27.8.20

Instalação "Cobra Norato" reabre espaço cultural

Aos poucos, a vida cultural de Belém vai aderindo ao "novo normal". Hoje (27), a instalação Cobra Norato reabre a programação do Espaço Cultural do Banco da Amazônia, uma inauguração restrita aos artistas, curador e diretoria da instituição e, amanhã (28), às 9h, abre as portas ao público, respeitando os protocolos de saúde como prevenção à Covid-19. O projeto selecionado pelo edital de Artes Visuais 2020 da instituição é fruto de pesquisa sobre esta antiga lenda amazônica ainda culturalmente presente  em diversos municípios paraenses.

Fotografias e um cenário amazônico formam a instalação assinada por Alessandro Pinheiro, Carla Duncan e Oteb Provos White, artistas que somam talentos no coletivo Pupunha com Café. O grupo trabalhou com materiais recicláveis, grande parte de miriti, como forma de ambientar os visitantes nas cidades de Abaetetuba, Cametá e Oeiras do Pará, cidades por onde os pesquisadores passaram, registraram e mergulharam na lenda de Norato. 

O grupo vem construindo uma trajetória voltada para às artes visuais, "com foco no meio ambiente, sustentabilidade, reciclagem, e capacitação através de cursos e oficinas, reflorestamento, defesa em primeira instância do ecossistema, ecologia, fauna e flora, populações ribeirinhas, quilombolas e indígenas e em defesa da Amazônia como polo de equilíbrio da estabilidade ambiental do planeta”, resume, Oteb Provos White.

Para o Banco da Amazônia, a abertura da exposição Cobra Norato, além de marcar a retomada das atividades do Espaço Cultural, possibilita que, uma vez mais, a instituição demonstre seu compromisso com a responsabilidade socioambiental. “Procuramos sempre apoiar ações que fomentam a sustentabilidade, que envolvam temas ambientais e de qualidade de vida, que conscientizem a população para a necessidade de preservação do meio ambiente. E essa exposição vem ao encontro disto”, explica Ewerton Alencar, coordenador de patrocínio do Banco da Amazônia.
            
Visitas poderão ser agendada pelo site

A mostra abrirá para o público nesta sexta-feira, 28, com visitação de segunda a sexta-feira seguindo sempre orientações de prevenção, não sendo permitidas, portanto, aglomerações de qualquer natureza. Além da ambientação física, o público também poderá conhecer a exposição em ambiente virtual, no site do projeto, que agrega ainda informações detalhadas sobre todo o processo de construção e produção da instalação.

Será também, por meio do site, que as pessoas e grupos poderão agendar, com antecedência, uma visita. De acordo com os organizadores, esta é ainda uma ferramenta providencial para um momento diferenciado em que instituição e artistas somam esforços para que todos os protocolos de segurança sejam observados em prol da saúde da comunidade, sem perder de vista a importância de estimular a produção cultural.

Serviço
Exposição Cobra Norato e lançamento do site do projeto. Abertura: dia 27 de agosto de 2020 | Visitação: 28/8 a 2/10/2020, de 9 às 16h | Espaço Cultural Banco da Amazônia - (Av. Presidente Vargas, 800. Centro).

(Holofote Virtual, com informações da assessoria do projeto)

26.8.20

Audiovisual paraense tem lei aprovada na Alepa

Depois da votação favorável, em primeiro turno, no último dia 19, o projeto de lei N. 417/2019 que regulamenta a política pública de fomento e incentivo ao audiovisual paraense foi votado novamente agora pela manhã e,  em segundo turno, aprovado por unanimidade, na Sessão Ordinária Mista da Alepa no Plenário Newton Miranda. Profissionais do setor acompanharam a transmissão, ao vivo, pelo Youtube da TV Alepa.

O momento é histórico. O PL 417/2019 agora é Lei, a Lei Milton Mendonça do Audiovisual Paraense, uma grande vitória para o setor. A expectativa é que ao ser encaminhada ao executivo, o governador se manifeste em até 60 dias.  

“Assim que for promulgada, a partir do ano que vem nós já podemos ter editais. Esta Lei está ligada com o programa de incentivo e fomento à cultura, a Lei Semear, e sendo assim já há recursos possíveis para elaboração de editais. Agora, o decreto de regulamentação é essencial, é isso que vai definir as coisas mais operacionais da Lei”, diz o Deputado Carlos Bordalo, autor do projeto de lei.

Não há como prever ainda, segundo ele, o montante de recursos a serem destinados ao setor, pois “vai depender do orçamento de cada ano e do funcionamento do Fundo Estadual de Cultura que também está sendo criado, com o Sistema Estadual de Cultura”, e que por sinal, depois de aprovado pelos deputados, e encaminhado ao executivo, ainda aguarda a sanção do Governador.

Homenagem à Milton Mendonça

Os cine jornais de Milton Mendonça
A Lei do Audiovisual paraense ganha o nome de Milton Mendonça, homenagem e reconhecimento ao documentarista que entre os anos 1960 e 1970 realizou os célebres Cinejornais, produzidos pela Juçara Filmes. Importante dizer que se for colocada em operação, esta Lei, além de fomentar a produção de novas obras, também poderá trazer recursos ao restauro, inclusive da série de películas do próprio Milton Mendonça, como de Líbero Luxardo, que hoje se encontram em estado de conservação bastante delicado no acervo do Museu da Imagem e do Som do Pará.

“A Lei Milton Mendonça vai possibilitar uma produção regular de áudiovisual e cinema no Pará, ou seja, os festivais vão poder contar com um tipo de financiamento regular e vão acontecer todos os anos. Vai ser possível se planejar para fazer projetos, todos os anos”, diz a cineasta Jorane Castro, da Cabocla Filmes, que também acaba de ser eleita representante do audiovisual no Conselho Consultivo que também vai ajudar a elaborar a política de aplicação dos recursos da Lei Emergencial de Cultura Aldir Blanc, no Estado.

Persistência do setor traz conquistas 

Jorane Castro, cineasta - Cabocla Filmes
Foi graças a persistência e a resistência do setor que se chegou a este momento importante para o audiovisual paraense.

“Eu diria que a primeira grande ação que provocou a Lei foi a visita que recebemos da comissão de produtores culturais, fazedores de cultura e, principalmente, de profissionais do audiovisual, que não se sentiam representados no grande debate da cultura”, comenta Bordalo.

“É uma grande vitória para o audiovisual e cinema paraenses, a aprovação da Lei Milton Mendonça em segundo turno hoje na Assembleia Legislativa do Estado do Pará. Todos os técnicos, realizadores e profissionais que atuam no mercado do audiovisual paraense estão de parabéns, é uma grande vitória pra nós”, diz Jorane Castro.

Para a produtora Indaiá Freire, que participou ativamente do processo de elaboração do texto da lei, “a aprovação dessa Lei é de suma importância, ela vai fazer com que surja novas empresas de audiovisual, fomentar a produção do audiovisual e nestes tempos em que as pessoas falam em estado mínimo, há um grande equivoco, pois o retorno financeiro, de geração de emprego e renda, e de tributo que a economia criativa traz, impacta e tem um reflexo grande na sociedade”.

Diálogo aberto e democrático

Indaiá Freire, produtora executiva 
A comissão de profissionais do audiovisual paraense conversou com toda a base parlamentar paraense. “Conversamos com o senador Paulo Rocha e com outros deputados da Alepa para apoiarem o projeto, como o deputado Igor Normando, a deputada Heloisa, enfim, com deputados de várias legendas, porque cada um tem sua escolha política, mas o audiovisual está para além da questão da politica partidária. O deputado Bordalo foi o que mais se integrou ao nosso projeto e construiu uma proposta junto com a gente”, conta Indaiá. 

Além de cineastas e produtores do audiovisual, artistas e pessoas que fazem a retaguarda das produções, também foram chamados outros agentes públicos para se chegar a primeira versão do Projeto de Lei, protocolada em dezembro de 2019.

"Chamamos representantes da Funtelpa, Secult, Procuradoria Geral do Estado”, diz o deputado. Para ele, a efetivação de um marco regulatório que consagre o audiovisual paraense como uma manifestação da cultura paraense, incentiva uma cadeia produtiva relevante para economia e para a sociedade. "Este setor gera renda para o estado além de ser importante instrumento de registro para garantir nossa memória”, diz Bordalo.

Dados publicados pela “O Impacto Econômico do Setor Audiovisual Brasileiro”, realizada pela Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (APRO) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), informam que o mercado do audiovisual movimenta, na economia do país, de forma direta, R$ 23 bilhões por ano, o que equivale à 0,38% do Produto Interno Bruto do Brasil.

“É uma grande felicidade ter ajudado nesta construção coletiva, e é muito bom quando a gente pensa coletivamente, pois isso traz benefícios para a comunidade. Precisamos nos integrar. As pessoas podem ter interesses e pensamentos diferentes, mas precisamos que se crie um processo democrático”, finaliza Indaiá.

Além do contexto político da elaboração do texto da Lei, a articulação do setor também foi intensa, reunindo profissionais de vários municípios, não apenas da capital. O CRIA - Coletivo Coletivo de  de Realizadores Independentes de Audiovisual da Amazônia colocou no ar, fazendo circular pelas redes sociais (@criapara), uma campanha de vídeo, em que diversos profissionais se manifestaram a favor da criação da Lei do Audiovisual. O coletivo, criado ano passado, tem como objetivo contribuir para a organização da categoria do audiovisual paraense e vem mapeando o setor por meio de um cadastro. Vou deixar o e-mail deles aqui cria.coletivo.para@gmail.com.

Emenda de deputado gera polêmica

Sessão histórica  nesta manhã de quarta-feira
Durante a sessão de hoje, houve polêmica em relação a emenda apresentada pelo deputado Martinho Carmona que fosse incluída a categoria religião, no conselho consultivo da Lei do Audiovisual Milton Mendonça.

Isso causou estranheza e insegurança na classe que atua no setor há décadas e vem com esforço destacando a produção audiovisual paraense até internacionalmente, independente de religião. “Uma lei tem que ser muito bem escrita para que ela possa entrar em prática de forma 100% transparente, sem ficar a critério dos governadores e suas religiões. Se tivermos um próximo governador evangélico, por exemplo, ele vai poder distribuir todo esses recursos para esta rubrica? Toda arte e expressão artística é livre e não pode ser condicionada a nenhum tipo de religião”, conclui Jorane.

Deputado Carlos Bordalo, autor do PL , agora Lei
O Deputado Carlos Bordalo aceitou a emenda mas acredita que não haverá mudanças a serem feitas na redação final.

“Eu não pretendo alimentar nenhuma polêmica. A Lei não está definindo categoria de representação, então que essa sugestão seja vista pelo executivo, sob o ponto de vista jurídico”, defende ele a fim de que não se perca tempo com uma questão que não procede. “Não cabe enfrentarmos isso agora, pode ser elemento que atrase a aprovação da lei”, disse.

Para Jorane Castro, enquanto representante da categoria, a inclusão de uma cláusula sobre religião dentro da lei, como forma de emenda parlamentar pelo deputado Martinho Carmona, é inconstitucional. “O estado é Laico e está na Constituição que se deve atender a seus cidadãos da mesma forma sem passar pelo filtro da religião portanto é inadmissível que seja incluído em uma lei cultural um item desse”, conclui a cineasta.

25.8.20

Félix Robatto lança música inédita com Pio Lobato

O clipe de “A Minha Prece”, música composta durante a pandemia, já está no canal de Youtube do artista.  Para lo lançamento, Félix contou com a participação do guitarrista Pio Lobato. Na próxima semana o single estará disponível nas principais plataformas de música digitais.


“Ao que parece, a humanidade tá perdida, nem com a dor da despedida, a ambição dá vez à razão”, diz a letra. Para quem conhece o trabalho de Félix, que costuma ser bem festivo, pode estranhar a música mais reflexiva. 

“A letra veio desse momento em que estamos vivendo, percebendo a verdadeira consciência das pessoas, o choque de classes e gerações. Não tinha motivo para ser uma música dançante”, revela. É um carimbó eletrônico, gravado com percussão, bases e voz, já a guitarra é do músico Pio Lobato. 

“Usei tambores e sintetizadores e não estava nos meus planos gravar guitarra. Numa das conversas com o Pio, quando falávamos sobre música e sobre o trabalho do músico nesse isolamento, contei a ele sobre a música que estava gravando, ele me deu umas dicas e perguntei se ele gostaria de gravar a guitarra, ele topou. Fiquei feliz e curti muito a gravação dele”, conta.

As gravações foram feitas cada um na sua casa, tanto o áudio quanto as imagens, que foram captadas por celular. “Para gravar o clipe, contamos, eu e Pio, com nossa família. Meus filhos e minha esposa me ajudaram a gravar aqui em casa e a namorada do Pio gravou as imagens dele. Isso é algo positivo da pandemia, estar mais perto de quem a gente ama”, reflete.
  
Guitarrista e percussionista, Félix Robatto fundou, em 2004, a banda La Pupuña que apresentou a “Guitarrada Progressiva” para o mundo. Produziu o CD “Treme”, de Gaby Amarantos, indicado ao Grammy Latino 2012. No mesmo ano, foi convidado para fazer a direção musical do DVD Mestre Vieira – 50 anos de Guitarrada, que gravamos ao vivo no Theatro da Paz.

O músico é autor do “The Charque Side of the Moon”, uma releitura com gêneros amazônicos do “The Dark Side of the Moon”, do Pink Floyd. Já lançou dois álbuns solo “Equatorial, Quente e Úmido” e “Belemgue Banguer”, de música latino-amazônica. Idealizador do Clube da Guitarrada, Félix criou em junho de 2016,  a Lambateria, festa de música paraense realizada toda quinta há dois anos e meio, que entre gêneros como Merengue, Brega e Carimbó, é regada a muita Lambada e Guitarrada.

Em 2018, lançou o disco “Guitarrada para Bebês”, que faz releituras de clássicos da Guitarrada com sons de caixinha de música. Atualmente, está trabalhando no DVD “As Origens da Lambada”, que conta com show e documentário sobre essa importante história da  nossa música.

Serviço
Lançamento “A Minha Prece” de Félix Robatto com participação de Pio Lobato. Onde: YouTube Félix Robatto Oficial. Nesta terça-feira,  25 de agosto (terça-feira).

21.8.20

As Amazonas do Cinema com filmes selecionados

"Dança sem Nome", de Maria Contreras, da Colômbia
7 longas e 14 curtas documentários dirigidos e roteirizados por mulheres serão vistos nas mostras competitivas do 1o Festival As Amazonas do Cinema, que ocorrerá dentro da programação do 6º Amazônia Doc, entre 12 e 23 de setembro. A transmissão será on-line pela plataforma de streaming AmazôniaFlix. 

Um festival para premiar e dar visibilidade ao cinema feito por mulheres. Este é o foco fo 1o Festival As Amazonas de Cinema, cujo processo curatorial, além de considerar as obras dirigidas e roteirizadas por mulheres, analisou também se as temáticas estavam alinhadas com a proposta estética. 

“Fizemos uma seleção em cima dos recortes que a gente já vinha dimensionando nos debates da curadoria, como o primeiro critério que era de serem filmes dirigidos ou roteirizados por mulheres, mas terem uma representação feminina afirmativa”, diz Lorenna Montenegro, jornalista, roteirista e crítica de cinema. 

Ela integra a curadoria do festival, junto com a artista visual Carol Abreu, a roteirista e cineasta Flávia Abtibol e a produtora e também cineasta Zienhe Castro, diretora geral do 6º Amazônia Doc. Ao todo foram inscritos 50 filmes, habilitados a partir de critérios específicos deste festival, cuja iniciativa vem contribuir com a valorização do produto audiovisual do gênero documentário dirigido por mulheres.

“Mesmo em meio a um cenário de tantas incertezas, onde a cultura, tendo o audiovisual como a ponta do iceberg, diretamente atingida, a primeira edição do Festival Amazonas do Cinema, recebeu um número expressivo de inscrições”, comemora Carol Abreu. 

"A Mulher com Luz Própria", de Sinai Sganzerla, de SP
Entre os selecionados, há filmes sobre a história de mulheres importantes para o Brasil, como “A Mulher de Luz Própria”, uma cinebiografia de Helena Ignez, considerada uma das principais figuras femininas do cinema brasileiro, em “A Mulher da Luz Própria”, dirigido e roteirizado por Sinai Sganzerla, sua filha. E histórias curiosas, como é o caso do “Fakir”, que traz imagens atuais de artistas contemporâneos que mantêm essa arte viva em apresentações e shows, com direção de Helena Ignez.

Em “Rosa de Vênus”, um documentário experimental, é abordado o Sagrado Feminino e a ancestralidade na América Latina. “É um filme híbrido, mistura os gêneros documentário e ficção, fazendo um recorte entre Brasil e México”, comenta Lorenna. “E temos também documentário político, bem representado pelo longa “Um conto de duas cidades de empresas”, de Priscilla Brasil, que vai falar da Serra do Navio, no Amapá, que foi durante muito tempo um local de exploração do minério, mas quando encerrou a mina, pouco deixou de desenvolvimento, de fato, para as pessoas que ficaram por lá”, continua.

Outro destaque é “Mulheres que Alimentam”, que se passa numa comunidade Pataxó, na Bahia. “Temos neste filme a representação de mulheres indígenas e quilombolas daquela região, tentando sobrevier as ameaças que as cercam”, segue Lorenna. Já em “Portunhol” se discute essa questão de fronteiras entre brasileiros e bolivianos e de como eles conseguem conviver neste locais. “Vamos entender a questão da língua, da assimilação cultural, preconceitos, mas também os pontos em comum utilizados para resistir nas fronteiriças da Amércia do Sul”, analisa a crítica e roteirista. 

"Um conto de duas cidades de empresas", de Priscilla Brasil (PA)
Para Carol Abreu, participar da curadoria do festival, foi um grande desafio, “principalmente em função da potência desse recorte único da Mostra. Visionar essas produções, especificamente feita por mulheres, confronta, discute e abre janelas, ressignificando a forma de produção e os olhares, e fomentando questões pertinentes sobre a abrangência do território da Pan Amazônia, e a  elaboração do pensamento, além de mapear a representação feminina”.

Lorenna explica que esta primeira edição é um embrião para o festival que se deseja. “Queremos pensar muito mais nesse lugar das mulheres que realizam filmes na Amazônia Legal e que pensem nestas temáticas de representação das mulheres neste território. Nesta edição há filmes de todas as regiões do país, mas apenas um do Pará, por isso, sentimos que precisamos mobilizar mais as realizadoras daqui e da Pan Amazônia, para que possamos ter, neste festival, a voz destas mulheres e poder integrar estas realizadoras, cineastas e produtoras da região”, conclui. 

Além de trazer histórias contadas através de um olhar feminino e amazônico, o festival também vai homenagear uma grande personalidade da nossa cultura, entregando o Troféu ENEIDA DE MORAES às vencedoras. Mulher da Literatura, importante militante política e ativista cultural, a escritora foi fundadora do Museu da Imagem e do Som - PARÁ, em 1971, ano que ela faleceu. 

O 6o Festival de Cinema AMAZÔNIA DOC 3 em 1 será realizado de 12 a 23 de setembro pela plataforma de streaming Auma realização do Instituto Culta da Amazônia, com a Co-realizacão do Instituto Márcio Tuma; patrocínio da Equatorial Energia, por meio da Lei Semear de Incentivo à Cultura - Fundação Cultural do Pará - Governo do Pará. A produção é da ZFilmes; parceria do SESC e apoio cultural da Rede Cultura de Comunicação; Ufpa - Curso de Cinema, Estrela do Norte - Elo Company e Casa NaMata.

1º FESTIVAL AS AMAZONAS DO CINEMA
FILMES SELECIONADOS

LONGAS METRAGENS

Rosa Vênus
Direção: Marcela Morê
Roteiro: Marcela Morê e Marcela Mara
Produção: Marcela Morê
Brasil, RJ, 2019, 76

Portuñol
Direção: Thais Fernandes
Roteiro: Thais Fernandes e Boca Migotto
Produção: Fabiano Flore, Jessica Luz e Mariana Mêmis Müller
Brasil, RS, 2020, 70’

Saudade Mundão
Direção: Julia Hannud e Catharina Scarpellini
Roteiro: Julia Hannud, Catharina Scarpellini e Renato Maia
Produção: Julia Hannud e Andre Lion
Brasil, SP, 2019, 88’

Fakir
Direção: Helena Ignez
Roteiro: Helena Ignez
Brasil, SP, 2019, 92’

A Mulher da Luz Própria
Direção:  Sinai Sganzerla
Roteiro: Sinai Sganzerla
Brasil, SP, 2019, 74’

Currais
Direção:  Sabina Colares e David Aguiar
Roteiro:  Sabina Colares e David Aguiar
Produção: Khalil Gibran
Brasil, CE, 2019, 91’

Um conto de duas cidades de empresas
Direção:  Priscilla Brasil
Roteiro: Priscilla Brasil
Produção: Priscilla Brasil e Wilson Paz
Brasil, PA, 2020, 90’

CURTAS METRAGENS

Dança sem nome
Direção:  María Contreras
Roteiro: María Contreras
Produção: María Contreras e Rui Amado
Colômbia, 2018, 8’ 10”

Adelante: a luta das refugiadas venezuelanas no Brasil
Direção:  Luiza Trindade
Roteiro: Luiza Trindade e Hugo de Araújo
Produção: Luiza Trindade
Brasil, RJ, 2020, 30’

Extratos
Direção:  Sinai Sganzerla
Roteiro: Sinai Sganzerla
Brasil, SP, 2019, 8’

Nova Iorque, mais uma cidade
Direção:  Joana Brandão e André Lopes
Roteiro: Joana Brandão, Patrícia Ferreira Guarani e André Lopes
Produção: Joana Brandão, Patrícia Ferreira Guarani e André Lopes
Brasil, SP, 2019, 18’30”

Câmera, tá OK?
Direção:  Nathalia Oliveira
Roteiro: Mateus Brilhante
Produção: Antonio Victor e Henrique Guilherme
Brasil, 2019, 14’34”

Às vezes desapareço
Direção:  Manuela Santana
Roteiro: Manuela Santana
Produção: Manuela Santana
Brasil, 2020, 6’14”

Sabrina
Direção:  Jéssica Barreto
Roteiro: Jéssica Barreto
Produção: Diego Sousa
Brasil, SP, 2019, 19’

Matança Popular Brasileira (MPB)
Direção:  Edileuza Penha de Souza
Roteiro: Edileuza Penha de Souza
Produção: Marcus Azevedo e Ruth Maranhão
Brasil, 13’56”

Mulheres Coletoras de Sementes (PI'Õ RÓMNHA MA'UBUMRÕI'WA)
Direção:  Danielle Bertolini
Roteiro: Coletivo
Brasil, MT, 2020, 12’

Doce Veneno
Direção:  Waleska Santiago
Roteiro: Waleska Santiago
Produção: Melquiades Junior, Martin Thiel e Kurt Vanzo
Brasil, CE, 2020, 16’

Tesouro Escondido do Equador
Direção:  Kata Karáth e Ana Naomi de Sousa
Produção: Dan Davies e Farid Barsoum
Equador, 2019, 25’18”

Recomendado
Direção:  Roberta Barboza de Oliveira Machado
Roteiro: Roberta Barboza de Oliveira Machado
Produção: Roberta Barboza de Oliveira Machado
Brasil, RS, 2019, 16’32”

Opará - Morada dos nossos ancestrais
Direção:  Graciela Guarani
Roteiro: Graciela Guarani
Produção: Alexandre Pankararu
Brasil, PE, 2019, 20’

Até o fim do mundo (Nakua pewerewerekae jawabelia)
Direção:  Margarita Rodrigues Weweli-Lukana e Juma Gitirana Tapuya Marruá
Roteiro: Margarita Rodrigues Weweli-Lukana e Juma Gitirana Tapuya Marruá
Produção: Juma Gitirana Tapuya Marruá
Colômbia, 2019, 16’

17.8.20

FICCA terá troféus assinados por Paulo Emmanuel

O jornalista e caricaturista, Paulo Emmanuel é o artista convidado este ano para criar os troféus, que serão concedidos pelo V Festival Internacional de Cinema do Caeté – FICCA, em homenagem a ativistas culturais e de direitos humanos paraenses. 

São quatro nomes de grande relevância quando se fala em direitos humanos. Os três primeiros são Padre Bruno Sechi, que nomeia o prêmio de Melhor Longa Metragem, foi criador da República de Emaus, e defensor dos direitos das crianças e adolescentes;  Cláudio Cardoso, escritor e cordelista, ativista cultural literário, defensor dos direitos dos escritores paraenses, é o Prêmio de Média Metragem e o de Curta Metragem, recebeu o nome de Egídio Sales Filho, advogado defensor de grandes causas de direitos humanos no Pará, desde o caso dos padres e posseiros do Araguaia.

"Ainda não fiz algo assim e como o convite foi feito na semana passada, ainda estou pensando, mas sei que vai ser algo diferente. Eu conhecia o Cláudio Cardoso, a gente estava vendo umas reproduções para o livro dele, e os demais homenageados, eu só conhecia de vista, mas são todos pessoas muito importantes e foram grandes perdas. Acho legal a ideia de homenagear", diz o artista.

O FICCA também distingue o cinema documental e vai homenagear outro ativista de direitos negros, afroreligiosos, e de trans, falecido muito antes da Pandemia, o professor e doutor em artes, Arthur Leandro, ex-professor do Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará, tendo sido também titular no colegiado setorial de culturas afro-brasileiras, o representando no Conselho Nacional de Política Cultural. 

“A Amazônia é a cereja do bolo das corporações militares e dos grandes grupos econômicos que decidem as políticas públicas internas e as relações diplomáticas do Brasil com os países mais ricos do mundo, razão pela qual os interesses que estão em jogo na Região são capitais para a luta política que travamos de forma criativa e do combate que fazemos com este festival em rede solidária de parceiros como o artista Paulo Emanuel, também ele um ativista cultural da panamazônia”, esclarece o criador e curador do FICCA, Francisco Weyl.

Cartunista está em pré-venda do novo livro

No momento, além de se dedicar a criação dos troféus para o FICCA, Paulo Emmanuel também cuida da pré-venda do livro Humor nos tempos do Golpe, que fica aberta vai até o lançamento. E quem comprar até essa semana será caricaturado no livro. O livro sairá pela IOEPA, com lançamento numa programação especial da Feira Pan Amazônica do Livro, em dezembro.

“Enquanto não entregar o PDf definitivo está aberto, depois disso é aguardar o lançamento e terão uns brindes do estúdio”, diz Paulo Emmanuel que pensa na possibilidade de sorteio de uma peça.

Nascido em Manaus e radicado em Belém, Paulo Emmanuel atua com arte gráfica, diagramação e ilustração de livros, caricatura, modelagem, escultura em miriti e massa de biscuit, animação em stopmotion. É um cartunista com uma longa história, desde a década de 1980, com fanzines  revistas impressas como Pentelho, Humor Sapiens, PUM, ZambraZine, tendo sido cartunista da página dominical Xibé  (A Província do Pará), ao lado de Rony, Junior Lopes, Atorres, J. Bosco, Biratan Porto, Ropi, Luiz Pinto, Félix, e Walter Pinto.

Também fez diversas ilustrações e designers para livros infantis, e de adultos, organizou exposições de cartuns, e conquistou prêmios em salões locais, nacionais e internacionais, como Bélgica e Piracicaba. Em sua trajetória inquieta e inconformada, professasse bicolor, com muito orgulho, e muito amor.

Serviço
O V FICCA recebe inscrições até o dia 7 de Setembro, sendo os prêmios enviados a partir de Belém, até o final de Março de 2021. Mais informações em ficcacinema@gmail.com ou pelo WhatsApp (035) 19 3699.7887. 

Kamara Kó expande a galeria em ambiente virtual


Foto: Raio Verde
Como espaço aberto para repensar e dialogar com a história, a arte está nos ambientes virtuais para conectar pessoas, e a mudança de perspectiva dos últimos meses acelerou um processo de virtualização, das relações aos encontros por afinidades nas redes. Com esse olhar, a Kamara Kó lança sua Galeria Virtual nesta quarta, dia 19, a partir das 19h, no site kamarakogaleria.com.br, como plataforma de convergência da arte fotográfica paraense.


O espaço presencial, localizado no bairro da Campina, em Belém, desde 2011, sempre foi uma referência com o objetivo de difundir a fotografia contemporânea e promover conexões entre fotógrafos, colecionadores, críticos e interessados nos processos criativos dos artistas da Amazônia. A presença on-line também busca manter a proximidade entre as pessoas que já circulavam no espaço, considerando que essa aproximação pela arte ficou mais favorável com a frequência com que se convive com a web nos tempos atuais, em diferentes países. 

“É uma proposta que desde 2018 vinha acalentando, pois o avanço da tecnologia de informação encurtaria qualquer distância geográfica, principalmente para uma galeria de arte na região Norte”, conta Makiko Akao, fundadora da galeria. 

A galeria ganha assim uma visão ampliada de mundo, com maiores possibilidades de interações nacionais e internacionais, motivando e valorizando a produção paraense. “Hoje em dia as mudanças vem muito rápidas, e a Covid-19 acelerou ainda mais. Penso que haverá ou já está havendo muitas mudanças em todas as áreas, e é claro no formato de galeria de arte também. Acho que é um momento de refletir, repensar e reestruturar nossas ações”, diz Makiko.

O acervo de obras reúne autores consagrados e talentos emergentes, respeitando os direitos autorais, numeração e tiragem certificadas pelos artistas e pela galeria. No segmento educativo, há oferta de cursos, palestras e encontros regulares com profissionais de várias áreas, buscando fomentar a produção, difusão e a crítica sobre o fazer fotográfico e suas implicações.

O novo site continua com projetos especiais da galeria como o Coletivo de Dezembro, Minha Primeira Obra e Experiência Curatorial que iniciou em 2019; e agora em 2020 inicia os cursos on-line coordenados por Miguel Chikaoka. São projetos voltados para construir encontros entre os artistas, curadores, pesquisadores de arte, todos colaboradores da galeria e público em geral.

Inscrições abertas para oficinas e cursos on-line

Foto: Ana Mokarzel
O programa de cursos e oficinas promovidos pela Kamara Kó Galeria tem como propósito acolher pessoas interessadas em conhecer e praticar as possibilidades da fotografia (do fazer fotográfico) enquanto lugar de construção e exercício do pensamento crítico e expansão do ser no campo do sensível. 

Estão abertas para os próximos meses inscrições para os cursos De Olhos Vendados, iniciação à fotografia, até 5 de setembro, com Miguel Chikaoka, que também ministra Fluxos de Trabalho, que inscreve até 12 de setembro. Ainda neste ano, a Galeria Virtual recebe também o curso A Imagem no Regime Estético da Arte Contemporânea, com Alexandre Sequeira, com inscrições no site até 03 de novembro.

O desenvolvimento das atividades ofertadas pelo programa de cursos da galeria, seja de iniciação, aprimoramento ou reflexão, pauta-se no diálogo entre as linguagens do conhecimento e da arte. O tema norteador de cada atividade é trabalhado ao longo do percurso como um fio guia que se lança, em território aberto, de forma fluída e porosa, formando um corpo pulsante à medida que avança rumo ao objetivo proposto. “O cuidado na condução se coloca no sentido de propiciar ao coletivo uma vivência única porque leva em grande conta o conhecimento que se produz na troca de experiências e percepções de cada participante”, diz Miguel Chikaoka.

Serviço
Lançamento on-line da Kamara Kó Galeria Virtual nesta quarta, dia 19, a partir das 19h, no site kamarakogaleria.com.br. Exposição on-line Minha Primeira Obra, até dia 20 de setembro. Inscrições aos cursos: De Olhos Vendados, iniciação à fotografia, até 5 de setembro; Fluxos de Trabalho, que inscreve até 12 de setembro, ambos com Miguel Chikaoka; e o curso A Imagem no Regime Estético da Arte Contemporânea, com Alexandre Sequeira, com inscrições no site até 03 de novembro.

(Com informações da assessoria de imprensa)

16.8.20

Festival Pau e Corda do Carimbó será on-lie

Na Pedreira eles já está contando as horas, para 12a edição do Festival Pau & Corda do Carimbó que, este ano, sairá das ruas do bairro, para ser realizado de forma inteiramente on-line. A programação, diversa, terá transmissão pelo Youtube, de 22 a 29 de agosto. Além das atrações ao vivo, respeitando as medidas de segurança de saúde orientada pela Organização Mundial de Saúde, os grupos estão enviando vídeos já gravados em suas cidades.

O festival que ocorre há mais de vinte anos, conta com apoio dos moradores e integrantes do grupo de carimbó tradicional Sancari, uma ação que envolve amigos que se conhecem e trabalham em prol da cultura há muito tempo. A programação traz atividades e brincadeiras infantis com o personagem Pirô, e contação de histórias com Lucas Alberto, do  Casarão dos Bonecos. 

Também vai haver exibição de curtas que tem como temática a cultura popular. Oficinas ensinando fazer maracás e a dançar carimbó serão disponibilizadas. A Live Show vai trazer grupos como o Free Dance, Senta Peia, Sabor Marajoara, Carimbó Som do Pau Oco, Grupo de Carimbó Estação Capanema, Mestre Chico Malta, Silvan Galvão, Mestre Paulinho Barreto, Tarubá e Xuatê Carajás.

Abrindo a programação no próximo sábado, 22, seis grupos parafolclóricos convidados, além do Grupo de Carimbó Sancari, se apresentarão, a partir das 16h. Durante a semana, serão disponibilizadas, no canal do Youtube Festival Pau & Corda do Carimbó, vídeo aulas que ensinam como produzir colares e grafismos em cuja, com a arte Marajoara; também enviarão a fazer um maracá e até como dançar o carimbó. O encerramento será também num sábado, dia 29, com mais uma Live Show, desta vez com a participação dos grupos de carimbó raiz.

Desafio encarado com amor e paixão pelo carimbó

Para a dançarina do Grupo de Carimbó Sancari há mais de uma decáda, Lucieth Pantoja, ensinar na internet não foi um desafio, mas uma necessidade.  “Devido a pandemia mundial nada poderia ser ao vivo. Então eu não vi como um desafio mas como um novo local onde todas as pessoas estão migrando, inclusive nós da arte. Além disso esse conteúdo ficará disponível para todos, afinal tem muita gente que é do nosso estado mas desconhece a história do carimbó, a indumentária e as diferenças”, explica a bailarina. 

Para Jason Leão, um dos coordenadores do projeto e fundador do grupo Sancari aponta as novidades desta edição.  “A expectativa é muito grande por que a primeira vez que vamos fazer um negócio desse e sempre que é a primeira vez dá uma tensão. A reunião de vários grupos num festival desse tamanho é maravilhoso e eu tenho certeza que nós vamos arrebentar”, afirma. 

Já Neire Rocha, produtora e idealizadora do festival, este será um grande desafio. “Estou Ansiosa, é uma enorme responsabilidade realizar este festival com todo esse problema de saúde no mundo todo", diz ela que também está tranquila em relação ao resultado desta primeira experiência. "Confio na produção e nos grupos que são parceiros, sei que estou cercada de pessoas que tem o mesmo carinho e respeito pela Cultura popular e tradicional de nosso estado e confio em Deus. Espero que este primeiro festival Pau e Corda do Carimbó supere todas as expectativas”, finaliza.

PROGRAMAÇÃO

ABERTURA Live Show

Sábado, 22, a partir das 16h

  • Carimbó Sancari (Pedreira)
  • Companhia de dança Free Dance ( Benguí)
  • Sabor Marajoara.
  • Canto do Aracuã do bairro do Benguí.
  • Grupo de carimbó Som de Pau Oco.(Belém)
  • Banda Senta Peia.
  • Grupo de Carimbó Estação Capanema. 

Domingo, 23

  • 15h - Live com contação de história (Hudson) e Casarão do Boneco

Segunda, 24

  • 18h - Atividade de Reciclagem (Lucas, do Casarão dos Bonecos)

Terça, 25 

  • 18h - Oficina de dança

Quarta, 26

  • 18h - Oficina de Confecção de maracá

Quinta, 27

  • 18h - Oficina de grafismo em cuia

Sexta, 28

  • 18h - Oficina de confecção de colares marajoaras

ENCERRAMENTO, Live Show 

Sábado, 29, das 16h às 22h

  • Roda de curimbós no pé do mastro 
  • Grupo de Carimbó
  • Mirim de Fazendinha/Mestra Claudete de Marapanim.
  • Grupo de Carimbó Frutos da Terra/ Marapanim.
  • Xuatê Carajás/Parauapebas
  • Regional Tarubá da Ilha de Caratateua/ OUTEIRO (video).
  • Grupo de dança Jardim das Rosas / Marituba. 
  • Silvan Galvão, mestre Paulinho Barreto e Mestre Chico Malta de Santarém/ Alter do Chão 
  • Carimbó Sancari

8.8.20

Circular realiza a 3a edição inteiramente virtual

Estava tudo se encaminhando para a primeira edição do ano quando estourou a pandemia da Covid-19. O jeito foi migrar 100% para a plataforma digital. Assim, a 30a edição, em abril, e a 31a, em junho promoveram domingos de interação com conteúdos artísticos, educacionais e culturais na internet. Não vai ser diferente neste 32o evento virtual que o projeto realiza, neste domingo, 9 de agosto, em pleno Dia dos Pais.

Pois é, isolamento social e quem é que vai ficar em casa? Bem, o Dia dos Pais pode ser mais divertido e aproveitado em casa, pela internet, do que você imagina. Vou deixar a dica. A programação da 32ª edição do Circular Campina Cidade Velha será realizada em ambiente virtual, das 8h às 22h, pelas redes sociais do projeto.

Já dei uma olhada na programação e vi que vai ter música, literatura, artes cênicas, contação de histórias, oficinas, artes visuais, cultura alimentar, dicas de bem estar e meio ambiente, entre outras atividades. Tem muito conteúdo bacana para ver, curtir e compartilhar tanto no Facebook quanto no Instagram, mas para quem curte lives, faço questão de citar as quatro previstas:

O projeto Roteiro Geo-Turístico da Ufpa IV vai trazer, às 10h, um papo com Goretti Tavares e Elna Trindade, sobre a arquitetura de Antonio Landi no centro histórico de Belém. De tarde, às 15h30, tem uma visita mediada na exposição "Diálogos no Silêncio", e um bate papo, às 17h30, tudo com o Candeeiro, um espaço novo na Cidade Velha, idealizado por Natan Garcia e Heldilene Reale e que a gente vai poder conhecer on-line.

Últimas lives inauguram transmissões do projeto no YouTube

Um outro bate papo, proposto pela Associação Fotoativa, traz ao debate a experiências compartilhada em gestão de espaços colaborativos, em tempos de pandemia. Na sala, Anne Dias e José Viana, da associação + Paulo Ricardo e Nanan Falcão, do Casarão do Boneco. Essa live inaugura as transmissões do Canal de YouTube do Circular, onde também será encerrado o evento.

A ultimissíma live vai encerrar a 32a edição do Circular Campina Cidade Velha, com muita música, sob o comando de Robatto Félix, da Lambateria. Quem já viu as apresentações virtuais dele, sabe que ninguém fica parado. O guitarrista e empreendedor na área música, coloca todo mundo para dançar a valer. O repertório é recheado de lambadas, guitarradas e bregas.

Edital e Revista 

É isso aí. Fica ligado também que o projeto vai disponibilizar dois vídeos de conteúdos próprios. Um deles vai falar sobre o edital do 2o Ciclo de Ações Educativas que vai iniciar em setembro. Na semana passada, o projeto Circular lançou chamada para submissão de propostas de oficinas em formato on-line.  A jornalista e produtora audiovisual Adelaide Oliveira, atual coordenadora do projeto, vai dar todas as dicas de como se inscrever. Ela explica ainda, tim tim por Tim Tim, todos os objetivos e quais tipos de conteúdos estão sendo aguardados. 

Outro vídeo, também conteúdo próprio, faz um passeio pelas páginas da mais nova edição da Revista Circular Digital, que tenho o prazer de produzir junto a equipe de Comunicação do Projeto Circular. Entre os conteúdos, neste número 7 da publicação, estão reportagens sobre a arte, museus e cidades em tempos de pandemia, além de um ensaio fotográfico onde reunimos fotografias geradas pelo olhar de diversos profissionais durante a quarentena. Tem ainda uma crônica linda de Monique Malcher.

A autora de Flor de Gume, livro que, alias, estou me deliciando com a leitura, também está na edição virtual do Circular, narrando o conto que abre a sua primeira publicação. Na revista, tem ainda uma entrevista com Edyr Augusto Proença, outro texto fabuloso da nossa produção literária paraense.

Programação 32a edição do Circular 
https://bit.ly/2DqKCKG
Redes sociais:
Facebook:
https://www.facebook.com/ocircular/
Instagram:
@circularcampinacidadevelha
Twitter: 
@circularbelem
YouTube Circular Campina Cidade Velha:
https://bit.ly/YoutubeCircular
Revista Digital

Duo Lima estreia com “Surreal” já nas plataformas

É novidade no universo da produção musical paraense. Acabei de ouvir “Surreal”, do Duo Lima, criado recentemente, pelos irmãos Rodrigo e Bianca Lima. O single de estreia da dupla acabou de ser lançada no Spotify e em todas as plataformas digitais pelo selo da Urtiga. 

Rodrigo Lima é músico e compositor e criou, com sua irmã, Bianca Lima, o Duo Musical, intitulado Lima, para dar a vazão. uma série de composições que eles vêm criando e deixando na gaveta. “Geralmente escrevo e componho, a Bianca canta e interpreta”, explica Rodrigo. “Surreal”, representa “um momento de coragem, início de um novo ciclo, de concretização de ideias”, diz Bianca. 

Refletindo referências do indie pop nacional e internacional como Terno Rei, YMA, Céu, Men I Trust, Belle & Sebastian, o projeto surge e se inspira em devaneios em meio à quintal localizado na esquina da Mundurucus, nas tardes quentes de Belém do Pará. 

“Sempre que podemos, passamos muito tempo do nosso dia no quintal, tomando um café, compondo, tocando algo. E essas experiências trazem sensações inimagináveis. 'Surreal' relata um desses devaneios acerca de momentos da vida que passaram e não voltam mais”, explica Rodrigo. 

O single foi lançado em julho e já ganhou fãs. Em uma semana, obteve 1.100 plays no Spotify. O selo Urtiga, aliás, que encerrou julho com outras estreias, como “Suíngue Perdão”, de UmSebastião, que lançou o primeiro single do EP e inicia seu voo solo na MPB; e “Quinta Dimensão”, a faixa indie de André Couto. 

“Encontramos o selo urtiga por intermédio do estúdio em que gravamos, o Abbey Monster. Mandamos a música e eles adoraram, nos deram todo o apoio necessário para a distribuição nas plataformas. Pretendemos lançar mais duas músicas esse ano ainda, e ano que vem lançar nosso primeiro EP”, diz Rodrigo. 

Ouça o single Surreal: 
https://linktr.ee/DuoLima

Anotem o instagram do Duo Lima: 
@rrodrigolima e @bbiancalima

Ouça todos os lançamentos do selo Urtiga:
https://bit.ly/urtigaplaylist 

Cidade em F(r)estas realiza edição na Pandemia

Trazendo como temática a expressão “Mundo Cão”, o projeto Cidade em F(r)estas vai realizar hoje, às 20h, mais uma edição, desta vez com projeções na antiga Estação Ferroviária de Icoaraci, respeitando todos os protocolos de segurança exigidos como prevenção a disseminação da pandemia da covid-19. Eu bati um papo com a Yvana Crizanto, uma das idealizadoras do projeto, que já existe há dois anos. Desenvolvido em parceria com espaços e pessoas de diferentes bairros, desta vez, foi necessário encaminhar uma série de medidas para realizar a programação dentro do novo contexto.

Nesta 10a edição, o projeto vai substitui os fotovarais que eram montados no espaço público, por novas formas de interação. As projeções serão realizadas e também transmitidas ao vivo pelas redes sociais do projeto, o que garante a todos nós que participemos. Em Icoaraci, com todos os cuidados, transeuntes poderão conferir de perto.  Lá, o apoio principal é do espaço Na Casa do Artista, que criou um diálogo com a vizinhança, propondo movimento, deslocamento e o debate sobre os desafios coletivos em tempos de pandemia. 

“Nesses tempos de pandemia sentimos a necessidade de provocar uma reflexão sobre o cuidado coletivo, e ao debate sobre o papel dos agentes públicos no enfrentamento à essa crise de saúde pública. O Cidade em Frestas se deslocou para um outro movimento, não mais um convite para o encontro presencial, mas uma interferência em locais de grande movimentação de pessoas, um comportamento que reflete nas mortes causadas pela negligência”, diz Yvana Crizanto que é uma das idealizadoras do projeto, junto com as também ‘artivisvistas”, Galvanda Galvão, Roberta Mártires e Josi Mendes. 

Conscientes de que o distanciamento social e o uso da máscaras podem salvar vidas, a equipe do Cidade em F(r)estas foi reduzida e vai para a rua com um projetor e uma caixa de som, e com todos os cuidados necessários, com objetivo de levar “a expressão de artistas sobre esse momento, na busca por motivar a empatia e a responsabilidade de cada um para com o outro”, continua Yvana. As projeções serão transmitidas ao vivo pelas redes sociais, para que o público que já conhece o projeto possa seguir interagindo na cidade com a arte. 

Foto: Monica Lizardo
“É uma experiência nova e desafiadora para nós”, diz a jornalista, cantora e fotógrafa. Ela conta que uma característica do projeto é justamente que ele seja recebido na comunidade, por parceiros. 

Neste sentido, em Icoaraci, o parceiro principal é a galeria Na Casa do Artista, dos artistas Werne Souza e Auda Piani, que darão apoio para a projeção que será realizada na antiga Estação de Trem. 

“Serão 5 pessoas, para  a produção do audiovisual e da transmissão on-line. Para quem fica em casa, temos a certeza de que estamos contribuindo, cada um a seu modo, para diminuir esses estragos da pandemia, e comunicar isso por meio da arte. As ruas sempre foram o cenário do projeto. Fazíamos fotovarais livres, com o tema Mundo Cão, e recebíamos dezenas de trabalhos em fotografias, poemas, ilustrações, e outras formas de arte. Quando deslocamos para o ambiente on-line essa expressividade continuou livre”, explica Yvana.  

Curadoria reuniu e convidou dezenas de trabalho 

Foto: Yvana Crizanto
Para fazer a curadoria dos trabalhos que serão mostrados nesta edição, a equipe lançou uma convocatória, mantendo o tema Mundo Cão, “que nos acompanha há mais de um ano, e vamos exibir todos os trabalhos recebidos”, diz. 

Os artistas envolvidos são: Fernanda Boarin Boechat, Izabela Leal, Márcio Mariath, Maria Heloisa Pinho Franco, Dioclecio Soares Gomes, Laiza Ferreira, Marcelo Rodrigues Silva, Cledyr Pinheiro, Rafael Fernando Serrão, Katja Hölldampf, Lais Gabrielle de Lima, Ty Silva, Carla Duncan, Marcelo Aversa, Lucia Martins, Simone Machado, Laura Castro, Raquel Minervino, Thaysa Aussuba, Rennan Willian, Ettiene Angelim. 

“Além disso, conhecemos trabalhos de artistas próximos, sobre este contexto da pandemia, e os convidamos a participar das projeções, como Lucia Gomes, Marcela Inajá, Thais Badu, Cincinato Júnior, Danielle Fonseca, Antônio Moura, Miguel Chikaoka, Monica Lizardo e Guto Nunes. Aproveito para agradecer em nome do projeto, idealizado com muito amor e amizade por mim, e pelas artistas Galvanda Galvão, Josi Mendes e Roberta Mártires, junto com dezenas de parceiros que fizeram essa história”, vai concluindo Yvana que também é artista, criadora de conteúdos, cantora.

Perguntei a ela como tem sido este período de maior isolamento, mesmo após a quarentena mais rigorosa e do próprio Lockdown. “Tenho experimentado um processo criativo ainda silencioso e reflexivo, que vem no canto a seu tempo. Entendo que agora não é mais possível essa troca de pele e vibração próxima com o público, e certamente essa dinâmica será reinventada”, me respondeu, na entrevista que fizemos em tempo real, pelo WhatsApp. 

Nesta edição, vamos poder conferir também um pouco do trabalho dela. “Faço uma das interferências sonoras com um canto à capela, um convite à alegria e à resistência diante desses tempos tão difíceis. Estarei presente pela voz ainda ecoando nas ruas, agora de outra forma, paisagem”, conclui.

Serviço
Cidade em F(r)estas, com Oficinas – projeções na antiga Estação de Trem de Icoaraci - R. Padre Júlio Maria, 937-995 - Cruzeiro, a partir das 19h, área da orla. Transmissão on-line a partir das 20h, pelas redes sociais do projeto @cidadeemfrestas no Facebook e Instagram. 

Realização: 
Cidade em Frestas, com os coletivos  Casulo Cultural, Sibilafilmes e Multifário.

Apoio nesta edição:
Na Casa do Artista, Casa de Estudos Germânicos da UFPA,  Faculdade de Direito da UFPA, Holofote Virtual, Coletivo Manas e Milton Kanashiro.

Concepção e produção:
Galvanda Galvão, Josi Mendes, Roberta Mártires, Yvana Crizanto

6.8.20

Amazônia Doc: inscrições para o 1o Curta Escola

Estudantes regularmente matriculados na rede pública de ensino do estado do Pará já podem inscrever obras cinematográficas de gênero curta documentário, com até 15 minutos de duração, para a Mostra 1o Olhar, do Festival Curta Escola. As inscrições vão até o dia 21 de agosto, gratuitamente, pelo site www.amazoniadoc.com.br/curta-escola, onde também está disponível o regulamento completo.

A programação oficial do 1o Festival Curta Escolas está inserida na 6a edição do Festival Pan-Amazônico de Cinema – Amazônia Doc 3 em 1, que inicia com pré atividades no dia 5 de setembro, abrindo oficialmente no dia 12, com mostras competitivas até dia 23.

O principal objetivo desta iniciativa é estimular a expressão artística dos alunos do Ensino Médio das Escolas Públicas Estaduais do Pará através da linguagem cinematográfica.  Nesta primeira edição o tema de abordagem será livre e os filmes selecionados serão exibidos na 1a Mostra Competitiva Primeiro Olhar, que será transmitida pela Tv Cultura do Pará. Os filmes inscritos deverão ter sido dirigidos por alunos da rede estadual de ensino do estado do Pará, individual ou coletivamente.

Serão premiados três (3) filmes pelo critério do Júri Oficial, nas categorias: Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Roteiro; e também o Melhor Filme pelo voto popular, feito através da plataforma de exibição. Os estudantes vencedores ganharão troféus e vão participar de oficinas voltadas para a área do audiovisual, oferecidas pelo Instituto Culta da Amazônia e ZFilmes Produções. A lista de obras selecionadas pela curadoria será divulgada no site do Festival (www.amazoniadoc.com.br/curta-escola).

A iniciativa é do Instituto Culta da Amazônia e conta com a parceria/apoio institucional da Secretaria de Cultura do Estado do Pará e Instituto Márcio Tuma e realização/produção da Z Filmes Produções. Entre os objetivos do festival, destaca-se a oportunidade de dar visibilidade à produção audiovisual dos estudantes da rede pública estadual de ensino do Pará e contribuir com a formação do público em relação à linguagem cinematográfica.

Amazônia Doc 3 em 1 com mostras, oficinas e bate papos

Zienhe Castro, do Amazônia Doc, Luyse 
Braga e Ana Carla Aguilera, da Casa NaMata. 
Foto: Manoel Leite.
Este ano, após adiamentos e reinvenções, por causa da pandemia da Covid-19, o Amazônia Doc confirmou a realização de sua 6a Edição, que este ano traz um formato 3 em 1, em versão on-line, pela plataforma de streaming AmazôniaFlix, que já havia sido divulgada anteriormente, com o nome de Cineamazônia, mas os administradores em reunião, nesta semana, o redefiniram. O lançamento desta plataforma, na abertura do Amazônia Doc se reafirma como uma super novidade na região, e que irá disponibilizar filmes e séries de ficção e documentários da Pan-Amazônia. 

Voltando ao festival, tem gente que já me perguntou, por que 3 em 1! É que além das mostras internacional que reúnem curtas, médias e longas da Pan Amazônica, cujos filmes já foram selecionados para a Mostra internacional Pan Amazônica - a lista você pode conferir no site -, o evento reúne mais dois festivais. O Curta Escola, que segue com inscrições até dia 21, e também o 1º Festival As Amazonas do Cinema, cujo resultado das inscrições será divulgado no dia 12 de agosto.

Haverá também atividades paralelas às mostras, com oficinas, bate-papos e masterclass, que serão transmitidas gratuitamente pela plataforma de streaming. A programação, ainda conta com lives, que serão transmitidas, diretamente da Casa NaMata, empresa de arquitetura paisagística de Belém, com a qual a diretora geral do Amazônia Doc, Zienhe Castro, da Filmes, acaba de fechar parceria. O espaço está inaugurando o seu Café, um espaço agradável e acolhedor com uma proposta inovadora e moderna de valorização regional e da floresta.

O Festival de Cinema AMAZÔNIA DOC é uma realização do Instituto Culta da Amazônia, com a Co-realizacão do Instituto Márcio Tuma; patrocínio da Equatorial Energia, por meio da Lei Semear de Incentivo à Cultura - Fundação Cultural do Pará - Governo do Pará. A produção é da ZFilmes; parceria do SESC e apoio cultural da Rede Cultura de Comunicação; Ufpa - Curso de Cinema e Estrela do Norte - Elo Company.

Mais informações: www.amazoniadoc.com.br

5.8.20

Amostraí Virtual apresenta poema e três histórias

O Casarão do Boneco vai realizar mais um Amostraí, on-line, neste sábado, 8, com transmissão ao vivo pelo Facebook, a partir das 17h. 

A edição de agosto é dedicada para artistas de teatro, circo que atuam com cenografia, figurino e iluminação, que ficaram trabalho e passam por dificuldades neste momento da pandemia. 

Eles receberão parte da renda que for arrecada, durante a programação, que será apresentada por Leonel Ferreira. Além de uma livre interpretação de poema, haverá três contações de história. O público pode colaborar com o depósito de qualquer quantia, nas contas divulgadas no final desta matéria. 

“Nosso fazer artístico foi brutalmente atingido pela pandemia da COVID-19. Assim como muitos, também perdemos entes queridos e isso nos deixou desestruturados, mexidos, impactados. Nossa matéria de trabalho é a vida, a alegria, o afeto. Aos poucos, vamos tentando nos reorganizar em meio a este cenário pandêmico. Mas o que mais nos aflige é saber que alguns artistas como nós estão passando por dificuldades financeiras até mesmo para se alimentar. E isso dói”, expressa o coletivo.

Poema encontrado na lata e a história de um rei

A programação inicia com o poema “Recomeço”, que será interpretado por Maria Mãe D`Água. O mesmo foi encontrado nas ruas de Belém, sem identificação, quando ela retirou o rótulo de uma lata para trabalhar a construção de um instrumento musical. De acordo com a artista sua leitura será uma mensagem para aquecer os corações no Amostraí.

Maria Mãe D’água é contadora de histórias, palhaça, cenógrafa, gestora ambiental, artesã, tem especialização em dramaturgia, especialização em gestão ambiental e é o que vem permeando sua pesquisa artística.

Essas formações formam um tripé, no qual ela pega o que pode ser reciclável ou reaproveitável e reescreve uma outra história para esse material, através de construções de objetos/brinquedos e objetos/musicais.

E nessa pesquisa, agora na pandemia, procurando materiais para fazer os seus objetos ela se deparou com uma lata. Catou essa lata na rua e se encantou com ela porque quando tirou o rotulo estava essa coisa linda, uma poesia com o nome que tem tudo haver com o que ela pretende nesse momento de pandemia, “recomeço”. A partir daí, começou a pulsar a vontade de reproduzir de apresentar de mandar para os amigos. Foi uma forma de aliar a sucata, a poesia e a distância das pessoas. Mandar uma mensagem. Aquecer o coração dos amigos, dos parentes através dela. A sua pesquisa atual é a busca de uma natureza melhor.

Na sequência, Adriana Cruz conta a história “O Rei está cansado”, brincando de desenhar figuras no papel retirada do livro Histórias de Reis e Rainhas, da Companhia das Letrinhas, que fala de um Rei que fica doente porque trabalha muito e só uma menina esperta sabe como curar, vamos conferir como. Adriana Cruz é habitante do Coletivo Casarão do Boneco, integrante do grupo In Bust Teatro Com Boneco. É artista, professora da Escola de Teatro e Dança da UFPA e contadora de História.

Duas histórias para ver no escurinho de casa

Depois dessa, apague as luzes da sala, do quarto, de onde você estiver assistindo a live, pois Vandiléia Foro chega na telinha com “Rio de Encantarias”, retirada de “O Mergulho”, do livro “Visagens, Assombrações e encantamentos da Amazônia”, do saudoso escritor Walcyr Monteiro. Trata-se de uma narrativa de rio, lugar de nossas viagens e embarcações enredadas. Corpo de água doce, morada dos encantados. Lá vem o rio! Bora pra beira tarrafear nossas histórias.

Vandiléia Foro é atriz, contadora de histórias, professora e arte educadora, além de performer, diretora de teatro, Mestranda em Arte,  integrante da Cia Girândola de Contadores de Histórias e da Casa Ateliê Olaria Mundiar.

Mantenha-se no escurinho de sua plateia particular, para ver o encerramento da programação com Ganesh Om, que vai contar “A Procissão das Almas”, uma antiga história de domínio público que existe em vários estados do Brasil.  Reza a lenda que uma senhorinha famosa em seu bairro pelo vício da fofoca, se mete numa encrenca quando, em vez de estar dormindo, resolve dar uma espiadinha na janela para ver uma procissão que estranhamente estava passando a meia noite. O artista diz que costumava ouvir essa história de sua avó.

PAGUE QUANTO PUDER

Para colaborar com a manutenção do Casarão Pague quanto puder fazendo depósitos nas seguintes contas:

  • Leonel Rodrigues Ferreira: Banco do Brasil | Ag. 2946-7 | C/C: 716.222-7 | CPF: 395.501.252-20.
  • Maria de Fátima Sousa Sobrinho: Caixa Econômica Federal  | Ag. 0022 | C/Poupança 31965-3  CPF  049. 559. 942-53
  • Virginia Abasto | Nu Bank | Ab. 0001 | C/C 63587988-6 | CPF 536.329.232-7
Serviço
Amostraí Virtual. Neste sábado, 8 de agosto, a partir das 17h, com transmissão ao vivo pelo facebook do Casarão do Boneco. Informações pelo celular: (91) 9 9175.3114.