro Oeste. Até dia 27, além de sessões de cinema e pocket shows, ao ar livre, no Jardim da Funarte, bandas e companhias do Pará, Goiás e Distrito Federal se apresentarão também no Teatro Plínio Marcos.

A semana vai começar o Cine Paranoá Mostra Sonora, que exibirá vários filmes que têm como temática, a música (19h). Na quarta-feira (23), o Cine Paranoá de desta exibe “Rua 57 n. 60 Centro” ( videodança – Porquá e Vida Seca), do grupo Vida Seca – Som de Sucata de Goiânia.  Do Pará, entra na sessão, o documentário Pau e Corda: Histórias de Carimbó (doc. por Robson Fonseca, Felipe Marcos, André Mardock), além de videoclipes de de alguma das bandas que integram a programação, como Lia Sophia, Carne Doce, Boogarins, Strobo, Félix Robatto e  Emília Monteiro.

Na quinta-feira (24), o público confere três episódios da série “Visceral Btasil”, que aborda música e artistas populares brasileiros consagrados como referência por seus estilos únicos e criação sonora. 

A equipe do projeto viajou o país, trazendo à tona personagens de todas as regiões. Do Norte, Márcia Paraíso (dir) e sua equipe visitaram as cidades de origem e mostraram um pouco das trajetórias e modo de viver dos Mestres Vieira, Laurentino e de Dona Onete, três ícones da cultura paraense. 

Depois da sessão de cinema, o público confere a aprsentação dos músicos Lucas Guimarães (PA), Letícia Fialho (DF) e O Feliz Amor do Felino (DF).

Na sequencia, de sexta-feira (25) a domingo (27), o Jardim e o Teatro Funarte Plínio Marcos recebem a apresentação das mais diversas performances e sonoridades brasileiras, fazendo um recorte peculiar das produções artísticas do Brasil, com expoentes que misturam com maestria o tradicional ao moderno, e refletem sobres os dias em que vivemos, nesse início de século.

O repertório vai de bandas com formações tradicionais à espetáculo multilinguagem e jam session. A escolha dos grupos foi feita a partir da identificação de uma expressão cênica muito forte presente em todos os artistas participantes, seja pela encenação, seja pela oralidade e até mesmo a sonoridade. Na maioria são canções imagéticas, sons que fazem dançar e ao mesmo tempo pensar, que instigam a performance ao vivo.

Um exemplo é a guitarrada paraense que traz três shows legítimos. Pio Lobato e Felix Robatto, de uma geração que vem pesquisando e se inspirando em Mestre Vieira, criador do ritmo, que também se apresentará no último dia do festival.

Do Norte, ainda estarão no palco Lia Sophia, com sua música contagiante que tem ganhando o país e o experimentalismo da banda Strobo, com Leo Chermont, guitarra, e Arthur Kunz, bateria, além da cantora Emília Monteiro, do Amapá, mas que reside em Brasília, e Lucas Guimarães, com um som autoral que mistura poesia às imagens da infância no estado do Pará.

Da Região Centro Oeste, temos a força da banda das bandas do Distrito Federal: Ciclone na Muringa, inspirada nas sonoridades nortistas e nordestinas, O Feliz Amor do Felino, punkrock tupi, e a cantora, poeta e compositora Letícia Fialho. As bandas de Goiânia temos: Boogarins, rock lisérgico com longas improvisações ao vivo, e Carne Doce, que traz criações originais num repertório político e envolvente.

Além dos shows, no Jardim, teremos vindos de Goiânia, o acontecimento, Por Acaso, uma jam session de música e dança, e ainda o grupo Vida Seca, som original criado a partir de recicláveis que nos traz teatro, música e muita sucata. O espetáculo Dúplice, que com mais de uma centena de apresentações em seu repertório desde a criação em 2007, promete fazer com que a arena do Teatro Funarte Plínio Marcos se transforme em uma verdadeira Ágora, sobre a lida bruta brasileira.

Conheça as atrações

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Boogarins (GO) - Banda de rock psicodélico formada no ano de 2012, em Goiânia, pelos amigos de escola, Dinho Almeida (vocais e guitarra rítmica)  e Benke Ferraz ( guitarra solo). Depois entraram Hans Castro (bateria) e Rapahel Vaz (contrabaixo). 

Em 2014, Ynaiâ Benthroldo entrou no lugar de Hans. O primeiro disco da banda, o EP As Plantas Que Curam, foi gravado em casa, nos antigos moldes lisérgicos, carregado de originalidade e vontade de serem ouvidos chamou atenção da gravadora Other Music, de Nova Iorque (a mesma de Iggy Pop) que assinou com o quarteto e em 2013, saiu o primeiro álbum da banda As Plantas que Curam.

Ciclone na Muringa (DF) – a banda traz influências dos ritmos nordestinos, da poesia urbana, das crenças brasileiras, contribuindo para a manutenção das culturas brasileiras, com raízes no Mangue de Aracaju e coração no cerrado, Ciclone na Muringa veio mostrar a riqueza da música brasileira, unindo o peso do rock aos ritmos regionais, que vão do baião ao maracatu, passando também pelo samba, o funk, o ragga, dentre outros.



Carne Doce
Carne Doce (GO) - Sertão e cidade. Delicadeza e selvageria. No universo da Carne Doce, de Goiânia, os contrastes vão além do nome da banda. 

Fruto da interação do casal Salma e Macloys, o grupo nascido em Goiânia em 2013 – hoje acompanhado de João Victor Santana, Ricardo Machado e Aderson Maia – teve seu primeiro álbum eleito um dos melhores nacionais em 2014.  Temas dicotômicos se cruzam com naturalidade. Vocais ora suaves, ora rasgados, surgem como imposição estética, carregados de questionamentos morais e declarações de amor.

Dúplice (GO) – Um espetáculo que surgiu a partir de um processo colaborativo, dentro do qual os dois intérpretes-criadores estiveram submersos em experiências corporais, sonoras e cênicas que envolveram linguagens da dança contemporânea, do teatro-físico, clown e pantomima, bem como da percussão vocal. 

Paralelamente, diálogos e reflexões acerca da condição e atitudes humanas perante a sociedade, afunilando para o comportamento do artista cênico, o artista de palco. O espetáculo também pode ser observado pela qualidade rítmica que lhe é conferida, tanto em seu aspecto sonoro-musical - desenvolvido ao vivo pelos próprios intérpretes, aludindo ao beat-box e a percussão vocal - como no próprio enredo linear (ou ainda, circular) que se desenrola como num processo sucessivo e ascendente de conflitos entre dois seres humanos.

Emília Monteiro (AP) -  há 20 anos residindo no Distrito Federal, Emília Monteiro é a entrevistada do mês de setembro. Ela participa da programação do Festival Ágora da Música Brasileira, fazendo um passeio sonoro pelo Brasil, com especial ênfase nos ritmos do Norte do país. Do Amapá, vem o batuque e o marabaixo, e do Pará, o carimbó chamegado e o lundu, o zouk love, originário das Antilhas, que chega ao Norte do Brasil via Guiana Francesa.

Félix Robbato (PA) – o guitarrista e percussionista Félix Robatto apresenta o show Equatorial, que traz o repertório de seu primeiro disco solo.  

“Equatorial, Quente e Úmido” é um disco pop, com referência forte da música latina. O trabalho mostra uma música contemporânea paraense construída a partir de elementos da guitarrada, surf music, música latina e pop. Acompanhado pelos músicos Adriano Sousa (bateria), Adalberto Júnior (baixo), SM Negrão (teclado) e Ytanaã Figueiredo (percussão), que participaram da gravação do disco, Félix promete um show dançante com duração de 2 horas. O show caracteriza-se como classificação livre. O repertório também traz alguns sucessos de sua ex-banda, o La Pupuña. 

Lia Sophia (PA) – A Guiana Francesa é seu local de nascimento. O Amapá, a ponta do mapa que une o Brasil ao Caribe, terra da família e da infância. O Pará, dos ritmos da Amazônia, lugar aonde começou a carreira como cantora e compositora. Dessa mistura de raízes latinas e caribenhas vem Lia Sophia, que vem sendo citada com freqüência por jornalistas e críticos de música como um dos grandes nomes da nova música brasileira. Eleita por Nelson Motta como a grande revelação de 2012, a cantora lançou em fevereiro de 2014 o seu mais novo CD, batizado com o próprio nome e atualmente está em turnê de lançamento deste disco pelo país.

Feliz Amor Felino
Lucas Guimarães (PA) – Lucas Guimarães, 25, é uma das promessas da nova safra da música paraense. Vindo da região nordeste do Pará, ele trouxe nas costas o violão, carregando cosigo a calma e a delicadeza de quem veio de lugar e tempo outros. 

O primeiro CD “Caliandares”, lançado este ano, faz alusão ao barco que, na década de 1970, era o principal meio de transporte, tanto para cargas quanto para passageiros de Abaetetuba para Belém do Pará. A relação com o interior foi o elemento que, desde o primeiro momento, atribuiu um caráter peculiar às composições de Lucas, agregando lirismo e doçura à sonoridade do músico..

Mestre Vieira (PA) - Nascido em Barcarena, no interior do Pará, Joaquim de Lima Vieira, o Mestre Vieira, inventou um ritmo que tem despertado o interesse de pesquisadores e músicos de várias partes do mundo.  Aos 80 anos, o músico possui 15 LPs gravados entre 1979, ano de lançamento do célebre “Lambada das Quebradas”, e o ano 2000. Em Guitarreiro do Mundo , Mestre Vieira revisita ritmos como o baião, o choro e o samba, sem deixar de lado as características da guitarrada, com misturas de cúmbia, lambada e brega. Em um momento especial, Mestre Vieira deixa a guitarra de lado e pega seu cavaquinho, com o qual toca sucessos como Cúmbia do Ceará. Retomando a guitarra, o músico ainda brinda o público com Loirinha, Motoqueiro e De Norte à Sul.

O Feliz Amor do Felino Ferido (GO) - Banda aliterante, inquietante, alucinante, irritante, pedante, auto-falante, pata de elefante e tromba de iguana. Músicos interessados e ousados, instigados e passados. O grupo faz show para um público ensandecido e bem vestido, afinal, dizem eles, elegância é fundamental.

Ciclone na Muringa
Pio Lobato - Audacioso em seus projetos musicais, o músico foi contemplado pelo Rumos Itaú Cultural em duas edições consecutivas, nos anos de 2001 e 2003. Em 2003, criou e produziu o grupo “Mestres da Guitarrada”, que estabeleceu uma nova visão do gênero no país. 

Atualmente, toca com Dona Onete e leva a carreira solo fazendo experimentações sonoras que o consolidaram como um dos grandes nomes da cena musical brasileira. 

O seu trabalho solo é um laboratório de ideias de onde surgem encontros incomuns. Com sua leitura particular do carimbó, guitarrada e da eletrônica, ele também atua em trilhas sonoras, entre elas a participação na do filme “Deus é Brasileiro”, de Cacá Diegues e no “Ribeirinhos do asfalto”, da cineasta paraense Jorane Castro.

Por Acaso – Mais que banda, é uma jam session de música e dança. Artistas e não artistas, desavisados e a cidade são convidados para improvisar músicas e danças junto aos cicerones-provocadores pelo grupo de dança e pelo grupo musical Vida Seca. A ideia é estabelecer um diálogo estético e sensível com a cidade e seus artistas promovendo intervenções urbanas abertas, democráticas e seriamente celebrativas. Para quem vem para o improviso na dança, o aviso é pra trazer corpos disponíveis.

Strobo (PA) - O duo nasce em janeiro de 2011 com objetivo de aliar à música instrumental uma roupagem pop, utilizando a tecnologia para misturar timbres sintéticos e acústicos sem restrição. Com nítida influência de elementos da house music e do rock a banda compartilha de possibilidades que se devem em grande parte às vivências musicais dos dois integrantes, que vão do jazz ao carimbó.

Vida Seca (GO) - O grupo Vida Seca possui uma trajetória artística de 10 anos, período em que vem desenvolvendo pesquisas sonoras com materiais reutilizáveis, do lixo, da sucata, e de onde mais for possível aproveitar. Um década dedicada aos espetáculos, oficinas, intervenções, e também à reflexões sobre o consumo, o descarte, o lugar das coisas que criamos, que esquecemos e talvez possamos relembrar, recriar.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

23 de setembro  QUA
Ágora da Música Brasileira
19h. Cine Paranoá – Sessão Sonora (Jardim Funarte) Gratuito
  • Rua 57 n. 60 Centro ( videodança – Porquá e Vida Seca)
  • Vida Seca – Som de Sucata em Goiânia (doc. Vida Seca)
  • Pau e Corda: Histórias de Carimbó (doc. por Robson Fonseca, Felipe Marcos, André Mardock)
  • Exibição de Videoclipe das Bandas que integram a programação. ( Lia Sophia / Carne Doce / Boogarins / Strobo / Félix Robatto / Emília Monteiro)

 24 de setembro  QUI
Ágora da Música Brasileira (Jardim Funarte) Gratuito
19h. Cine Paranoá – Sessão Sonora
  • Dona Onete a Encatadora de Botos (doc. Visceral Brasil)
  • O Estilo Laurentino (doc. Visceral Brasil)
  • Mestre Vieira (doc. Visceral Brasil)
  • Rua 57 n. 60 Centro ( videodança – Porquá e Vida Seca) 
  • 20h.  Lucas Guimarães (PA)
  • 20h 40  Letícia Fialho (DF)
  • 21h 30  O Feliz Amor do Felino (DF)

25 de setembro  SEX
Ágora da Música Brasileira (Teatro Funarte Plínio Marcos)
R$ 20,00 (show) (inteira) R$ 60,00 (passaporte dia) (inteira)
  • 16h. Discotecagem + Feira Criativa
  • 18h. Vida Seca (GO)
  • 19h. Ciclone na Muringa (DF)
  • 20h. Dúplice (GO)
  • 21h. Pio Lobatto (PA)

 26 de setembro  SAB
Ágora da Música Brasileira (Teatro Funarte Plínio Marcos)
R$ 20,00 (show) (inteira) R$ 60,00 (passaporte dia) (inteira)
  • 16h. Discotecagem + Feira Criativa
  • 19h. Strobo (PA)
  • 20h. Carne Doce (GO)
  • 21h. Félix Robatto (PA)
  • 22h. Por Acaso (GO)

27 de setembro  DOM
Ágora da Música Brasileira (Teatro Funarte Plínio Marcos)
R$ 20,00 (show) (inteira) R$ 60,00 (passaporte dia) (inteira)
  • 16h. Discotecagem + Feira Criativa
  • 17h. Mestre Vieira (PA)
  • 18h. Emília Monteiro (AP/DF)
  • 19h. Boogarins (GO)
  • 20h. Lia Sophia  (PA)

14.9.15

Fernando Meirelles conversa sobre cinema e ópera

Dentro da programação paralela do XIV Festival de Ópera do Theatro da Paz, nesta segunda-feira, às 18h30, o cineasta paulista Fernando Meirelles, diretor cênico da ópera “Os Pescadores de Pérolas” recebe o público, no palco do Theatro da Paz, para a palestra “O Cineasta que Caiu na Ópera”. A entrada é gratuita.

O próprio Fernando escolheu o título da palestra que ele diz ser, na verdade, um bate papo. “Vou começar falando muito rapidamente sobre a experiência de dirigir uma ópera, e já abro para as perguntas do público. E assim, poderei responder aos questionamentos do público. O que perguntarem, eu responderei. Vai ter ópera, mas também cinema e até outros assuntos”, disse o diretor.

A produção do Festival de Ópera convidou Meirelles para dirigir “Os Pescadores de Pérolas” em abril deste ano, logo após o sucesso da minissérie da Rede Globo, “Felizes para Sempre?”. O convite chegou até ele por meio do maestro paulista Mauro Wrona, diretor artístico do festival, com quem Meirelles teve uma parceria rápida num único recital há muitos anos, na Faculdade de Arquitetura de São Paulo. À época, Fernando tocava violino – “Muito mal”, segundo ele - e Mauro já era um promissor cantor.

“Já havia visto algumas óperas, e gosto muito de música clássica”, diz, mas ser convidado para dirigir uma ópera não era bem um plano de vida profissional para o diretor. 

“A primeira coisa que pensei foi que se tratava de um engano. E Wrona me mostrou que era muito séria a proposta. Pedi duas semanas para pensar e depois disse sim. A princípio, achei que iria ter muita dificuldade, mas comecei a perceber que me lembrava muito o cinema”, relembra.

“No teatro, eu tenho a boca de cena, e no cinema, o enquadramento. Tenho luz, som, cenas, então, começa a ser uma questão de decupar planos e colocá-los na ordem certa. Aos poucos, vi que era um mistério que tinha soluções. Aos poucos, essas soluções deram as caras”, diz. E Fernando pode se orgulha do trabalho feito: o público está encantado com o que anda assistindo no Theatro da Paz, e a crítica especializada tem tecido grandes elogios para a junção de cinema e ópera que Meirelles trouxe ao festival, neste ano.

Apesar da formação de arquiteto, Meirelles tem sua experiência profissional centrada no cinema e na televisão. Pelo filme “Cidade de Deus” foi indicado ao Oscar de 2002, de melhor diretor, e voltou à Academia de Artes e Ciências de Hollywood, três anos depois, com mais quatro indicações por “O Jardineiro Fiel”, que acabou dando o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante para a inglesa Rachel Weizs. Abriu o Festival de Cannes de 2008, com “Ensaio Sobre a Cegueira”, filme sobre o livro homônimo do escritor português José Saramago, e o Festival de Londres de 2012 com “360”.

Fernando é um dos diretores da produtora O2 Filmes, que tem um segmento de distribuição, a O2 Play, e, por meio desta, 17 salas de cinema, em oito cidades brasileiras, vão exibir simultaneamente com Belém, direto do Theatro da Paz, a récita de “Os Pescadores de Pérolas” desta terça-feira, dia 15, às 20 horas. “Foi a forma que pensamos de ampliar o raio de exibição da ópera. De levá-la a mais pessoas”, conta Fernando.

Não há mais ingressos à venda para a ópera “Os Pescadores de Pérolas”, mas a TV Cultura do Pará transmite o espetáculo, ao vivo, nesta terça-feira, 15, às 20h, para Belém e interior do Estado. Também neste dia, na última récita, 17 salas de cinema de oito cidades brasileiras vão poder acompanhar a transmissão da ópera, diretamente de Belém. As cidades são Brasília (DF), João Pessoa (PB), Florianópolis (SC) e Santos (SP), com uma sala cada; Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS), com duas; Rio de Janeiro (RJ), com cinco, e São Paulo (SP), com quatro. 

Serviço
Palestra “O Cineasta que Caiu na Ópera”, com o cineasta Fernando Meirelles, hoje, 14, às 18h30, no palco do Theatro da Paz. Entrada gratuita.

(Com informações da assesoria de iprensa do Festival de Ópera. Fotos: Agência Pará)

12.9.15

Oficina com as novas da técnica de videomapping

Luz, cores, movimento e muita criatividade fazem parte do processo do videomapping, que está com inscrições abertas para a oficina que será realizada, entre os dias 22 e 25 deste mês,
no Casulo Cultural, Casa de Artista e Espaço de Ocupação.

O videomapping permite projetar imagens, vídeos e animações sobre relevos e superfícies pouco convencionais de modo a salientar determinadas características do espaço, e está no contexto na arte digital e suas possibilidades. 

“Nosso objetivo é mostrar quais são as principais ferramentas, softwares, metodologia para construção de um projeto de videomapping. Os participantes desenvolverão uma projeção que será apresentado no último dia de oficina”, explica Kauê Lima, que irá conduzir a oficina.

A arte digital remete à Estética da Existência de Michel Focault, em que ao artista se apresenta a possibilidade de viver a vida como uma obra de arte, mesmo nas mídias sociais, hipermidiáticas e virtuais. Assim, registros despretensiosos dos artistas selecionados, publicados na web, agora podem ser visto por outro ângulo, na ocupação, antes parte do dia-a-dia, em um registro da vida, agora expostos como obra de arte.

Kauê Lima é artista visual voltado para a luz em movimento. Graduado no curso de sistema de informação pelo Centro Universitário do Pará (CESUPA), estudou e trabalhou com videomapping e vjing em São Paulo, hoje mora em Belém ministrando oficinas e realizando projeções em eventos sociais, corporativos e culturais.

A oficina encerrá com uma mostra dos alunos, música e bate-papo, no Casulo Cultural, casa da artista visual Renata Aguiar, que abre o espaço localizado na Cidade Velha para ocupações artísticas de valorização da cultura. “Um lugar que proporciona encontros, vivências e relações entre as pessoas e as ideias, para a difusão e construção de saberes, onde o trabalho coletivo e a difusão de conhecimentos artísticos e culturais possam alçar outros vôos, com a proposta de criar diálogos entre diferentes linguagens artísticas e discussões político-culturais”, explica Renata.

Serviço
A oficina de videomapping, com Kauê Lima ocorrerão entre 22 e 25 de setembro. Inscrições abertas no site e local. O Casulo Cultural fica na rua Frutuoso Guimarães, nº 562, Campina, com visitação às quartas e sextas, das 14 às 18h. Investimento: R$ 300,00. 

Mais informações:
Site | http://casulocultural.wix.com/casulocultural
Facebook | www.facebook.com/casulocultural