30.6.11

Shows especiais na despedida do Arraial do Boi Pavulagem

O Pavulagem (foto: Thiago Araújo)
Lia Sophia, Felipe Cordeiro, Nilson Chaves e Iva Rothe são algumas das atrações do show de encerramento da quadra junina do Arraial do Pavulagem. Neste domingo, 3, o Arraial sai pelas ruas de Belém com o último Arrastão de 2011, em que são esperadas 40 mil pessoas. O cortejo celebra os 25 anos de atividades culturais do grupo na Amazônia. 

Os artistas convidados, assim como o Arraial do Pavulagem, integram o programa CONEXÃO VIVO, que reúne centenas de projetos musicais de todo o Brasil. São shows, festivais independentes, gravação de CDs e DVDs, produção de videoclipes, programas de rádio, oficinas e seminários que compõem uma rede nacional e permanente de atividades culturais envolvendo artistas, gestores e produtores culturais, iniciativas públicas e privadas. Além disso, o programa também está presente em muitas das mais importantes iniciativas da cena musical brasileira, seja com o patrocínio de projetos ou parcerias artísticas em eventos de destaque no calendário nacional, e outros festivais independentes.

Lia Sophia
“Essa conexão aproxima o músico um do outro, isso é muito produtivo, acho que só fortalece a nossa cultura. Fiquei emocionada com o convite. O Arrastão é uma grande festa que marca a nossa cultura. Já acompanhei enquanto público, agora eu vou estar junto e com outros artistas. 

É maravilhoso. E já me disseram que o público estimado é de 30 mil pessoas. Eu não sei nem o que é isso. Penso que vai ser algo bem forte. O Arraial já está acostumado com as multidões. Eu não. Pelo menos eu vou poder soltar um ‘égua’, porque estarei em casa, apesar de ser o público do Arraial. Eu vou tentar agradar”, diz a cantora Lia Sophia.

A construção e articulação de redes culturais nacionais, em diferentes segmentos artísticos, é o foco da Política Cultural da Vivo, patrocinadora oficial do Arrastão do Pavulagem, através de Lei Semear, da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, Secretaria de Estado de Cultura e Governo do Pará. Neste domingo, os mastros de São João, erguidos no último dia 12 de junho na Praça da República, serão derrubados, simbolizando o enceramento da quadra junina do Pavulagem, que este ano conta ainda com o apoio da Prefeitura de Belém e a Musikart Produções.

Felipe Cordeiro
“Os mastros expressam e demarcam o lugar da tradição oral, a força da fé que se renova. É homenagem, respeito, partilha. O mastro é levantado na Praça da República, como um marco simbólico de resistência e perseverança em defesa da cultura popular, fica hasteado até o final dos cortejos, quando ocorre a derrubada desse totem com a perspectiva de renovação e a vinda de dias melhores”, explica Walter Figueiredo, pesquisador e produtor da ONG criada e 2003 pelos músicos do Arraial, o Instituto Arraial do Pavulagem.

Arrastão - Cerca de 15 mil pessoas tem acompanhado todos os domingos o Arrastão do Pavulagem, que reverencia a cultura popular brasileira, reinterpretando e ressignificando os elementos das festas juninas. O crescimento de público no evento tem ocasionado uma preocupação cada vez maior por parte dos organizadores da brincadeira. A estimativa para o último Arrastão gira em torno de 30 mil pessoas, o que significa a consolidação de parcerias com os poderes público e privado, e com a própria sociedade civil para manter a qualidade do folguedo e a alegria dos participantes.

“Mantemos uma interlocução formal com instituições governamentais e civis para o êxito do processo, bem como, a busca de recursos oriundos do poder público e de empresas particulares, como a VIVO, para a efetivação da brincadeira de acordo com a sua concepção e formato, sem comprometer a autonomia do Instituto. Precisamos de uma organização e de suporte financeiro para dar conta de uma estrutura significativa que consiga acolher, envolver, refletir, responsabilizar e alegrar a multidão que se tornou o público do Arraial do Pavulagem”, afirma Walter.

Iva Rothe
Símbolos tradicionais ganham as ruas da capital paraense para manter viva a lembrança das culturas da nossa região e do jeito caboclo do povo do norte do país. Elementos como o boi, as bandeiras de santos, os mastros ornamentados com oferendas, bonecos cabeçudos, cavalinhos, chapéus de palha e o Batalhão, que guarnecem a brincadeira e o santo. O sol, a lua e as estrelas também estão presentes no imaginário do cortejo, como um elo que dialoga com a divindade e com o campo astral superior. É uma forma de retirar a cultura tradicional do confinamento histórico em que foi colocada ao longo tempo, da espetacularização onde o público se torna um mero espectador. No Arrastão do Pavulagem, a plateia participa do processo e vira protagonista de uma grande festa popular.

Serviço
Último Arrastão do Pavulagem. Neste domingo, 03, a partir das 9h. Concentração: Praça dos Estivadores, rua Boulevard Castilhos França, esquina com a avenida Presidente Vargas.

(com informações da assessoria de imprensa do Pavulagem e do Conexão Vivo)

29.6.11

Iniciativa inédita e independente incentiva o audiovisual paraense

Três filmes, da recente produção audiovisual paraense, serão exibidos nesta quarta-feira, 29, a partir das 19h, no Centro Cultural SESC Boulevard, marcando o lançamento do Edital Ideal de Curta-Metragem, iniciativa privada e independente, parceria do Grupo Educacional Ideal com a Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas do Pará (ABDeC-PA), a Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCPA) e a Produtora Caiana Filmes. 

Além de inédita, a iniciativa chega para cobrir uma lacuna no que diz respeito ao incentivo a realização de cinema no estado, que não tem, no momento, nenhuma política pública direcionada ao setor audiovisual. Os três curtas escolhidos para a sessão de lançamento representam a mais recente produção audiovisual local. São eles, “Matinta”, de Fernando segtowick, premiado no Festival de Brasília, “Mãos de Outubro”, de Vitor Souza Lima, que tem vários prêmios em festivais e mostras, e “Quando a Chuva Chegar”, de Jorane Castro, seelcionado em festivais como o do Recife, Pernambuco, este ano.

Para os integrantes da entidade, o edital representa um grande passo para o fomento do mercado audiovisual local. “Com a falta de políticas públicas locais, voltadas para o audiovisual, este edital promete revelar novas caras do cinema paraense, assim como fomentar e dar continuidade aos que já se lançaram na carreira de cineasta”, diz Ed Amanajás, Coordenador de Redes da ABDeC-PA.

Tendo como tema, a Educação, o edital é aberto a realizadores experientes ou estreantes e, ainda que com um valor abaixo do praticado em editais públicos, quando estes existem, os R$ 40 mil serão destinados a realização de um filme de ficção ou documentário, que deverá ser todo rodado em território paraense, com equipe formada por profissionais do estado.

Quando a Chuva Chegar
Ao todo, serão selecionados cinco roteiros, mas somente um receberá o prêmio. Os autores dos outros quatro, porém, não ficarão totalmente de fora da premiação e participarão de oficinas de aperfeiçoamento de roteiro, saindo delas com um material pronto para ser inscritos em outros editais nacionais.

Restrospectiva – O cinema paraense vem se destacando, desde o final dos anos 90, quando os realizadores retomaram a produção, estagnada desde a geração de e pós Líbero Luxardo, conseguindo aprovar, junto à prefeitura local de então, o Edital de Prêmio Estímulo ao Curta Metragem, a partir do qual se produziu o premiado “Chama Verequete”, de Luiz Arnaldo Campos e Rogério Parreira; “Dias”, de Fernando Segtowick e “Quero Ser Anjo”, de Marta Nassar.

No início dos anos 2000, mais dois filmes se destacaram, premiados em editais do Ministério da Cultura, “Mulheres Choradeiras”, de Jorane Castro e “Açaí com Jabá”, dos diretores Alan Rodrigues, Marco Daibes e Valério Duarte. Vieram depois, “Dezembro”, também de Segtowick, “Origem dos Nomes”, de Marta Nassar e “Severa Romana”, de Sue Pavão, Bio Souza e Rael Hellyan.

As Mulheres Choradeiras
Mais tarde, chega a vez dos documentários, graças às premiações do Doc TV e de outros editais, foram lançados “Chupa Chupa, a história que veio do Céu”, de Roger Elarrat e AdrianoBorroso, “Turcos Encantados”, de Luiz Arnaldo Campos e “Eretz Amazônia”, de Alan Rodrigues, além de “Invisíveis prazeres cotidianos", de Jorane Castro, premiado dentro e fora do Brasil, e ainda “Serra Pelada, esperança não é sonho”, de Priscilla Brasil, que também fez depois outro premiadíssimo do cinema paraense “As Filhas da Chiquita”, realizado de forma independente. Este mês, vimos "O Ajuntador de Cacos", belo documentário de Paulo Miranda que retoma a trajetória do Padre Giovanni Gallo. Nesta vertente, a produção é  mais que independente e há vários filmes que não são ainda conhecidos para a maioria do público paraense

Da ficção, não podemos esquecer do curta “De Assalto”, de Ronaldo Rosa, e nem da recém filmada minissérie “Miguel Miguel”, de Roger Elarrat e muito menos de uma produção mais antiga, “Matinta Pereira”, de Jorge Vidal, que também recebeu menções honrosas e premiações em festivais.

A produção é considerável, mas ainda percebe-se um circuito de realizadores que aprovam seus projetos por terem já uma larga experiência, principalmente. Por isso, o presente edital inova e acaba abrindo a possibilidade para que mais realizadores iniciantes se apresentem e, mesmo sem conseguir a premiação, aperfeiçoe seu projeto, pois há, de fato, uma novíssima geração produzindo e é necessário que se abra caminhos à profissionalização, para além da graduação em cinema, agora em curso pela UFPA.

Mãos de Outubro
Finalização – Dentro de toda esta cena, porém, há curtas que ficaram inacabados, como “Alice”, de Rubens Shinkai e “Era Uma Vez Carol”, de Emanuel Freitas, mas que após alguns anos de espera, de acordo com o diretor, deve ser lançado em 2011.

A dificuldade em captar para a finalização acaba prejudicando esta cadeia. “A canção de Eleanor”, de Valério Duarte e “Nas trilhas do gatilheiro: a história de Quintino da Silva Lira”, de André Luis Silva de Miranda, não foram lançados ainda. Ambos ganharam o edital Prêmio Mis de Estímulo a Realização de Curta Metragem de 2008, o mesmo que premiou “Mãos de Outubro”.

Mais recentemente, “Ribeirinhos do Asfalto”, de Jorane Castro, este finalizado, ainda não foi exibido em Belém e estamos no aguardo. E há produções como “Juliana contra o Jambeiro do Mal pelo coração de João Batista”, de Elarrat, e “Quem Vai Levar mariazinha para Passear”, de André Mardock e Ester Sá, em andamento, sem falar dos filmes de  animação e da produção de Andrei Miralha, com os curtas lançados este mês no DVD “Miritis”.

As Filhas da Chuiquita
Debate - Há inúmeros filmes que não foram citados aqui. Mas não só a produção, como também o circuito de exibição, em espaços não comerciais, como os cineclubes, tem avançado, contrariando a realidade da falta de apoio e patrocínio ou editais públicos. Isso não quer dizer que se deve continuar neste caminho. Tudo isso pode e deve melhorar e além de editais é preciso firmar cada vez mais parcerias a fim de garantir o lançamento e a distribuição desses filmes.  A ideia é discutir também isso, hoje, após a exibição dos curtas. 

O lançamento contará ainda com a apresentação do Grupo de Redes da ABDeC-PA, atualmente coordenado pelo ator e realizador Ed Amanajás e uma discussão em torno do mapeamento da produção de cinema no estado. Outra novidade será a formação da nova chapa de gestão da ABD Nacional, que terá um realizador paraense indicado à vice-presidencia, Afonso Galindo. Os detalhes para a inscrição dos roteiros no edital Ideal serão dados na oportunidade e todos os interessados na produção audiovisual estão convidados a participar.

Serviço
Lançamento do Edital Ideal de Incentivo ao Curta Metragem. Nesta quarta-feira, 29, ás 19h, no Centro Cultural Sesc Boulevard (Boulevard Castilho França, nº 522). Mais informações pelo número 91 3323-6026.

28.6.11

Festival Se Rasgum expande suas atividades para o interior

Serão selecionados dois artistas ou bandas que se apresentarão no VI Festival Se Rasgum, em Belém. A seletiva será realizada em Marabá e faz parte da programação do III Festival Rock Rio Tocantins. As inscrições podem ser feitas até 10 de julho.

O Festival Se Rasgum, que há cinco anos promove o encontro de bandas do estado do Pará com grupos nacionais e internacionais em shows, workshops e palestras, realiza pela primeira vez as Seletivas Se Rasgum 2011 - Edição Marabá. A proposta é escolher duas bandas ou artistas da região do sudeste do Pará, de diversos estilos musicais, para integrarem a programação do VI Festival Se Rasgum, que acontecerá em novembro, em Belém.

O Se Rasgum integra a rede Conexão Vivo, uma iniciativa da operadora Vivo, dedicada ao desenvolvimento do setor produtivo da música, e, pelo terceiro ano consecutivo, compartilha os propósitos e os desafios da interiorização e da circulação de novos nomes da música brasileira. Em 2011, as Seletivas e o Festival Se Rasgum também contam com o patrocínio do Programa Petrobrás Cultural, através do edital de patrocínio para festivais de música.

Percebendo a crescente produção musical pelo interior paraense e buscando reconhecer e dar oportunidades a novos talentos da música do estado, o Festival Se Rasgum vai mapear e revelar a produção artística do interior do Pará. Além disso, estimula o senso profissional na classe artística e oferece condições técnicas aprimoradas para as apresentações e desenvolvimento de suas carreiras.

Autoral - A Seletiva Se Rasgum é aberta somente a grupos autorais e irá acontecer em duas etapas: as bandas inscritas serão avaliadas pela internet por um júri de três pessoas ligadas à cena musical do estado e nacional. Este júri irá pontuar e escolher as dez bandas que se apresentarão nas Seletivas Se Rasgum 2011 - Edição Marabá. Os critérios avaliados pelos jurados são relacionados a todos os quesitos que identificam que uma banda já atende a algumas exigências do mercado, como composição, performance, técnica e carisma.

As dez bandas pré-selecionadas se apresentarão ao vivo para um novo corpo de jurados em evento aberto ao público que acontecerá no dia 24 de julho, integrando a programação do III Festival de Rock Rio Tocantins, edição 2011 (uma realização da PMM, através da Secult, com apoio e organização da LIBROM) que nos dias 22 e 23 de julho irá apresentar dezenas de bandas da região na Orla do Rio Tocantins. O público que estiver presente poderá participar da seletivas e votar na sua banda de preferência.

A noite do dia 24 ainda terá o show especial de Juca Culatra e Cristal Reggae, de Belém, um dos artistas que passou pelo processo de seletivas, venceu a etapa de 2009 e se apresentou no palco principal do Festival Se Rasgum.

Inscrições - A Edição Marabá está aberta a grupos autorais das cidades de Marabá, Tucuruí, Rondon do Pará, Parauapebas, Canaã dos Carajás, Novo Repartimento e Xinguara. As inscrições serão realizadas pelo site da produtora Se Rasgum (www.serasgum.com.br) a partir do dia 22 de junho a 10 de julho. As bandas que quiserem participar deverão seguir o passo a passo das inscrições e postar o material solicitado.

A Seletiva é uma realização da Se Rasgum Produciones, patrocinada pelo programa Conexão Vivo e Petrobrás, e será realizada em parceria com a Secretaria de Cultura e Prefeitura de Marabá, com apoio da produtora local PMM e a Liga de Bandas de Rock de Marabá.

Curta mostra a vida como ela é, mas em 140 caracteres

Para quem não pôde ir na estreia no último dia 15, tem hoje mais uma oportunidade de ver o curta "A Vida em 140 Caracteres", do diretor Alexandre Baena. O filme será mostrado às 19h, na Saraiva MegaStore, do Boulevard Shopping, com entrada franca. Após a exibição será apresentado o making off do curta e haverá um papo aberto com o elenco.

O filme retrata um jovem que vive em dois mundos contando sua história com 140 caracteres de limite, Paulo Afonso, também conhecido como @plugadu nas Redes Sociais. Em meio sua rotina, o jovem tem seu celular roubado e ao invés de chamar a policia, ele inicia uma jornada virtual para tentar recuperar seu aparelho. O paralelo entre o real e a ficção permeia o curta.

@Plugadu narra cada momento do seu dia de maneira intensa utilizando a rede como uma ferramenta básica de comunicação fundamental em seu dia a dia, até que algo acontece, em meio a sua rotina aparentemente normal seu smartphone é roubado e esse fato desencadeia a mais real e absurda jornada de sua vida em busca do seu tão amado portal para o mundo virtual, o local em que ele de fato sente-se seguro e senhor de suas ações.

Durante essa jornada, o real e a ficção traçam um paralelo interessante na linguagem audiovisual, utilizando-se de personagens ficcionais, como @Plugadu (Sol Henriques) e o ladrão (Wallace Host), mas também figuras reais, presentes nas Redes Sociais.

Para quem está na rede, não será difícil identificar figuras como @Bina_jares, @RSalame, @rosijatene, @guimaraesjess, entre outros que também foram convidados, através de seus perfis na Rede Social, como foi a atriz Karol Amaral (@KarolAmaral) e perfis do imaginário virtual local como @AcaiGrosso, @ChuvaDasDuas e @PeriquitodoCAN, materializados pela primeira vez pela produção.

Para o diretor Alexandre Baena, um dos pontos fortes do curto é a temática universal com pitadas regionais, isso tudo dentro de um modelo que permite a migração entre vários idiomas deixando o projeto com um perfil global, uma vez que os textos serão transcritos em Português, Inglês, Francês e Espanhol, visando a participação em festivais nacionais e internacionais, exibições em televisão e também internet. A Vida em 140 Caracteres é um projeto que tem patrocínio da VIVO e apoio de Saraiva Megastore e Sol Informática.

(com informações de Alexandre Baena)

27.6.11

Revista Tucunduba traz onze ensaios em sua segunda edição

Capa da primeira edição
Começando a fazer parte da cultura da UFPA, a Revista tucunduba será lançada no próximo dia 30, às 18h, no Centro de Eventos Benedito Nunes. Nesta segunda edição, muita literatura, uma grande participação dos Campi e um artigo inédito do escritor Vicente Salles, sobre José Veríssimo e a Modernidade.

Os onze ensaios que fazem parte da publicação passaram por uma seleção rigorosa porque o número e a qualidade dos trabalhos inscritos estavam elevados. “A escolha foi difícil, tiveram alguns textos muito bons e assuntos bem trabalhados, outros com algumas correções podem participar na edição eletrônica, que permite artigos mais longos”, afirma Sergio Palmquist, editor da revista.

Com o lançamento da segunda edição da tucunduba, a Proex se consolida como uma ferramenta de pesquisa e experimentação próprias do campo da extensão universitária, com metas maiores. “Pretendemos construir o próximo número com o signo de perseverar para que a revista seja uma referência na língua portuguesa em cultura e arte”, comenta o Prof. Fernando Arthur de Freitas Neves, Pró-Reitor de Extensão.

O caminho já começa a ser percorrido, as inscrições dos Campi tiveram um aumento significativo. “A construção dos trabalhos contidos na revista percorrem a consolidação da universidade multicampi, pois os artigos foram confeccionados pela pena e pelo olhar dos cientistas artistas”, enfatiza Neves.

Outro passo realizado é a identidade da revista que começa a mostrar sua linha editorial. “As pessoas não tinham noção do perfil da tucunduba. É uma revista de cultura, que aceita trabalhos científicos, conforme as exigências do IBCT”, explica Palmiquist.

Com capa assinada pelo artista José Fernandes, uma representação da natureza com o elemento madeira, que está relacionado às energias de expansão, criação e compreensão. Esta é a essência desta edição. “Da pedra da primeira capa à madeira da segunda, entre uma revista e outra convertendo um significado da palavra escrita e da imagem numa composição orgânica dos sentidos”, filosofa o Pró-Reitor.

(Com informações de Lorena Claudino, da Assessoria de Imprensa da DAC/PROEX).

25.6.11

É minha e tua, mururé - Novo Cd de Olivar Barreto homenageia Ruy Barata

Olivar Barreto lança na quarta, 29, no Teatro Margarida Schivasappa do Centur, o CD, "Esse Ruy é Minha Rua", dedicado à obra do compositor e poeta Ruy Barata. 

Grande homenagem, de um intérprete que merece toda a nossa atenção. Antes, porém, o pré lançamento desse novo trabalho acontecerá neste sábado, 25,  data em que Ruy completaria 91 anos, em sua cidade natal, Santarém, dentro do calendário comemorativo dos 350 anos do município. O CD reúne 13 músicas de Ruy Barata compostas com Edyr Proença, Galdino Penna, Saint-Clair du Baixo, Paes Loureiro, Kzam Gama e De Campos Ribeiro, além de parcerias com seu filho Paulo André Barata, com quem Ruy começou a compor, em 1967.

O crítico Tárik de Souza afirmou certa ocasião que "Paulo André e Ruy Barata [são] dois especialistas em versos de contundentes imagens locais", letras estas que, de acordo com o jornalista Sérgio Cabral, "irão despertar o interesse dos estudiosos da língua brasileira".

O disco já se encontra à venda em Belém na Fox Vídeo (Trav. Dr. Moraes, 584, entre Mundurucus e Conselheiro Furtado - fone 91-4008-0007) e nas Lojas Ná Figueredo (Av. Gentil Bittencourt, 449, fone: 91-3224-8948; e Estação das Docas - 2º andar do Galpão 1 - fone: 91-3212-3421), ao preço sugerido de R$ 20. Também estará à venda no hall do teatro, no dia do show.

O show Esse Ruy é Minha Rua tem o patrocinio da Fundação Y. Yamada, Lei Semear, Governo do Estado do Pará e Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, e apoio da Doceria Abelhuda, WFK Advogados Associados, Funtelpa, Sistema de Ensino Universo e Fundação Nazaré de Comunicação.

Serviço
Esse Ruy é Minha Rua - Olivar Barreto. Teatro Margarida Schivasappa (Centur) - Av. Gentil Bittencourt, 650, Nazaré. Fone: 91-3202 4317. No dia 29 de junho, quarta, 20h. Ingresso R$ 10 – com meia-entrada para estudantes.

(com informações de Fábio Gomes, do blog Som do Norte)

24.6.11

No ar o site do Jornal O Parazão - Humor e Futebol

Uma série de charges pegando no pé dos times de futebol deu largada a uma partida que já começou campeã. Em sua quinta edição, o jornal O Parazão, antes distribuído semanalmente via e-mail, acaba de ganhar um site - http://www.oparazao.com.br

Criado para acompanhar a performance dos times locais no campeonato paraense e nacional, a publicação é independente e traz notícias imparciais em cima dos fatos de forma divertida e bem humorada.

“É a tirada da poeira debaixo do tapete desta imprensa velha e carcomida. O Parazão chegou para chutar o pau da barraca, dar nomes aos bois. Meter o dedo no olho de quem tá quieto. Falar com o torcedor a linguagem que ele conhece. Com os melhores chargista da região e do Brasil”, diz Paulo Emmanuel no texto de apresentação do jornal, já em seu endereço on line.

Além disso a equipe é formada por um time da maior “responsa” do jornalismo paraense, além de vários colaboradores,  e apresentada de forma peculiar: Dono da bola: Paulo Emmanuel; Dono do campo: Walter Pinto; Dono do apito: Lázaro Araújo; Dono do placar: Taion Rehm; Dona das bandeirinhas: Lu Hollanda; Dona da maca: Walteiza Chaves; Massagista: Tânia Rocha; Dono da torcida organizada: Haroldo Brandão; Dono do clube de campo do Parazão: Tadeu Melo; Colaborador especial: Paulinho de Tarso.

E tem mais. Goleiro: João Bento; Lateral direto -Daniel vieira; Lateral esquerdo - Graça Déa; Zagueiro central - Luiz Pê; 1º Volante - Antonio Darwich; 2º Volante - Paulo Jordão; Meia direita – Orlandão; Meia esquerda – Versales; Ponta direita -Ricardo Lima; Ponta esquerda - Júnior Lopes; Centroavante - Mário Quadros; Assistente Tecnica: Aina; Massagista: Waléria Chaves; Equipe de apoio e logística: D. Stella Cunha.

“Tudo começou quando fiz uma charge pra sacanear o Júnior Lopes, que é Tuna e mora em São Paulo. Não que ele fosse se importar, porque já tá lá há muitos anos e torce pro Santos. No momento seguinte fiz uma charge sacaneando o Remo pra atingir um amigo que mora na França, o Edu Barbier (esse ficou puto). Mas quando teve o REXPA, não fiz nada (fiquei muito puto)”, explica Paulo Emmanuel.

Mas antes do primeiro número sair, as charges continuaram sendo feitas em todas as rodadas do campeonato, com o slogan “Análise fria e imparcial sobre os resultados da 3ª rodada do Parazão 2011”, e enviadas aos amigos.

“Pensei que poderia fazer uma revista de esporte com minhas charges e convidar alguns amigos. O nome estava obviamente na minha cara "Parazão". Convidei uns cobras e mandei a proposta. Montei o zero, a equipe, mandei a pauta e aí está O Parazão. A coisa ganhou uma força incrível”, conclui Paulo, que agora busca parcerias, apoios e publicidade para o projeto. Dá uma olhada lá e baixe todos os números: http://www.oparazao.com.br/

Teatro do absurdo em cartaz no Cláudio Barradas

Fotos: Paulo Washington/Visualidade: Nelson Borges

Idealizado e dirigido pelo diretor Paulo Santana e contemplado pelo prêmio Proex de arte e cultura 2010, o projeto “Teatro para todos: encenação e debate das obras de Samuel Backett” apresenta o primeiro espetáculo: “Quantos infelizes ainda o seriam hoje se tivessem descoberto a tempo em que ponto estavam”, que realiza temporada até este domingo, 26, às 20h00 no Teatro Cláudio Barradas, com entrada franca.

A dramaturgia é uma tradução de “Fragmentos de Teatro I e II” do autor-chave do projeto, Samuel Beckett. Levando o público do riso ao pranto, o espetáculo foi livremente adaptado a partir da tradução feita pelo ator Gabriel Máximo, que divide o palco com José Pontes e Luis Girard. A obra é o cartão de visitas do projeto, que pretende encenar mais obras de um dos maiores nomes do teatro do absurdo e expoente da dramaturgia mundial.

Durante seis meses os atores entraram em processo de entrega física e emocional ao projeto, e sob a direção precisa de Paulo Santana, transformaram estes fragmentos em vida e transformação social e comportamental. A infelicidade – ou não -, a morte e o medo são pontos chave desta dramaturgia, que deixa suspensa a linha entre a tragédia e a comicidade, fazendo com que o público também se sinta entregue à densidade do trabalho.

O ator José Pontes pontua que o convite para este trabalho é um privilégio: “só de estar participando do projeto já é uma grande honra, ainda mais quando minha participação se deu por meio de indicação do diretor Paulo Santana. Todo o processo de criação ao qual nos propomos tem sido enormemente enriquecedor tanto no âmbito das artes cênicas, quanto no de relação interpessoal” revela o ator.

Também para Gabriel Máximo, a experiência tem sido enriquecedora: “todo ensaio é um novo desafio e uma nova descoberta, tanto no que toca ao fazer teatral quanto a nós mesmos, se é que há esta separação. O que resta, ao final de meses de trabalho, é a certeza de que aquilo que realmente importa são as transformações pelas quais passamos, engajados na tarefa hercúlea de nos tornarmos cada vez mais humanos. E tudo que se deseja através deste espetáculo é compartilhar”.

O projeto pretende, através de bilheterias gratuitas, popularizar e proporcionar um teatro de qualidade e acessível ao público em geral, e já desenvolve parcerias para apresentações nas comunidades periféricas, sempre no sentido da formação de platéia, promovendo debates acerca da obra e da concepção do espetáculo com os atores e diretores.

Acima de tudo, “Quantos infelizes ainda o seriam hoje se tivessem descoberto a tempo em que ponto estavam” é uma busca incessante de auto-conhecimento, tanto de quem faz a cena, quanto de quem a recebe. É a oportunidade de se questionar na platéia sobre transformações, medos e infelicidades. É o inquietar-se pelo teatro.

Serviço
“Quantos infelizes ainda o seriam hoje se tivessem descoberto a tempo em que ponto estavam”. Dias 22, 23, 24, 25 e 26 de Junho. 20h00. Teatro Cláudio Barradas (Rua Jerônimo Pimentel, esquina Rua D. Romualdo de Seixas – Umarizal). Entrada Franca. Com: Gabriel Máximo, José Pontes e Luis Girard.

(com informações de Leandro Oliveira)

22.6.11

Makunaíma de Milton Aires estreia em BH e retorna a São Paulo em julho

Enasio de Makunaíma para o Cenas Curtas de BH
Depois de apresentá-lo na I Mostra Amazônida de Experimento Teatral em São Paulo (maio), o ator Milton Aires leva “Makunaíma: Em a Árvore do Mundo e a grande enchente” para Minas Gerais, onde participa nesta quinta-feira, 23, como um dos selecionados, do 12º Festival de Cenas Curtas, do Galpão Cine Horto, em Belo Horizonte. 

O Festival de Cenas Curtas já foi espaço de criação para importantes grupos mineiros de renome nacional, como o Espanca! e a Cia. Clara, e há alguns anos mantém um diálogo com outros festivais pelo Brasil, criados sob influência de seu formato, como: a Mostra Cena Breve (Curitiba/PR), Festival Dulcina de Cenas Curtas (Brasília/DF) e o Festival Breves Cenas (Manaus/AM).

Este ano, penas 16 cenas participam do projeto, que já se tornou referência de experimentações no cenário cultural de BH. Milton concorreu com outras 103 propostas vindas de 13 estados diferentes. A programação do festival conta, ainda, com debates, festas, shows e um hotsite com a cobertura completa do evento.

“Makunaíma: Em a Árvore do Mundo e a grande enchente” mostra situações cotidianas e metáforas, que ambientam o universo de histórias do herói Makunaíma, recontadas num jogo entre o narrador, seus objetos e a plateia.  A curta cena de Milton se baseia nas histórias sobre a origem do mundo contadas a partir dos mitos indígenas e mostra as aventuras de cinco irmãos em busca de comida numa época de escassez na Amazônia.

Dramaturgia de David Matos
 O trabalho conta com pesquisa, criação e atuação de Milton Aires, dramaturgia e consultoria cênica, de David Matos e pesquisa em vídeo-doc. e fotos de Luciana Medeiros, com música de Leonardo Venturieri e tem como colaboradores os atores e criadores Nando Lima, Lucas Alberto e Yasmin Marques.

Sampa - Após a apresentação na capital mineira, Makunaíma já tem outra agenda fechada em São Paulo, abrindo a Mostra de Inverno de Experimento Teatral do Espaço Luz do Faroeste e que acontecerá ente 02 e 30 de julho, sempre aos sábados, reunindo ainda os espetáculos Red Bag (PA), Depois Daquela Noite (SP) e Quase Lá (SP). 

A pesquisa para “Makunaíma: Em a Árvore do Mundo e a grande enchente” iniciou em abril deste ano, quando Milton Aires estava fazendo o curso “O Visível e o Invisível no Trabalho do Ator-Dançarino”, ministrado pelos professores Carlos Simioni (LUME) e Tadashi Endo (Mamu Butoh Centre), realizado no Teatro de Tábuas (Campinas-SP).

A cena proposta ao Festival de BH faz parte de um projeto de montagem maior, que ainda está em construção e busca de apoio e patrocínio para se concretizar. Intitulado inicialmente, de “Makunaína”, o processo de pesquisa e elaboração navega na fronteira entre o teatro e a dança.


Narrativas indígenas sobre a criação do mundo
De acordo com Milton, este projeto tem como princípio, a investigação e o método de pesquisa mimese corpórea e dança pessoal, através da observação das atitudes e costumes de animais e habitantes de comunidades indígenas da amazônica.

Para isso, assim que retornou de São Paulo, no início do mês de maio, Milton realizou, com recursos próprios, uma expedição pelo Marajó, onde visitou duas comunidades na cidade de Ponta de Pedras.

“A inspiração para esse projeto surgiu a partir do contato com uma publicação sobre narrativas indígenas, que reúne mitos cosmogônicos e lendas de heróis, contos, fabulas de animais e narrativas humorísticas. Originárias das tribos Taulipangue e Arekuná, da área cultural norte-amazônica, essas histórias foram recolhidas pelo estudioso Theodor Koch-Grünberg e publicadas em Berlin no ano de 1916”, conta o ator, que também se utiliza da própria vivência na região marajoara onde nasceu.

Para o Festival de Cenas Curtas, portanto, o exercício apresenta as narrativas do herói Makunaíma com abordagem mais performática. “Essa experiência será um laboratório prático, que servirá como um termômetro para nortear os caminhos que a montagem possa tomar a partir do contato com o público”, explica.

Ágora Mandrágora
Trajetória – Todo este processo que o ator vem vivendo inicia com a retomada de seu trabalho com o grupo Usina Contemporânea de Atores, na peça "Ágora Mandrágora". Nessa montagem, ele reencontra artistas e amigos, com os quais firmou parcerias importantes, como Alberto Silva Neto e Nando Lima

Em seguida, surge a montagem de "Eutanázio e o princípio do mundo", onde o ator dividia com o público uma historia de seus avós, um trabalho que marca sua relação mais intensa com a cena e com a atuação, mas principalmente com a pesquisa.

Logo depois vem o processo de pesquisa e montagem do projeto "À Sombra de Dom Quixote" e o surgimento do coletivo Miasombra, do qual ele é o idealizador. “É onde encontro com as pessoas incríveis, que compraram uma idéia e a tornaram sua marca. Ali consigo ver o trabalho de cada um que esteve participando do processo”, diz Milton.

Teatro é uma coisa que vem marcando a vida do ator desde menino, quando assistia as manifestações culturais de sua cidade natal, Ponta de Pedras, no Marajó. “Lembro de sair para ver a Farra do Boi e outros cortejos. Isso sempre me encantou”, conta.

Eutanázio e o princípio do fim
Aos 10 anos, ele fez a primeira oficina de teatro levada ao Marajó pelo projeto chamado “A barca da cultura”, da Fundação Tancredo Neves e desde aí não parou mais.

“Tudo que eu fazia eu envolvia teatro, todos os trabalhos da escola, para mim, tinha que ter teatro. Depois me envolvi com grupos de lá, mas ainda não era o suficiente. Lembro do envolvimento de minha mãe com a televisão. Ela assistia novela e eu ficava ali, vendo com ela, achando o máximo ver aqueles atores vierem tantos personagens”, lembra Milton.

Formação - Como se já soubesse de seu destino, um dia ele disse à mãe que queria vir para Belém estudar. “Era desculpa e um ano depois por aqui, já comecei a fazer teatro. Conheci a Fundação Curro Velho, no final dos anos 90. Lembro que muita gente se formou por lá, naquela época. De lá pra cá é um fio que vai puxando o outro”, diz. 

A formação mais longa que teve, porém, foi com Paulo Santana, na Unama, onde se envolveu em vários cursos até conhecer o Usina de Animação (Jeferson Cecim) e o In Bust Teatro com Bonecos, marcando sua experiência com o teatro de animação, e depois o Usina Contemporânea, de Alberto Silva Neto, em 1999, e mais tarde um pouco veio também o contato com a dança com sua participação na Companhia de Investigações Cênicas, de Danilo Brachhi, despertando ainda mais seus estudos em torno dos movimentos corporais.

O trabalho de ator de Milton Aires também passa pelo cinema. Ele fez “Guerrilha do Araguaya”, de Ronaldo Duque e “O Sol do Meio Dia”, de Eliane Caffe, em uma cena com Chico Diaz, aliás, uma das poucas que não foram cortadas, tendo os atores paraenses em cena.

À Sombra de Dom Quixote
Nem tudo foi ou é tão fácil como pode parecer. “Tem um duplo desafio aí. Um é o de inserir neste mercado, numa cidade que não te dá tantas oportunidades e por isso precisas ir criando tuas estratégias.

O outra é superar os limites, as dificuldades pessoais, principalmente para alguém que vem do interior, com a falta de incentivo ao estudo. Para seguir a carreira de ator eu tive que superar o limite do contato com a leitura, a literatura, a dramaturgia. Antes eu tinha muita dificuldade de trabalhar com isso. Mas não teve outro caminho, pois são estas as ferramentas mais importantes, se é a profissão que quero seguir”, afirma.

Há dez anos de carreira profissional, Milton Aires continua cavando estratégias, inscrevendo projetos em editais e propondo relações de parcerias. “Hoje eu fico feliz, pois tenho trabalhado com o que quero e como eu quero. Existe uma reunião de parceiros, o próprio ‘À Sombra de Dom Quixote” é reflexo disso. Eu jamais teria conseguido fazer este projeto sem estas pessoas. Foi o primeiro projeto em que fiz o exercício de pensar a idéia e escrever o projeto de forma coletiva e compartilhada”, conclui. O segundo projeto também nesta direção já está se configurando com "Makunaíma". É aguardar para ver!

I Salão Xumucuís de Arte Digital abre inscrições para artistas todo o país

As propostas podem ser inscritas on line pelo site do xumucuis ou enviadas pelo e-mail xumucuis@gmail.com, até 25 de julho. Serão recebidos trabalhos nas diversas áreas da arte digital como vídeo-arte, vídeo-instalação, vídeo-objeto, gravura digital, performance e web-arte. Os resultados serão divulgados no dia 27 de julho e abertura do Salão será no dia 18 de Agosto na Sala Valdir Sarubbi do Museu Casa das Onze Janelas.

O site Xumucuís promove o evento que promete trazer à tona artistas e obras que vem se destacando no universo da arte digital. Com presença marcante em todos os grandes salões de arte e exposições no mundo inteiro desde os anos 1980, a arte digital vem adquirindo novas perspectivas na última década com revolução digital que tomou conta da contemporaneidade. No Brasil há 10 anos já existem eventos artísticos específicos de arte e tecnologia, porém no Pará ainda existia esta lacuna.

O site, especializado em artes visuais, patrimônio artístico/histórico e museus, elaborou e aprovou o projeto para realizar o Primeiro Salão Xumucuís de Arte Digital, exposição exclusiva para arte digital e convergências entre arte e tecnologia. Um projeto inovador aprovado em edital nacional da Oi Futuro pra colocar o Pará no mapa da arte e tecnologia.

Artistas paraenses como Val Sampaio, Vitor Lima, Melissa Barbery, Luciana Magno, entre outros, conquistaram espaço com trabalhos que extrapolam as fronteiras plásticas gerando obras de arte híbridas que conquistaram espaço definitivo no meio artístico com conceito, forma e inovação.

A comissão de seleção e premiação do Primeiro Salão Xumucuís de Arte Digital será composta pelo doutor e curador Orlando Maneschy, pela mestre em artes e fotógrafa Flavya Mutran e pelos artistas visuais Alberto Bitar e Roberta Carvalho, além do curador do salão e pesquisador, Ramiro Quaresma. Serão selecionados 30 trabalhos de artistas nacionais e locais com premiação para os 05 trabalhos mais bem avaliados pela comissão.

A produção é da Espiral Multimeios, patrocínio da Oi, Secretaria de Cultura do Pará, Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves e Governo do Pará via Lei Semear, tecnologia da SOL Informática e apoio cultural da Oi Futuro. O Salão é uma iniciativa do curador independente Ramiro Quaresma e da produtora Deyse Marinho.


Valdir Sarubbi - saudades (1939 - 2000)
Homenagem - O espaço para sua abertura não deve ter sido escolhido por acaso, já que foi também Valdir Sarubbi que inspirou nome do site que faz referência à instalação do artista levada, em 1971, à 11ª Bienal de Artes de São Paulo.

Mais informações: 91 8239 2476 ou pelo e-mail xumucuis@gmail.com/ e Twitter @xumucuis

Lançamento da Banda Cabala nesta sexta no Palafita

E também tem os Djs da Black Soul Samba
A banda existe desde maio do ano passado com uma trajetória que iniciou em um espetáculo de teatro, onde Leonardo Venturieri e Edson Santana apresentaram a banda pela primeira vez misturando Rock n’ Roll com a percussão típica do Candomblé. Nesta sexta-feira, a Black Cabala ganha lançamento também na festa da Black Soul Samba que, mesmo no meio de um feriadão, vai fazer a alegria de quem ficar em Belém.

A idéia musical da banda consta em trazer para o ambiente contemporâneo as formas musicais genuinamente brasileiras mais antigas, como o Lundum e o Samba Primitivo, resgatando os batuques que deram origem ao samba e à diversos estilos atuais. 

O repertório atual inclui Lundum Rock, Rock Samba, Samba-rock, Rockabilly, mas até dezembro de 2010 a banda era apenas formada por Leonardo e Edson, até que se apresentou na Exposição do Sagrado Sincretismo de Mestre Nato, resultado de Bolsa de Pesquisa e Experimentação Artística do IAP de 2010. Esta apresentação, feita no Terreiro de Candoblé, uniu a Black Cabala com integrantes do grupo Batuque.

Agora, a banda conta com Leonardo Venturieri na guitarra de 7 Cordas, Edson Santana no Atabaque e Tambor de Minas, André Macleuri no baixo Fretless, Aritanã no Tambor de Minas e bateria, Renato Torres na Guitarra de seis cordas. Na primeira apresentação da banda com a formação atual, na festa Black Soul Samba, o Black Cabala irá tocar canções autorais, e mais versões de clássicos da música brasileira no exílio, além de Afro-sambas e samba-jazz.

Serviço
Black Cabala na Black Soul Samba. Nesta sexta-feira, 24 de junho. Ingresso até 23h, custa R$ 5,00 e depois, R$ 10,00. No Palafiita, na Cidade Velha, ao lado da Casa das Onze Janelas. Nas picapes, os DJs da Black Soul Samba, Eddie Pereira, Uirá Seidl, Fernando Wanzeller, Kauê Almeida e Homero da Cuíca.

(com informações de Eddie Pereira)

21.6.11

Visagens, assombrações e encantarias no Cineclube Pedro Veriano

“Encantados” mostra, entre outros aspectos, a experiência dos professores em utilizar narrativas do imaginário popular como instrumento de aprendizagem em sala de aula. A programação, organizada pela ABDeC-PA,  também conta com a exibição de mais dois documentários "Brincadeira de Coco" (PB) e "Vamos Dançar Cariimbó" (PA). Nesta terça-feira, 21, a partir das 18h30, no auditório da Casa da Linguagem. Entrada franca.

Tema de Trabalhos de Conclusão de Curso-TCCs de quatro professores de duas escolas rurais multisseriadas da Ilha de Colares, nas comunidades de Jenipaúba e Mocajatuba, o vídeo documentário “Encantados” foi realizado com apoio da Fundação Curro Velho, em 2010, enfocando a relação entre a Mitopoética Amazônica, com seus entes, aparições, visagens e lendas, a partir do relato oral dos alunos do ensino fundamental. 

A partir deste vídeo, os professores do Campus da Ufpa, em Castanhal, Luiz Carlos de Carvalho Dias e Ana Lúcia Bentes Dias, aprovaram na Universidade o programa de extensão “Encantados – A Mitopoética Amazônica como Processo Educativo Socializador”, que pretende utilizar o Patrimônio Imaterial presente nas narrativas infantis – visagens, assombrações e encantarias - como catalisador para diferentes ações junto às comunidades dessa microrregião paraense. O município de Colares será o locus da pesquisa, com itinerância prevista para outros municípios da mesma região, como Vigia, Santo Antônio do Tauá e São Caetano de Odivelas, além da ilha de Mosqueiro, distrito da capital, Belém.

Mitos e encantarias - A região escolhida para o projeto é singular. Serpenteada por rios e igarapés, torna-se um terreno fértil para o florescimento de mitos, lendas e encantarias, como as que envolvem os primeiros habitantes da região, os índios Tupinambá. Segundo os antigos, os indígenas não foram dizimados durante a ocupação portuguesa, mas sim, foram habitar o fundo dos rios, de onde, ainda hoje, “encantados”, cuidam da floresta e dos rios.

As comunidades rurais e ribeirinhas da região amazônica ainda mantêm bem viva a sua cultura ancestral e isso está muito presente no cotidiano de seus habitantes, principalmente em alguns momentos de seus afazeres, como na pescaria, na casa de farinha, nas atividades agrícolas, nas conversas de vizinhos à porta de casa. São momentos mágicos em que a mitologia amazônica reaparece nas narrativas orais com muita força.

No município de Colares, no nordeste paraense, a situação não é diferente. Apesar do impacto da tecnologia, a alma da floresta sobrevive na relação respeito e admiração de seus habitantes por esses lugares, e se perpetua a cada vez que eles tomam um chá de alguma casca de arvore, ou preparam um banho com ervas cheirosas como atrativo ou proteção. 

A floresta é coletiva, assim como as estórias que são contadas sobre os seus sons, ruídos, movimentos, plantas e animais. As histórias sobre a chuva e o rio mimetizados em seres fantásticos se perpetuam no imaginário não como paisagem geográfica, mas como saber, poesia, melodia; arquétipos que nos diferenciam entre nós e entre culturas.

Com a chegada da energia elétrica, o cenário das encantarias e lendas ficou mais frágil. O clima mágico das histórias contadas à luz de lamparinas e candeeiros desapareceu com a luz artificial. A presença desses seres míticos, no cotidiano, começa a perder consistência. Entretanto, essas experiências “encantadas” resistem mesmo com as mudanças tecnológicas; elas estão presentes no imaginário dos adultos, mas são principalmente as crianças que no espaço escolar explicitam no contar de suas estórias a Mitopoética Amazônica, tornando as escolas um espaço que oportuniza o intercâmbio de suas experiências míticas.

Capitação - Ainda em fase de captação de recursos, o projeto segue três vertentes metodológicas: a pesquisa bibliográfica e documental; a cartografia cultural; e a pesquisa de campo e registro onde serão investigados os bens culturais dos grupos comunitários.

Em parceria com a comunidade local e instituições de Ensino Superior, o Projeto vai resultar em produtos de diferentes formatos a serem reunidos num kit multimídia que será distribuído em escolas públicas da microrregião de itinerância do Projeto e espaços de cultura das regiões do Estado.

Serviço
Exibição dos documentários “Brincadeira de Coco”, produção da Paraíba, e “Vamos Dançar Carimbó?” e “Encantados”, documentários paraenses. Programação do Cineclube Pedro Veriano . Nesta terça-feira, 21, a partir das 18h30, no auditório da Casa da Linguagem (Av. Nazaré, 31), com entrada franca.

20.6.11

Documentário sobre Nana Caymmi ganha única exibição em Belém

Naturalizado suíço, o francês Georde Gachot também dirigiu “Maria Bethânia: Música é Perfume. Desta vez, ele faz homenagem a outra importante intérprete da música brasileira, no documentário Nana Caymmi em Rio Sonata (Suíça/França, 2010), que poderá ser visto somente nesta terça-feira, 21, no Cine-Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas, a partir das 21h.

Filha de Dorival e irmã de Dori e Danilo Caymmi, Nana é sondada a partir de entrevistas com familiares parceiros como Maria Bethânia, Erasmo Carlos, Dorival Caymmi, João Donato, Milton Nascimento e Gilberto Gil, de quem foi namorada, nos anos 1960.

O filme mostra a capital carioca menos ensolarado que de costume. Em sequências de densa beleza, o cineasta usa imagens de um Rio de Janeiro nublado e sombrio para ilustrar como as canções do repertório da cantora tendem à tristeza. 

No elenco, grandes nomes da música brasileira como Maria Behtânia, Erasmo Carlos, Dori Caymmi, Dorival Caymmi, Nana Caymmi, João Donato, Gilberto Gil, Antonio Carlos Jobim e Milton Nascimento fazem suas contribuições à obra. O documentário, que já foi mostrado no ano passado no Festival de Cinema do Rio e estreou em algumas capitais, este ano, vem dividindo a crítica em determinados aspectos, mas de forma geral agrada. 

Na opinião de Demetrius Caesar, “o adocicado documentário não se aprofunda na análise da carreira de Nana. Apesar de uma pesquisa de imagens requintada (o ponto alto do filme) e de narrar pontos importantes da trajetória da artista, Gachot, um apaixonado pela música brasileira, não se distanciou do objeto e seguiu a feitura do último CD de Nana, Sem Poupar Coração”.

Fabricio Duque, do Vertentes do Cinema, diz que o filme contempla antigos fãs, acaba ganhando outros e cita que “logo de início, as músicas e imagens nostálgicas – e de resignação existencial – pululam a tela, mesclando o amadorismo pessoal – e cotidiano – com o mundo que Nana vive, englobando seus shows, seus seguidores, seus ensaios, suas gravações e seus óculos”.

O diretor - Georde Gachot nasceu na França, em 1962. Em 1970, mudou-se para a Suíça, onde estudou Engenharia Elétrica, formando-se em 1988. Paralelamente, dedicou-se à sua paixão por piano e musicologia. Em 1985, começou a trabalhar para o selo Naxos, onde dirigiu diversos filmes sobre compositores e cantores clássicos europeus. Em 2005, realizou Maria Bethânia, Música É Perfume, vencedor do Prêmio Especial Cubadisco no Festival de Havana.

Ficha Técnica
Direção: Georges Gachot
Roteiro: Georges Gachot
Depoimentos: Dorival Caymmi, Nana Caymmi, Maria Bethânia, Erasmo Carlos, João Donato, Gilberto Gil, Antônio Carlos Jobim, Milton Nascimento
Fotografia: Pio Corradi, Matthias Kälin
Edição: Ruth Schläpfer
Produção: Georges Gachot
Distribuidora: Imovison
Duração: 85 minutos
País: Suíça / França
Ano: 2010

Um ano depois “Boca de Ferro” é relançado em homenagem a Luiz Carlos França

Foto + poema da capa de Boca de Ferro
Em véspera de feriado, principalmente quando este cai no meio da semana, os bares costumam lotar. Mas nesta quarta-feira, 22/06, que antecede o de Corpus Christi, o Bar do Rubão, ponto tradicional da boemia na Cidade Velha, oferecerá um motivo a mais para se encher de gente bonita, artistas, jornalistas, escritores e amantes da poesia. Isso porque um grupo de amigos resolveu se reunir e convidar toda a cidade para o relançamento do livro “Boca de Ferro”, de Luiz Carlos França, o último que ele escreveu em vida, antes de nos deixar no dia 30 de junho de 2010.

“É uma alegoria, uma metáfora que eu criei literariamente pra definir meu coração, o motivo maior do meu fazer poético, que é olhar a vida e falar através do coração”. A declaração é de Luiz, em sua última entrevista, publicada aqui no Holofote Virtual.

O nome do livro faz alusão aquela rádio popular representada pelos alto-falantes espalhados pelas ruas, pendurados nos postes. “É um ícone paraense por onde todos os acontecimentos culturais são levados a público. Nas cidades do interior e mesmo na capital. Por isso minha vontade de levar minha poesia através dele”, disse ao jornalista Wanderson Lobato que o entrevistou.

Para Luiz Carlos França, “a poesia não está só nas palavras de um livro, elas devem percorrer as ruas, onde há uma resposta imediata do público”. E foi assim que surgiu a ideia desta obra, lançada em um sarau no dia 10 de junho do ano passado na Casa das Onze Janelas.

Ao ler “Boca de Ferro”, um livro miniatura em sua forma, mas gigante em suas palavras, percebe-se a maturidade maior do poeta. É um livro de despedida, verdades e muitas declarações de amor às pessoas e à cultura popular, com todas as suas cores, e também pela cidade de Belém do Pará, que ele tanto amou.

Por mais irônico que pareça, foi justo este o mês, em que esse colorido mais se manifesta, com seus folguedos e bois bumbás, e que tanto figuraram em seu imaginário poético, que ele escolheu para deixar esta vida, mas não para sempre, pois como todos os poetas verdadeiros, ele se eternizou em seus poemas.

O primeiro livro
Trajetória - Luiz Carlos França é autor também de “Sangrado Coração de Poeta” (2000/2001), “Olhar do Dragão” (2002) e “Poemas de Miriti” (2006). Também foi compositor, ator e diretor de espetáculos. Luiz iniciou sua carreira em 1972 participando do espetáculo “O Coronel Mamcabira”, de Joaquim Cardoso, dirigido por Cláudio Barradas, com música de Waldemar Henrique e produção da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará.

Como compositor tem parceria com Minni Paulo (Por Inteiro), Pedrinho Cavallero (Velho Camaleão) e Júnior Soares (Lobo do Mar), sendo seu principal parceiro o cantor Eloi Iglesias, com quem recebeu a indicação de Melhor Música por “Embriago-me de Blues” para o Troféu Edgar Proença – Secult – 1993 e, no ano seguinte, recebeu prêmio no II Salão de Arte Contemporânea – SPAC – pela performance “Papa Chibé”.

Luiz Carlos França era muito querido no meio artístico. Desde que a notícia do relançamento de “Boca de Ferro” começou a ser divulgada, na semana passada, no Facebook, inúmeras manifestações de carinho foram demonstradas ao poeta. E na quarta-feira, estas irão vibrar muito mais alto. Não faltem!

Serviço
Relançamento do livro Boca de Ferro, de Luiz Carlos França. Nesta quarta-feira, 22 de junho, a partir das 20h, no Bar do Rubão - Rua Gurupá, 312 - entre a Rua Rodrigo dos Santos e a Rua Cametá - Cidade Velha.

Aliança Francesa divulga programação de sua Festa da Música

Minni Paulo: apresentação em quarteto
Minni Paulo e Quarteto tocam nesta terça, 21, na Fête de La Musique da Alliance Française de Belém. Música Instrumental de alta qualidade e participações de Larissa Wright, Alba Maria, Juliana Sinimbu cantando alguns hits franceses. Très Chic e de graça!

Organizada pela Aliança Francesa de Belém, a Festa da Música ou Fête de la Musique, em francês, foi criada em 1982 pelo Ministério da Cultura da França, quando Maurice Fleuret assume o cargo de diretor da música e da dança, a pedido de Jack Lang.

A idéia inicial de Jack Lang, de trazer a música e a arte para as ruas por um dia foi adaptada para ser um grande evento localizado na rua em frente a instituição. Escola para seus alunos ampliarem o contato com a cultura, a arte e os costumes franceses, este ano, algumas mudanças foram feitas para tornar a Festa mais democrática e com o acesso livre para toda a população da cidade de Belém. Com isso, o evento manifesta a capacidade de se reinventar, mantendo sua criatividade e vivacidade.

Mais - Além de Minni Paulo Quarteto, o evento contará com as participações de solos e grupos que farão apresentações de 30 minutos. Estão na programação Pablo Mendes; Renato Menezes Trio; Jeanne Darwich e seu grupo, o solo de Patrícia Vital e, fechando tudo, Minni Paulo Quarteto, que terá uma hora de show, a partir das 19h30.

Serviço
Fête de la Musique em Belém, na terça, 21, a partir das 16h30. Na Aliança Francesa - Tv.Rui Barbosa ,1851, entre Conselheiro e Mundurucus. Mais informações: 91 8385 3955 ou 91 3224-3998.

(com informações da assessoria de imprensa do evento)

Ensaio aberto da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz

A Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz faz ensaio aberto na Igreja de Santo Alexandre, dia 20 de junho, segunda-feira, às 20h. 

Sob a direção do maestro Miguel Campos Neto, a OSTP trabalhar o repertório do concerto em homenagem aos 350 anos de Santarém, que será apresentado naquela cidade dois dias depois, numa iniciativa do Governo do Estado por meio da Secult, com apoio da Fundação Carlos Gomes.

A idéia de franquear ao público um dos últimos ensaios da OSTP antes da excursão à Santarém, foi para oportunizar ao grande público e, sobretudo, à comunidade dos santarenos residentes em Belém, de assistirem ao programa escolhido especialmente para a ocasião.

Para sua segunda visita à cidade, a orquestra dedicou parte do concerto à obra de um ícone da música paraense, o maestro santareno Wilson Fonseca (1912-2001), cujas criações mais famosas, como o bolero Poema de Amor e a Canção da Minha Saudade - “hino sentimental” de Santarém - ganharam roupagem sinfônica pelas mãos de seu filho, o compositor Vicente Fonseca.

Ao lado dessas estarão, também, a Samaritana (schottish brasileira), a Abertura Sinfônica do Centenário de Santarém e o Hino Oficial da cidade, também composto pelo maestro Isoca. O concerto tem apoio da Prefeitura de Santarém e contará com a participação do Coral Jovem Maestro Wilson Fonseca e da cantora Cristina Caetano.

Programa

1. Rossini (1792-1868) Abertura Guilherme Tell
2. Mozart (1756-1791) Abertura da ópera Don Giovanni
3. Beethoven(1770-1827) Abertura Egmont
4. Villa Lobos(1887-1959) Trenzinho Caipira
5. Sibelius (1865-1957) Finlândia
6. Guerra-Peixe (1914-1993) Mourão
7. Wilson Fonseca (1912-2002) Hino de Santarém
8. Wilson Fonseca (1912-2002) Abertura Sinfônica – Centenário de Santarém
9. Wilson Fonseca (1912-2002) Samaritana (schottisch brasileira)
10. Wilson Fonseca (1912-2002) Um Poema de Amor (1953)
11. Wilson Fonseca (1912-2002) Canção de Minha Saudade

Serviço
Ensaio aberto da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz. Nesta segunda, 20 de junho, às 20h
Local: Igreja de Santo Alexandre.Entrada franca sem distribuição de ingressos. Mais inforamções: (91) 4009-8769.

(com informações da assessoria de imprensa da Secult)