31.7.23

Grupo Galpão traz espetáculos e oficinas a Belém

Till - a saga de um herói torto
Foto: Ed. Nunes
O grupo mineiro está em  turnê pelo Brasil, celebrando seus 40 anos de trajetória e chega a Belém, dia 14 de agosto, para realizar oficinas e apresentar dois espetáculos acessíveis em Libras, tudo gratuitamente. 

Na capital paraense, o Galpão apresenta no Theatro da Paz, no dia 16 de agosto, às 20h, a tragicomédia “Till - a saga de um herói torto”. No espetáculo, de 2009, com direção de Júlio Maciel, um Demônio que aposta com Deus que se tirasse do homem algumas qualidades, ele cairia em perdição. 

Deus, aceita o desafio e resolve trazer ao mundo a alma de Till, que passa a viver em uma Alemanha miserável, povoada de personagens grotescos e espertalhões. A classificação é livre e a duração, de 90 minutos.

No dia seguinte, 17 de agosto, o público vai conferir, a partir das 19h30, na Praça do Carmo, “De Tempo Somos - um sarau do Grupo Galpão”,  com direção de Lydia Del Picchia e Simone Ordones. Reunindo canções, poesia e festa, os atores são desafiados a se reinventarem em cena, aproximando-se ainda mais do público, dedicando-lhe algumas das canções. 

O espetáculo, de 2014, apresenta 25 músicas do repertório do grupo – de montagens antigas até trabalhos recentes, incluindo canções de workshops - além de textos sobre a passagem do tempo e o processo de criação artística. Tem classificação livre e duração de 70 minutos.

Oficinas formativas e inspiradas na trajetória do grupo

De Tempo Somos 
Foto: Guto Muniz
Além dos  espetáculos, o Galpão também traz a Belém três oficinas. 

A primeira, no dia 14, “História do Teatro X História do Galpão”, ministrada por Eduardo Moreira, faz um percurso pelos processos desenvolvidos ao longo de 40 anos de encontros do Grupo Galpão com diferentes diretores e artistas, paralelamente à história do teatro e seus mestres. 

A oficina de Produção Cultural, no dia 15, será ministrada por Gilma Oliveira, que abordará as etapas de trabalho que envolvem as montagens, a partir da experiência de circulação e turnês dos espetáculos do grupo mineiro. 

No dia 16 de agosto, Alba Martinez ministrará a oficina de Gestão de Projetos Culturais que irá abordar pontos importantes para uma gestão eficiente do projeto junto à equipe interna e parceiros externos do projeto.

A realização da turnê é do Ministério da Cultura, Governo Federal União e Reconstrução, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio cultural da Secretaria de Cultura do Pará e da Fundação Cultural de Belém.

Sobre o grupo - A origem do Galpão, em 1982, está ligada à tradição do teatro popular e de rua. O grupo alia rigor, pesquisa e busca de linguagem, com montagem de peças que possuem grande poder de comunicação com o público.  Sediado na cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais),  já percorreu o território brasileiro de norte a sul e já esteve em Belém antes. O grupo vem participando de vários festivais em países da América Latina, América do Norte e Europa e agora chegou a vez do Pará. 

PROGRAMAÇÃO

Till, A saga de um Herói Torto

Direção: Júlio Maciel

Classificação: livre

Data: 16 de agosto de 2023 (quarta), 20h

Local: Theatro da Paz (Av. da Paz, Praça da República, S/N - Campina)

Acesso Gratuito. Distribuição de ingressos na bilheteria do teatro, a partir das 9h do dia da apresentação.

Sujeito à lotação do espaço 

De Tempo Somos: Um Sarau do Grupo Galpão

Direção: Lydia Del Picchia e Simone Ordones

Classificação livre 

Data: 17 de agosto de 2023 (quinta), 19h30

Local: Praça do Carmo

Acesso Gratuito

Oficina 1 - História do Teatro X História do Galpão

Ministrado por Eduardo Moreira 

Sinopse: Aulas expositivas com exibição de vídeos e trechos de peças lidas ou encenadas pelos atores do grupo. 

Data: 14 de agosto de 2023, 16h às 20h 

Local: Teatro Popular Nazareno Tourinho

Vagas limitadas

Classificação: 18 anos

Oficina 2 - Produção Cultural

Ministrado por Gilma Oliveira

Sinopse: Serão apresentados, a partir da vivência e da prática junto ao Galpão, aspectos da pré-produção, produção executiva e pós-produção - formação de equipes de execução, planejamento, desenvolvimento de orçamentos, planos de trabalho, busca de apoios e parcerias, cronogramas de execução das etapas, check-list, contratos, liberações, roteiros e logística de viagens.

Data: 15 de agosto de 2023, 16h às 20h 

Local: Teatro Popular Nazareno Tourinho

Vagas limitadas

Classificação: 18 anos

Oficina 3 - Gestão de Projetos Culturais

Ministrado por Alba Martinez

Sinopse: A Oficina de Gestão de Projetos Culturais é uma ação formativa que busca introduzir os principais aspectos do processo de elaboração de projetos culturais e utilização de mecanismos de incentivo para sua viabilização.

Data: 16 de agosto de 2023, 9h às 13h 

Local: Teatro Popular Nazareno Tourinho

Vagas limitadas

Classificação: 18 anos

Serviço

 “Till - a saga de um herói torto”, dia 16 de agosto, às 20h, no Theatro da Paz, e “De Tempo Somos”, no dia 17, às 19h30, na Praça do Carmo, todos com entrada gratuita. As oficinas ocorrerão no Teatro Nazareno Tourinho, inscrições gratuitas no sympla.com.br/grupogalpao. Mais informações: www.grupogalpao.com.br.

Lei Federal de Incentivo à Cultura | Mantenedor: Instituto Cultural Vale | Realização: Ministério da Cultura, Governo Federal União e Reconstrução. 

Eventos internacionais na cena cultural de Belém

Área histórica e ribeirinha de Belém
Bairro da Cidade Velha e parte da Campina
Foto: Secult-Pa/Divulgação

Cenas criativas e gratuitas antes, durante e após os dois eventos internacionais mais importantes que ocorrem em Belém antes da COP30, Os Diálogos Amazônicos, 4 a 6, e a Cúpula da Amazônia, 8 e 9 de agosto. Anotem aí.

Enquanto as reuniões internacionais são sediadas  no Hangar Centro de Convenções, uma programação cultural se espalha com diversas opções na cidade. São projetos culturais continuados, novidades e visitas guiadas em alguns dos museus mais bonitos de Belém. O blog mostra aqui algumas dicas.  

O Centro Cultural Palacete Faciola realiza nesta quarta-feira, 2, às 17h, o Seminário "Diálogos Poéticos com Eneida de Moraes" e, às 19h, o Museu da Imagem e do Som, situado no mesmo prédio, abre a exposição "Eneida Simplesmente", retratando a vida e obra da escritora, responsável pela criação do museu. Importante homenagem. Celebremos! Com a recuperação do Palacete Faciola, o MIS finalmente ganhou morada fixa, um sonho de muitas décadas. 

Poeta, ativista política, pesquisadora do carnaval brasileiro, Eneida também inspirou o curta-metragem "Promessa em Azul e Branco", de Zienhe Castro, que será exibido seguido de debate com a participação da cineasta e da professora doutora Eunice Santos; do produtor e quadrinista Volney Nazareno e do presidente da Escola de Samba da Matinha, Rodolfo Trindade com a mediação de Indaiá Freire, diretora do MIS. A exposição ficará aberta para população até o dia 30 de setembro, da terça-feira a domingo, das 9h às 17h. 

Bienal das Amazônias e Festival de Video Mapping

Obra de Elza Lima, artista homenageada
na Bienal das Amazônia
Outra dica do tipo que você não deve passar batido é abertura da Bienal das Amazônias, que na sexta-feira, 4, inaugura a mostra Bubuia – Água como fonte de imaginação e desejo, em um espaço inusitado e recriado na Rua Manoel Barata, em pleno Comércio ou Bairro da Campina, no centro histórico de Belém. O evento vai acontecer até novembro, reunindo mais de 120 artistas/coletivos da Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Suriname, Guiana, Guiana Francesa e Brasil. Um dia antes, a organização recebe a imprensa e claro, estaremos lá! 

Já nos dias 5 e 6 de agosto, sempre a partir das 19h, o centro histórico também recebe mais uma edição do Amazônia Mapping, evento que celebra há 10 anos a potência dos encontros entre as artes visuais, a música e a tecnologia, ocupando prédios e ruas no centro histórico de Belém. A programação traz como convidados, entre outros, Manoel Cordeiro, Clube da Guitarrada, Nai Jinknss, Evna Moura e Airton Krenak. As projeções e shows ocorrem no Museu do Estado do Pará – MEP – em frente à praça D. Pedro II, na Cidade Velha. 

Domingo tem Circular Campina Cidade Velha 

Circuitinho, um passeio patrimonial para crianças
Foto: Projeto Circular/Roberta Damasceno
Fechando a semana, quem estiver na cidade até domingo, 6, não deve perder mais uma edição do Circular Campina Cidade Velha que vem, há ma década, provocando a circulação das pessoas pelos bairros da Campina, Reduto e Cidade Velha, com ações culturais e educação patrimonial. 

A 46ª edição, ocorrera das 8h às 20h, em mais de 30 espaços culturais, situados nos bairros da Cidade Velha, Campina e Reduto, estarão abertos, oferecendo opções gastronômicas, bate papo, oficinas de fotografia, shows, feirinhas da economia criativa, visitações, passeios históricos e de educação patrimonial, entre outras. 

Pela manhã, a partir das 10h, na Praça do Carmo haverá mais um Circuitinho, com um passeio de educação patrimonial para crianças. Nesta edição,  além de cotação de histórias, vai também levar os pequenos circulantes para conhecerem a maquete de Belém, no Fórum Landi. Entre os shows, haverá apresentação o grupo Pandeiro Livre, às 11h, em frente ao banco da Amazônia, qno calçadão da Presidente Vargas, e de tarde, na Praça do Carmo, que recebe mais duas apresentações, uma iniciando às 16h30 e a outra, da Orquestra Aerofônica, às 18h30. 

É tudo gratuito e uma oportunidade também para sair cedo de casa e conhecer os diversos casarões do centro histórico de Belém, ocupados e ressignificados por artistas, produtores e empreendedores culturais de Belém. A programação completa com todos os endereços e horários da programação, que se estende das 8h às 20h, pode ser conferida no site projetoccircular.org e no perfil @circularcampinacidadevelha.

Museus com visitas guiadas para o dia e noturnas

Museu Casa Francisco Bolonha
Foto: COMUS/Divulgação
Indiquem ou coloquem na programação também, uma visita ao Museu Casa Francisco Bolonha, localizado no complexo “Memorial dos Povos”, equipamento cultural da Prefeitura de Belém. De arquitetura no inicio do século XX, possui estilo eclético, com elementos art-noveau, neoclássicos, góticos e barrocos, sendo a cobertura feita à la masard, com telhas de ardósia. 

O prédio oferece 02 pavimentos para visitação publica. No primeiro, está a área social com as salas de almoço, jantar e de musica, hall de entrada, hall de azulejos e banheiro social. E no segundo, a área intima com os quartos de vestir de Francisco Bolonha e de sua esposa, Alice. 

As visitas guiadas de terça a sexta, ocorrem pela manhã - 09h30; 10h30 e 11h30h - e à tarde - 14h30 e 15h30. Neste domingo, 6, vai abrir das 9h às 13h, participando da edição bimestral do projeto Circular, que eu também vou comentar aqui. Vale conhecer. Ainda no memorial dos Povos,  visite a exposição histórica “Tempo e memória: Cronologia da Imigração no Pará" (foto), na Sala Vicente Salles. 

E no Feliz Lusitânia está chegando mais uma edição do projeto "Uma noite no Museu". Na sexta-feira, 4,  os museus do Estado, como Museu do Forte, Museu do Círio, Museu do Estado do Pará e Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, abrem das 18h às 22h, gratuitamente. E desta vez, também vão fazer parte dessa edição o Palacete Cultural Faciola e o Parque Cemitério Soledade. Neste último, quem se habilita (risos). O Museu de Arte Sacra nesta edição não estará incluso no roteiro.

A ação culmina com o Preamar da Criatividade, na Praça da Fonte, área externa da Casa das Onze Janelas. Desta edição, participam alguns expositores locais, além do escritor e artista visual, Gidalti Moura, que lança seu livro "Música Popular em Quadrinhos Grandes Sucessos". A ação também contará com o set animado da DJ Ananindeusa. 

29.7.23

Karen Tavares deixa sua marca autoral na música

Karen em 2021, no evento da FEMEA - Feira de
Música e Empreendedorismo da Amazônia.

A cena cultural de Belém perdeu uma grande cantora. Karen Tavares teve a morte cerebral confirmada na tarde deste sábado, 29 de julho. Deixa uma filha, familiares, amigos e um trabalho de luz própria.

Karen Laíse da Silva Tavares, ou artisticamente, Karen Tavares. Amiga, mãe, companheira. Além de uma grande interprete e compositora, também atuava como educadora popular. Como servidora pública coordenava o setor de humanização da Sesma.  Karen Tavares escolheu ser feliz. Cantou, cuidou e sorriu. Fez inúmeros amigos, amigas, amigues. Construiu uma obra que será ouvida por muitos e muitos anos, passará por gerações. 

A leucemia já havia sido enfrentada e vencida, há 15 anos, mas recentemente, surgiu um quadro de leucocitose elevada e anemia acentuada. Após os exames, o diagnóstico de Leucemia Mieloide Aguda foi confirmado. No início de julho foi internada, mas nunca perdeu a confiança e recebeu afeto e apoio dos amigos. Uma campanha para incentivar doação de sangue e de medula foi realizada, espalhando-se pelas redes sociais. Ao seu  lado, além de sua família, o fotógrafo e companheiro Marcelo Lélis. 

Por meio de seu Instagram, a cantora se comunicava com os amigos e fãs, sempre que possível. Na semana passada, postou dois vídeos em que canta "Águas de Oxalá", composição dos parceiros e amigos Diego Xavier e Carla Cabral. "Reza, choro que chora transmuta em força, o mundo que sonha sorri em cores, palavra e abraço são tuas armas", diz a um trecho da letra.

"Mandou Chamar" trouxe prêmio e reconhecimento

Karen, em registro do ensaio fotográfico para 
o álbum Mandou Chamar, de 2021.

Karen Tavares começou a cantar sambas no circuito musical de Belém, até que em 2017 algo novo desenhava-se, a partir de seu mergulho em composições de músicos paraenses, para mergulhar em sonoridades  amazônicas. 

Certa vez, convidada a se apresentar na Casa do Fauno, me disse em uma entrevista para o blog sobre o show: “é uma apresentação com sambas que venho cantando durante os anos que a música é meu trabalho. Porém, o atual momento é especial, pois estou começando a imprimir minha identidade musical”.

E assim foi. Em 2021, lançou nas plataformas, “Mandou Chamar”, produzido pela Lei Aldir Blanc de 2020, e premiado este ano como Melhor Álbum, na primeira edição do Prêmio Amazônia de Música, realizado no início de junho, no Theatro da Paz. 

Recebendo a premiação 
de Melhor Álbum no Prêmio 
Amazônia de Música.
Nas 11 faixas inéditas do disco, ela interpreta compositores paraenses e mergulha em ritmos brasileiros e amazônicos de influências afro e indígenas, como samba de roda, salsa, carimbó e lundu, e se aprofunda na mistura de batuques de influências exteriores, como marambiré, jongo, aguerê e pilón. 

Entre outras oportunidades, pude estar mais uma vez próxima, quando ela se apresentou, há um ano, mais exatamente no dia 7 de agosto, no 41º Circular Campina Cidade Velha, convidada do grupo Mercado do Choro, formado pelos amigos e parceiros musicais Diego Xavier e Carla Cabral. 

Uma edição solar e feliz. Estávamos de volta às ruas,  desobrigados das máscaras ao ar livre. Foi  celebração que se completou com a sonoridade e a voz inconfundível da cantora ecoando na Praça das Mercês, no centro histórico de Belém. 

O universo mandou chamar Karen Tavares, mas mesmo que ela tenha aceito o chamado, seguirá aqui, sempre muito presente, através de um trabalho que ela tanto trabalhou para realizar e o celebrou ao concretizar; e pelo qual, ainda em vida, recebeu reconhecimento. Karen é luz, onde quer que esteja agora.

Despedida

A família informou a pouco que o velório será a partir das 21h, na união Good Pax, na Tv. Lomas Valentina. E que o cortejo de despedida sairá às 10h, em direção ao cemitério Recanto da Saudade na R. Jardim Providencia, 798 - Águas lindas - Ananindeua-Pa.

26.7.23

Belém já recebeu os recursos da Lei Paulo Gustavo

Hoje (26) é o último dia para assinatura do termo de adesão à Paulo Gustavo, a fim de que sejam feitos os depósitos dos recursos aos municípios e estados e Belém pode comemorar, pois a prefeitura, por meio da FUMBEL,  garantiu nesta segunda-feira, 24, o aporte no valor total de R$ 11.968.532,06. 

Aprovação do plano de ação na plataforma do Ministério da Cultura, assinatura do termo de abertura das contas no Banco do Brasil e agora, o aporte dos recursos e os trâmites para o lançamento dos editais. 

“Os cofres da Prefeitura de Belém receberam quase 12 milhões de reais, que serão totalmente aplicados nas diversas manifestações da arte e da cultura. A gastronomia, o cinema, as artes plásticas, a música, a dança, todas as linguagens poderão ter seus projetos apresentados”, comemorou o prefeito Edmilson Rodrigues.

O próximo passo agora é fazer a adequação orçamentária, para que os editais possam ser lançados e esse recurso se reverta ao fomento da cultura do município de Belém, atendendo os fazedores de cultura e à população em geral. Para isso, o prefeito enviará ao legislativo o Projeto de Lei para que a Câmara Municipal de Belém autorize a abertura de crédito especial na LOA (Lei Orçamentária Anual).

“Depois disso poderemos, sem muita burocracia, financiar o desenvolvimento de projetos para apoiar artistas de Belém e o desenvolvimento da Economia Criativa que é muito potente se tem apoio do poder público”, complementou o prefeito.

Audiovisual tem três linhas para utilização dos recursos

De acordo com o que prevê a LPG, dos quase 12 milhões, serão utilizados R$ 8.518.997,02, em apoio ao setor audiovisual e os demais R$ 3.449.535,04, para outras linguagens artísticas. os recursos para o audiovisual serão aplicados por meio de três incisos.

- Inciso I (Produção): R$ 6.339.103,94, em apoio a produções audiovisuais, de forma exclusiva ou em complemento a outras formas de financiamento, inclusive aquelas com origem em recursos públicos ou financiamento estrangeiro.

- Inciso II (salas de cinema): R$ 1.448.972,23, em apoio a reformas, restauros, manutenção e funcionamento de salas de cinema, incluída a adequação a protocolos sanitários relativos à pandemia da covid-19, sejam elas   públicas ou privadas, bem como de cinemas de rua e de cinemas itinerantes.

- Inciso III (capacitação): R$ 727.477,38, para projeto de formação e qualificação no audiovisual, apoio a cineclubes e à realização de festivais e mostras de produções audiovisuais, preferencialmente por meio digital, bem como realização de rodadas de negócios para o setor audiovisual e para a memória, a preservação e a digitalização de obras e acervos audiovisuais, ou ainda apoio a observatórios, a publicações especializadas e a pesquisas sobre audiovisual e ao desenvolvimento de cidades de locação.

A Lei Complementar nº 195, de 08 de julho de 2022, foi criada para incentivar a cultura e garantir ações emergenciais, em especial as demandadas pelas consequências do período da pandemia de Covid-19 no Brasil, que impactou de forma trágica o setor cultural nos últimos anos. 

3,86 bilhões investidos no setor cultural em todo o país

O nome da lei é uma homenagem ao ator falecido em decorrência da Covid-19, e direciona R$ 3,86 bilhões do superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura a estados, municípios e ao Distrito Federal para fomento de atividades e produtos culturais. Desse total, R$ 2,8 bilhões devem ser destinados ao setor do audiovisual e R$ 1 bilhão para as demais atividades. 

Podem concorrer à verba da Lei Paulo Gustavo pessoas físicas; empresas; pessoas jurídicas sem fins lucrativos, como associações, fundações e organizações da sociedade civil. Os editais de Belém ainda não têm uma data de lançamento, assim como os editais do estado, cuja previsão para agosto, até o momento, não foi anunciada pela Secult-Pa. 

No caso do Estado, as submissão de propostas poderão ser feitas pelo Mapa da Cultura que também atendeu as demandas da lei Aldir Blanc em 2020 e 2021. No município, está em andamento, pela Cinbesa, uma plataforma que também vai facilitar e sistematizar as submissões de propostas aos editais da LPG. 

De todos os municípios e estados brasileiros, apenas 3,8% não efetivou sua participação até dia 11 de julho. E hoje, espera-se que todos os que enviaram plano de ação, assinem também o termo para receber os recursos.

25.7.23

Campanha Julho Verde traz culminância a Belém

A comemoração também faz alusão ao Dia Mundial de Proteção aos Manguezais, comemorado nesta quarta-feira, 26, e traz programação cultural e socioambiental no Solar da Beira - Feira do Ver-o-Peso, a partir das 6 da manhã. 

A realização do evento é das 12 Associações de Usuários das Reservas Extrativistas (RESEX) do Pará, com articulação da ONG Rare.

"É do mangue que a gente sobrevive, por isso precisamos cada vez mais valorizar essa floresta de manguezal que hoje reconhecemos como 'maretório'. Escolhemos esse tema, para que pudéssemos celebrar, pelo terceiro ano, o mangue. Quando fizemos o movimento pelo decreto das Resex, já foi com o objetivo de proteger essa região, o mangue é vida em abundância", declara Sandra Regina Gonçalves, liderança extrativista da Associação dos Usuários da Reserva Extrativista Mãe Grande de Curuçá (Auremag) e da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas, Povos e Comunidades Tradicionais Extrativistas Costeiras e Marinha (Confrem). 

As ações da campanha ocorrem desde 1º  de julho no litoral paraense, região que junto com Amapá e Maranhão, abriga 75% das florestas de mangue do Brasil, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A área é a maior e mais preservada faixa contínua de manguezais do mundo: são 11.229 km² da porção chamada de maretório, uma palavra criada a partir de reivindicação popular, que significa a junção de território e maré.

"O Julho Verde é um movimento dos extrativistas do litoral do Pará pela conservação dos manguezais amazônicos e dignidade de vida para as comunidades. Por meio da realização de campanhas, os guardiões e guardiãs dos manguezais são motivados a agir em prol desse ecossistema, especialmente na sua atuação nas Reservas Extrativistas, as RESEX", informa Bruna Martins, articuladora da campanha pela Rare Brasil. 

O Pará possui em sua zona costeira 47 municípios, com 12 Reservas Extrativistas Marinhas (Resex) estabelecidas em 3641.42 km² de manguezais. Estima-se que somente no Pará mais de 41 mil famílias extrativistas vivam nas áreas de manguezal e são fundamentais para conservá-lo. 

Solar da Beira recebe campanha em Belém

A campanha Julho Verde vai iniciar ao nascer do dia, às 6h, com a Alvorada dos manguezais amazônicos, ao som do grupo de carimbó "Os Quentes da Madrugada", da Resex Chocoaré Mato Grosso, localizada no município de Santarém Novo, ampliada em 1.800 hectares no último dia 5 de junho, com decreto do presidente Lula assinado no Dia Mundial do Meio Ambiente. Logo após, será aberta a Feira Mães do Mangue, com produtos da sociobiodiversidade dos manguezais, como artesanatos, óleos e alimentos. 

A programação continua pela parte da tarde, a partir das 15h, apresentação da Miss Extrativista e declamação de poesias sobre os manguezais. E também: rodas de conversa sobre as mulheres desse ecossistema e o valor do mangue para as populações extrativistas. Durante todo o dia, estudantes do curso de oceanografia da UFPA, farão exposições sobre a temática dos manguezais. À noite, a partir das 19h, um videomapping vai iluminar o prédio do Solar da Beira com os símbolos do mangue para conectar Belém ao litoral, buscando sensibilizar os cidadãos sobre a necessidade de conservação do manguezal. 

COP 30 em Belém - Os mangues e a mudança climática

Os manguezais atuam na redução do CO2 responsável pelo aquecimento global, pois o solo desses ecossistemas armazena até cinco vezes mais este gás do que as florestas tropicais, contribuindo significativamente para a regulação do clima no planeta, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). 

É o chamado "carbono azul", termo usado para se referir ao carbono de ecossistemas marinhos e costeiros, já que o “carbono verde” é associado às florestas e outros ecossistemas terrestres. 

Além disso, o ecossistema do mangue é conhecido por ser a “maternidade” da vida marinha, onde várias espécies de peixes, aves e mamíferos se reproduzem, e servem como proteção às costas litorâneas contra tempestades, tsunamis e aumento do nível do mar. 

Programação

06h - 8h - Alvorada dos manguezais amazônicos com Carimbó Os Quentes da Madrugada, da Resex Chocoaré Mato Grosso

09h - 12h - Feira Mães do Mangue - A economia criativa das mulheres extrativistas do litoral paraense 

15h - 16h Desfile Miss Extrativista e Poesia Manguezal

16h - 17h - Roda de Conversa "O valor das mulheres nos manguezais"

17h - 19h - Roda de conversa "Nosso mangue tem valor"

19h - 20h - Video Mapping com Astigma e Carimbó os Quentes da Madrugada

Local: Solar da Beira, Feira do Ver-o-Peso - Belém (PA). Entrada gratuita.

(Holofote Virtual com informações da assessoria de imprensa)

23.7.23

Fórum discute práticas culturais e sustentabilidade

Ampliar as discussões sobre o papel da cultura frente à crise climática. As inscrições para o I Fórum Internacional Cultura, Sustentabilidade e Cidadania Climática está abertas até 6 de agosto,  pela plataforma Sympla.

A iniciativa é do Consórcio Interestadual Amazônia Legal, por meio da Câmara Técnica de Cultura e Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e tem co-realização do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura e apoio do Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (IPAM). O encontro é gratuito e ocorrerá no Teatro Estação Gasômetro, a partir das 8h.

O fórum tem como um dos principais objetivos relacionar as práticas e as experiências culturais ao desafio social mais contemporâneo: as mudanças climáticas e a inclusão produtiva de mais de 50 milhões de pessoas que vivem nos países da Pan-Amazônia. No encontro, também serão debatidas pautas como inovação produtiva e a cultura que forma uma mentalidade voltada para a sustentabilidade. Além disso, será debatida a cultura sobre uma perspectiva social e econômica, uma economia verde e solidária que possa dar visibilidade a saberes e práticas não só ancestrais, mas aquelas que surgem no cotidiano da cidade que formam essa região.

"Minha expectativa com relação à realização desse fórum é muito alta, na medida em que nós vamos apresentar um conjunto de experiências práticas e discussões do campo da cultura que devem ser vistas como uma oportunidade de transformar a região amazônica numa região menos desigual", destaca Marta Porto, jornalista, crítica de cultura e uma das idealizadoras do Fórum.

Na programação estão confirmados nomes como Jorge Melguizo, ex-secretário de Cultura de Medellín, na Colômbia; Eugênio Pantoja, Diretor de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do IPAM; Marcelo Britto, Secretário Executivo do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal e Raimunda Monteiro, Secretaria Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência.

"A transição climática na Amazônia para um desenvolvimento de baixas emissões e alta inclusão socioeconômica requer a atuação integrada de todos os setores e segmentos da sociedade. Assim, o papel da Cultura se torna imprescindível, pois, junto com a educação, são pilares da construção de uma consciência e cidadania climática capazes de favorecer as mudanças estruturais necessárias. Eventos como o Fórum são estratégicos para esse processo é fundamental para a Amazônia", destaca Eugênio Pantoja, Diretor de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do IPAM.

Para a Secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, o Fórum lança as bases para a construção de uma estratégia regional de longo prazo. "Queremos fortalecer a integração das políticas públicas de fomento à cultura na Amazônia, com foco na economia do conhecimento e na bioeconomia. E a formulação de sínteses que orientem programas voltados à capacitação de agentes culturais, em sintonia com a agenda ambiental e climática, é fundamental", afirma.

(Holofote Virtual com informações da Ascom Secult-Pa)

20.7.23

Pé de Cerrado em Salvaterra no Festival Marajoara

Integrando o I Festival Marajoara das Canções, Cultura e Ecologia (FEMCE), "Brincantes", criação do grupo Pé de Cerrado, do Distrito Federal, será apresentado neste sábado (22), a partir das 18h, na Praça das Comunicações, em Salvaterra, Ilha do Marajó. A entrada é gratuita.

Ao som de ritmos como bumba meu boi, samba, ciranda, maracatu, baião, frevo e tantos outros, o público é convidado a embarcar em uma viagem cultural pelas diferentes regiões do Brasil. Reunindo técnicas da música, poesia, teatro e circo, com a presença de palhaços, que cantam letras que incentivam boas atitudes, o espetáculo musical gera um sentimento de responsabilidade com o outro e com o mundo, e o respeito à natureza. 

Com a missão de pesquisar, preservar e divulgar a cultura brasileira, o grupo já se apresentou em diversas cidades pelo Brasil e em países da Europa. São mais de duas décadas de intensa pesquisa, convívio e parcerias com grandes mestres, entre eles Dominguinhos e Quinteto Violado. Além de muitas participações especiais e produções paralelas, o grupo já gravou 3 CDs, 2 DVDs e montaram mais de seis espetáculos e uma oficina para os públicos adulto e infantil. Atualmente, estão gravando um novo álbum. 

A circulação do musical “Os Brincantes” é uma realização do projeto de mesmo nome, e que tem o apoio do Fundo de Apoio à Cultura à Cultura do GDF (FAC). O espetáculo já passou por São Paulo e será apresentado ainda em Pernambuco, Goiás e Distrito Federal. Ainda em julho, no dia 27, o espetáculo passará pela Chapada dos Veadeiros, em São Jorge, como parte da programação do Festival de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros. Já nos dias 1 e 2 de setembro, o grupo chega ao Festival Mimo, em Recife. E depois, será apresentado em seis cidades do DF.  

Conexão com o Marajó - O Grupo Pé de Cerrado teve sua trajetória marcada quando fizeram a primeira apresentação na Ilha do Marajó, há quatro anos. Assim, surgiu durante a pandemia o carimbó chamado "Morena Cabocla", de autoria de Davi Abreu e Bruno Ribeiro, que foi lançado virtualmente. E agora, eles também lançaram a regravação do carimbó "Barreira do Mar", composta pelo paraense André Nascimento. 

A escolha pela regravação foi uma forma de retribuir os aprendizados sobre arte e cultura, de quando pisaram a primeira vez no Marajó, em 2019. "Quando ouvimos 'Barreira do Mar' algo mágico aconteceu no palco. Parecia que as lendas e histórias do povo Marajoara sussurravam em nossos ouvidos. Adentramos no universo dos encantados. Essa música é linda demais, e foi uma honra para nós regravá-la", declara Pablo Ravi, integrante do Pé de Cerrado.

O paraense André Nascimento é compositor e artista plástico, e tem 36 anos de carreira. Compôs o carimbó também pela sua forte conexão com o as encantarias do Marajó, onde as lendas e saberes amazônicos fazem parte da formação cultural e social. Esta será a sexta versão de "Barreira do Mar".

24 anos de trajetória com uma proposta universal. Os eventos do Pé alcançam pessoas de diversas idades e classes sociais, que se unem para se divertir, num encontro de gerações, compartilhando momentos de fraternidade e de alegria. A participação do público e as longas gargalhadas se tornaram marca registrada dos espetáculos. 

Não será diferente no I Festival Marajoara das Canções, Cultura e Ecologia (FEMCE), festival competitivo de música autoral, criado para valorizar e divulgar o trabalho produzido na Amazônia, que traz pcãrogramao também nesta sexta (21) e vai até domingo (23), em Salvaterra. Além de apresentações musicais, o evento terá uma Feira de Exposição e Circuito Gastronômico, para fomentar o turismo em suas múltiplas dimensões, na forma tradicional ou de base comunitária. 

O festival tem apoio da Lei Semear de incentivo à cultura do estado do Pará e terá premiações em dinheiro e troféus, além de apoio da Prefeitura de Salvaterra, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Desporto – SECTUR, Pousada Boto e Pousada dos Guarás.

19.7.23

MICBR lança edital e chega a Belém em novembro

A 3ª Edição do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR) vai ser mesmo em Belém e ocorrerá de 8 a 12 de novembro no Hangar e diversos outros espaços da cidade. As inscrições para participação de empreendedores criativos começaram nesta quarta-feira, 19, e seguem até 17 de agosto, na Plataforma Mapas da Cultura do Governo Federal . Para compor a delegação comercial brasileira, o MinC vai investir R$ 1,118 milhão no edital que irá levar 260 empreendedores culturais e criativos.

A equipe do Ministério da Cultura está na capital paraense tratando de diversos assuntos ligados à realização do mega evento e esteve no Memorial do Povos, que deve ser incluído como um dos espaços de programação, além do Hangar, onde será montada a cidade criativa e realizadas as rodadas de negócio, apresentações para venda de ideia, projeto ou negócio (pitchings),  além das apresentações artísticas curtas com fins comerciais (showcases) e atividades formação de redes de contatos (networking). Também haverá atividades formativas como mentorias, oficinas, palestras magnas (key-notes), mesas redondas e painéis e apresentações artísticas.

Para Inês Silveira, presidenta da Fundação Cultural de Belém, o evento é muito bem vindo. 

“Será uma grande oportunidade para que os empreendedores culturais da região tenham acesso às rodadas de negócio mostrando as potencialidades do nosso mercado criativo, valorizando a cultura da região. Esperamos que venham novos investimentos em produtos e ações culturais desenvolvidos aqui. Além do evento das rodadas de negócio, alguns dos espaços de Belém também serão disponibilizados para algumas das ações e o nosso Memorial dos Povos já está sendo apontado como um deles”. 

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, em Brasília, destacou a importância da realização do evento para o fortalecimento e expansão da economia criativa no país. “Um país como o Brasil tem um potencial enorme para se desenvolver social e economicamente através da cultura. O MICBR é parte central da política pública do Ministério e do Governo Federal voltada à promoção de mercados criativos e à geração de emprego e renda por meio da economia criativa”, explicou.

Podem se inscrever no edital, empreendedores atuantes nos seguintes setores: artesanato, audiovisual e animação, circo, dança, design, editorial, hip hop, jogos eletrônicos, moda, museus e patrimônio, música, teatro e áreas técnicas relacionadas à economia criativa. 

Serão garantidas cinco vagas para compradores/demandantes e 15 para vendedores/ofertantes em cada setor. O preenchimento das vagas obedecerá ao critério de distribuição regional, de forma a contemplar três Vendedores/Ofertantes por região brasileira (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) nos 12 setores criativos e no setor voltado às áreas técnicas.

Propostas terão apoio financeiro

As propostas selecionadas serão beneficiadas com apoio financeiro para participação no MICBR 2023; inscrição gratuita no evento; cadastro na plataforma oficial para organização de rodadas de negócios, e participação em atividades de capacitação prévia às rodadas de negócios. O apoio financeiro é calculado por região brasileira, considerando o endereço residencial do/a beneficiário/a

Realizado em parceria entre o MinC e a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), o MICBR 2023 contará com uma programação que inclui 15 setores criativos, seis a mais que a última edição, são eles: Áreas Técnicas, Artesanato, Artes Visuais, Audiovisual & Animação, Circo, Dança, Design, Editorial, Gastronomia, Hip Hop, Jogos Eletrônicos, Música, Moda, Museus & Patrimônio e Teatro. Uma Cozinha-Show com foco na culinária, sabores e ingredientes da região norte vai marcar o espaço da gastronomia no evento.

Inovações - Depois de duas edições, a primeira em São Paulo, em 2018, e a segunda, virtual, em 2021, o MICBR volta com novidades. Pela primeira vez, o mercado contará com rodadas separadas para cada setor das artes cênicas - circo, dança e teatro. Quem também estreia no evento, é o hip hop, segmento que foi contemplado, com sucesso, no edital do Mercado de Indústrias Culturais Argentinas 2023, em junho.

A inclusão de um setor voltado às áreas técnicas nas atividades de negócios e formativas também é uma inovação da edição 2023. “É uma demanda antiga dos trabalhadores da cultura que viabilizam a realização de obras, produções e serviços culturais”, destaca a Diretora de Desenvolvimento Econômico da Cultura, Andrea Guimarães.

Convidado de honra - A organização de mercados públicos de economia criativa se transformou em uma característica da América do Sul. Na última década, surgiram cinco mercados nacionais, na Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai, e um regional (Mercado das Indústrias Culturais do Sul - MICSUL). A iniciativa promove a cultura latino-americana e o comércio de bens e serviços culturais.  

Em junho, Buenos Aires sediou a 7ª edição do Mercado de Indústrias Culturais Argentinas (MICA), tendo o Brasil como convidado de honra. Com um investimento de R$ 1,4 milhão, o MinC levou 90 empreendedores nacionais para as rodadas de negócios e atividades formativas do evento. A programação artística também representou um apanhado da diversidade cultural do país. 

Inscrição

Edital MICBR 2023

http://mapas.cultura.gov.br/oportunidade/2025/

(Holofote Virtual com informações da Ascom FUMBEL e MinC – Ministério da Cultura).

13.7.23

Secretários municipais de cultura se reúnem no DF

Inês Silveira, com a diretoria do Fórum em Brasília
Fórum de Secretários e Gestores de Cultura das Capitais e Municípios Associados elegeu nova diretoria e presidência e debateu em Brasília pautas relevantes para a construção de uma politica cultural brasileira mais inclusiva, democrática e diversa. Inês Silveira, presidenta da FUMBEL, é representante da região Norte.

O encontro iniciou na quarta-feira, 12, na sede da Frente Nacional de Prefeitos, e nesta quinta-feira, 13, fez as últimas rodadas, com direito a um encontro com a ministra da cultura Margareth Menezes. 

Inês Silveira, presidenta da Fundação Cultural de Belém – FUMBEL, integra a nova diretoria como representante da região norte no fórum. As discussões nestes dois dias que trouxeram pautas macros hoje em debate no setor cultural, como as Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2, o Sistema, a Conferencia Nacional de Cultura e o Plano Nacional de Cultura, e ainda a Reforma Tributária e o Marco Regulatório de Fomento à Cultura.

“Nesse momento em que o governo federal passa por uma apropriação de várias frentes, como educação, saúde, infraestrutura, e outras, a cultura também está em foco. O olhar do presidente Lula em reativar o Ministério da Cultura já é um compromisso assumido com o Brasil. O fórum, reunido nestes dois dias, e com uma renovação da diretoria, vem afirmar essa integridade e união das regiões na construção e fortalecimento de políticas públicas para a cultura”, disse Inês Silveira.

O encontro do fórum teve como objetivo integrar as cidades dos estados brasileiros, e, no caso da região norte, para Inês Silveira, este é um grande desafio. “Aqui a nossa região, pela localização geográfica, acaba nos deixando mais distante um dos outros e dos demais estados.

Enquanto região norte, queremos fazer essa aproximação. Outro tema é o Plano Nacional de Cultura, com a ativação do a ativação do Conselho e do Mapa Cultural do Brasil. Essa é uma de nossas bandeiras nesse momento, além de desenvolver junto com os segmentos culturais, as leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2”, conclui a presidenta.

Fundado em 2007, o fórum atua como plataforma de diálogo e cooperação, buscando a defesa dos interesses dos municípios e o fortalecimento da gestão pública local. É ligado à Frente Nacional de Prefeitos (FNP), entidade municipalista que reúne todas as capitais e municípios com mais de 80 mil habitantes, compondo uma rede de mais de 400 cidades, onde vivem 61% dos brasileiros e são produzidos 74% do PIB do país. 

Na carta, entregue à ministra da cultura, o fórum reforça seus objetivos e se coloca à disposição para o apoio necessário ao fortalecendo as políticas culturais brasileiras. E um dos grandes desafios agora será organizar as setoriais em cada cidade cumprindo as etapas para a realização da 4ª Conferência Nacional. A convocação oficial foi confirmada para 5 de dezembro, por meio da portaria 41/23 assinada pela ministra e publicada no Diário Oficial da União, no dia 5 de julho. O documento convocatório encerrou uma lacuna de 10 anos, desde que a última CNC ocorreu, em 2013. 

Preparativos para LPG e Conferências Municipais

Diálogos em Brasília e também em Belém do Pará. A capital paraense foi uma das prefeituras que não deixou de enviar seu plano de ação para a LPG e agora, com o termo de abertura de conta assinado com o Banco do Brasil. Em breve os recursos  serão liberados. São quase 12 milhões de reais para Belém e próxima etapa, já em curso, é para a elaboração dos editais, que serão lançados neste segundo semestre.

Na semana passada iniciaram as oitivas da prefeitura, tendo como frente de coordenação, o CMPC – Conselho Municipal de Política Cultural - empossado no início do mês de junho (7), pelo prefeito Edmilson Rodrigues, para atuação no biênio 2023-2025. As reuniões das oitivas estão ocorrendo em diversos espaços da cidade, inclusive no Palacete Bolonha e Sala Vicente Salles. A agenda dos encontros é divulgada pelos conselheiros em grupos e comunidades do segmento que representam e pelas redes sociais da FUMBEL (@fumbelcultura).

Além das oitivas, os conselheiros trabalham no regimento interno e estão participando de reuniões formativas, uma vez que o próximo desafio será a organização das reuniões com as setoriais para levantar propostas à Conferência Nacional de Cultura que será realizada ainda este ano. A mobilização de Belém e demais municípios paraenses será decisiva para o sucesso das conferências Estaduais, Distrital e Nacional, que visam potencializar a adesão ao Sistema Nacional de Cultura (SNC). 

As etapas Municipal e Intermunicipal devem ocorrer até 17 de setembro, a Estadual e Distrital, até 30 de outubro, a etapa das conferências temáticas, também até 30 de outubro e a Nacional, de 4 a 8 de dezembro.

12.7.23

6ª edição Festival Marajoara de Cultura Amazônica

Neuber (Boa Vista - Roraima)
O Marajó recebe, pela sexta vez, o Festival Marajoara de Cultura Amazônica, neste final de semana, de sexta, 14, a domingo, 16 de julho, em Soure e Salvaterra. Realizado desde 2018, o evento se inspira nas músicas, tradições, cerâmicas e nos demais elementos culturais do Marajó e da Amazônia.

O evento propõe uma experiência de turismo cultural, oferecendo vivências gastronômica,  belezas naturais e o contato com a cultura local, por meio de seus moradores. Durante três dias o público vai transitar entres os municípios de Soure e Salvaterra, consumindo cultura popular e a  música do norte do país.

Além dos paraenses, a programação traz um convidado especial, o artista Neuber Uchôa (RR), artista com dezenas de discos gravados, solo e em parceria, considerado um dos patrimônios vivos da música roraimense e amazônica, chegando a fazer de sua própria casa um centro cultural na cidade de Boa Vista. 

De Belém, participam Allan Carvalho, Luizinho Lins (Icoaraci), Kleyton Silva (Belém), Jeff Moraes (Belém) e Priscila Cobra (coaraci). E do Marajó, estão presentes o Grupo Paracauari (Salvaterra), Mestre Damasceno (Salvaterra), Tambores do Pacoval (Soure), Grupo Cruzeirinho (Soure), Banda Na Cuíra (Belém), entre outros, além dos espetáculos teatrais “Quem vai pagar o pato?” e “Histórias de Riomar”. 

E, completando a curadoria deste ano, como não poderia faltar, haverá uma roda de conversa sobre políticas culturais com o professor Valcir Bispo. Afinal, estamos aí com as leis paulo Gustavo e Aldir Blanc na pauta do dia, com 100% dos municípios paraenses envolvidos.

Imersão e auto estima cultural

Mestre Damasceno (Salvaterra - PA) 

O Festival Marajoara nasceu no ano de 2018 e já atingiu mais de 20 mil pessoas, entre público, artistas, instrutores de oficinas de preparação técnica e artísticas e alunos. Promove o intercâmbio cultural e reúne artistas da capital paraense e do Marajó, além de outras regiões do norte, como nesta edição, que tem como atração o cantor e compositor Neuber Uchôa, de Roraima.

“Eu tenho quarenta e poucos anos de carreira, mas esse festival é algo que eu nunca participei, uma festa tão rica, né? Que liberta a cultura pros mais jovens e pros turistas . E isso é enriquecedor. Então eu penso nisso, o que isso representa na minha carreira?”, reflete o artista.

O Festival é produzido pelo Coletivo Pulsar Marajoara, formado por amigos que têm em comum o amor pelo Marajó, uma presença habitual na ilha e um longo histórico de envolvimento com a comunidade local, em uma relação que não está restrita apenas ao período do Festival.

“O Festival tem um impacto pessoal, na autoestima emocional  da comunidade, mas também tem o impacto financeiro, na cadeia produtiva dessa  economia. O Marajó é muito vendido como turismo, mas às vezes, é um turismo ruim de base predatória, de exploração sexual. E quando a gente coloca o Festival com essa característica que a gente está descrevendo, você tem aí um turismo cultural, né?" , reflete Marcelo Carvalho, do Coletivo Pulsar Marajoara e um dos idealizadores do projeto.

Cortejo - AMPAC
Para ele, o festival é de "experimentação, de imersão cultural". Cita o Ateliê Arte-Mangue, com trabalhos  do Ronaldo Guedes, e a AMPAC, para ver a obra de Mestre Diquinho. "É uma vivência cultural. Eu acho que todo mundo que vai no festival sai com essa sensação assim de que voltou maior, voltou enriquecido culturalmente”, sentencia.

Para a curimbozeira e artesã, Cilene, integrante dos Tambores do Pacoval, o Festival Marajoara de Cultura Amazônica é mais uma oportunidade que se abre para potencializar toda a mobilização de preservação cultural e do meio ambiente realizada pela organização. 

“O Tambores já nasceu com essa característica de ser um carimbó popular. Um carimbó pra estar no meio da multidão, no meio do povo.O Festival  é mais uma janela que se abre, uma oportunidade da gente  mostrar o nosso trabalho. Que não é só tocar por tocar, né?", diz a artista.

Para ela, o festival é mais uma oportunidade para apresentar uma tradição. "Por isso que é tão importante pro Tambores participar. Tem toda uma questão também da poesia, do professor Ailton Favacho, tem os membros do Tambores do Pacoval, que fazem parte da sede, nossa área de produção ambiental, o movimento de valorização dos nossos mestres, a manutenção das atividades para a nova geração. Tudo isso é demonstrado”, finaliza Cilene.

PROGRAMAÇÃO

Sexta-feira (14/07) – Roda de Conversa e Luau - Salvaterra

Local: Pousada Bosque dos Aruãs

17h Roda de conversa - Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo - Valcir Bispo

19h Luau – Programação audiovisual e musical

  • Vídeos dos festivais anteriores
  • Websérie Memórias e Afetos (Episódios Mestres Piticaia e Mestre Zampa)
  • Videoclipe Matinta (lançamento) - Mateus Moura
  • Espetáculo Histórias de Riomar - Leonel Ferreira

20h Música - Allan Carvalho, Neuber Uchôa, Luizinho Lins, Kleyton Silva, Jeff Moraes e roda de carimbó com o Grupo Paracauari

Sábado (15/07) - Soure

15h Roda de conversa Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo - Valcir Bispo

Local: Travessa 17, esquina com a 12ª rua, Bairro Umirizal) – Local: AMPAC, Soure.

16h Concentração do Carimbloco no Bar do Jamil

17h Cortejo até a sede da AMPAC

20h Roda de carimbó na AMPAC

Tambores do Pacoval, Priscila Cobra e participações especiais

Domingo (16/07) - Salvaterra

15h Concentração do Carimbúfalo na orla da Praia Grande, com Mestre Damasceno e convidados

17h Saída do Carimbúfalo em direção ao Bar Trampolim, com Mestre Damasceno, Nativos Marajoara e Luizinho Lins

19h Espetáculo teatral “Quem vai pagar o pato?” - Grupo Experimental de Teatro

20h Encerramento

Local: Bar Trampolim (Prainha) 

Atrações: Grupo Cruzeirinho, Allan Carvalho, Neuber Uchôa, Jeff Moraes, Banda Na Cuíra, Gilmarajoara Nascimento e DJ Jack Sainha.

Participação especial: Grupo de Carimbó do Quilombo Caldeirão (resultado da oficina Curro Velho - FCP)

Serviço

6° Festival Marajoara de Cultura Amazônia. De 14 a 16 de julho em Salvaterra e Soure. Realização: Coletivo Pulsar Marajoara. Apoio: Pousada Bosque dos Aruãs, Bar Porto Trampolim, Henvil Transportes e Ampac. Patrocínio: Gutunes Produções. Mais informações: https://www.instagram.com/festivalmarajoara/

(Holofote Virtual com informações e fotos enviadas pela assessoria de imprensa do evento)

11.7.23

Ramón Rivera inicia projeto com oficinas de teatro

É a estreia do projeto Teatro Namata, que abre espaço para as artes cênicas, com apresentações e oficinas teatrais. Ramón Rivera, músico, ator, professor e pesquisador nas áreas de teatro e música, dá início à programação com duas oficinas, para adultos e crianças. As inscrições estão abertas.

Mestre em Artes pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Ramón Rivera é ator de teatro e cinema. Atuou no média-metragem o “Entrelinhas” (2013), do diretor Saullo Farias, um projeto em parceria com o Centro Cultural Cartola e a Escola de Cinema Darcy Ribeiro - onde se formou no curso Refinaria do Ator em atuação cinematográfica e preparação de atores para cinema, na cidade do Rio de Janeiro. Integrou também o elenco do longa-metragem “Para Ter Onde Ir”, de Jorane Castro, e a série “Squat na Amazônia”, de Roger Elarrat (exibida no Canal Brasil). 

Ramón foi professor do curso de Teatro da Universidade Federal do Pará, e integrou o núcleo de colaboradores-diretores do Laboratório Corpo-Voz, grupo com interesse na interdisciplinaridade das linguagens artísticas numa perspectiva integralista corpo-vocal, que orienta a sua proposta na oficina voltada para o público adulto do projeto Teatro Namata.

O “Laboratório intensivo de cena: Criação de estados de presença corporais e vocais” é voltado para iniciados ou não em teatro, e ocorrerá de 17 a 21 de julho. “O laboratório corporal vocal criativo é o ponto de partida. Corpo e voz inclusive são uma coisa só. Vamos trabalhar alguns princípios da linguagem da performance. É um processo de investigação corporal que mira na qualidade da presença em cena”, explica. 

Fundador do Kanaranê, grupo composto por 12 atores e atrizes de todo o Brasil liderado por Carlos Simioni - pesquisador e fundador do Lume Teatro, Ramón desenvolve pesquisas na área de atuação cênica, teatro e performance ligadas à mitologia pessoal, simbologia e psicologia analítica junguiana, experiência que estará em cena na oficina.

“A gente vai trabalhar bastante com o que já venho pesquisando. Tenho muito interesse pela psicologia junguiana, trabalho muito com símbolos no processo de criação. São dez anos de pesquisa, viajando o Brasil e agora estou num grupo bem especial que é o grupo Kanaranê, que é orientado por um grande pesquisador brasileiro, o Simioni. E agora a gente está na última fase da pesquisa dele, explorando bastante essa de presença cênica e iremos ver isso na oficina”, diz. 

Músico formado pelo Conservatório Carlos Gomes, Ramón também atua na cena musical e fez parte de diversos projetos musicais e composições de trilhas sonoras de teatro. Contemplado com prêmio da Lei Aldir Blanc, lançou seu primeiro álbum musical intitulado “Marajó Dreamland”, em 2021, e foi músico convidado pelo duo Extragoodgrind.jazz a realizar a turnê Mareazú, na Argentina. 

Essa pluralidade criativa e técnica de Rivera compõe os jogos de brincar proposto para a oficina voltada ao público infanto-juvenil, uma colônia de férias artística para quem ficar por Belém. “Eu mesmo comecei a fazer teatro com essa idade, ainda criança. Sei que é um elemento interessante de ser trabalhado nessa fase. A ideia é que as crianças e jovens tenham várias experiências com jogos teatrais para que tenham um primeiro contato com essa linguagem cênica”.

Serviço

Teatro Namata, com o ator Ramón Rivera, abre inscrições para o Laboratório intensivo de cena: Criação de estados de presença corporais e vocais (público adulto), de 17 a 21 de julho. Investimento: R$ 130; e Oficina de Teatro Infanto-juvenil, para crianças e adolescentes com idade entre 6 e 16 anos, dias 18, 20, 25, 27 e 29 de julho. Investimento: R$ 150. Local: Casa Namata - Av. Conselheiro Furtado, 287. Inscrições via Instagram @ra_moon_rivera.

(Holofote Virtual com informações da assessoria de imprensa)