31.7.22

"O Profeta" de Khalil Gibran no Theatro da Paz

Depois do sucesso de público e crítica da montagem teatral: “Helena Blavatsky, a voz do silêncio” (ainda inédita em Belém), a autora e filósofa Lúcia Helena Galvão repete a parceria com o encenador Luiz Antônio Rocha, em "O Profeta". Em seu segundo desafio para teatro, a autora faz uma releitura filosófica da obra do poeta libanês. A apresentação é única, no dia 13 de agosto, às 19h, no Theatro da Paz. Ingressos à venda.

Em agosto o público de Belém terá oportunidade de ver, no palco, as reflexões de “O Profeta”, de Khalil Gibran, o segundo livro mais lido do mundo depois da Bíblia, já traduzido para mais de 100 idiomas, trazendo como  mensagem, a história da jornada turbulenta e incerta do homem pela vida. 

“O profeta está enraizado na própria experiência do autor como um imigrante e serve de inspiração para qualquer um que se sinta à deriva em um mundo em fluxo. A vida e os pensamentos de Khalil Gibran se entrelaçam com as nossas vidas e compõem parte importante do que somos”, diz a autora.

Lucia Helena Galvão é professora da Nova Acrópole do Brasil há mais de 30 anos, ministrando aulas e palestras sobre diversos temas como Ética e Moral, Sociopolítica, Filosofia da História, Introdução à Sabedoria Oriental, Psicologia, Simbologia Teológica, Arte, Estética e História Antiga. No Canal da Nova Acrópole no YouTube é possível encontrar mais de 900 palestras dela disponíveis, com mais de 950 mil inscritos e 100 milhões de visualizações.

Em doze ensaios poéticos, baseados na obra de Gibran, a história desafia o vazio e descortina a beleza das ideias sobre o que ocorre entre o nascimento e a morte. Temas profundos e atemporais como amor, dor, filhos, trabalho, tempo, liberdade, alegria, tristeza, morte, entre outros, são abordados com a ternura e a sabedoria que vem do Oriente. Numa atmosfera de enlevo e encantamento a peça é um convite para sermos dignos da vida e a viver ao nível do que há de mais elevado em nós.

Os sons do oriente como trilha de várias histórias

Em cena, o "Profeta" traz sons e ritmos de instrumentos musicais ancestrais como o alaúde, a flauta nay, a rabab e a derbak, tocados pelo músico William Bordokan, além do místico canto oriental entonado pelo próprio ator em cena, o também músico e cantor libanês, Sami Bordokan. 

Pesquisador de música árabe clássica e folclórica, Sami faz releituras de temas tradicionais num trabalho de resgate de peças ancestrais. Seu estilo de tocar o alaúde e de cantar é único, reunindo influências diversas desde a música clássica árabe, o canto bizantino, o Sufismo, o flamenco e a música popular brasileira.

“O Profeta me remete ao meu passado, a minha juventude em Miniara, meu vilarejo no norte do Líbano, numa manhã de primavera colorida pela flor da amêndoa e pelo frescor da brisa das montanhas de cedro que abraçam o meu presente e iluminam o meu amanhã com a luz da esperança de que posso me tornar um homem cada vez melhor”, diz o artista.

A direção é de Luiz Antônio Rocha, indicado ao prêmio Shell (2019) pela montagem de “Paulo Freire, O Andarilho da Utopia”, tem projeto de luz de Ricardo Fujii e cenário e figurinos do artista plástico uruguaio Eduardo Albini. A direção musical é assinada pela dupla Sami e Willian Bordokan.

Para o diretor, "O Profeta é uma história de rara beleza. A força de suas parábolas, a poética da musicalidade, a profundeza de seus conceitos são um bálsamo nos dias de hoje. O amor é o fio condutor da história e nos faz redescobrir o papel do coração.” 

A peça é promovida pela Nova Acrópole. A programação, no dia 13 de agosto, inicia com um relato sobre a vida e obra de Khalil Gibran. A programação contará ainda com um breve relato sobre a vida e obra de Khalil Gibran com a professora Lúcia Helena Galvão, sábado às 19h. 

Para quem se interessa pelo tema, anota aí: No dia 8 de agosto, Lúcia Helena participa de uma live sobre a montagem, ao lado do diretor Luiz Rocha e do músico e cantor libanês Sami Bordokan, que assume o papel título do espetáculo, além de Daniel Araújo, diretor do Theatro da Paz. A mediação é de Lênon Raiol, da @novacropolebelem.

Serviço

“O Profeta”, de Kalil Gibran. Apresentação no dia 13 de agosto, às 19h, no Theatro da Paz (Rua da Paz S/N - Centro - Belém-PA). Ingressos à venda na bilheteria física e virtual do teatro. 

Preço único: R$ 100,00 inteira | R$ 50,00 meia | R$ 50,00 + 2 kg de alimento (meia solidária). 

Bilheteria virtual : https://www.ticketfacil.com.br/eventos/tp-o-profeta.aspx

27.7.22

UFOPA lança livro no X Fórum Social Panamazônico

"Luta pela terra na Amazônia: mortos na luta pela terra! Vivos na luta pela terra!", projeto literário de extensão da UFOPA, será lançado em Belém, no próximo dia 30, no hall do centro de convenções Benedito Nunes, na UFPA, dentro da programação do 10o Fórum Social Pan-Amazônico, que abre nesta quinta-feira, 28, e sege até 31 de julho, em na capital paraense.  

O livro tem quase 800 páginas, reúne 20 trabalhos assinados por quase 30 pessoas, entre filhas, filhos, parentes, amigos e pesquisadores mobilizados para recuperar a história dos defensores da reforma agrária, direitos humanos e meio ambiente mortos no Pará. 

Nas páginas desta obra constam casos de dirigentes sindicais, advogados, religiosos, chacinas e defensores do meio ambiente. O fotógrafo Sebastião Salgado cedeu fotos do Massacre de Eldorado, enquanto o procurador da República Felício Pontes assina artigo sobre a missionária Dorothy Stang, assassinada em 2005. Já o professor de Direito Rafael Pimenta, irmão de Gabriel, assina o artigo sobre o defensor dos direitos humanos. 

Em meio ao delicado ambiente que nubla a vida da sociodiversidade amazônica, marcado pelo aceno que se ergue a partir do governo nacional em favor de toda ordem de violência, em alinhamento com os setores mais conservadores da nossa sociedade, um livro brota dos sertões da Amazônia. O lançamento nacional já rolou no dia 18 de julho, no Campus I da Unifesspa, em Marabá, quando o assassinato de Gabriel Pimenta soma 40 anos de impunidade. Depois de Belém, ainda haverá lançamentos em Imperatriz (MA), no dia 19 de agosto e em Xinguara, nos dias 13 e 14 de setembro.

A violência nas paragens da região é compreendida no livro sob o prisma estrutural que marca o avanço do capital sobre a Amazônia, como atesta os recentes acontecimentos transcorridos no estado do Amazonas, que redundou no assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Fato precedido pela chacina da família do senhor Zé do Lago, ocorrida em janeiro, no município de São Félix do Xingu, no Pará. 

Romaria em memória de Dorothy Stang, 
assassinada em 2005, em Anapu-Pa.
Registro de Miguel Chikaoka
cedido ao livro.

Tais violências representam digitais do processo da integração subordinada da Amazônia aos circuitos econômicos mundiais. Há sangue em todas as latitudes. Sangue de indígenas, quilombolas, camponeses e das pessoas a eles alinhados, como advogados e religiosos, entre outros sujeitos. 

Os 20 trabalhos estão divididos em seis seções. Dão corpo à obra: Camponeses, onde são realçados nove casos, entre eles, o de Raimundo Ferreira Lima (Gringo), João Canuto, Expedito Ribeiro, Virgílio Sacramento, José Dutra da Costa (Dezinho), Avelino Silva; em seguida vem o capitulo dos Massacres, que contempla os casos da Chacina Ubá, Chacina da fazenda Princesa e o Massacre de Eldorado.

Gabriel Pimenta, João Batista e Paulo Fonteles integram o bloco dedicado aos advogados que combateram o latifúndio, enquanto que no quarto item, estão a Irmã Adelaide, Padre Jósimo e a Romaria das Meninas, que compõem a seção dedicada aos religiosos. Na parte dedicada às entrevistas, seguem relatos do Padre Paulinho, ex-coordenador da CPT do Pará, e o recém falecido dirigente camponês do Maranhão, Manoel da Conceição. Por por fim, o sexto anexo faz um resumo sobre casos de mortes e o andamento dos processos.   

Felício Pontes assina artigo sobre a missionária Dorothy Stang, ombreado pelo padre Amaro, agente da CPT em Anapu, sudoeste do estado, onde a missionária e igualmente agente da CPT foi assassinada em fevereiro de 2005. Por lá, no Lote 96, as tensões permanecem. Fazendeiros e pistoleiros diariamente ameaçam os moradores e lideranças. Permanências de uma democracia esgarçada, marcada pela concentração da terra e da renda, o Estado autoritário, as coerções públicas e privadas. Toda ordem de abuso contra os mais fragilizados. Assim como Dorothy, Amaro sofre todo tipo de pressão: ameaças, criminalização por conta da missão que desenvolve junto aos camponeses,  até preso foi. 

Familiares assinam artigos sobre a memória das vítimas

Paulo Fonteles, morto em 1987.
Registro de Miguel Chikaoka cedido ao livro.
José Dutra da Costa (Dezinho), dirigente sindical e quadro da Fetagri sudeste do Pará foi executado em 2000 na porta de sua casa em Rondon do Pará, quando o natal se avizinhava. Grileiros de terra, fazendeiros e madeireiros estavam incomodados com a atuação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais (STTR) do município.  

O nome de Dezinho chegou a constar na lista de pessoas marcadas para morrer por conta do combate que realizava pela reforma agrária. As autoridades do Estado sabiam. Todos sabiam. Nada foi feito. A hoje advogada e filha do dirigente sindical, junto com a viúva assinam o relato, Joélima da Costa e Maria Joel, respectivamente.  Com o assassinato de Dezinho, dona Maria assumiu a direção do sindicato. Assim como o esposo, dona Joel viveu e ainda vive inúmeras situações de ameaça. 

A professora da rede pública e mestra em História pela UFPA, Luzia Canuto, narra a saga do pai, João Canuto e dos irmãos que foram assassinados na cidade de Rio Maria, sul paraense. Como Dezinho, Canuto foi morto em dezembro. O crime ocorreu no dia 18. João foi morto com 18 tiros desferidos à queima roupa. Anos depois três filhos de Canuto foram sequestrados. Somente um sobreviveu, Orlando. Entre os acusados das atrocidades na cidade de Rio Maria, sul paraense, constam fazendeiro Vantuir Gonçalves Cardoso e o político Adilson Laranjeira. Eram tempos da União Democrática Ruralista (UDR). Instituição animada pelo hoje novamente governador de Goiás, Ronaldo Caiado. 

Execuções e chacinas notabilizaram o sul e sudeste do Pará como as regiões mais delicadas na luta pela terra do Brasil.  E permanecem como área de risco.  Como outros casos marcados pela impunidade, o recurso usado pelos defensores dos direitos humanos foi apelar para Organização dos Estados Americanos (OEA) como forma de responsabilizar o Estado Brasileiro. O caso mais recente que tramita na OEA é do advogado Gabriel Pimenta. 

Em 2011 foram mortos na cidade de Nova Ipixuna, nas proximidades de Marabá, o casal de agroextrativistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo, no Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Praia Alta Pinheira.  O único nesta categoria nas regiões que aglutinam mais de 500 projetos de assentamento. Muitos batizados com os nomes dos dirigentes assassinados. A maioria dos projetos foi reconhecido após o Massacre de Eldorado, ocorrido em 1996. 

A morosidade do Incra é colocada como fator que redundou na tocaia que matou o casal, que também teve os nomes em listas de marcados para morrer. Os irmãos de José, a advogada recém formada, Claudelice Santos é quem assina o artigo junto com Claudenir.  Ela e a família assumiram a bandeira ambientalista do casal.  Claudelice fez parte de uma turma de Direito da Terra, da Unifesspa. Iniciativa criada e direcionada para pessoas ligadas à defesa da reforma agrária, direitos humanos e do meio ambiente. 

Oficialmente o Estado do Pará declara que 19 trabalhadores rurais ligados ao MST foram mortos pelas tropas da PM no Massacre de Eldorado. A chacina ocorreu na Curva do S, na cidade de Eldorado do Carajás, em 1996. A ordem partiu do ex- governador já falecido, o médico Almir Gabriel (PSDB), que tinha como secretário Paulo Sette Câmara. 

As tropas foram comandadas pelos militares Major Oliveira e o coronel Pantoja. Os laudos comprovam que boa parte dos 19 sem terra foram executados à queima roupa.  Da cúpula de mandantes, somente Oliveira encontra-se vivo. Assim como em outras casos, o manto da impunidade cobre o caso. Os advogados José Batista Afonso e Carlos Guedes assinam o artigo. 

O sangue não conhece cercas na Amazônia. A História da “conquista” da fronteira é uma história de expropriação de suas populações e assassinatos. Situações amalgamadas por precárias investigações, processos morosos e inconclusos no Judiciário – quando os mesmos chegam a ser instaurados -, este célebre por sua parcialidade em situações de conflitos que envolvem grandes corporações, grileiros de terras e fazendeiros e a sociodiversidade local da região.

“Quem não vive na Amazônia não sabe como o perigo nasce e descamba com o sol e vem ainda com a noite, cotidianamente” esclarece o derradeiro texto do livro, assinado por  Júlia Iara, militante do MST/MA, publicizado quando da passagem de 21 anos do Massacre de Eldorado, em 2017.

Serviço

Lançamento do livro Luta pela terra na Amazônia: mortos na luta pela terra! Vivos na luta pela terra! 

Belém – 30/07

Local: UFPA – Fórum Social Panamazônico (FOSPA), hall do Auditório Benedito Nunes

Hora: 11h 

Imperatriz/MA – 19/08

Local e hora: a definir

Xinguara – 13 e 14/09

Local: Sintepp – (Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação Pública do Pará)

23.7.22

Sobre a trajetória de Dulcecleia Caravelas Furtado

Betinha, fundadora do fã clube de Mestre Vieira
Foto: Renato Reis
Hoje ela faria 58 anos. Educadora, liga a área da cultura, fundou o fã clube de Mestre Vieira e foi uma das principais vozes na criação do Dia Municipal da Guitarrada em Barcarena. Betinha, como era chamada carinhosamente, faleceu em abril do ano passado, por covid-19. A seguir, um pouco sobre sua trajetória como homenagem.

Dulcecleia Caravelas Furtado nasceu em 1964, no dia 23 de julho, em sua residência localizada na Comunidade Cabeceira Grande, no Sítio Nova Santarém, em Barcarena-Pa. A filha de Hozana Trindade Furtado e Maria Assunção Caravelas Furtado, a 6ª filha a nascer de um total de 10 irmãos, escolheu aos 07 anos de idade, seu apelido enquanto ouvia a leitura de um livro. A irmã primogênita, Miracelia, costumava ler a Cartilha Amazônia, na qual havia uma personagem chamada “Betinha”, com a qual se identificou. 

Em 1977, em sua adolescência, veio estudar em Belém. Sempre alegre e brincalhona, gostava de brincar a noite de queimada, com os irmãos e amigos, mas nas sextas-feiras, não perdia as festas no Rancho Não posso me Amofiná. Betinha teve uma trajetória como grande liderança política em Barcarena, sonhava com uma sociedade igualitária e construiu uma trajetória cultural importante no município. 

Entrega do songbook ao fã clube. Ao fundo, 
a família de Betinha. 
Foto: Gabriel Dietrich

Em Belém fez parte de uma Companhia de Teatro no SESC, localizada na Doca, quando participou como atriz em uma peça de teatro. Curtia também esporte e durante o período que esteve no ginásio, antigo ensino fundamental, também  fez parte de um time handebol.

Em 1982, aos 17 anos retornou à Barcarena para estudar o Ensino Médio, enquanto também trabalhava como vendedora no Armazém Nordeste, no ano de 1983.  Depois entrou no serviço público, sendo transferida para o Setor da Cultura, que funcionava em uma dependência da Escola Aloysio da Costa Chaves, na qual ela também esteve como diretora e implantou, na época, o projeto Teatro na Escola, com direção de João Alberto e Vitor Magno, e ainda, apoiou o Grupo de Teatro Encenarte.


Contribuição à criação do Dia Municipal da Guitarrada

Desde que conheci Betinha, em 2011, no Festival do Abacaxi daquele ano, me identifiquei com ela no que dizia respeito a valorização de Vieira, como artista importante da cultura barcarenense, após todo o reconhecimento que ele já havia conquistado fora do município, do estado e até do país. 

Após o falecimento dele, no dia 02 de fevereiro de 2018, Betinha, representando seu Fã-clube, no dia 25 de outubro de 2019, encaminhou um requerimento à Câmara Municipal, solicitando que o dia 29 de outubro, fosse declarado o Dia Municipal da Guitarrada, por ser a data do nascimento de Mestre Vieira. 

A luta já era de muitos anos, mas só desta vez deu certo, a data foi criada, faltando agora que a prefeitura de Barcarena a inclua em seu calendário cultural anual. Por enquanto, não se tem notícia sobre isso, quatro anos após a data ser instituída. Em 2019 e 2020 as festas de aniversário de Mestre Vieira foram celebradas por familiares e amigos, com um evento realizado em frente a casa que ele vivia em Barcarena. Ano passado, teve celebração na frente da casa, mais uma vez, mas nenhum evento municipal foi realizado, marcando a data em memória a Mestre Vieira. Este ano, com eleições na porta, talvez a celebração só possa ocorrer em novembro.

Dedicatória no songbook - Viva Betinha. Em sua memória, dedicamos também a ela, o songbook Mestre Vieira, livro lançado recentemente e no qual contamos a história do músico, disponibilizamos 30 partituras, a discografia completa, além de um texto inédito sobre as origens portuguesas do músico e um site como extensão do projeto Inventário Mestre Vieira, apoiado pelo rumos Itaú Cultural. 

Este era um sonho que Betinha sonhou junto com a gente. E agora é uma forma de homenagem a elas,  que também nos incentivou desde a primeira vez que soube que iríamos realizar um projeto de registro e valorização de Mestre Vieira e sua obra. Ficamos amigas, cúmplices sempre que o assunto era o mestre. Será sempre uma alegria lembrar dela, que tem meu reconhecimento e agradecimento.

Mais informações:

www.mestrevieira.com.br

Para adquirir o Songbook: 

(91) 98134.7719

Para contribuir com o blog: 

Chave Pix lume.com@gmail.com 

(Luciana Medeiros / Itaú)

12.7.22

Colônia de Férias divertidas na Casa Soma Cultural

A Casa Soma Cultural está com as inscrições abertas para duas turmas de Colonia de Férias, cada uma com 20 vagas e até esta quarta-feira, dia 14, tem um super desconto no valor. De 19 a 21 de julho, a programação é indicada para crianças de 4 a 7, e de 26 a 28 de julho, para crianças de 8 a 13 anos. Nas duas semanas, o horário é o mesmo: das 14h às 18h.  A iniciativa traz ainda uma proposta bacana para os pais que desejarem acompanhar seus filhos: serão disponibilizadas estações de trabalho com Internet e sala de reuniões, gratuitamente. É só levar o computador. 

Para quem ainda não conhece o espaço e a iniciativa, apresento aqui. A Casa SOMA Cultural é um dos espaços que hoje integra a rede de parceiros do Circular Campina Cidade Velha e que atua no empreendedorismo da música e da cultura paraense, em diálogo com as demais vertentes e linguagens artísticas. O espaço é lindo, funciona em formato de coworking, com salas amplas no térreo, além de um quintal com piscina.  No segundo andar, funcionam outras salas, tem banheiro e varanda. Neste mês de julho, no entanto, a casa estará aberta ao público infante juvenil, com a realização desta primeira colonia de férias. 

O instrutor responsável é o artista brincante Luan Medeiros Weyl (Tio Alex), arte educador popular paraense que traz na trajetória o hibridismo da arte e a sede de conhecimento, de forma bastante transversal. Cursou 4 anos de Geografia na UnB, mas retirou-se em 2012, quando publicou seu primeiro fanzine de poesia autoral e desde então vem transitando por diversas linguagens da arte, tendo como foco o público infantil.  Luan M. Weyl Desde então já explorou diversas linguagens como música, teatro, pintura e artes circenses desde então. 

Na primeira semana de Colônia de Férias, haverá três contações de histórias: “Os Saltimbancos”, “História sobre o Japão – a Terra do Sol Nascente, com oficina de origami e “Duda e os recicláveis”, além de brincadeiras teatrais, oficinas de “Biotintas”, “Malabares” (confecção das bolinhas e jogos) e “Desenho Temática: Seres da Floresta”, e ainda vai exibir episódios da série de animação “Os Dinâmicos”. Essa semana finaliza com banho de piscina.

Já na semana de 21 a 28, serão contadas as histórias "Os seres da Floresta", com oficina de massinha de modelar; oficina de confecção de instrumentos musicais com material reciclável, brincadeiras musicais; a contação de história "Os Saltimbancos", oficina de Biotintas no laboratório maluco do Tio Alex e e pintura mural. No último dia, a programação tem também a contação de história "Duda e os recicláveis", com oficina de brinquedos de papel e papelão e brincadeiras teatrais com brinquedos fabricados pela turma.

Ideia que se concretiza com trabalho e paixão

A ideia de construir um espaço coletivo partiu das amigas Joelle Mesquita e Jéssica Teixeira. “A gente trabalha em áreas diferentes mas temos amigos e parceiros em comum. Desde antes da pandemia que já vínhamos falando sobre isso até que este ano surgiu a oportunidade de  um amigo que estava deixando uma casa que era grande e que atendia as nossas expectativas. Foi ariscado, mas encaramos. 

A casa surge então com esse intuito de trazer atrações musicais, oficinas, palestras, exposições. E além do coworking, que bancam os alugueis mensais, temos uma área boa para eventos, festas de aniversário, lançamentos”, explica a produtora e gestora do espaço.

Além desse mix de opções pra área cultural e até outras vertentes, a Casa SOMA agora está focando em atrações para o público infanto juvenil. “Os pequeninos estão cada vez mais envolvidos com a arte, seja o teatro, o cinema, a música. “Na primeira edição que entramos no Circular, em abril, percebemos que várias crianças passaram pela casa e foi aí que deu o estalo. Na edição de junho, trouxemos uma contação de histórias com o Kadu Santoro e foi maravilhoso. Tivemos um público lindo de crianças”, continua Joelle.

Não a toa, neste mês de julho, a programação da Casa SOMA Cultural está 90% voltada para esse público. “É quase 100% investido nessa programação, nossa equipe estará toda envolvida no assessoramento do tio Alex, durante as duas semanas de colônia de férias”, conclui.

COMO PARTICIPAR

Turmas: 

De 19 a 21 de julho, para crianças de 4 a 7 anos; 

De 26 a 28 de julho, para crianças, de 08 a 13 anos

Horário: sempre das 14h às 18h. 

Haverá estações de trabalho com Internet e sala de reuniões, disponibilizadas gratuitamente aos adultos acompanhantes. É só levar o computador.

Forma de pagamento: 

Chave pix: casasomacultural@gmail.com (faça o pagamento e envie o comprovante para o mesmo e-mail). Mais informações: (91) 9273.3894. Endereço: Tv. Cap. Pedro Albuquerque, 395 - Cidade Velha. 

Promoção 

O valor é $350,00, por cada semana (3 dias). 

Até dia 14 de julho há desconto saindo por R $280,00. 

Ou o valor de R $120,00, por um dia de programação. 

A forma de pagamento é via pix: casasomacultural@gmail.com (faça o pagamento e envie o comprovante para o mesmo e-mail). 

Mais informações: (91) 9273.3894. Tv. Cap. Pedro Albuquerque, 395 - Cidade Velha.

MAIS SOBRE LUAN MEDEIROS WEYL

Luan M. Weyl  é Tio Alex
Fotos: Luciana Medeiros

Luan Medeiros Weyl iniciou sua trajetória artista ainda criança, quando fez Teatro Infanto-juvenil, na Escola de Teatro e Dança da UFPA, entre 1997 a 1999. Nos anos 2000 iniciou os estudos de artes marciais, sem interromper seus interesses pelo teatro. Em 2009, participou da oficina “Teatro do Oprimido”, no Fórum Social Mundial, na UFRA, e no mesmo ano mudou-se para Brasília, onde fez faculdade Geografia Licenciatura e Bacharelado na UnB, mas não a concluiu, redirecionando sua vida profissional à arte educação. 

Em 2012, fez sua primeira publicação independente, o fanzine “A Verdade só mente para mim”. No ano seguinte fez Iniciação Musical com Luciana Massaro em Mogi das Cruzes, SP, participando do Painel Funarte de Regência e Coral. Fez ainda a Jornada 1 do Curso da Cia. Luis Louis de Teatro Físico e Mímica Total, em São Paulo, e oficina de clown, com Johnny Melville (Inglaterra) em São Bernardo do Campo-SP. Ainda em 2013, participou do workshop “Clown o Que É?” Com Lígia Maria Ruvenalth, também em São Paulo.

Em 2014, mergulhou na Imersão de Mímica e Teatro Físico, com Daniel Berbedés (cia . Luis Louis) e mais uma vez do Painel Funarte de Regência e Coral, desta vez em em São João del Rei, MG. Possui oficinas de iniciação ao desenho e iniciação ao violão, concluídas na Casa da Linguagem, além do graffiti, estudando com Michele Cunha, no ateliê Sopro. Em 2016, Luan realizou o evento “Mutirão das Manas” e foi Facilitador da oficina de Geotinta para crianças, ministrando, ainda, a oficina de graffiti das “Freedas Crew”, na Fundação Emaús.

No mesmo ano, fez a oficina de Teatro de Rua, com o ator Lucas Alberto da Cunha, da Cia Sorteio de Contos; e o workshop teatral "O individual e o coletivo", com o russo Jurij Alschitz. 

Também trabalhou como Facilitador de Oficina de “Teatro da Oprimida”, por ocasião do evento "Ni Una Menos" promovido por coletivos feministas da IFPA , e também da Oficina de Autodefesa para mulheres e outras corporalidades em risco, do Coletivo Feminismos Periféricos em Icoaraci .

Depois disso passou por outras cidades, fincando morada, entre 2018 e 2021, em Fortaleza, no Ceará. Em 2018 realizou apresentação no colégio Santa Teresa de Jesus, em Crato-CE e em 2020/2021, teve dois projetos contemplados pela Lei Aldir Blanc.

“Um conto Reciclável: Escrevivências contidas em resíduos”, foi um projeto que resultou no Fanzine “Duda e Os Recicláveis”, inspirado no texto “O Conto Achado no Lixo”, de sua autoria; e também desenvolveu o projeto “O corpo sem órgãos tem fome de sentidos”, aprovado pelo Edital Arte Livre da Secretaria Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará). Ambos foram realizados junto ao coletivo de combate à transfobia e demais preconceitos, o Transpassando. O espetáculo envolveu acrobacia aérea, dança, teatro e audiovisual para falar sobre corpo, espiritualidade e cultura alimentar. 

Ainda no Ceará, Luan trabalhou como professor voluntário e arte educador no cursinho popular do Coletivo Transpassando e na Rede Emancipa Ceará em 2021. Em novembro do ano passado, o artista retornou a Belém, onde, porém, está de passagem. É que por conta de sua paixão também pelos animais, retornou à academia e cursa Medicina Veterinária na Universidade Federal de Roraima, onde vai morar a partir do mês de agosto.

PROGRAMAÇÃO

1a TURMA

Dia 19

14h00 - Acolhimento

14h30 - Contação da história: Os Saltimbancos 

15h30 - Intervalo pro lanche

16h00 - Oficina de Malabares (confecção das bolinhas e jogos)

18h00 - Encerramento

Dia 20

14h00 - Acolhimento

14h30 - Contação de história sobre o Japão - A Terra do Sol Nascente, com Oficina de Origami

15h30 - Intervalo pro lanche

16h00 - Contação da história Duda e os recicláveis com brincadeiras teatrais

18h00 - Encerramento

Dia 21

14h00 - Acolhimento

14h30 - Oficina de desenho temática: seres da floresta (iniciando com a exibição dos Dinâmicos)

15h30 - Intervalo pro lanche

16h00 - Oficina de Biotintas

17h00 - Banho de piscina! 

18h00 - Encerramento

2a TURMA

Dia 26

14h00 - Acolhimento

14h30 - Contação de história "Os seres da Floresta" com Oficina de Massinha de Modelar

15h30 - Lanche

16h00 - Oficina de confecção de instrumentos musicais com material reciclável

17h00 - Brincadeiras musicais

18h00 - Encerramento

Dia 27

14h00 - Acolhimento

14h30 - Contação de história "os saltimbancos"

15h30 - Lanche

16h00 - Oficina de Biotintas: o laboratório maluco do tio Alex

17h00 - Pintura dos muros

18h 00 - Encerramento

Dia 28

14h00 - Acolhimento

14h30 - Contação de história "Duda e os recicláveis"

15h30 - Lanche

16h00 - Oficina de brinquedos de papel e papelão 

17h00 - Brincadeiras teatrais com os brinquedos fabricados

18h00 - Encerramento



10.7.22

Mostra Cine Líbero Luxardo segue neste domingo

Bate papo após a exibição da série.
Fotos: Thalita Barbosa
A mostra dos 36 Anos do Cine Líbero Luxardo segue neste domingo, 10, com programa voltado a videodança e mais produções do cinema de animação. Confere a prograímação, a entrada gratuita. Ontem, após a exibição de Os Dinâmicos, o bate papo contou com Cássio Tavernard e Carlos Canhão Brito Jr., além de mim, que integramos a equipe da série. E ainda tem muita coisa pra rolar até dia 13 de julho!

Desde quinta-feira, 7 de julho, a Mostra dos 36 Anos de fundação do Cine Líbero Luxardo vem emocionando o público presente nas suas respectivas sessões, além de estabelecer novas conexões entre diretores, realizadores e produtores da atual cena do audiovisual paraense. O  sábado (9) trouxe, além dos 13 episódios da série de animação Os Dinâmicos, uma programação de documentários e clipes voltados aos mestres da nossa música, como Dona Onete, Mestre Vererquete, Mestre Curica e Mestre Vieira, entre outros.

E também foi exibido um documentário sobre Milton Almeida, um mestre retratado em "Hoje Estamos Aqui" (2022 | Brasil | Darien Lamen | Documentário | 20’ | Livre), obra que revela a luta de uma família em preservar sua memória. Milton Almeida criou o “Sonoro Conversível”, em 1955, e protagonizou o surgimento do amplificador à válvula, sendo um dos primeiros de que se tem notícia a trabalhar com isso por estas bandas. 

Lu, Cássio Tavernard e Carlos Canhão Brito Jr.

Milton de Almeida Jr, que bateu papo com o público sobre o filme que fala do pai dele, veio se apresentar pra gente após ter assistido Os Dinâmicos, e me contou que Milton Almeida Nascimento foi quem fez os amplificadores do sonoro Saudade, aquela aparelhagem que estampa a capa do LP Melô da Pomba, de 1989. 

Pertencia a Mestre Vieira, que no inicio dos anos 1960 o manteve ativo, período em que ele estava por formar o grupo regional que mais tarde ficaria conhecido como Vieira e Seu Conjunto. Engatamos numa conversa sem fim, bem na porta do cinema. Sabe o lance das conexões? É sobre isso também.

DOMINGO - 10 DE JULHO

Já está rolando a programação deste domingo (10), trazendo a partir das 15h10, o programa dedicado ao “Cuíra em Cenas”,  um Festival de Videodanças com obras protagonizadas por artistas paraenses. Neste programa, Eduarda Falesi, coordenadora do festival, reuniu 17 produções. Para quem curte o gênero, imperdível.

Assim como está também imperdível a segunda mostra temática do domingo, que inicia às 17h, com o programa Cássio Tavernard, reunindo os três episódios da Turma da Pororoca, além do curta “Chico Tripa”, em que o diretor e animador revela o clow Chico Tripa, num vídeo performance, e do clie Camarão, com a banda Espoleta Blues. Em seguida, mais filmografias. Serão exibidas, entre outras obras de Otoniel Oliveira, como “As Icamiabas”, e de Andrey Miralha, incluindo “Admirimiriti” e “Senhora dos Miritis”.

A sala mais amada do circuito alternativo

Mestre Vieira, em "Os Dinâmicos"
Já que estamos falando em mostra comemorativa vale lembrar que o nome da sala é também uma homenagem, a Líbero Luxardo, cineasta paulista, fez história cinematográfica no Pará, sendo considerado um pioneiro, realizando, entre outros filmes, em longa metragem, “Um dia qualquer…” (1965), Marajó – Barreira do Mar (1967) e “Brutos inocentes” (1974). 

Pensem como era filmar na Amazônia naqueles tempos do cinema de película e câmeras enormes, estamos falando dos anos 1960. Pioneirismo e coragem. Grande parte da obra dele encontra-se no acervo do Museu da Imagem e do Som, órgão ligado à Secretaria de Cultura do Estado do Pará, precisando de cuidados.  

O cinema foi inaugurado em junho de 1986, marcando toda uma geração que frequentou o CENTUR do final dos anos 1980 e anos 1990, e que em parte formou um repertório clássico do cinema, nas mostras do Líbero que tematizava por diretor ou gênero. No início dos anos 1990 fiz algumas oficinas e workshops sobre cinema, um deles era sobre o cinema experimental alemão, promovido pela Casa de Estudos Germânicos da UFPA, responsável por várias mostras também do cinema alemão. E também vi a reestreia de Brutos Inocentes, que havia sido recentemente restaurada. 

E como o Museu da Imagem e do Som também estava localizado no CENTUR, havia projetos de registros gravados no Cine Líbero Luxardo, como o Relato Experiência, sendo alguns dos registros feitos com público presente. Esses conteúdos estão no MIS, em fitas magnéticas. Entre os relatos gravados estão os de Walter Bandeira, Vicente Sales, Acyr Castro, entre muitos outros. Um trabalho interessante seria resgatar tudo isso e disponibilizar ao público. Tomara que com a transferência do MIS para as dependências do recém reinaugurado Palacete Faciola, algo possa ser feito com esse acervo riquíssimo que existe.

Espaço multiuso com novidades para o segundo semestre

Público adulto curtindo a animação
O Cine Líbero Luxardo foi pensado para ser multiuso, com realização de pequenos espetáculos teatrais, musicais, além de palestras e workshops. A exibição de filmes, porém, sempre seria e é a sua principal atuação. 

Este ano, além de suas sessões presenciais, que vêm recebendo um número crescente de espectadores, e com a experiência adquirida na pandemia, o cinema agora também estará presente no universo online, com uma sala virtual, que exibirá filmes premiados, de diretores reconhecidos pela crítica e pelo público. São mais 40 títulos que tiveram seus direitos de exibição adquiridos. 

Outra novidade, em expectativa para rolar em agosto, é que o cinema vai ganhar oficialmente um espaço expositivo que se chamará Hall Vicente Cecim, em homenagem ao cineasta, jornalista, cinéfilo, crítico de cinema, escritor e poeta, e que tanto frequentou esta sala, falecido ano passado por conta de complicações que também envolveram a covid. 

"Nesse espaço, que será decorado com papel de parede reproduzindo os cartazes de grande parte dos filmes que exibimos em nossa programação ao longo desses 36 anos, haverá painéis expositivos que servirão para a exibição de materiais gráficos ligados a aspectos da produção cinematográfica, de um modo geral, e que deverá inaugurar com uma exposição sobre aspectos da vida de nosso homenageado", explica João Cirilo.

PROGRAMAÇÃO 

15h10 

INTRAVENOSA (2018 | Brasil | Tale Campos | Experimental / Videoarte | 4’ | Livre) 

A experiência de quase morte do diretor do filme é retratada em diferentes atmosferas. Perseguição, sacrifício e redenção em meio a cenários paradisíacos do Rio de Janeiro.

LA LOBA (2019 | Brasil | Ana Flávia Mendes e Edielson Shinohara | Experimental / Videoarte | 8’ | Livre)

Experimento em vídeo que trata do arquétipo da mulher selvagem. Inspirado no livro "Mulheres que correm com os lobos", de Clarissa Pinkola Estes, o trabalho aborda o conto homônimo "La Loba", de origem européia oriental, e promove um mergulho na psiqué feminina, imageticamente retratada como um cemitério, lugar em que habita a morte e de onde emerge a vida, sintetizada na figura de uma mulher transmutada.

NASCIMENTO & XAXARÁ (2021 | Brasil | Letícia Faria | Videoclipe | 8’ | Livre)

Todos os trabalhos do Bando Mastodontes tem como premissa a arte como ferramenta para democratizar a cultura, seja desburocratizando e ocupando espaços públicos e privados ou ampliando a acessibilidade dos seus projetos. Seguindo este ideal, o primeiro clipe do grupo se tornou um projeto audiovisual inovador por priorizar a inclusão com a coreografia em Libras do início ao fim do clipe e dançarinos com deficiência física para reverenciar a música que é um ode ao orixá Obaluaê.

CÔNCAVO (2021 | Brasil | Eduarda Falesi e Gabriel Darwich | Videodança | 7’ | Livre)

Os reflexos do tempo e do corpo nos movimentos performados em espaços enclausurados e reduzidos, busca refletir o desconforto das mudanças de paradigma nas relações sociais, onde os corpos foram forçados a conviver cada vez menos com a presença física, durante o distanciamento social. O tempo, antes ilusoriamente acelerado, desacelera e nos torna côncavos para além do autocuidado e direciona o olhar para dentro de nós. Suportar ao tempo e aos espaços reduzidos é o desafio para os corpos “ocos” da presença do outro. 

AUTO DO CÍRIO (2021 | Brasil | Feliciano Marques e Cia. Moderno de Dança | Videodança | 3’ | Livre)

Sagradas Conexões Ruas, rios, teias, raízes entrecruzadas atravessando vidas. Em meio ao caos busca-se, por meio da esperança e da fé, equilíbrio e força para seguir em frente. É outubro de novo, Círio outra vez e de pé seguimos pedindo a Nossa Senhora de Nazaré para que nos proteja, que acalente nossos corações. A Cidade Velha, em Belém, conectada à Tailândia do Pará numa homenagem, celebração e agradecimento em mais um Auto do Círio.

UM TEMPO QUE REGA O REGGAE (2021 | Brasil | Vinicius Fleury | Videoclipe | 4’ | Livre)

Nesta obra visual, a cantora Jana Coutinho, conecta sua música à performance da bailarina Duda Falesi, levando a uma experiência sensorial entra a chuva e as batidas do reggae. 

CAMINHADA (2019| Brasil | Companhia Moderno de Dança | Videodança | 3’ | Livre)

Fragmentos do existir urbano se retratam em alta dinâmica. Analisando o comportamento social contemporâneo, a videodança propõe uma poetização da vivência em sociedade, com múltiplas visões e capturas do Ser-Habitante da cidade.

DESARMAREAR (2021| Brasil | Juan A. Silva | Videodança | 7’ | Livre)

Uma experiência para desarmar, ou minimamente tensionar o sistema cisheternormativo por meio da desestabilização do próprio corpo dançante, para então se reencontrar. Sendo assim, "Desarmarear” é  arrumar as malas e sair de casa, seja por vontade própria ou por ter sido expulso e, por conseguinte, é também buscar uma nova casa para si, em si. Um novo corpo. “Desarmarear” é uma caminhada, uma travessia, uma mudança.

O SALTO (2021| Brasil | Joyce Cursino | Videodança | 5’ | Livre)

Primeiro videoclipe da artista Bah e produzido pela Negritar Produções. 

PEIXES (2017| Brasil | Vladimir Cunha Musical | 3’ | Livre)

Belém em um prisma de descobertas de sua pluralidade. A chegada dos peixes é um evento diário que promove uma experiência antropológica e sensorial com uma explosão de cores, sabores, dança e música no mercado do Ver-o-peso. A dança é uma entidade sagrada e no filme é representada por Claudio Baia, dançarino e coreógrafo  de grande relevância no Pará.

ENTRE OUTRAS RUAS - ATO I (2020| Brasil | Juan A. Silva e Cleyton Telles | Videodança | 3’ | Livre)

Neste novo caminhar,  Cleyton me propôs a criação de uma poética a partir de algum atravessamento pessoal, e mergulhado nas questões que transbordam em meu corpo, enquanto LGBT e afroindigena, materializei um manifesto dançante contra a mira criada nos corpos dissidentes de gênero, raça e classe em nossa sociedade, por isso, também a chamei  de "Sujeito estatística", pois, para mim, é uma suplica por "um bom final pra nós". - Juan A. Silva.

GIRLS X3 (2019| Brasil | Louise di Fatima | Videodança | 5’ | Livre)

A videodança reúne quatro bailarinas em um único espaço representando diferentes gêneros da dança assim como nos mostrando suas diferentes personalidades. A videodança é um material adicional de um videoclipe de mesmo nome produzido pela Infinita Produções.  

VAGALUMEAR (2021| Brasil | Ercy Souza | Videodança | 8’ | Livre)

No instante apenas, uma vida inteira presente no lançar do primeiro voo da borboleta, no mo(vi)mento do desprender-se, na profusão de sensações lançadas no breu sob a luz dos olhares contemplativos. Eis o passo entre a coxia e o palco sob a energia do último pulo coletivo de um escravo de jó e a ansiedade pós terceiro toque do sino que hoje é compreendido como o apertar do gravando e... Nasce Etá, a cena, a obra, o estranhamento, o olhar artístico, a questão, a Arte dançada que convoca os presentes que ali estão à presença cênica dilatada e difundida.

ECOS DAS ENTRANHAS (2019| Brasil | Luiza Monteiro | Videodança | 6’ | Livre)

Videodança gravado no Canadá, dirigida e interpretada por Luiza Monteiro.

EUVERSO (2021| Brasil | Victor Azevedo | Videodança | 4’ | Livre)

O vídeo "euversO" surge como reflexo do bloqueio criativo criado pelo período da quarentena. O início da criação não tem um objetivo ou mensagem a ser passada, apenas permitir que haja prazer em dançar e se conectar com os vários "eus" que surgem durante o processo. "euversO" é o caminho que, nos interiores do eu, redescubro a ação de dançar apenas para dançar, sem a necessidade de um longo processo ou busca de um conceito criativo como justificativa.

QUESTÃO DE TEMPO (2021| Brasil | Paola Pinheiro| Videodança | 4’ | Livre)

Tempo. Sinto que estou perdendo-o. Mas como se pode perder algo que nunca foi seu? Só tinha uma ilusão do que era o tempo e até isso já perdi. Vivo num conflito entre o tempo de dentro, que tem dificuldade de acompanhar seu entorno, e o tempo de fora, que voa sem parar. E de tanto tentar conciliar o tempo de dentro com o de fora, me esqueci do tempo do corpo. Qual é o meu tempo mesmo? Tento me desapegar do tempo, mas ele gruda no meu corpo como areia, água e sal. Tentei viver dentro do tempo, mas me perdi, e hoje tento viver em mim. 

SERES DE SI (2020| Brasil | Luiza Monteiro | Videodança | 4’ | Livre)

Seres de Si nasce na encantaria do corpo da intérprete criadora Luiza Monteiro em uma experiência de imersão com elementos da natureza presentes na praia do Marahú, na ilha de Mosqueiro/PA. O processo de criação permeia a relação entre corpo, encantaria e poesia, apresentando em formato de videodança o emergir poético do corpo enquanto este encontra-se imerso em si, como também em águas, areias, folhas, pedras, ares...

DAQUI ACENEI PARA VOCÊ (2020| Brasil | Eduarda Falesi | Videodança | 6’ | Livre)

“Daqui Acenei Para Você” é um projeto social que reúne em um só vídeo, diversos bailarinos paraenses, com liberdade artística e interpretativa - o que garante a singularidade de cada coreografia e ajuda a expor a forma mais verdadeira da natureza de cada artista envolvido. O objetivo do projeto é conectar pessoas diferentes a uma só mensagem: Não estamos sozinhos. O vídeo tem sido utilizado como o principal meio de divulgação de uma campanha solidária de arrecadação de fundos para compra de cestas básicas, material de higiene e remédios para doações em abrigos e comunidades carentes pelo Pará.

17h

PROGRAMA CÁSSIO TAVERNARD

A ONDA – FESTA NA POROROCA (2005 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação | 12’ | Livre)

Com roteiro original de Adriano Barroso, conta a história de uma festa que os bichos organizam no fundo do rio para esperar a passagem da Pororoca. Enquanto isso, na superfície, dois surfistas do sul tentam a aventura de “domar” a onda da pororoca. Estas ondas nos rios da Amazônia são um fenômeno natural. No Pará, o principal município atingido é de São Domingos do Capim.

O RAPTO DO PEIXE BOI (2010 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação | 15’ | Livre)

 No fundo do igarapé, o Peixe-boi é o responsável pelo transporte do Pipipipiramutaba, a grande aparelhagem de som que anima as festas dos habitantes das águas. Subitamente, o Peixe-boi desaparece, e Caranguejo, Camarão e Candirus irão em busca do amigo mamífero.

CAMARÃO Espoleta Blues (2016 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação / Videoclipe | 3’| Livre)

Videoclipe da música “Camarão”, interpretada pela banda Espoleta Blues. 

ALLEGRO PERO NO MUCHO (2019 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação | 20’ | Livre)

O filme encerra a trilogia da série “A Turma da Pororoca e se desenvolve a partir da investigação de uma estranha movimentação próxima ao Theatro da Paz. Na história, descobrem que alguém esta se fazendo passar pelo Caranguejo e sua aparelhagem, o Pi Pi Piramutaba, organizando uma grande festa em seu nome para atrair todos os bichos do fundo dos rios da Amazônia. Para compor o cenário do terceiro episódio da série, cada detalhe do prédio histórico do Da Paz, sua pintura e arquitetura, foram reproduzidos fielmente na técnica de animação.

CHICO TRIPA (DIÁRIO DE UM PALHAÇO) (2009 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação | 10’| Livre)

Animação de Cássio Tavernard usada em vídeo-performance apresentada dia 16 de dezembro de 2009 no Instituto de Artes do Pará (IAP). O vídeo é fruto do projeto “Chico Tripa – Diário de um Palhaço”, contemplado este ano com a Bolsa de Pesquisa e Criação do Instituto de Artes do Pará.

18h10

AS ICAMIABAS (2018 | Brasil | Otoniel Oliveira | Série em animação – episódios / Aventura | 67’ | Livre)

Compilação dos interprogramas de um minuto que deram origem a série Icamiabas na Amazônia de Pedra. As Icamiabas, Conori, Iúna e Mahyra, são meninas guerreiras indígenas cheias de poderes que resolvem os problemas fanásticos na cidade de Belém, como o Boitatá na ponte de Mosqueiro, o Caipora no Veropeso e o Viraporco nos predios, chutando bundas e salvando o dia!

19h30

ADMIRIMIRITI (2005 | Brasil | Andrei Miralha | Animação | 12’| Livre)

Numa feira de brinquedos de miriti do Círio de Nazaré, os brinquedos ganham vida e um boneco "dançarino de brega" é abandonado por sua parceira por ser muito "presepeiro". A partir daí, o boneco parte em busca de um novo lugar, um novo sentido para sua existência, até obter o perdão de sua parceira. 

NOSSA SENHORA DOS MIRITIS (2011 | Brasil | Andrei Miralha | Animação | 13’| Livre)

Às vésperas do Círio de Nazaré, uma artesã de brinquedos de miriti, tenta terminar sua promessa de fazer sozinha uma procissão todinha em miriti, mas cansada, ela acaba dormindo e um milagre acontece.

VISAGEM (2006 | Brasil | Roger Elarrat | Animação / Comédia / Fantasia / Terror | 11’ | Livre)

O filme é uma adaptação de sete contos do livro “Visagens e Assombrações de Belém” do escritor Walcyr Monteiro, livro este escrito a partir de causos e lendas sobrenaturais da cidade de Belém. Na História, dois jovens entram clandestinamente em um antigo cemitério de Belém para fazer uma aposta: quem teria coragem de acender uma vela bem no centro do cemitério da Soledade, ao soar da meia-noite? Na medida em que a madrugada avança, eles se deparam cada vez mais com situações fantásticas e assustadoramente surreais dentro do cemitério. Mesmo não acreditando nas antigas histórias de visagens, os jovens agora vão protagonizar uma nova lenda urbana da cidade.

VIAGEM ASTRAL (2020 | Brasil | Otoniel Oliveira | animação | 9’ | Livre) 

Viajar pelos astros pode ser uma experiência de auto-descoberta cósmica.

MURAGENS - CRÔNICAS DE UM MURO (2018 | Brasil | Andrei Miralha| animação | 12’ | Livre)

Muragens - Crônicas de um Muro faz uma interferência ficcional num recorte urbano real, o entorno do muro dos fundos do cemitério da Soledade em Belém do Pará. Apresentando situações diversas, pequenas narrativas – crônicas - nas quais o devaneio, o Non Sense, o caráter fictício da animação marcam a contação das mesmas.

ADÃO (2017 | Brasil | Rafaella Cândido | animação | 12’ | Livre) 

Produzido em stop motion, utilizando bonecos de miriti, é uma alegoria mitológica dos primeiros homens e seus encontros com os males do mundo.

PEDAÇOS DE PÁSSAROS (2016 | Brasil | Andrei Miralha / Marcílio Costa | animação | 13’ | Livre) 

O pássaro como metáfora das relações do homem no mundo contemporâneo. Fragmentos, pedaços da vida cotidiana abordados poeticamente. “Pedaços de pássaros”.  

A HISTÓRIA DE ZAHY (2018 | Brasil | Otoniel Oliveira| Animação | 8’ | Livre)

O filme de animação a História de Zahy conta a história da criação da Lua segundo a sociedade indígena brasileira Tembé-Tenetehara, com narração na língua Tupi Tenetehara. Zahy é um valente guerreiro enviado pelo deus indígena Mahyra para fazer muitas coisas boas, mas pelo seu orgulho, ele decide fazer algo proibido na aldeia. Se for descoberto, Zahy terá de enfrentar consequências irreversíveis. 

9.7.22

Os Dinâmicos nos 36 anos do Cine Líbero Luxardo

Inspirada na obra de Mestre Vieira, o criador da Guitarrada, "Os Dinâmicos" é uma das atrações da programação dos 36 anos do cine Líbero Luxardo, um espaço icônico para o cinema paraense. A partir das 17h00, com direito a bate papo.

Será a primeira exibição da série em um cinema e estou feliz em compartilhar com vocês um pouco mais sobre sua concepção. Os Dinâmicos é um série de animação que realizamos em Belém-Pa, reunindo uma equipe de talentos do audiovisual paraense, num percurso que durou 18 meses, entre 2016 e 2018, ano em que ela também estreou na TV Brasil, sendo exibida pelas TVs públicas do Pará, Pernambuco e São Paulo, até onde tive notícias.

Os 13 episódios, cada um com cinco minutos, são inspirados nas músicas cantadas de Vieira e Seu Conjunto, e abordam as histórias amazônicas contadas por Vieira, em rodas de amigos, como a do misterioso “remanso do boto”, ou as citadas em sua obra, como as lendas da Curupira e do Mapinguari, casos de assombração ou verídicos, como o da baleia que em 1974 encalhou num braço de rio, em Barcarena-Pa. 

No argumento, concebi Mestre Vieira e Os Dinâmicos como heróis, enquanto viajava com Mestre Vieira e Os Dinâmicos verdadeiros para fazer shows aqui pelo no Pará, chegando também até o Ceará, para uma apresentação histórica, na Feira da Música de Fortaleza, naquele mesmo ano. No inicio dos anos 1980, Vieira e Seu Conjunto fizeram um sucesso estrondoso no nordeste, mas depois disso nunca mais voltaram lá, até 2012. Pensem! Essa convivência com eles, ouvindo as histórias do grupo me levou enxerga-los como heróis. Foi quando me surgiu a ideia de dar super poderes a eles, tendo como ação, o poder mágico da Guitarrada, solada pela guitarra “Milagrosa” do Guitarreiro.

De curta metragem a série de 13 episódios

Num primeiro momento, o escrevi pensando em realizar um curta metragem, com um roteiro inspirado na Lambada da Baleia. E quando foi lançado o Prodav, em 2014, dois anos depois, eu e Carlos Canhão Brito Jr., percebemos que havia muitas outras histórias para sustentar uma série, como o edital pedia. E para o projeto ser inscrito era necessário apresentar de imediato as 13 sinopses e um  roteiro completo. Foi aí que uma turma, não menos dinâmica se uniu para a missão! 

Eu e o ator, diretor e roteirista Adriano Barroso entramos em ação para tramar roteiro e sinopses e fizemos isso graças a tecnologia, enquanto ele estava num set de filmagem, Vejam que as aventuras iniciaram antes mesmo que o primeiro segundo da série pudesse ser animado. Fizemos algumas reuniões convidando também o diretor e animador, nosso diretor de arte da série, Cássio Tavernard, e o realizador, jornalista e publicitário Afonso Gallindo, que dirigiu comigo a série. Juntos concebemos a estrutura narrativa dos episódios. O perfil das personagens eu já tinha pronto, assim como a pesquisa e um estudo de cenários e possibilidades de elementos que foram ricamente traduzidos pela equipe de animação do  Muirak Stúdio. 

Para emprestar voz e interpretação aos nossos heróis, convidam os Marton Maués que fez a voz de Vieira e do Guitarreiro; de Henrique da Paz (saudoso), que encarnou Lauro Honório, o Ciclone; Leocir Medeiros, para fazer Dejacir Magno, o Alado; Lucas Alberto Cunha, para ser Luís Poça, o Trakitana e Mário Filé, que interpretou o Batera, que se transforma em Aprendiz. O personagem Idalgino Cabral e o herói Spectro, ganharam a voz do baterista e produtor musical, Carlos Canhão Brito Jr., que adorou a experiência. 

Foram seis meses de trabalho só para leitura dos roteiros, trabalho de voz e interpretação. Era preciso encontrar a temperatura de cada um, gerando nuances e sonoridade dramática às cenas. Os atores viram vídeos e entrevistas com Os Dinâmicos verdadeiros, estudando melhor as suas personalidades e trejeitos reais.  Depois adentramos no estúdio para iniciarmos os ensaios para gravação dos diálogos dos episódios. 

Neste momento entraram na equipe Victor Jaramilo, que construiu o som inicial da série, finalizando consoco toda a parte de captação dos diálogos que foram gravados no Estúdio Ápice, na Cidade Velha, em Belém. Venezuelano, com seu país em crise, Victor foi obrigado a deixar a produção, chegando a finalizar o som dos primeiros 03 episódios. Daí em diante, Leo Chermont assumiu esse papel finalizando o som dos demais 10 episódios.

Nem preciso dizer o quanto foi divertido e produtivo esse momento de gravação entre e com os atores no estúdio, que encarnaram as personagens de tal forma que esqueciam até as suas próprias identidades. Voltavam a ser crianças, se tornaram também super heróis, um grupo unido naquele estúdio. Deu até saudade aqui ao lembrar de tudo isso. Além deles, recebemos participações para colocar a voz em outros personagens da série, Ester Sá, Adriana Cruz e Astrea Lucena, atrizes maravilhosas, e ainda os meninos João Pedro, Luan M. Weyl e Lucas Tavernard.

Foi divertido, mas não foi um processo fácil. O período de produção foi o mesmo período em que Mestre Vieira passava por um momento delicado de sua saúde e isso abalava a todos nós. E sim, ele chegou a ver os episódios que iam ficando prontos. O primeiro episódio, "Esse Bode dá Bode", inspirado no Melô do Bode, foi exibido na casa dele, em Barcarena, tendo na plateia alguns dos filhos e netos. Em 2019, exibi a série na íntegra, na Biblioteca Municipal Firmo Cardoso, também em Barcarena. Era dia 29 de outubro, aniversário do mestre, e Dia Municipal da Guitarrada, lei decretada naquele ano. Tem um vídeo no meu canal de Youtube.

O primeiro ano da série, depois de pronta, foi de gratuidade para exibição em todas as emissoras públicas, universitárias e comunitárias. Depois disso, para que seja exibida por canais de TVs ou canais de streaming, precisamos realizar um licenciamento e desejamos isso. Por enquanto, já assistiu quem ligou a Tv pública entre outubro de 2018 e 2019 ou participou de algumas exibições que temos feito da série, em comunidades, ou em eventos, como ano passado, na Feira do Livro Multivozes. A exibição no Líbero Luxardo será, portanto, inédita num telão cinema, e muita gente que trabalhou na série, também vai ver pela primeira vez.

Mestre Vieira e Os Dinâmicos num inventário cultural

O grupo Vieira e Seu Conjunto existiu entre 1978 e 1991, gravando 13 LPs. Os Dinâmicos era o nome da banda de Vieira, antes que a Continental se engraçasse com os solos de guitarra de Vieira e gravasse seu primeiro LP, o Lambada das Quebradas. Essa história eu também estou contando no SongBook que lancei recentemente pelo projeto Inventário Mestre Vieira (Apoio do Rumos Itaú Cultural, com realização Holofote Virtual), realizado entre 2019 e 2021, no dia 1o de junho, com evento no espaço Na Figueredo. 

No songbook, além das histórias sobre a trajetória fonográfica e artística, de Joaquim de Lima Vieira, passando pela infância e antes de se tornar Vieira e Seu Conjunto, traz ainda uma biografia sobre suas origens portuguesas, num texto brilhante do historiador Luiz Antonio Guimarães, e 30 partituras com textos técnicos, um trabalho primoroso do músico e pesquisador André Macleuri. Para quem já quiser ir dando uma olhada nisso, segue o endereço do site: www.mestrevieira.com.br

SongBook Mestre Vieira (Foto: Gabriel Dietrich)

É isso, minha gente, vamos Dinamizar, palavra mágica que nos transforma em heróis! Dedico essa sessão de cinema neste sábado, ao saudoso Mestre Vieira e ao Henrique da Paz, que nos deixou recentemente e que imprimiu sua voz no personagem Lauro Honório, o herói Ciclone! E também a Afonso Gallindo, que não poderá estar presente, pois encontra-se em tratamento de saúde.  Gallindo, de forma brilhante, fez a direção de atores, construindo junto com eles e a equipe de animação, cada um dos personagens da série. A cada ator que emprestou sua voz dando vida aos personagens, minha gratidão eterna. 

Viva Mestre Vieira, viva a Guitarrada, viva o cinema paraense! E que a nossa Lei do Audiovisual Milton Mendonça saia do papel. A seguir, você confere tudo que vai rolar também neste sábado, 09, desde às 14h. A nossa sessão será às 17h (mais precisamente, 17h20). Veja também o que rola no domingo, 10 e na última sessão, na segunda, 11, no Cine Líbero Luxardo. Deixo mais uma vez os meus parabéns a equipe do Libero pela iniciativa e um agradecimento especial ao João Cirilo, um dos curadores da mostra, pelo convite e sensibilidade para com a nossa cultura. (Luciana Medeiros).

Para saber e ver mais:

TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=TQlCJWbzw9s&t=30s

SITE: www.mestrevieira.com.br

IG: https://www.instagram.com/mestrevieira_guitarrada/

FB: https://www.facebook.com/inventariomestrevieira/

Para seguir também:

https://www.instagram.com/holofotevirtual/

https://www.instagram.com/holofote_virtual/

PROGRAMAÇÃO 

36 ANOS CINE LIBERO LUXARDO

SÁBADO – DIA 09/07

14h

A FESTA DA CHIQUITA (2009 | Brasil | Priscilla Brasil | Documentário | 52' | Livre)

No segundo domingo de outubro, a bicentenária procissão do Círio de Nazaré é obrigada a conviver com a Festa da Chiquita, o mais tradicional encontro gay da Amazônia que, contra tudo e contra todos, ocorre no mesmo dia, na mesma hora e na mesma rua. São dois milhões de católicos fervorosos de um lado e alguns milhares de homossexuais do outro. Em 2004, o IPHAN incluiu a Festa da Chiquita no processo de tombamento do Círio como patrimônio imaterial da humanidade, dando início a uma grande polêmica: afinal, a festa da Chiquita faz parte do Círio?

SONORO DIAMANTE NEGRO (2010 | Brasil | Suely Nascimento| Videoarte / Experimental | 14’ | Livre)

Dezembro de 1950. Na cidade de Belém, no bairro da Marambaia, começava a nascer São Sebastião, de propriedade de Sebastião Nascimento. À moda da época, sonoro tinha nome de santo. O tempo passou, a aparelhagem aumentou e o nome foi mudado para Diamante Negro. Aos 50 anos de existência, nos anos 2000, era o sonoro mais antigo de Belém, em atividade. O diferencial era a qualidade do som, apreciada nas noites do Baile da Saudade, quando casais cativos dançavam antigas canções que falavam de dor de cotovelo, de tristeza, de amor...

15h40

HOJE ESTAMOS AQUI (2022 | Brasil | Darien Lamen | Documentário | 20’ | Livre)

Retrato de uma família que luta para preservar a memória do seu pai, Milton de Almeida Nascimento, que no ano de 1955, criou o “Sonoro Conversível” e protagonizou o surgimento do amplificador à válvula, sendo um dos primeiros de que se tem notícia. O filme tem a finalidade de recriar a memória de Milton Almeida a partir de sua contribuição para a Cultura Popular Paraense diante de uma cultura que valoriza a novidade tecnológica. Em 2022, foi Exibido no In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical, em São Paulo.

BREGA S.A (2009| Brasil | Vladimir Cunha e Gustavo Godinho | Documentário | 60' | Livre)

O documentário Brega S/A fala sobre a cena tecnobrega de Belém do Pará. Feito por artistas pobres, gravado em estúdios de fundo de quintal e com relações profundas com a pirataria e a informalidade, o tecnobrega é a trilha sonora da periferia da cidade, uma espécie de adaptação digital da música romântica dos anos 1970 e 1980.

17h20 - SESSÃO COM BATE-PAPO: LUCIANA MEDEIROS E EQUIPE DE REALIZAÇÃO DA SÉRIE OS DINÂMICOS

GUITARREIRO DO MUNDO (2015 | Brasil | Luciana Medeiros | 3 min)

Guitarreiro do Mundo é a faixa título do último álbum de Joaquim de Lima Vieira, Mestre Vieira, lançado em 2015, no Rio de Janeiro. Gravamos o clipe em meio aos três dias de apresentação que fizemos pelo edital Caixa Cultural, projeto que levou junto ao show de lançamento do disco, um workshop de Guitarrada. Vieira faleceu em 2018. 

OS DINÂMICOS  FALAM DA ANIMAÇÃO (2018 | Brasil | Afonso Gallindo / Luciana Medeiros | Documentário | 3’ | Livre).

Trazendo 13 epsódios de 5 minutos cada, Os Dinâmicos traz a sonoridade das guitarradas cantadas de Mestre Vieira, o criador da Guitarrada, e que trazem como tema o cotidiano amazônico, repleto de magia, lendas e ‘causos’. Na série, o grupo Vieira e Seu Conjunto ensaia num estúdio-casa no topo de uma Samaumeira e se apresenta em diversas festividades na região, mas a guitarrada, além de colocar todo mundo para dançar, tem outro super poder.

SÉRIE OS DINÂMICOS (2018 | Brasil | Luciana Medeiros / Afonso Gallindo | Série em animação – 13 episódios / Aventura | Central de Produção Cinema e Vídeo na Amazônia | 65’ | Livre)

Comédia e aventura, a série de animação “Os Dinâmicos” é inspirada na obra musical de Joaquim de Lima Vieira, o criador da guitarrada paraense. Pacatos, engraçados e contadores histórias, os músicos da banda “Vieira e Seu Conjunto” tocam um ritmo original e contagiante, alegrando as pequenas vilas ribeirinhas. Lidando com o universo da floresta e da fauna da região, além de animar festas, eles também guardam um segredo. Sempre que há uma criança em perigo, a guitarra Milagrosa é acionada e assim Mestre Vieira, Idalgino, Lauro, Dejacir, Poça e Batera se transformam em super-heróis. Guitarreiro, Spectro, Ciclone, Alado, Trakitana e Aprendiz se envolvem em aventuras que revelam, através do mágico universo da animação, as características, o linguajar, costumes e lendas da Amazônia. “Os Dinâmicos” homenageia também as animações dos anos 1970 e 1980, que traziam séries animadas com heróis e bandas musicais.

20h

CHAMA VEREQUETE (2002 | Brasil | Luiz Arnaldo Campos e Rogério Parreira | Documentário | 18' | Livre)

Documentário poético sobre Mestre Verequete, personagem fundamental da história do ritmo raiz do Pará, o Carimbó, que legitimou e divulgou pelos quatro cantos do Brasil. 

PASSE DE MESTRE - HISTÓRIAS DE MÚSICA E FUTEBOL (2021 | Brasil | Luciana Medeiros | Documentário | 6’ | Central de Produção Cinema e Vídeo na Amazônia | Livre)

Mestre Vieira, guitarrista paraense considerado o criador da guitarrada. Em vida gravou 13 LPs, 5 CDs e 1 DVD, além de ter participado de diversos projetos musicais, entre eles Os Mestres da Guitarrada. O que nem todo mundo sabe é que ele também era apaixonado por futebol. Chegou a comprar um campo com os primeiros cachês que recebeu e fundou vários clubes de futebol em Barcarena, no interior do Pará. A produção para este mini doc foi no estilo cinema de guerrilha, sem recursos e com equipe reduzidíssima. Em 2016, Mestre Vieira adoentou e ficou sem tocar por mais de um ano. Em 2 de fevereiro de 2018, ele partiu para as estrelas. Calou sua guitarra. Ficou seu legado.

NO MEIO DO PITIÚ (2019| Brasil | Leonardo Augusto | Videoclipe | 5' | Livre)  

Videoclipe da música “No Meio do Pitiú”, que integra o disco 'Banzeiro' de Dona Onete.

CARIMBÓ ARREPIADO (2019| Brasil | Couple Things - Diana Boccara e Leo Longo | Videoclipe | 3' | Livre)

Videoclipe da música “Carimbó Arrepiado”, de Dona Onete.

OS CARIMBÓS E AS GUITARRADAS DE MESTRE CURICA (2020 | Brasil | Bruno Rabelo e Lorena Alves| Documentário | 76' | Livre)

Registro audiovisual que resgata a história de vida de Curica, aos 72 de idade e com 56 anos de carreira artística. Em um formato de show e bate-papo, este vídeo faz um passeio pela diversa carreira e obra musical de Curica, transitando entre o Carimbó e a Guitarrada. O projeto traz convidados especiais, como o Mestre Aldo Sena e Bruno Rabelo, além de jovens talentos da música paraense.

DOMINGO – DIA 10/07

15h10

PROGRAMA CUÍRA EM CENAS – FESTIVAL DE VIDEODANÇAS DA AMAZÔNIA

Programa dedicado ao Cuíra em Cenas, Festival de Videodanças com obras protagonizadas por artistas paraenses, expandindo os limites da dança para além dos palcos de teatros e intervindo nas telas de cinema e servindo como um estímulo à cena da dança paraense, e que visa valorizar os artistas e suas obras em diálogo com outras linguagens artísticas, além de ampliar novas plateias e ocupar novos espaços. Neste programa, Eduarda Falesi, coordenadora do festival, reuniu todas as obras exibidas na edição que ocorreu no Cine Líbero Luxardo, em 2022.

INTRAVENOSA (2018 | Brasil | Tale Campos | Experimental / Videoarte | 4’ | Livre) 

A experiência de quase morte do diretor do filme é retratada em diferentes atmosferas. Perseguição, sacrifício e redenção em meio a cenários paradisíacos do Rio de Janeiro.

LA LOBA (2019 | Brasil | Ana Flávia Mendes e Edielson Shinohara | Experimental / Videoarte | 8’ | Livre)

Experimento em vídeo que trata do arquétipo da mulher selvagem. Inspirado no livro "Mulheres que correm com os lobos", de Clarissa Pinkola Estes, o trabalho aborda o conto homônimo "La Loba", de origem européia oriental, e promove um mergulho na psiqué feminina, imageticamente retratada como um cemitério, lugar em que habita a morte e de onde emerge a vida, sintetizada na figura de uma mulher transmutada.

NASCIMENTO & XAXARÁ (2021 | Brasil | Letícia Faria | Videoclipe | 8’ | Livre)

Todos os trabalhos do Bando Mastodontes tem como premissa a arte como ferramenta para democratizar a cultura, seja desburocratizando e ocupando espaços públicos e privados ou ampliando a acessibilidade dos seus projetos. Seguindo este ideal, o primeiro clipe do grupo se tornou um projeto audiovisual inovador por priorizar a inclusão com a coreografia em Libras do início ao fim do clipe e dançarinos com deficiência física para reverenciar a música que é um ode ao orixá Obaluaê.

CÔNCAVO (2021 | Brasil | Eduarda Falesi e Gabriel Darwich | Videodança | 7’ | Livre)

Os reflexos do tempo e do corpo nos movimentos performados em espaços enclausurados e reduzidos, busca refletir o desconforto das mudanças de paradigma nas relações sociais, onde os corpos foram forçados a conviver cada vez menos com a presença física, durante o distanciamento social. O tempo, antes ilusoriamente acelerado, desacelera e nos torna côncavos para além do autocuidado e direciona o olhar para dentro de nós. Suportar ao tempo e aos espaços reduzidos é o desafio para os corpos “ocos” da presença do outro. 

AUTO DO CÍRIO (2021 | Brasil | Feliciano Marques e Cia. Moderno de Dança | Videodança | 3’ | Livre)

Sagradas Conexões Ruas, rios, teias, raízes entrecruzadas atravessando vidas. Em meio ao caos busca-se, por meio da esperança e da fé, equilíbrio e força para seguir em frente. É outubro de novo, Círio outra vez e de pé seguimos pedindo a Nossa Senhora de Nazaré para que nos proteja, que acalente nossos corações. A Cidade Velha, em Belém, conectada à Tailândia do Pará numa homenagem, celebração e agradecimento em mais um Auto do Círio.

UM TEMPO QUE REGA O REGGAE (2021 | Brasil | Vinicius Fleury | Videoclipe | 4’ | Livre)

Nesta obra visual, a cantora Jana Coutinho, conecta sua música à performance da bailarina Duda Falesi, levando a uma experiência sensorial entra a chuva e as batidas do reggae. 

CAMINHADA (2019| Brasil | Companhia Moderno de Dança | Videodança | 3’ | Livre)

Fragmentos do existir urbano se retratam em alta dinâmica. Analisando o comportamento social contemporâneo, a videodança propõe uma poetização da vivência em sociedade, com múltiplas visões e capturas do Ser-Habitante da cidade.

DESARMAREAR (2021| Brasil | Juan A. Silva | Videodança | 7’ | Livre)

Uma experiência para desarmar, ou minimamente tensionar o sistema cisheternormativo por meio da desestabilização do próprio corpo dançante, para então se reencontrar. Sendo assim, "Desarmarear” é  arrumar as malas e sair de casa, seja por vontade própria ou por ter sido expulso e, por conseguinte, é também buscar uma nova casa para si, em si. Um novo corpo. “Desarmarear” é uma caminhada, uma travessia, uma mudança.

O SALTO (2021| Brasil | Joyce Cursino | Videodança | 5’ | Livre)

Primeiro videoclipe da artista Bah e produzido pela Negritar Produções. 

PEIXES (2017| Brasil | Vladimir Cunha Musical | 3’ | Livre)

Belém em um prisma de descobertas de sua pluralidade. A chegada dos peixes é um evento diário que promove uma experiência antropológica e sensorial com uma explosão de cores, sabores, dança e música no mercado do Ver-o-peso. A dança é uma entidade sagrada e no filme é representada por Claudio Baia, dançarino e coreógrafo  de grande relevância no Pará.

ENTRE OUTRAS RUAS - ATO I (2020| Brasil | Juan A. Silva e Cleyton Telles | Videodança | 3’ | Livre)

Neste novo caminhar,  Cleyton me propôs a criação de uma poética a partir de algum atravessamento pessoal, e mergulhado nas questões que transbordam em meu corpo, enquanto LGBT e afroindigena, materializei um manifesto dançante contra a mira criada nos corpos dissidentes de gênero, raça e classe em nossa sociedade, por isso, também a chamei  de "Sujeito estatística", pois, para mim, é uma suplica por "um bom final pra nós". - Juan A. Silva.

GIRLS X3 (2019| Brasil | Louise di Fatima | Videodança | 5’ | Livre)

A videodança reúne quatro bailarinas em um único espaço representando diferentes gêneros da dança assim como nos mostrando suas diferentes personalidades. A videodança é um material adicional de um videoclipe de mesmo nome produzido pela Infinita Produções.  

VAGALUMEAR (2021| Brasil | Ercy Souza | Videodança | 8’ | Livre)

No instante apenas, uma vida inteira presente no lançar do primeiro voo da borboleta, no mo(vi)mento do desprender-se, na profusão de sensações lançadas no breu sob a luz dos olhares contemplativos. Eis o passo entre a coxia e o palco sob a energia do último pulo coletivo de um escravo de jó e a ansiedade pós terceiro toque do sino que hoje é compreendido como o apertar do gravando e... Nasce Etá, a cena, a obra, o estranhamento, o olhar artístico, a questão, a Arte dançada que convoca os presentes que ali estão à presença cênica dilatada e difundida.

ECOS DAS ENTRANHAS (2019| Brasil | Luiza Monteiro | Videodança | 6’ | Livre)

Videodança gravado no Canadá, dirigida e interpretada por Luiza Monteiro.

EUVERSO (2021| Brasil | Victor Azevedo | Videodança | 4’ | Livre)

O vídeo "euversO" surge como reflexo do bloqueio criativo criado pelo período da quarentena. O início da criação não tem um objetivo ou mensagem a ser passada, apenas permitir que haja prazer em dançar e se conectar com os vários "eus" que surgem durante o processo. "euversO" é o caminho que, nos interiores do eu, redescubro a ação de dançar apenas para dançar, sem a necessidade de um longo processo ou busca de um conceito criativo como justificativa.

QUESTÃO DE TEMPO (2021| Brasil | Paola Pinheiro| Videodança | 4’ | Livre)

Tempo. Sinto que estou perdendo-o. Mas como se pode perder algo que nunca foi seu? Só tinha uma ilusão do que era o tempo e até isso já perdi. Vivo num conflito entre o tempo de dentro, que tem dificuldade de acompanhar seu entorno, e o tempo de fora, que voa sem parar. E de tanto tentar conciliar o tempo de dentro com o de fora, me esqueci do tempo do corpo. Qual é o meu tempo mesmo? Tento me desapegar do tempo, mas ele gruda no meu corpo como areia, água e sal. Tentei viver dentro do tempo, mas me perdi, e hoje tento viver em mim. 

SERES DE SI (2020| Brasil | Luiza Monteiro | Videodança | 4’ | Livre)

Seres de Si nasce na encantaria do corpo da intérprete criadora Luiza Monteiro em uma experiência de imersão com elementos da natureza presentes na praia do Marahú, na ilha de Mosqueiro/PA. O processo de criação permeia a relação entre corpo, encantaria e poesia, apresentando em formato de videodança o emergir poético do corpo enquanto este encontra-se imerso em si, como também em águas, areias, folhas, pedras, ares...

DAQUI ACENEI PARA VOCÊ (2020| Brasil | Eduarda Falesi | Videodança | 6’ | Livre)

“Daqui Acenei Para Você” é um projeto social que reúne em um só vídeo, diversos bailarinos paraenses, com liberdade artística e interpretativa - o que garante a singularidade de cada coreografia e ajuda a expor a forma mais verdadeira da natureza de cada artista envolvido. O objetivo do projeto é conectar pessoas diferentes a uma só mensagem: Não estamos sozinhos. O vídeo tem sido utilizado como o principal meio de divulgação de uma campanha solidária de arrecadação de fundos para compra de cestas básicas, material de higiene e remédios para doações em abrigos e comunidades carentes pelo Pará.

17h

PROGRAMA CÁSSIO TAVERNARD

A ONDA – FESTA NA POROROCA (2005 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação | 12’ | Livre)

Com roteiro original de Adriano Barroso, conta a história de uma festa que os bichos organizam no fundo do rio para esperar a passagem da Pororoca. Enquanto isso, na superfície, dois surfistas do sul tentam a aventura de “domar” a onda da pororoca. Estas ondas nos rios da Amazônia são um fenômeno natural. No Pará, o principal município atingido é de São Domingos do Capim.

O RAPTO DO PEIXE BOI (2010 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação | 15’ | Livre)

 No fundo do igarapé, o Peixe-boi é o responsável pelo transporte do Pipipipiramutaba, a grande aparelhagem de som que anima as festas dos habitantes das águas. Subitamente, o Peixe-boi desaparece, e Caranguejo, Camarão e Candirus irão em busca do amigo mamífero.

CAMARÃO Espoleta Blues (2016 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação / Videoclipe | 3’| Livre)

Videoclipe da música “Camarão”, interpretada pela banda Espoleta Blues. 

ALLEGRO PERO NO MUCHO (2019 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação | 20’ | Livre)

O filme encerra a trilogia da série “A Turma da Pororoca e se desenvolve a partir da investigação de uma estranha movimentação próxima ao Theatro da Paz. Na história, descobrem que alguém esta se fazendo passar pelo Caranguejo e sua aparelhagem, o Pi Pi Piramutaba, organizando uma grande festa em seu nome para atrair todos os bichos do fundo dos rios da Amazônia. Para compor o cenário do terceiro episódio da série, cada detalhe do prédio histórico do Da Paz, sua pintura e arquitetura, foram reproduzidos fielmente na técnica de animação.

CHICO TRIPA (DIÁRIO DE UM PALHAÇO) (2009 | Brasil | Cássio Tavernard | Animação | 10’| Livre)

Animação de Cássio Tavernard usada em vídeo-performance apresentada dia 16 de dezembro de 2009 no Instituto de Artes do Pará (IAP). O vídeo é fruto do projeto “Chico Tripa – Diário de um Palhaço”, contemplado este ano com a Bolsa de Pesquisa e Criação do Instituto de Artes do Pará.

18h10

AS ICAMIABAS (2018 | Brasil | Otoniel Oliveira | Série em animação – episódios / Aventura | 67’ | Livre)

Compilação dos interprogramas de um minuto que deram origem a série Icamiabas na Amazônia de Pedra. As Icamiabas, Conori, Iúna e Mahyra, são meninas guerreiras indígenas cheias de poderes que resolvem os problemas fanásticos na cidade de Belém, como o Boitatá na ponte de Mosqueiro, o Caipora no Veropeso e o Viraporco nos predios, chutando bundas e salvando o dia!

19h30

ADMIRIMIRITI (2005 | Brasil | Andrei Miralha | Animação | 12’| Livre)

Numa feira de brinquedos de miriti do Círio de Nazaré, os brinquedos ganham vida e um boneco "dançarino de brega" é abandonado por sua parceira por ser muito "presepeiro". A partir daí, o boneco parte em busca de um novo lugar, um novo sentido para sua existência, até obter o perdão de sua parceira. 

NOSSA SENHORA DOS MIRITIS (2011 | Brasil | Andrei Miralha | Animação | 13’| Livre)

Às vésperas do Círio de Nazaré, uma artesã de brinquedos de miriti, tenta terminar sua promessa de fazer sozinha uma procissão todinha em miriti, mas cansada, ela acaba dormindo e um milagre acontece.

VISAGEM (2006 | Brasil | Roger Elarrat | Animação / Comédia / Fantasia / Terror | 11’ | Livre)

O filme é uma adaptação de sete contos do livro “Visagens e Assombrações de Belém” do escritor Walcyr Monteiro, livro este escrito a partir de causos e lendas sobrenaturais da cidade de Belém. Na História, dois jovens entram clandestinamente em um antigo cemitério de Belém para fazer uma aposta: quem teria coragem de acender uma vela bem no centro do cemitério da Soledade, ao soar da meia-noite? Na medida em que a madrugada avança, eles se deparam cada vez mais com situações fantásticas e assustadoramente surreais dentro do cemitério. Mesmo não acreditando nas antigas histórias de visagens, os jovens agora vão protagonizar uma nova lenda urbana da cidade.

VIAGEM ASTRAL (2020 | Brasil | Otoniel Oliveira | animação | 9’ | Livre) 

Viajar pelos astros pode ser uma experiência de auto-descoberta cósmica.

MURAGENS - CRÔNICAS DE UM MURO (2018 | Brasil | Andrei Miralha| animação | 12’ | Livre)

Muragens - Crônicas de um Muro faz uma interferência ficcional num recorte urbano real, o entorno do muro dos fundos do cemitério da Soledade em Belém do Pará. Apresentando situações diversas, pequenas narrativas – crônicas - nas quais o devaneio, o Non Sense, o caráter fictício da animação marcam a contação das mesmas.

ADÃO (2017 | Brasil | Rafaella Cândido | animação | 12’ | Livre) 

Produzido em stop motion, utilizando bonecos de miriti, é uma alegoria mitológica dos primeiros homens e seus encontros com os males do mundo.

PEDAÇOS DE PÁSSAROS (2016 | Brasil | Andrei Miralha / Marcílio Costa | animação | 13’ | Livre) 

O pássaro como metáfora das relações do homem no mundo contemporâneo. Fragmentos, pedaços da vida cotidiana abordados poeticamente. “Pedaços de pássaros”.  

A HISTÓRIA DE ZAHY (2018 | Brasil | Otoniel Oliveira| Animação | 8’ | Livre)

O filme de animação a História de Zahy conta a história da criação da Lua segundo a sociedade indígena brasileira Tembé-Tenetehara, com narração na língua Tupi Tenetehara. Zahy é um valente guerreiro enviado pelo deus indígena Mahyra para fazer muitas coisas boas, mas pelo seu orgulho, ele decide fazer algo proibido na aldeia. Se for descoberto, Zahy terá de enfrentar consequências irreversíveis. ?

SEGUNDA – DIA 11/07

14h30

OS VELHOS BAIONARAS II (2021 | Brasil | Dario Jaime| Documentário | Jambu Filmes | 80' | Livre)

O longa faz uma incursão na memória dos afetos e expressões culturais da cidade de Baião e seus arredores. As pessoas que aqui aparecem são pessoas simples do povo, sem poder político e econômico, porém de extrema importância para a construção da identidade popular e afetiva da cidade. Tais personagens interferem ativamente no imaginário local moldando crenças, saberes, técnicas e a vida cultural do município através de suas histórias de vida.

17h

MOSTRA FICCA “CAETÉ CULT” - FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DO CAETÉ

O FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté é uma marca já consolidada entre os festivais de cinema brasileiros de caráter regional e internacional. Certificado pela Escola Superior Artística do Porto e parceiro da Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde, o festival tem como marca a presença da cinematografia africana, lusitana, brasileira – e amazônida.  Francisco Weyl, diretor do festival, apresenta neste programa um recorte de produções audiovisuais feitas no estado do Pará.

CABEÇA DE CACHORRO REALIZAÇÃO (2021 | Brasil | Filme coletivo | Documentário / Experimental | 3' | Livre)

Realizado pelos estudantes da Escola Domingos de Souza Melo, Vila do Bonifácio, praia de Ajuruteua, durante as oficinas de Cinema de Guerrilhas ministradas por Marta Ferreira e Mateus Moura, na Vila do Bonifácio, praia de Ajuruteua. Quilombo do América, Bragança, Pará.

A VISITA DO PADROEIRO (2021 | Brasil | Filme coletivo | Documentário / Experimental | 4' | Livre)

Coletiva / PA / 4 Min Filme coletivo, realizado pela Associação de Remanescentes do Quilombo do América, estudantes e professores da Escola Américo Pinheiro de Brito, durante as oficinas de Cinema de Guerrilhas ministradas por Rosilene Cordeiro e Francisco Weyl.

O QUILOMBO É MEU LUGAR, A MINHA CASA (2021 | Brasil | Filme coletivo | Documentário / Experimental | 19' | Livre)

Documentário resultado da oficina de Cinema Acessível, ministrada por Carol Magno e Cuité Marambaia, no Quilombo do América, em Bragança do Pará, no âmbito do VI FICCA - Festival Internacional de Cinema do Caeté.

CANDEIA DO MAR (2022 | Brasil | Roberta Mártires | Videopoema  / Experimental | 1’ | Livre)

O brilho da luz na água | Candeia do mar | Horizonte deserto | Nas areias do tempo | Um lar a deriva | Água salgada | Salgueia um corpo | em busca de Axé. 

ÁGUA E SAL (2022 | Brasil | Roberta Mártires | Videopoema / Experimental | 1’ | Livre) - Vídeo vivência.

CORDÃO DE PÁSSARO TEM-TEM (2019| Brasil | José Carlos Barroso | Documentário | 12’ | Livre)

Uma forma de resistência da comunidade da Vila dos Lucas, área rural do município de Bragança, é a matação da brincadeira do passarinho, uma manifestação cultural que está desaparecendo por falta de incentivo e apoio a essa tradição. (Utilizei um celular para as filmagens, quebrando o paradigma de que para fazer um documentário não precisa de aparelhos de última geração para filmagem. Através da minha própria pesquisa narrei sobre essa manifestação cultural).

DO LUGAR DE ONDE SE VÊ (2019| Brasil | Denis Bezerra e Francisco Weyl | Documentário | 8’ | Livre) 

Documentário a partir da pesquisa autoral de Dênis Bezerra, sobre a vida e o processo criador de Cláudio Barradas.

MEMÓRIAS DO CINE ARGUS (2017| Edvaldo Moura | Documentário | 20’ | Livre)

Prêmio Imagem-Tempo, 1º FICCA, 2014 O Cine Argus movimentou a vida cultural da cidade de Castanhal, no nordeste do Pará, e influenciou diversas gerações durante seu período de funcionamento, de 1938 até seu fechamento em 1995. O filme recupera a história desse importante cinema de rua, através do entrelaçamento de memórias de funcionários e frequentadores.

DIA DE MANGAL (2013| Evandro Medeiros | Documentário | 15’ | Livre)

2º FICCA, 2015 Vídeo retrata um dia de trabalho de pescadores retirando caranguejo do mangue na RESEX Caeté-Taperaçu, no município de Bragança, Pará. Foca a sociabilidade e estratégias de trabalho no ambiente do mangal [mangue], apresentando narrativas dos ribeirinhos sobre o cotidiano do trabalho no mangue, revela para além das dificuldades as descobertas e produções criativas que tal trabalho estimula. Apresenta elementos singulares da identidade cultural construída pelos homens na relação com o mangue enquanto lugar de trabalho e vida.

EQUIDADE RACIAL (2016| Danilo Gustavo | Documentário | 8’ | Livre)

Prêmio Juri Popular, 3º FICCA, 2016 Documentário realizado em parceria com as comunidades negras tradicionais remanescentes de quilombos de Tracuateua, Pará, mostra estratégias de sobrevivência de extrativistas e agricultores familiares e no cotidiano popular. 

#FORACARGILL (2016| Francisco Weyl | Documentário | 35’ | Livre)

Tem como cenário as ilhas do município de Abaetetuba afetadas pela construção do Terminal de Uso Privado da empresa Norte-americana em território do Programa de Assentamento Agro-Extrativista Santo Afonso, na Ilha do Xingu, Município de Abaetetuba, onde vivem e trabalham cerca de 200 famílias, numa área de 2.705,6259 hectares. O DOC contrapõe o projeto privatista a um mundo coletivo, ancestral, de conhecimentos e saberes próprios, ameaçado de desaparecer, bem como essas comunidades tradicionais se organizam e como lutam para conquistar acesso e permanência à terra, os impactos ambientais e sociais causados pela construção do porto, portanto, é através das falas das lideranças e das pessoas da comunidade, inclusive as ameaçadas, que o narrar os conflitos e perigos aos quais estão submetidas as comunidades locais na Amazônia Paraense.

19h20

MOSTRA CURTA BRAGANÇA

Compilação de curtas-metragens realizados no município de Bragança, no Pará, organizada pelo cineasta bragantino San Marcelo. Esta mostra foi exibida em única e concorrida sessão no Projeto Janelas do Cine Líbero Luxardo, em 2022. 

BENZEDEIRA – MARIA DO BAIRRO (2021 | Brasil | San Marcelo e Pedro Olaia | Documentário | 15' | Livre)

Imerge no universo da benzedeira Maria do Bairro que escolheu o silêncio para dividir a sabedoria que lhe foi confiada. Esta ciência da natureza se esconde ao longe em uma ilha na comunidade do Tamatateua, interior do município de Bragança. Manoel Amorim, conhecido como Maria do Bairro, o preto conhecedor de ervas e benzedor, se dedica à cura do corpo e da alma de quem a procura. O saber que a habita não vem do achismo, mas sim da vivência e resistência direta com a natureza, seus espíritos e filosofia.

BRAGANÇA: A CIDADE E O TREM  (2021 | Brasil | San Marcelo | Documentário | Sapucaia Filmes | 18' | Livre)

Não tem a pretensão de uma abordagem historiográfica da Estrada de Ferro de Bragança-EFB (1883-1965), mas partilhar memórias e provocar conexões em uma cidade através de um período experimentado por três personagens: João Santana, 79 anos, Maria Alves, 76 anos e Raimundo Rocha, 82 anos. O recorte revela como plano de fundo o espaço e o contexto que esses personagens viveram e a relação com a EFB, além de deixar exposto que nossas memórias estão se perdendo no tempo.

MADÁ  (2021 | Brasil | San Marcelo | Drama | Sapucaia Filmes | 18' | Livre)

Madá é uma jovem, bragantina, batalhadora que é bailarina de banda de brega a noite e vendedora de tecidos durante o dia para sustentar a mãe e a irmã. Madá então se ver em um dilema após ser demitida do emprego, o que a leva a escolher entre o sonho de ser dançarina profissional em uma companhia de dança na capital, ou ficar perto da família e enfrentar os problemas diários agravados pelo desemprego e a nova condição física da mãe, Rosa.

KABOKÉTICAS – CORREDORA (2021 | Brasil | Pedro Olaia | Experimental | 21' | Livre)

Cabokètykas são artistas acabokades que des/constroem cenas do cotidiano, propondo diálogos com corpas dissidentes que fogem do padrão cisheteronormativo nas Amazônias. O filme produzido pela coletiva com cenas mágicas e cotidianas de performances construídas coletivamente é artístico experimental ao mesmo tempo que explica cada sigla do termo lgbtqia+ e as possíveis identidades fora dos padrões colonizatórios que já existiram e continuam existindo nas Amazônias.

SERRA VELHA (2021 | Brasil | Renato Chalu | Documentário | Coletivo Artesãos das Águas | 15' | Livre)

O mestre Manoel Ramos, de Ajuruteua, apresenta em forma de poesia de cordel o folguedo da Serra Velha. Os versos do pescador poeta são o fio condutor deste documentário, produzido pelo coletivo Artesãos das Águas, do Labpexca. O folguedo da Serra Velha ocorre em diferentes locais do litoral amazônico. Na Vila dos Pescadores e na Vila do Bonifácio, em Ajuruteua, maretório da resex Caeté-Taperaçu, esta tradição estava adormecida. O poeta Manoel Ramos conversa com mestres e mestras da Serra Velha, mostrando os detalhes e os sentidos desse folguedo, apresentando as histórias dos personagens e trazendo a juventude para o debate.

MESTRES DO BEIJU (2021 | Brasil | Luís Saraiva | Documentário | 16' | Livre)

"Mestres do Beiju" é resultado de um trabalho colaborativo com um casal de agricultores da cidade de Bragança, que trabalham na atividade de produção do beiju há mais de 50 anos. Um filme de Jéssica Leite e Luís Saraiva, em parceria com Elenisce Borges e Antônio Silva.

TERÇA – DIA 12/07

14h

VHQ - UMA BREVE HISTÓRIA DO QUADRINHO PARAENSE (2015 | Brasil | Vince souza | Documentário | 52’ | Livre)

O documentário narra os primeiros traços da produção de quadrinhos que começou em 1972 até em 2014. Com depoimentos de Bichara Gaby, Arnaldo Prado Junior, Branco Medeiros, Paulo Emmanuel, Luiz Paulo Jacob (Lupa), Gian Danton, Joe Bennett, Andrei Miralha, Alan Yango, Marcelo Marat, Luiz Claudio Negrão, Miguel Imbiriba, Eduardo Barbier, Emerson Coe, Emmanuel Thomaz, Rosinaldo Pinheiro, Volney Nazareno, Otoniel Oliveira, Eliezer França Aido e Adriana Abreu. É o primeiro registro do cenário paraense.

GERAÇÃO PEIXE FRITO (2019 | Brasil | Paulo Nunes e Vânia Torres | Documentário | 26’ | Livre)

O documentário traz depoimentos dos familiares de escritores como Bruno de Menezes, Dalcídio Jurandir, De Campos Ribeiro, além de entrevistas com historiadores, músicos, jornalistas e feirantes do Ver-o-Peso que atestam a importância da Academia do Peixe Frito.

AMADOR, ZÉLIA (2021 | Brasil | Ismael Machado/Glauco Melo| Documentário | 23' | Livre)

Narra a trajetória da educadora, artista, pensadora e ativista Zélia Amador de Deus, respeitada professora da Universidade Federal do Pará (UFPA). Mesclando lembranças pessoais, imagens de arquivo, encenação e ilustrações, traz os contextos históricos do Pará a partir, principalmente, da eclosão dos eventos da década de 1960, com a implantação do regime militar, ascensão dos movimentos estudantis, do teatro alternativo e do surgimento dos movimentos pelos direitos humanos. Em todo esse cenário, Zélia, uma mulher negra, oriunda da periferia - primeiro do interior do Marajó, depois para a periferia urbana de Belém - foi partícipe e protagonista. Zélia é referência e este curta é uma reverência ao que ela representa na sociedade paraense e brasileira.

15h50

O AJUNTADOR DE CACOS (2008 | Brasil | Paulo Miranda | Documentário | 52' | Livre)

Obra concebida para oferecer ao Brasil e ao mundo a oportunidade de conhecer a trajetória de Giovanni Gallo, museólogo, ex-padre, fundador do Museu do Marajó e que atuou por mais de trinta anos junto à população mais pobre do Marajó, desenvolvendo ações no campo da promoção humana, preservação da memória histórica e organização das comunidades em Santa Cruz e Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó.

IRACEMA E O BRINQUEDO DE VOAR (2020 | Brasil | Felipe Cortez | Documentário | 48' | Livre)

Em uma proposta poética e potente, além da voz de Iracema e de depoimentos de personalidades da cultura paraense, o filme é atravessado por cenas em espaços simbólicos para a cultura popular no estado do Pará, como as ruínas do Teatro São Cristóvão, um lugar referência na apresentação de grupos de pássaros nas décadas de 1950 a 1970, e aborda a trajetória de Iracema Oliveira, 84, guardiã do Pássaro Junino Tucano, das Pastorinhas Filha de Sion e coordenadora do Grupo Parafolclórico Frutos do Pará.

17h40

PROGRAMA FESTIVAL INTERNACIONAL DO FILME ETNOGRÁFICO DO PARÁ

O Festival Internacional do Filme Etnográfico do Pará é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa em Antropologia Visual Visagem (PPGSA/UFPA), sob coordenação geral de Alessandro Campos e Denise Cardoso, e tem por objetivo difundir, fomentar e premiar produções audiovisuais que apresentem qualidade técnica reconhecida na área, além de promover o diálogo entre produtores, cineastas, pesquisadores e público em geral. São exibidas produções nacionais e internacionais de filmes que abordem questões socioculturais contemporâneas sobre pessoas, grupos sociais, processos históricos de temas de interesse antropológico e afins. Alessandro Campos apresenta neste programa um recorte de produções audiovisuais feitas no estado do Pará.

METORO KWYRYKANGÔ (2021 | Brasil | Bepanàt Xikrin | Cinema Indígena | 8’ | Livre)

O filme mostra a beleza, cantos e danças Mebengôkrê do Metoro (festa cultural Xikrin) realizado na aldeia Krãnh, Terra Indígena Trincheira Bacajá, em Altamira, Pará. O documentário mostra, a partir de imagens e entrevistas, o preparatório da festa e sua realização na comunidade, que contou com a presença de lideranças e anciões indígenas de diversas aldeias.

SANGUE BOM (2021 | Brasil | Joyce Cursino | Ficção-Documentário | 8’ | Livre)

A pobreza menstrual atinge 26% das meninas entre 15 e 17 anos, que não têm condições financeiras ou acesso a saneamento básico para garantir a gestão menstrual correta. Esse é o tema do curta "Sangue Bom", produzido pelo coletivo Negritar, que trouxe relatos sobre o assunto de uma maneira bem educacional, leve e sem estigmas.

PRINCESA DO MEU LUGAR (2020 | Brasil | Pablo Monteiro | Filme Etnográfico/documentário | 15’ | Livre)

O cruzamento da água doce com a água salgada atualiza antigos movimentos de migração e ocupação do norte do pais. Esse trânsito reafirma costumes e saberes que acompanham o migrante e se ampliam através de trocas no local de chegada. A festa grande para Caboclo Cearense e Divino Espírito Santo em Mosqueiro (PA) é obrigação feita por Maria de Lourdes (Codó/MA), onde caixas, tambores, matracas e maracás se reúnem na matança do Bumba Boi de seu encantado. Este é o espaço de festejo de Ana Guedes e a turma do Tambor de Crioula Filhos e Amigos de Cururupu (MA), moradores dos bairros Terra Firme e Guamá, na capital paraense. “Princesa do meu lugar” oportuniza a potência do encontro de brincadeiras que navegam nas duas águas e desembocam em solo paraense.

A PANDEMIA E OS CONFLITOS NO TERRITÓRIO DE JAMBUAÇU (2021 | Brasil | San Marcelo e Cícero Pedrosa Neto | Documentário | 9’ | Livre)

O Território quilombola Jambuaçu compõe 16 comunidades no município de Moju, no nordeste do Pará. Cercado por grandes empreendimentos da mineração e do agronegócio, as comunidades tiveram que enfrentar o avanço da pandemia do novo coronavírus e dos impactos socioambientais, além de pressão territorial de suas propriedades causada pela presença de minerodutos subterrâneos, contra a contaminação de suas águas causadas pelo plantio extensivo de dendê e pelo reconhecimento da identidade cultural do seu povo.

O JIRAU DA HYDRO (2019 | Brasil | Felipe Pamplona | Documentário | 5’ | Livre)

No dia 17 de fevereiro fotos registraram vazamento de rejeitos da bacia de depósitos da mineradora Hydro Alunorte, a empresa e o Governo do estado negaram qualquer incidente. O Instituto Evandro Chagas divulgou um laudo confirmando a contaminação em diversas áreas de Barcarena. O cotidiano da população local foi diretamente afetado por mais um desastre ambiental.

OS ESPÍRITOS SÓ ENTENDEM O NOSSO IDIOMA (2021 | Brasil | Cileuza Jemjusi, Robert Tamuxi e Valdeilson Jolasi | Cinema Indígena | 5’ | Livre)

Apenas seis anciões da população Manoki na Amazônia brasileira ainda falam o idioma indígena, um risco iminente de perderem o meio pelo qual se comunicam com seus espíritos. Apesar desse ser um assunto difícil, os mais jovens decidem narrar em imagens e palavras a sua versão dessa longa história de relações com os não indígenas, falando sobre as suas dores, desafios e desejos. Apesar de todas dificuldades do contexto atual, a luta e a esperança ecoam em várias dimensões do curta-metragem, indicando que “a língua manoki viverá!”

AQUÉM MARGENS: JUVENTUDE E EXCLUSÃO SOCIAL EM ÁREAS DE MINERAÇÃO (2016 | Brasil | Alexandra Duarte | Documentário | 47’ | Livre)

Cotidiano, condições de vida, conflitos e sonhos de jovens moradores do Bairro Araguaia em Marabá, Pará, são tema do filme Aquém Margens: Juventude e Exclusão Social em Áreas de Mineração. Os jovens do bairro, originado de ocupação urbana e separado do restante da cidade pela Estrada de Ferro Carajás, ferrovia utilizada pela mineradora Vale para escoar os minérios explorados na região, são estigmatizados como moradores de um “lugar perigoso”. Eles e suas famílias vivem sem direitos e serviços públicos básicos, o que contrasta com a riqueza exportada continuamente pelo trilho que atravessa a ocupação e expõe a cidadania aquém margens do progresso.

A VACINA (2021 | Brasil | Benito Miquiles e Mauricio Torres | Cinema Indígena | 9’ | Livre)

Benito Miquiles e um grupo de guerreiros Sateré-Mawé participam de ritual em preparação para a ação de retomada de uma porção do território tradicionalmente ocupado. A área ficou fora da Terra Indígena Andirá-Marau, oficialmente demarcada em 1986, e tem sido invadida por grileiros e madeireiros.

UM TAMBOR PRA MATA (2021 | Brasil | Alessandro Campos | Filme Etnográfico/documentário | 34’ | Livre)

O Filme Etnográfico/documentário passeia pelo mundo profano e sagrado da Religião de Matriz Africana Tambor de Mina. Tenta mostrar de forma sensível e respeitosa todo o processo necessário para a utilização do instrumento musical mais importante nos rituais desta religião: o tambor. No filme, percorremos o caminho de seu nascimento desde o mundo físico, sua fabricação numa oficina a base de ferro, fogo, couro e plástico, até sua transformação em uma entidade viva que merece toda reverência, num ritual elaborado e sagrado de seu batizado.

20h10

ALTERNATIVO (2019 | Brasil | Antonio Pantoja, Henry Sena e Raul Tavares | Documentário | 6’ | Livre)

 Em um período onde a arte é uma forma de resistência, é importante valorizar quem se esforça para trazer o melhor da cultura alternativa. E assim nos perguntamos: Quais os Cinemas Alternativos em Belém? A obra é resultado de um trabalho de conclusão de Curso de Publicidade e Propaganda e campeã de sua categoria no Intercom, e busca valorizar a importância de  alguns dos maiores espaços culturais de Belém.

OS PROJECIONISTAS (2017 | Brasil | Kemuel Carvalheira, Lucas Alcântara e Eveline Almeida | Documentário | 45’ | Livre)

O documentário Os Projecionistas, traz os relatos de três profissionais atuantes no circuito exibidor de cinemas local, tanto comercial quanto alternativo, que falam sobre os vários aspectos inerentes a profissão de projecionista cinematográfico, o amor à sétima arte e reflexões sobre o futuro desta profissão e do próprio cinema.

NO JARDIM DO SEU CARDOSO (2020 | Brasil | Caio Cezar Soares e Hugo Caetano| Documentário | 50' | Livre)

Cláudio Cardoso de Andrade Costa, ou simplesmente Seu Cardoso, já foi de tudo nessa vida, e mesmo depois de morto, vivo continua, sendo memória naqueles que o amam e em seu gigantesco legado na literatura paraense. Esse documentário vem ativar essa memória na intenção de que mais pessoas a conheçam e dessa forma fortalecer a cena literária paraense. Como o próprio dizia “um mundo melhor é um mundo de leitores, a literatura liberta!”. O filme retrata sua vida e obra através de conversas com pessoas significativas em seu percurso, elucidando a representatividade de Seu Cardoso para a publicação de literatura e cordel paraenses.

QUARTA – DIA 13/07

14h

AÇAÍ COM JABÁ (2000 | Brasil | Alan Rodrigues, Marcos Daibes e Walério Duarte | Comédia | 14’ | Livre)

Comédia baseada no costume do amazônida de tomar açaí. O enredo é um inusitado duelo entre um paraense e um turista para ver quem consegue tomar mais açaí acompanhado de jabá. 

A ENCANTADA DO BREGA (2014 | Brasil | Leo Fonseca | Comédia | 14’ | Livre)

Conheça a historia de Stephanny, uma batedora de açaí que sonha em conhecer uma festa de aparelhagem, porém é sempre impedida por sua madrasta e duas meia irmãs, que a obrigam a adulterar açaí e enganar a vizinhança, até que acontecimentos mágicos mudam o rumo da sua historia, enchendo a sua vida de muito brilho música e magia. Encantada do Brega te leva para uma imersão nas cores e sons da periferia de Belém. Esse curta metragem é tão ritmado quanto as batidas das aparelhagens de som. Sendo um recorte da cena cultural paraense atual, é o primeiro musical de tecnomelody da história! Então, te segura porque a festa vai começar.

IARA NA TERRA DO TECNOBREGA (2013 | Brasil | Alexandra Castro | Drama | 6’ | Livre)

"Iara na terra do tecnobrega" é a urbanização da lenda da Iara, em que ela põe um cropped e sai à caça. 

PROMESSA EM AZUL E BRANCO (2013 | Brasil | Zienhe Catro | Drama | 17’ | Livre)

Eneida, uma menina de 8 anos, que teme quebrar uma promessa de família, e toma para si a responsabilidade da felicidade de todos ao seu redor, mas para sua própria vida prefere o conforto e a segurança dos sonhos. Um tema singelo como Promessa em Azul e Branco arrisca-se a sair de seu mundo de sonhos para tentar alcançar a felicidade. Inspirado no conto de mesmo título da escritora e cronista paraense Eneida de Moraes.

A CANÇÃO DO AMOR PERFEITO (2018 | Brasil | Fernando Segtowick | Drama | 11’ | 14 anos)

Miguel (Leoci Medeiros) é um homem da cidade, Sophia (Rafaella Cândido), uma artista plástica que vive no interior. Juntos, eles enfrentam as dificuldades de viver um amor perfeito.

DORSO (2020 | Brasil | Roger Braga | Drama / Romance | 24’ | 16 anos)

Na festa de aniversário de seu namorado, Dorso começa a notar sinais de que está sendo traído.

MONTEIRO LOPES (2022 | Brasil | Bianca d’Aquino | Drama / Romance / Comédia | 28’ | Livre)

Mariana Lopes e Júlia Monteiro são descendentes de donos de padarias concorrentes. Enquanto Júlia foi criada com liberdade e espírito explorador, Mariana, por outro lado, teve uma criação rígida e um pai conservador que lhe cerceava a todo momento. Conforme a amizade e o posterior romance entre as duas avança, Mariana percebe sua dificuldade em lidar com sua sexualidade e decide ir embora de Belém. Anos mais tarde, Mariana reencontra Júlia e agora precisará lidar com os conflitos não resolvidos de sua juventude.

RIBEIRINHOS DO ASFALTO (2011 | Brasil | Jorane Castro | Drama | 26’ | Livre)

Deisy mora na ilha do Combu, em frente a Belém, do outro lado do rio. Ela sonha em morar na cidade, em meio às luzes que vê de sua casa na entrada da mata. Com a ajuda da mãe, vai tentar realizar seu desejo.

16h30

À ESPREITA (2022 | Brasil | Henry Sena | Suspense / Terror | 6’ | 14 anos)

Existem coisas que não devem ser vistas, e infelizmente, uma jovem stalker percebe que toda sua curiosidade, pode ter uma consequência, perdendo a noção do que é realidade e o que pode ser apenas sua paranoia, afinal, o que te vigia pode estar à sua espreita.

DAMASCENO NOVOS E USADOS (2018 | Brasil | Kemuel Carvalheira | Drama / Terror | 24’ | 14 anos)

Larissa, uma adolescente apaixonada pela arte de desenhar, vive uma conflituosa relação com Márcia, sua mãe. A tensão é acentuada quando estranhos fenômenos acontecem após a compra de uma geladeira na loja que dá titulo ao filme.

RAIMUNDO QUINTELA - O CAÇADOR DE VIRA PORCO (2018 | Brasil | Robson Fonseca | Drama / Suspense / Terror | 15’ | 14 anos)

Raimundo Quintela é o último caçador de vira porco do Pará. Ele foi treinado durante toda adolescência para esse ofício. Nairton é um motorista de táxi que tem um único cliente que é Raimundo, juntos os dois viajam pelo interior da Amazônia resolvendo casos que ninguém consegue solucionar.

O JAMBEIRO DO DIABO PELO CORAÇÃO DE JOÃO BATISTA (2012 | Brasil | Roger Elarrat | Drama / Terror | 22’ | 12 anos)

João Batista é um homem frio, lacônico. Ele não consegue nem dormir nem comer direito, e principalmente demonstrar seus sentimentos pela fotógrafa Juliana, a única pessoa que se interessou por alguém tão estranho e misterioso. Mas agora, João Batista acredita que perdeu sua alma em uma brincadeira de moleque na infância e por isso está morrendo. Assim, o casal parte em uma jornada ao interior do Pará, durante o carnaval de boi de máscaras. Independente se as crenças de João são reais ou não, para Juliana esta pode ser a única chance de reconciliação, enquanto que para ele a jornada será a última oportunidade de confronto com o Diabo que espera e espreita escondido entre as máscaras de carnaval.

MUSA PAGà(2019 | Brasil | Fillipe Rodrigues | Terror / Suspense | 13’ | 14 anos) 

Um fotojornalista de Belém registra cenas assassinatos diariamente. Ele vive com Doralice, em uma relação simbiótica onde tentam suprir suas necessidades emocionais, psicológicas e físicas.

18h

A ILHA (2013 | Brasil | Mateus Moura | Drama / Suspense | 60’ | 14 anos)

Nazareno é mais um homem que nasceu e trabalha no continente e, que, hoje, sobrevive na Ilha. A travessia faz parte de sua rotina. Sob ele, todos os dias, flui o Grande Rio, inundado de histórias mal-contadas. Sua esposa, Carline, é dona de casa, e a monotonia faz parte de sua rotina doméstica insulada, assim como um certo receio diante do desconhecido. Ambos sonham com a chegada de um filho, que distraia o tédio e gere um novo prazer pela vida. O sonho vira pesadelo quando o seu destino se cruza com a obrigação de Silene, nativa da ilha.

MATINTA (2011 | Brasil | Fernando Segtowick | Terror / Suspense | 20’ | Livre)

Quem é daqui dos matos tem que ter muito cuidado com o encantado. Quem quer ter paz na vida não se mete com matinta, mesmo na morte a bicha é perigosa. Se responder o chamado dela, não tem reza que dê jeito, tá com fardo de virar MATINTA.

19h30

PRÉ-ESTREIA: EXIBIÇÃO DE MÉDIA METRAGEM E BATE-PAPO COM A DIRETORA ZIENHE CASTRO E EQUIPE TÉCNICA DO FILME

PRAIANO (2022 | Brasil | Zienhe Castro e Cláudio Barros | Drama | 32’ | 12 anos)

O curta-metragem “Praiano” aborda, com toda a dubiedade, as fortes relações entre homens, muitas vezes amorosas e eróticas ? sublimadas ou não ?, que encontram no futebol seu núcleo de expressão social. Reflete também sobre a hipocrisia com que se lida com essa relação quando ela desperta choques de interesses entre família, sociedade e liberdade sexual.

(Holofote Virtual com informações da curadoria da mostra)