28.2.18

Félix Robatto lança o novo clipe “Interior do Pará”

Fotos: Nayara Jinkss
Trazendo o clima das noites dançantes na Lambateria, baile criado por Félix Robatto para agitar a cena da música paraense na capital, o clipe será lançado nesta sexta-feira, 02, pelos canais virtuais e redes sociais do artista.

“Interior do Pará”, uma das faixas de Belemgue Banger, é ambientado em locações naturais, que ganharam luz especial para ressaltar cenas típicas de entretenimento como um jogo de bilhar, o dominó, as festas nos bares e muita dança. 

“O clipe é um convite para embarcar no universo dos municípios paraenses”, diz Júnior Braga, o diretor. “Queríamos retratar com verdade o dia a dia no interior do Estado, que tem uma beleza particular, um jeito especial de dançar cheio de ‘caqueado’, pessoas morenas e risonhas que têm um brilho natural, que vem da ‘brea’, esse suor inevitável de quem vive no calor do Norte do País”, explica.

Uma referência em registros do Pará, Jr Braga foi produtor executivo de documentários como "Tombetas", selecionado para o Fest Rio e Guarnicê no Maranhão e Índios Guajá, premiado no Festival Internacional de Vitória – ES, além de assinar a direção, produção e entrevista do documentário Mora na Filosofia, sobre a vida do filósofo Benedito Nunes.

Estética inspirada na obra de Luiz Braga

“Félix tem um trabalho requintado, mas flerta com o popular. Por isso optamos por esse visual. A luz foi inspirada na obra do fotógrafo Luiz Braga, que é uma das grandes referências da fotografia brasileira e seu olhar captou como poucos o Pará: cores vibrantes, pouca luz e pessoas reais. Nos inspiramos nesse conceito e nessa estética para esse clipe que espera apresentar o universo em que essa música dançante e popular do Félix nasceu e é consumida”, revela o diretor.

Uma das referências do guitarrista é Mestre Vieira, que também recebe homenagens no clipe. É lembrado em um dos cenários filmados, com fotografias do músico, que faleceu dia 2 de fevereiro, completando um mês no dia do lançamento do clipe, sendo assim uma dupla homenagem ao criador da guitarrada.

Casais e personagens reais da Lambateria ganham a cena

O cenário e a luz foram pensados para valorizar a grande “estrela” desse trabalho, a dança. O sucesso da Lambada em todo o mundo sempre esteve associado à dança. “Todos os clipes e bandas tinham dançarinos mostrando como dançar. Isso foi muito importante para divulgar essa música, que surgiu em Belém e tem ligação como nomes importantíssimos do nosso Estado como Mestre Vieira e Pinduca”, diz o músico.

O clipe, então, contou com um elenco composto por fãs, amigos e frequentadores da Lambateria, festa criada por Félix Robatto, e que puderam passar no jogo corporal um pouco da atmosfera do seu trabalho. “Tivemos um cuidado muito grande na hora de escolher esse elenco: além dos músicos que tocam com Félix, chamamos frequentadores da festa como o seu Godofredo, que já virou uma atração à parte nos shows do Barbudo”, conta a produtora executiva do clipe, Sonia Ferro.

Os casais que participam são parceiros de dança na vida real como a dupla Paulo de Tarso e Simone Oliveira, que fazem parte do grupo Merengueiros da Saudade, formado por dançarinos da terceira idade que são a memória viva da dança de salão paraense. Temos ainda a participação dos dançarinos de Treme (Tecnobrega) Bonekinho e Dieguinho que apresentam uma forma especial de dançar Lambada, misturando com passos típicos do Tecnobrega.

Projeto Belemgue Banger encerra um ciclo

Encerra assim o ciclo de “Belemgue Banger”, considerado pelo músico como um projeto maior do que simplesmente um disco. “Esse trabalho foi pensado para me posicionar na cena musical e foi onde eu pude de fato colocar todos os conhecimentos que eu adquiri ao longo de anos de pesquisa sobre a Lambada. Sou discípulo de Mestre Vieira e este disco conta um pouco da história de como esse gênero que ganhou o mundo surgiu”, comemora Félix. 

Além de Júnior Braga, a equipe contou ainda com o diretor de Fotografia André Mardock, repórter cinematográfico da TV Cultura do Pará e que participou de trabalhos como o curta “Quem vai Levar Mariazinha pra Passear?”,  e com o assistente de direção de fotografia, Lucas Escócio, que assinou vários clipes da banda Strobo e a fotografia do clipe “Rápido”, de Aíla. A edição é de Rennan Rosas.

Interior do Pará
Lançamento - sexta-feira, 02, às 11h30
Youtube: https://www.youtube.com/user/FELIXROBATTOoficial
Facebook:  https://www.facebook.com/felixrobatto/
Patrocínio: Natura Musical.
Patrocínio Institucional: Lei Semear, Fundação Cultural do Pará e Governo do Estado do Pará.

(Holofote Virtual, com informações da Assessoria de Imprensa).

25.2.18

Garage Sounds Festival chega a Belém em abril

Sammliz
Evento itinerante lança o line-up completo, com destaque para o rock e vinte e duas atrações que se reúnem no Insano Marina Club em abril. Vem aí a primeira edição do Garage Sounds Festival em Belém, que terá vinte e dois shows, com bandas do Pará, de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Ceará, dia 7 de abril, no Insano Marina Club. 

Criado em 2016 em Fortaleza, o Garage Sounds é um evento itinerante que surgiu com o intuito de movimentar a cena rock por onde passa, valorizando a produção autoral e misturando na programação nomes de projeção nacional e bandas que ainda são menos conhecidas do público, como estímulo para alavancar trabalhos em começo de trajetória.

O festival pretende chegar a cada vez mais cidades por todo o Brasil, com a intenção de ser cada vez mais uma referência de vitrine do rock brasileiro. Mirando inicialmente no Nordeste e no Norte, o evento se prepara para aportar em Recife, Natal, Manaus e a chegada a Belém é uma parceria com a NoName Produções. 

A musicista e produtora Amanda Coelho, da NoName, conta que a primeira edição do Garage Sounds aqui será especial. Por ser a estreia local, o porte será menor que o da versão original, de Fortaleza (feita para cinco mil pessoas), mas a intenção é “firmar o nome do evento da cidade”, como uma iniciativa com “essência”, que pretende “realmente fomentar a cena de cada cidade”. Amanda explica que o destaque do rock no direcionamento do festival se deve à fase de menor evidência que o gênero enfrenta no Brasil atualmente, sem nomes de grande apelo de massa. Mesmo assim, a edição em Belém também terá espaço para artistas de outros gêneros.

Banda Turbo
Ainda sobre a curadoria, Amanda frisa: “a gente tem banda de hardcore, de punk, de rock mais calminho, tem várias vertentes, tem grandes nomes da cidade, também tem bandas que não são muito conhecidas e elas vão compartilhar os palcos, pra que não tenha divisão e, sim, seja uma grande manifestação do movimento.”

Os nomes que passarão por três palcos no Insano Marina Club são: Hateen (SP), Zimbra (SP), Glória (SP), Pense (MG), Gangrena Gasosa (RJ), Sammliz, Sokera, Zeit, Cérebro de Galinha, Minerva (CE), Antes do Erro, Retaliatory, Vinyl Laranja, Os Bandoleiros e a Cigana, Liège, Blind for Giant, Turbo, Methademic, Joana Marte, Dislexia, Gael Conhece o Mar e Klitores Kaos. 

Serviço
Garage Sounds Festival, dia 7 de abril, a partir das 14h, no Insano Marina Club. Os ingressos já estão à venda pelo sympla.com.br e, a partir desta segunda, na Lupa Lupa no Boulevard Shopping e no Shopping Pátio Belém. Informações no site garagesounds.com.br ou pelo e-mail nonameproducoesbelem@gmail.com.

(Com informações da assessoria de imprensa do evento)

19.2.18

Concerto “sem chumbo nos pés” no palco do Sesc

Propondo um diálogo entre a canção e a música eletrônica, o espetáculo de Naldinho Freire em parceria com a paraense Beá Santos está de volta a Belém, no Centro Cultural Sesc Boulevard. Nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, às 19h, com entrada franca.

O show traz informações musicais diversas, acumuladas por uma trajetória de mais 30 anos de fazer artístico. Filtrado por uma viagem pela poesia e pelas formas musicais adotadas pelo duo, o concerto traz canções inéditas como “Biruta” (Naldinho Freire e Lau Siqueira), “Surreal” (Naldinho Freire/ Kelcy Ferreira) e “Pretty Down” (Mario Lucio), entre outras, também compostas por vários parceiros e trabalhadas ao longo de 2016.

“Estabelecer conexões é a melhor forma de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, ainda que simbolicamente. A arte nos proporciona essa vivência, Brasil, África, Europa… Minhas raízes têm um pouquinho de cada lugar”, diz Naldinho Freire.

“Sem chumbo nos pés”, o novo projeto do músico paraibano, com direção e produção musical da instrumentista Beá Santos, é o retorno de Naldinho Freire a composições mais pautadas pelo violão, como o instrumento norteador para as melodias e textos das canções, numa constante interlocução com a música eletrônica, proporcionando nuances que levam a patamares e recortes contemporâneos. 

“Todo artista é um pássaro”, afirma Naldinho. “E creio que nós precisamos dessas asas que nos levam a criar. 

O mundo é um espaço com seus pesos e cabe-nos fazer florescer a essência da leveza, pois a arte é uma das poucas coisas que nos abrem os olhos, a mente e o coração. É disso que eu trato neste novo projeto, marcado pelo meu momento pessoal e afetivo, mas também pelo contexto político que estamos vivendo”, comenta o artista.

Intitulado a partir da canção “Pássaros”, parceria de Freire com Pedro Osmar do grupo Jaguaribe Carne, no final de 2016, o projeto foi apresentado à produtora cultural paraense Inês Silveira, que realizou a curadoria musical e sugeriu canções que fazem parte do show que está em circulação, experimentação e em fase de produção fonográfica. 

O show estreou no Recife (PE), em janeiro de 2017, e foi apresentado no mês de abril na cidade de Praia, capital de Cabo Verde, e no município do Tarrafal – Ilha de Santiago/CV. No mês de agosto, estreou em Belém, e em outubro seguiu em turnê por alguns estados do Brasil, chegando ao Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Recife (PE), J. Pessoa (PB), Pium (RN), Natal (RN) e Maceió (AL).

Em Alagoas (Foto: Divulgação)
Sobre o artista - Músico-educador, compositor e pesquisador, Naldinho Freire é paraibano, mas está radicado em Belém do Pará. Em 1995 lançou o LP Lapidar; com show homônimo. Viajou por várias capitais do Brasil e países da Europa. Participou dos Festivais realizados pelo SESC no Brasil durante os anos de 1995 a 2004. 

Em 2005, no projeto Misa Acústico, lançou o CD Viandante, gravado ao vivo no Teatro SESC Jofre Soares – Alagoas (BR). Em 2006 publicou, através do CD Raízes, sua pesquisa na música de tradição oral do Nordeste, integrando a Coleção Memória Musical do SESC (AL). Participou do CD Sound of Alagoas lançado em Berlim/GER por ocasião da POPKOMM. 

No período 2008 a 2010 realizou tournée de lançamento do CD RAÍZES na África, pelas Ilhas de Cabo Verde (Santiago, São Vicente e Sal), em Paris/FR, Toulouse/FR, Portugal (nas cidades de Tavira e Castro Marim) e em Rotterdam/NL.  Em 2010 através da Embaixada do Brasil em Cabo Verde, realizou concertos na cidade de Praia e São Domingos, e em 2011 e 2012, no Brasil, publicando o DVD Raízes: Traços Contemporâneos. Em maio de 2011, assumiu a representação da Fundação Nacional de Arte (Funarte/MinC), para as Regiões Norte e Nordeste do Brasil, permanecendo na função até dezembro de 2016. 

Serviço
Espetáculo musical "sem chumbo nos pés", de Naldinho Freire. Nesta quarta-feira, 21, às 19h. Entrada franca.

(Holofote Virtual com assessoria de imprensa do artista).

12.2.18

Theatro da Paz de Portas Abertas em seus 140 anos

Imagem frontal do teatro (Foto: Eliseu Dias/Secom)
Difícil de acreditar, mas tem muita gente em Belém que nunca entrou no Theatro da Paz, uma oportunidade que pode ser abraçada neste mês de aniversário com o projeto de visita guiada, que receberá o público gratuitamente, a partir desta quinta-feira, 15, quando a festa traz ainda um concerto da Amazônia Jazz Band, às 20h.

Um dos orgulhos do paraense, o Theatro da Paz  completa no dia 15 de fevereiro 140 anos de fundação. São muitas histórias para contar. Algumas delas foram relatadas por Vicente Salles, Benedito Lima de Toledo, Allan Watrin Coelho, Fabiano Bastos Moraes e Gilberto Chaves no quinto volume da Série Restauro, obra cujos textos complementam e rememoram o significado do Theatro da Paz para a cidade de Belém. A publicação foi lançada em 2013 pelo Governo do Pará, Secult e Academia Paraense de Música.

No plano das pesquisas, outra boa indicação de leitura sobre o assunto é “Histórias Invisíveis do Theatro da Paz”, em que a jornalista Rose Silveira reconstrói o percussos e encalços da construção do teatro, em meio ao crescimento urbano de Belém, no auge do ciclo da borracha. Há inúmeras outras publicações e pesquisas que trazem olhares e nuances desses quase século e meio.

Sala de espetáculo (Foto: Cláudio Santos)
Para além das páginas dos livros, porém, o desafio de manter a história do teatro pulsante, com ele na ativa e bem conservado, também depende do nível do quanto temos consciência sobre sua relevância enquanto patrimônio histórico. É um dos objetivos das visitas que iniciam nesta quinta, dia do aniversário de fundação do Theatro da Paz, guiar o público num passeio pelo tempo, conhecendo um pouco mais dessa história que continua a ser escrita por todos nós.

“Todos precisam conhecer o teatro, que o público venha para as visitas guiadas e que participe dos concertos, que também são gratuitos. O Theatro da Paz é muito importante para os paraenses, para o país e tem reconhecimento internacional, nada mais justo que as pessoas que moram aqui também tenham acesso a ele e sua história”, diz a diretora Célia Cavalcante, que assumiu o carga há seis meses.

Visitas Guiadas vão até o final do mês

Portas Abertas - Visita guiada (Foto/Divulgação)
O Projeto "Portas Abertas" conta com onze dias de visitação pelas instalações do Theatro da Paz. E são várias sessões, de terça à sexta-feira, nos horários de 09h, 10h, 11h, 12h  e 14h, 15h, 16h, 17h; aos sábados às 09h, 10h, 11h, 12h e, aos domingos, às 09h, 10h e 11h. É só chegar, retirar uma senha e participar de uma visitação histórica. Cada grupo será formado por até 80 pessoas. 

Também haverá visitação destinada ao público infantil, com a retomada do projeto “Contação de História”, que recebe crianças e estudantes da rede pública de ensino público. As visitas guiadas para o público adulto não restringe crianças, que também podem participar, mas para o Contação de História é necessário agendar participação previamente. 

Para a primeira ação, no dia 28 de fevereiro, já estão confirmadas as crianças do ProPaz, E.E. Ida de Oliveira, E.M. Maria Stellina Valmont e E.M. Republica de Portugal. Nos meses subsequentes o projeto acontecerá regularmente, uma vez por mês.

História que atravessa o tempo

Contação de História (Foto/Divulgação)
A pedra-fundamental do Theatro da Paz foi lançada pelo bispo D. Macedo Costa, em 1869. A construção iniciada no auge do período da exploração da borracha, terminou em 1874, mas devido a denúncias contra os construtores só foi inaugurado após a conclusão do inquérito, no dia 15 de fevereiro de 1878. Tombado pelo Iphan, em 1963, é o maior teatro da Região Norte e um dos mais luxuosos do Brasil. 

Durante todos esses anos, o teatro passou reformas, que mantiveram suas linhas arquitetônicas originais, um universo secular pelo qual o público passeia quando entra ali. As poltronas são de palhinha, escolha da época, pensada por ser mais adequadas ao clima local. No saguão, dois bustos em mármore de Carrara: de José de Alencar e de Gonçalves Dias, dois primeiros indianistas da literatura brasileira. Há também o busto de Carlos Gomes que regeu ali sua mais famosa ópera, “ O Guarani”.

Durante todo o ciclo da borracha as mais importantes companhias líricas e de dança se apresentaram no Theatro da Paz, que recebeu Ana Pavlova, considerada uma das maiores bailarinas clássicas de todos os tempos, e a grande cantora lírica brasileira, Bidu Sayão. Depois veio o declínio da exportação do látex e o teatro passou por uma período em decadência, para ser reerguer no século XX, quando passa pelo primeiro restauro. 

Cuidados permanente e bilheteria eletrônica

Entre 2001 e 2002, grande reforma (Foto/Div. Agência Pará).
"Não é fácil manter um teatro monumento, é preciso cuidados específicos e muita atenção. Além de nossas programações, um dos maiores desafios é esse, a sua manutenção", comenta Célia Cavalcante, lembrando que da última grande reforma pela qual passou o teatro entre os anos de 2001 e 2002. 

"Temos um trabalho constante, de trocas das palhinhas das cadeiras, lâmpadas que queimam, entre outros zelos, pois é um teatro secular, pedimos sempre que o público que vem ao teatro também tenha cuidado com esse patrimônio", diz Célia. 

Todo esse cuidado vem permitindo que programações pontuais sejam realizadas, como os concertos da OSTP e Amazônia Jazz Band, o Festival de Ópera, que este ano chega a sua 17ª edição, além de espetáculos locais ou que estejam em turnê pelo país.  Uma boa novidade é que não é mais necessário enfrentar filas para retirada de ingressos pagos ou gratuitos. Foi implantada no final de 2017 a bilheteria eletrônica, permitindo que os ingressos possam ser adquiridos pela internet (www.ticketfacil.com.br

"Além da gente abrir as portas para as visitas guiadas do público, este mês, de forma especial, sem cobrança de ingressos, apenas retirada de senhas aqui mesmo, também já estamos oferecendo o serviço de bilheteria na internet. Isso facilita, para quem não tem tempo de ficar na fila, retirar seu ingresso mesmo que seja gratuito", conclui Célia Cavalcante.

Amazônia Jazz Band rende dupla homenagem

Amazônia Jazz Band (Foto: Thiago Gomes/Ag. Pará-Secom)
Além de contar sua história, o Theatro da Paz também oferece um belo espetáculo na noite de seu aniversário. O concerto da Amazônia Jazz Band, nesta quinta-feira, 15, renderá todas as homenagens ao Da Paz e também ao maestro Waldemar Henrique, que nasceu na mesma data de fundação do teatro, e se estivesse vivo, completaria 113 anos. 

No repertório obras como “Foi Boto, Sinhá!”, “Maracatu”, “Uirapuru”, “Minha Terra” e “Boi Bumbá”, com arranjos especiais de Tynnoko Costa, todas composições de Waldemar Henrique, além de ‘The Phat Pack’, de Gordon Goodwin; Baião de Lacan, de autoria de Guinga e Aldir Blanc, com arranjo de Nailor Azevedo “Proveta”; e um pout-pourri de Trem da Onze, Disparada, Cidade Maravilhosa, com arranjos do próprio Nelson Neves.

“Sempre é um prazer homenagear o nosso templo das artes dos paraenses e, sobretudo, o maestro Waldemar Henrique, tão querido por toda classe de músicos, não só daqui, mas de todo o Brasil. É um privilégio a AJB participar dessa homenagem. Escolhi as músicas mais conhecidas dele, que foram significativas na carreira de compositor. E para celebrar o teatro, vamos apresentar uma canção do tempo de ouro dos musicais americanos, com ‘The Phat Pack’, feita para homenagear Frank Sinatra, Sammy Davis Jr e Dean Martin”, comenta Nelson Neves, regente da Amazônia Jazz Band.

A apresentação conta com a participação da cantora Simone Almeida. Natural de Igarapé-Mirim, ela diz que esse concerto será um marco na sua carreira. “Estou me sentindo muito honrada com esse convite. Canto as canções do maestro desde que comecei a cantar em coral, há mais de 10 anos, onde pude conhecer melhor as suas obras. E quando comecei meu trabalho solo, mantive as composições nos shows”, diz a cantora.

PROGRAMAÇÃO 140 ANOS

  • CONCERTO AMAZONIA JAZZ BAND
“Celebrando Theatro da Paz e Waldemar Henrique” 
15 de fevereiro, às 20h - Os ingressos podem ser retirados a partir das 9h do dia 14/02, na bilheteria do teatro e no site www.ticketfacil.com.br (limitada a dois ingressos por pessoa, com taxa de conveniência de R$ 2 cada).
  • PORTAS ABERTAS
Visitações gratuitas de 15 a 27 de fevereiro/2018
Com distribuição de senhas na Bilheteria do Theatro.
De 3ª à 6ª feira: 9h, 10h, 11h, 12h, 14h, 15h, 16h e 17h
Aos sábados: 9h, 10h, 11h e 12h
Aos domingos: 9h, 10h e 11h
  • CONTAÇÃO DE HISTÓRIA
Cronograma 1º semestre de 2018 - (de 10 às 11 h)
28 de fevereiro - 21 de março
25 de abril - 23 de maio - 18 de junho 
Público atendido: Crianças e adolescentes de escolas da rede pública de ensino.
Lotação: 100 pessoas. Duração: 50 minutos

Theatro da Paz (Avenida da Paz, s/n)
Entrada gratuita
Informações: 40098769/ 40098758/40098759

7.2.18

O IX Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia realiza em 2018 a sua 9ª edição.“Realidades da Imagem, Histórias da Representação”, temática escolhida, tem como objetivo selecionar e premiar obras que proponham uma reflexão ampla sobre a prática social por meio da arte e o fazer artístico como expressão histórica. As inscrições estão abertas e seguem até 13 de março de 2018, no site www.diariocontemporaneo.com.br

Toda produção artística está ligada ao seu tempo e aos seus autores, sendo assim uma expressão histórica desde já. Por mais que a fotografia tenha alcançado o patamar de arte, abraçando a ficção, ela nunca deixou de ter relação com o mundo real. O que mudou foi a forma de se relacionar. O que antes tinha a obrigação de ser a cópia fiel da realidade, hoje se apresenta como um recorte dela, um olhar, uma possibilidade sensível que convida para ao diálogo.

Mariano Klautau Filho, curador do projeto, propõe vários questionamentos acerca do tema, “quais os mecanismos da arte diante do contexto social? Quais os papéis que desempenham as imagens fotográficas na arte em face de realidades tão concretas? Quais reflexões podemos construir sobre a prática social por meio da arte e o fazer artístico como expressão social? Qual o lugar do artista nas representações históricas e nas histórias da representação? A fotografia oferece, desde seu surgimento, vários desafios. É o que o IX Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia propõe para o ano de 2018”.

Que obras representariam esta nossa realidade tão complexa? A crise de representação atual tem a ver com a falta de reconhecimento político, questões de raça, classe social, gênero e sexualidade.
Os artistas narram o mundo em que vivem. Ao acolher as diversas ideias, grupos e debates o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia reforça a potência da arte em resistir e de se fazer presente no que estar por vir.

O PRÊMIO

Serão concedidos três prêmios no valor de R$10.000,00 cada, sendo dois deles na forma de bolsa para residência artística nas cidades de São Paulo e Belém. Os selecionados e premiados participarão da 9ª Mostra Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, no Museu do Estado do Pará – MEP, que ocorrerá no período de 08 de maio a 09 de julho de 2018.

O Diário Contemporâneo abre espaço também para propostas em vídeo, instalações, projeções e trabalhos que misturam suportes. O artista poderá inscrever-se livremente e concorrer a qualquer um dos prêmios de acordo com a sua linha de trabalho. Serão selecionados no máximo vinte e três artistas, incluindo os três premiados.

Aberto a todos os artistas brasileiros ou residentes no país, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia trata-se de um projeto nacional, que em seus anos de atuação contribuiu para a consolidação do Pará como lugar de reflexão e criação em artes, além de proporcionar o diálogo entre a produção local e nacional. É uma realização do jornal Diário do Pará, com apoio institucional do Museu do Estado do Pará – MEP, do Sistema Integrado de Museus/ Secult-PA e do Museu da UFPA.

Serviço
IX Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia já está com inscrições abertas. Informações: Rua Gaspar Vianna, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2468.

6.2.18

"Terra Sem Mal" na Galeria do Banco da Amazônia

A mostra do fotógrafo Rafael Gamba foi contemplada com o edital de pautas 2018, apresentando 19 fotografias e um vídeo, realizado em parceria com a artista visual Viviane Gueller. As imagens revelam o período em que o pai de Rafael, Isidorio Gamba, viveu em Manaus em meados da década de 1970, quando comprou uma câmera fotográfica e passou a retratar a paisagem - em plena mudança. A curadoria é de Fernando Schmitt.  Abertura nesta terça-feira (6), às 18h30, no Espaço Cultural Banco da Amazônia, em Belém. A entrada é gratuita.  Na quarta (7), ele recebe o público para um bate-papo. 

Trata-se de um precioso registro do desenvolvimento urbano da capital do Amazonas e de locais próximos, à época do governo militar, com a implantação de projetos industriais e de exploração dos recursos naturais da região. A princípio, Rafael pensou em fazer um projeto que fosse voltado para o caráter afetivo sobre a cidade onde nasceu e viveu até os três anos de idade, já que mora há muito tempo em Porto Alegre, de onde sua família é natural. 

“Percebi que meu pai, transferido para trabalhar na indústria, acabou captando um momento histórico, desde queimadas até paradas militares, o porto da cidade, as áreas urbanas, povos indígenas, posseiros. Por isso, o projeto acabou se reelaborando”, explica.

Ao conviver por um período com as imagens, observá-las diversas vezes, Rafael Gamba passou a desviar o olhar das cenas principais, em uma tentativa de tecer uma narrativa que para além de um testemunho de um espírito de época, atribuísse visibilidade para um sentimento dominante de expectativa um tanto messiânica do futuro do país. Para Rafael, portanto, a proposta da exposição não se restringe à reconstrução de uma memória documental, mas de um projeto estético de problematização da noção de desenvolvimento.

As imagens feitas pelo pai, hoje com 80 anos, foram registradas com uma câmera analógica Nikon. Com essa mesma máquina, Rafael fotografou as imagens projetadas a partir de slides, selecionou detalhes, fez recortes e acentuou cenas que o chamaram mais atenção. 

“Foram diferentes aproximações do arquivo de meu pai, às vezes reproduzindo quase integralmente o que ele registrou em slide, outras modificando os enquadramentos, reservando meu olhar para detalhes das fotografias originais, extraindo pequenos fragmentos, nuances, a ação do tempo, fungos, manchas, desbotamentos”, conta Rafael.

Além de serem reapresentados em impressões fotográficas, estes slides aparecem também no vídeo da artista visual Viviane Gueller, na execução do processo de visualização empreendido pelo projetor, na passagem mecânica entre as imagens, no foco e na luz intercalada entre uma fotografia e outra, o ruído da ventuinha e do mecanismo do trilho que executa o avanço dos cromos. 

“No trabalho da Viviane há uma proposta de modificar a maneira como usualmente percebemos a imagem a partir do som, especialmente neste caso da cadência empreendida pelo mecanismo do projetor que nos remete a outro tempo, um tempo anterior ao digital, próprio da década retratada nas imagens desta exposição”, explica o artista.

Serviço
Exposição “Terra Sem Mal”, de Rafael Gamba. Abertura: 06/02/2018 (terça-feira)
Hora: 18h30. Endereço:  Banco da Amazônia (Av. Pres. Vargas, 800 - Campina). Conversa com o artista dia 07/02/2018 (quarta-feira). Hora: 18h30. Entrada gratuita. Visitação: 07/02 a 06/04, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Agendamento de visitas monitoradas: (91) 99116-4988.

1.2.18

Liège lança clipe “Cabelo” faixa do EP Filha de Gal

Gravado na casa Oiam, das fotógrafas Tereza Maciel e Aryanne Almeida, o clipe marca o lançamento dos projetos da artista para 2018, um single inédito e o primeiro disco solo, cuja pré-produção iniciou nos EUA. O show será no Núcleo de Conexões Ná Figueredo, neste sábado, 03 de fevereiro, às 19h. Ingressos R$ 15,00.

A carreira da artista tem como marca as temáticas de libertação e respeito, com letras leves e bem humoradas. “Essa é uma das músicas do EP que as pessoas mais se identificam. Ela fala de autoestima e a forma como as pessoas se manifestam através dos seus cabelos, instiga a liberdade de expressão e amor próprio, sendo um manifesto de liberdade com a forma de ser que cada um escolhe diante da sociedade”, explica a artista.

Foi esse discurso empoderado e divertido que chamou a atenção de Adrianna Oliveira, diretora do clipe, que criou um cenário bem colorido e peculiar. “O clipe é basicamente um fashion film cantado e a inspiração veio do universo kitsch dos anos 80, com visuais exagerados, cores vibrantes e modelagens excêntricas”, detalha a diretora. Premiada pelo curta-metragem “A Batalha de São
Braz”, Adriana contou com a direção de fotografia de Thiago Pelaes (Marahu Filmes).

Com o clipe, a artista também propõe fomentar o apoio a uma causa social da região amazônica: o escalpelamento por motor de barco em comunidades ribeirinhas. Ao término do clipe, terá um frame com os contatos da Organização dos Ribeirinhos Vítimas de Acidentes de Motor (ORVAM) para que as pessoas interessadas possam doar cabelos para a confecção de perucas.

Para o show que marca o lançamento do videoclipe, Liège se apresenta com sua banda “As Filhas de Gal”, formada apenas por mulheres e traz um repertório composto basicamente por canções autorais. Muitas delas feitas em 2017, quando a artista fez shows em Rio de Janeiro e São Paulo e uma turnê com seis shows pelo sul dos EUA, período em que a artista iniciou a pré-produção de seu primeiro álbum.

O EP digital "Filho de Gal" foi lançado em 2016. E traz, além de Cabelo, mais três músicas autorais, “Gira Sóis”, “Chega-te a Mim” e “Filho de Gal”, que dá nome ao EP. Lançado pela Editora Na Music e produção de Dan Bordallo, foi gravado em Belém/PA no estúdio Na Music, mixado no estúdio Casarão Floresta Sonora e masterizado no estúdio O Grito, em SP. 

Equipe Técnica
  • Direção e roteiro: Adrianna Oliveira
  • Direção de fotografia: Thiago Pelaes Assistente de fotografia: Lucas Domires Making of: Gabriel Portell
  • Atriz: My
  • Coordenação de produção: Thamires Veloso Produção: Laís Teixeira e Tiago Begot Maquiagem e cabelo: Neto Navarro Figurino: Vinny Araújo
  • Assistente de figurino: Ketlen Suzy Coreografia: Brendo Pinheiro Eletricista: Aldo Lima e Messias Garcia

Serviço
Show de lançamento do clipe “Cabelo”, de Liège, neste sábado, 03 de fevereiro, às 19 horas, no Núcleo de Conexões Ná Figueredo (Av. Gentil Bittencourt, 449). Ingressos a R$ 15,00 no Sympla (http://bit.ly/2BAr2EQ). Informações: (91) 98026-1595.

(Holofote Virtual com informações da assessoria de imprensa da cantora)