30.11.23

Mostra de Teatro Koringa em ritmo de despedida

A 1ª Mostra Koringa de Teatro é um projeto contemplado no edital 12/2022 - Prêmio FCP de Incentivo à Arte e à Cultura 2023, do Governo do Estado. Neste final de semana ocorrem as últimas atrações desta primeira edição, que reuniu 8 atrações. 

A Mostra de Teatro Koringa apresenta nesta quinta-feira, 30, às 20h, a Leitura Dramática “Médico à Força”, na Biblioteca Pública Municipal Avertano Rocha, onde também serão apresentados os espetáculos Enfim Sós (Koringa/Presságio Produções), na sexta-feira, 1º, também às 20h, e no sábado, 2, a peça infantil Histórias de beira rio: contos para esperar a maré encher (Marvin Muniz e Wagner Abapuru), às 18h. Tudo com entrada gratuita.

Nesta quinta-feira, 30, será uma nova oportunidade para ver Salustiano em cena! Às 20h, ele apresenta a Leitura Dramática “Médico à Força”, com a Má Companhia de Teatro. Um texto de Molière na primorosa leitura dramática desse elenco e acompanhada de música  original de Raimundo Lima.

Salustiano Vilhena, ou simplesmente, Salu, é nome consagrado das artes cênicas paraense. Ao lado do saudoso Henrique da Paz, fundou nos anos 1960, o Grupo Gruta de Teatro. O artista é integrante de uma geração de artistas que inclui Cleodom Gondim, Claudio Barradas, Geraldo Sales, Nilza Maria e Mendara Mariani, entre tantos outros.  Professor aposentado, morador de Icoaraci, ele segue sua trajetória com a Má Companhia.

Na sexta-feira, 1, o espetáculo “Enfim Sós”, traz a marca da Escola Koringa, em parceria com a Presságio Produções, com direção de Elcio Lima e Patricia Rodriguez. Inspirado no conto “A Fogueira”,  de Mia Couto, a peça é uma experimentação dramatúrgica, em formato de cordel, que fala de relações humanas, de micro poder, de resistência. E assim, fala-se de gente e do que nos move no mundo: o desejo (e o direito) de sermos felizes, e das forças contrárias, que nos desestimulam. Como fugir dessa realidade? É a pergunta do espetáculo.

E no sábado, 2, é a vez do público infantil ser contemplado, com a apresentação de “Histórias de Beira Rio: Contos e lendas para esperar a maré encher", com direção e roteiro de Marvin Muniz e Wagner Abapuru. 

O espetáculo é conduzido por Mundico e Muriquinho, personagens que estão num porto, retornando para a ilha onde moram, mas a maré vazante impede a saída de seu barco. A partir daí, sem ter muito o que fazer até a próxima maré alta, decidem compartilhar causos que há muito se tem ouvido na região, histórias curiosas e fantásticas as quais fascinam o imaginário amazônico.

Noites de imersão na cena teatral do distrito

A 1ª Mostra Koringa de Teatro é um projeto contemplado no edital 12/2022 - Prêmio FCP de Incentivo à Arte e à Cultura 2023, do Governo do Estado. 

A programação conta com 8 atrações, que vêm sendo apresentadas desde o dia 9 de novembro, na BPMAR, e que esta semana também chegou à Escola Passo a Passo, em Icoaraci, com a contação de história Ser Diferente é o que nos Une (Raimundo Lima). Trazendo sempre intérpretes de LIBRAS e com entrada gratuita, a mostra ganhou morada na Biblioteca Avertano Rocha, com noites de casa cheia.

O charmoso chalé Tavares Cardoso iluminou-se para receber o público de Icoaraci e de Belém também. “Tivemos a presença de um público empolgado e empolgante, o que nos faz confirmar o que já intuímos: as pessoas querem assistir a teatro em Icoaraci sim”, diz Patricia Rodriguez, da Escola Koringa de Artes, que produz a mostra. 

Para ela, a 1ª mostra serviu como aprendizado e experiência para realizar uma segunda edição. “Os aspectos mais relevantes para pensarmos numa continuidade do evento é a percepção do crescimento no interesse dos jovens de Icoaraci em assistir e estudar Teatro, o apoio e incentivo recebido pelo público para que as produções teatrais circulem dentro da Vila Sorriso, contribuindo para uma maior comodidade dos moradores do distrito”, conclui Patrícia.

PROGRAMAÇÃO

Quinta-feira, 30/11

LEITURA DRAMÁTICA

Médico à Força (Má Companhia de Teatro).

Hora: 20h

Local: Biblioteca Avertano Rocha

 Faixa etária: 12 anos

Sexta-feira, 01/12

ESPETÁCULO

Enfim Sós (Koringa/Presságio Produções) .

Hora: 20h

Local: Biblioteca Avertano Rocha

Faixa etária: 12 anos

Sábado, 02/12

ESPETÁCULO INFANTIL

Histórias de beira rio: contos para esperar a maré encher (Marvin Muniz e Wagner Abapuru)

Hora: 18h

Local: Biblioteca Avertano Rocha

Livre – Infantil.

FICHA TÉCNICA DA MOSTRA

Curadoria: Patricia Rodriguez

Produção: Escola de Artes Koringa

Assistência de Produção: Luma Matos, Rita Lima, Sofia Alvarez

Cenotécnico: Adailton Lopes

Grupos de teatro convidados: CIA2, Má Companhia, Marvin Muniz e Wagner Abapuru, Presságio Produções, Raimundo Lima.

Intérpretes de LIBRAS: Elizama Pereira, Sara Carriço

Música: Raimundo Lima

Sonoplastia: Felipe Guedelha

Técnico de Som: Felipe Guedelha

Técnico de Iluminação: Fabrício Teles

Comunicação: Holofote Virtual - Com. Arte e Mídia

Mostra Koringa de Teatro

Prêmio FCP de Incentivo à Arte e à Cultura

Realização: Fundação Cultural do Pará

Idealização e Produção: Escola de Artes Koringa.

Apoio: Prefeitura de Belém – Fumbel - Biblioteca Pública Municipal Avertano Rocha; Presságio Produções️; Holofote Virtual; ETDUFPA️; Panificadora Fé em Deus️; Escola Teodora Bentes️; CAPROCÊ️; Duarte Centro de Danças️; Baety Magalhães; Escola Passo a Passo e Raimundo Lima.

Músicaparaense.Org celebra 25 anos de atividades

Edvaldo Souza, da Realizador
Cultural e idealizador do 
projeto.
Nesta quinta, 30 de novembro, e nesta sexta, 1º de dezembro, a data será marcada com shows na Casa Apoena. O projeto Mostra Músicaparaense.Org foi contemplado no Edital Prêmio FCP de incentivo à arte e à cultura 2023. A realização é da Fundação Cultural do Estado do Pará – FCP e Governo do Pará e produção da MúsicaParaense.Org e Realizador Cultural. 

A comemoração desses 25 anos de trajetória só poderia ser realizada com muita música. Catalisador e vitrine de iniciativas ligadas ao fomento da produção cultural e musical do estado, o evento conta com alguns artistas que fazem e/ou fizeram parte do casting do MúsicaParaense.Org. 

E assim, a Casa Apoena recebe, nesta quinta-feira, 30, Dayse Addario & Ziza Padilha, que apresentam show reunindo músicas dos seus álbuns solos de Dayse Addario - Monólogo Urbano (2003), Por dentro da noite Prata (2008), Ziza Padilha - Um Coltrane pra nós dois (2023), Dayse Addario & Ziza Padilha – Dois num só (2018) e com a Zarabatana Jazz Band (Melodia das Chuvas, 2018).

A noite será aberta, com o artista Renan que lançou Para sempre com você (2022) com produção e direção musical de Ziza Padilha. E a discotecagem será do Seu Edvaldo, idealizador da Mostra MúsicaParaense.Org e que fará um setlist com músicas cancioneiro paraense.

Já na sexta-feira, 01/12, entra em cena o guitarrista e produtor musical Pio Lobato, que apresentará show com músicas dos álbuns Pio Lobato (2015), Brinquedo (2018), Tecnoguitarradas, 2021 e o inédito Areceúna, com previsão de lançamento em janeiro de 2024. 

Pio Lobato no segundo dia da mostra

Dayse Addario e Ziza Padilha - Foto: Marivaldo
Pascoal
Neste segundo dia da mostra, o show de abertura, conta com GDMs, duo que executará os hits do seu álbum Guamaense como Tema do Matriarcado e Dark Cumbia e algumas inéditas. A Discotecagem será de Toni Link, artista de música eletrônica que procura criar uma identidade sonora com base na síntese de timbres eletrônicos incomuns. Esses timbres são buscados em referências diversas dentro dos estilos contemporâneos de bass music ao redor do mundo, ou em experimentações aleatórias. 

O projeto começou no final de 2014, mas só começou a ter alguma substância em 2016 e possui como características principais a utilização do ritmo do Tecnobrega e Tecnomelody misturados com a sonoridade mais áspera dos sintetizadores, e a busca pela experimentação que provoque a euforia intercalada por momentos de sentimentos intensos nos ouvintes. Atualmente acompanha como DJ da cantora Keila.

Pio Lobato - Foto/Divulgação
A Mostra MúsicaParaense.Org tem como objetivo fomentar a produção e a cena musical paraense, através de shows e para a criação de um mercado cultural auto sustentável na Amazônia, reunindo o melhor da produção musical paraense e artistas convidados.

“Facilitamos também o intercâmbio cultural entre especialistas da área de produção musical no estado, agentes, bookers, produtores e músicos da região amazônica. A cena musical do Pará (segundo maior Estado e um dos mais ricos da Amazônia) foi apontada, pelos maiores especialistas na área da música popular e independente no mundo, como a cena musical brasileira mais efervescente e criativa da primeira década do Século XXI”, lembra Edvaldo Souza (Seu Edvaldo), produtor e idealizador do Músicaparaense.Org.

O projeto da mostra foi contemplado no Edital Prêmio FCP de incentivo à arte e à cultura 2023, com realização da Fundação Cultural do Estado do Pará – FCP e Governo do Pará e produção da MúsicaParaense.Org e Realizador Cultural 

Serviço

Mostra MúsicaParaense.Org, na Casa Apoena – Rua São Boaventura da Silva, Cidade Velha. Nesta quinta, 30, a partir das 20h, e na sexta-feira, 1º de dezembro, às 21h. Tudo com entrada franca.

26.11.23

Jambu Live trasfere apresentações para dezembro

O festival Jambu Live, que faz parte do Circuito Jambu Multicultural, projeto de extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA), acaba de transferir para o dia 7 de dezembro, a programação de encerramento que ocorreria hoje (26), no Memorial dos Povos, por causa das chuvas. 

Realizado pela primeira vez fora da universidade, a realização da 4ª edição do festival no Memorial dos Povos é fruto da parceria entre a Fundação Cultural do Município de Belém (FUMBEL) e a UFPA. Para Regina Lima, professora e coordenadora do projeto, a realização do Jambu live no Memorial dos povos é um rito de passagem que marca a reativação de um espaço cultural tão importante na cidade.

"É um novo ciclo que se inicia. Viemos com muita expectativa da universidade para cá. Esse espaço é um termômetro para gente e apostamos que seria sucesso. Ele se tornou um espaço de visibilidade para os artistas do Pará e está com um bom fluxo de público que vem aqui contemplar os seus artistas favoritos”, explica Regina.

Para ela, a parceria da Fumbel com a UFPA é muito importante para abrir portas para todos multiartistas de Belém. "O diálogo entre a universidade e a fundação cultural já acontece há anos e ela só se fortalece com o tempo. Quando pensamos em sair da UFPA, logo entramos em contato com a fundação para nos ajudar com esse projeto que visa divulgar e mostrar para o mundo nossos talentos”, declara Regina.

Retomada do espaço com estrutura e parceria

Marcos Melo, jornalista, coordenador e apresentador do Jambu Live, comenta sobre a importância de ocupar o Memorial dos Povos para a realização de projetos multiculturais. Para ele, é muito gratificante apresentar o memorial para pessoas que não conheciam o espaço, que é um local com uma estrutura de qualidade. 

"A gente conseguiu ocupar um espaço público com cultura. É fundamental, quando a gente pensa em política pública para cultura, utilizar os equipamentos e espaços que são feitos para a população. A gente está muito feliz por toda forma que a Fumbel está abraçando o nosso projeto. A fundação não apenas cedeu o espaço pra gente, mas nos acolheu. Tem sido assim desde o início de nossa parceria", ressalta Marcos. 

Diversidade e múltiplos talentos no palco

EMUFPA - Grupo Vozes (Foto: Carol Maia)
Com diversidade musical, o line-up do festival traz nomes de diferentes gêneros musicais e manifestações culturais para se apresentar no anfiteatro do Memorial dos Povos. 

No sábado, Jotta C, a Hous Of Ver-A-Queen e Anna Suav, que cantaram, dançaram e animaram o público com suas sonoridades. Após dois anos, Eduardo Teixeira retornou ao palco do anfiteatro para performar pela Hous Ver-A-Queen com sua drag "Bunny das Coxinhas".

"A experiência de performar aqui no Memorial dos Povos é incrível. Hoje, junto com as drags da minha casa, performamos por 45 minutos e nos sentimos como divas em êxtase por estar aqui nesse espaço que nos acolheu. Eu não vejo a hora de repetir essa experiência", confessa Eduardo.

Eduardo du Norte e Os Tambores Encantados
Apresentação na sexta-feira (24)
No próximo dia 7, então, o festival contará com grandes nomes da cena musical local, como Tiffany Boo e Pagode das Meninas.  

Suka B, que está marcando presença em todos os dias do Jambu Live, conta que se sente nostálgica ao assistir os artistas que se apresentam no anfiteatro do Memorial dos Povos que, para ela, é um local afetivo e de boas lembranças. Ela comenta que esteve na inauguração do espaço em 2003 e que se sente emocionada ao vê-lo sendo utilizado para a difusão da Arte e Cultura. 

"O festival está sendo incrível e surpreendente. Nunca pensei que estaria um dia aqui no Memorial dos Povos presenciando uma festividade tão diversificada como o Jambu Live. Artistas incríveis estão passando por esse palco e eu me sinto extremamente contemplada por estar aqui consumindo suas sonoridades e vivências. Já estou ansiosa para amanhã e já desejando o próximo evento que será realizado aqui”, diz ela.

PROGRAMAÇÃO - 7 DE DEZEMBRO

18h - Boi de Máscaras Veludinho 

19h - Zara 

20h - Gielly Lima - Aposta Jambu

21h - Tiffany Boo

22h - Pagode das Meninas

22h45: DJ Tiana

O Memorial dos Povos fica na Av. Gov. José Malcher, 257, próximo a Dr. Moraes.

(Holofote Virtual, com informações do jornalista Vagner Mendes e da Agência Belém)

23.11.23

LAPSUS aborda memória e afeto na Mostra Koringa

Nesta sexta-feira, 24, o público confere "Lapsus", mais do que uma leitura dramática, uma leitura espetáculo, com dramaturgia de Mário Zumba e direção de Marton Maués, que será apresentada às 19h, na Biblioteca Pública Municipal Avertano Rocha (BPMAR) e com entrada gratuita. A programação integra a 1ª  Mostra de Teatro Koringa, premiada pelo edital 12/2022 – Prêmio FCP de Incentivo à Arte e à Cultura 2023.

"Lapsus" conta a história de um idoso com Alzheimer e o filho,  expulso de casa por ser gay e agora volta para cuidar do pai. Frente a frente, eles revisitam a trajetória desta relação, relembrando momentos de afeto e mágoa na busca de uma redenção. Um segredo entre eles. Dor, perdão, amor. Lapsus.

“Quando iniciamos as visitas a domicílios levando a leitura-espetáculo "Lapsus", já pensávamos em apresentá-la na biblioteca Avertano Rocha. Então, esse convite para participar da Mostra Koringa veio de encontro a essa vontade. Nossa expectativa é grande e esperamos fazer uma bela apresentação para o público de Icoaraci, neste local de arquitetura ímpar e tão repleto de simbolismo para toda aquela população”, diz Mário Zumba.

O projeto nasceu da leitura informal para os amigos. A intenção era  mostrar o texto recém escrito por Mário Zumba, a partir de um argumento proposto pelo Marton Maués, para ver qual seria a reação dos ouvintes. E as respostas eram surpreendentes. 

“Ao final da leitura as pessoas estavam sempre emocionadas com a história ouvida e  estabelecia-se, naturalmente, uma conversa a respeito dos assuntos tratados no texto. As percepções dos participantes eram extremamente pertinentes apontando caminhos/aspectos valiosos para a montagem do espetáculo”, diz Marton Maués. 

De residências e quintais para a orla de Icoaraci

Os atores perceberam, então, que aqueles encontros poderiam tornar-se algo mais elaborado sendo feito na casa de quem os convidasse. Assim, no início de janeiro de 2023 foi lançada a proposta e logo surgiram os convites, para a leitura em residências, jornadas pedagógicas, centros culturais, pousadas, livrarias e quintais, já tendo sido levado a diversas cidades.

E agora, o público de Belém e Icoaraci terão a oportunidade de participar da leitura que se torna praticamente um espetáculo. O drama, de 35 minutos, indicado a pessoas com 16 anos ou mais, conta com dois experientes atores. 

Marton Maués é professor de EBTT da Universidade Federal do Pará. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Expressão Vocal, Corpo e Máscara, Palhaçaria, atuando principalmente nos seguintes temas: riso, palhaço, cultura popular, comicidade e circo. É fundador da Cia Palhaços Trovadores.

Já Mário Zumba, paraense de Primavera, é um artista inquieto e curioso que transita com facilidade pela literatura, teatro, artes plásticas, literatura de cordel e poesia. Foi vencedor do XV Concurso Nacional de Dramaturgia Infantil - Prêmio Pedro Veiga do Ministério da Cultura com a peça CUIDADO COM O TAMANDUÁ-BANDEIRA. 

Ator, dramaturgo e escritor, teve suas peças encenadas em vários estados do Brasil. Publicou os livros infantis KUKRÃ E O CAMALEÃO, A HISTÓRIA DOS DOIS MOISÉS E A COBRA PAPAGAIO e um de poesia, OLHOS DE LETRA. LAPSUS, é sua mais recente dramaturgia e foi premiada com o Edital Obras Literárias/2023 da Fundação Cultural do Pará.

Mostra Koringa vai até dia 2 de dezembro!

Na próxima terça-feira, 28, haverá a Contação de História “Ser Diferente é o que nos Une” (Raimundo Lima), às 10h, na Escola Passo a Passo. Já no dia 30, a mostra volta à biblioteca com a leitura dramática "Médico à Força", da Má Companhia de Teatro, às 19h. 

No dia 1º de dezembro, a mostra traz o espetáculo “Enfim Sós”, uma parceria entre a Escola Koringa e a Presságio Produções, às 20h, e encerrando amostra, dia 2 de dezembro, com o espetáculo “Histórias de beira rio: contos para esperar a maré encher”, de Marvin Muniz e Wagner Abapuru, a partir das 18h, também na  Biblioteca Avertano Rocha (Livre – Infantil). 

Serviço

1ª Mostra de Teatro Koringa – Apresentação de Lapsus, com roda de conversa após a apresentação, com Marton Maués e Mário Zumba (haverá intérpretes em LIBRAS). Nesta sexta-feira, 24, às 19h, na Biblioteca Pública Municipal Avertano Rocha, no Distrito de Icoaraci. Entrada Franca. Informações: (91) 9 8467-3229/ 9 9922-0848.

22.11.23

Lúcia Helena Galvão palestra sobre a felicidade

A professora de filosofia que se tornou popular na internet nos últimos anos estará em Belém para realizar uma palestra inédita, no dia 25, e apresentar um espetáculo, cuja adaptação é de sua autoria. Tudo no Theatro da Paz, nos dias 24 e 25 de novembro. 

Professora de filosofia, Lúcia Helena Galvão tem mais de 900 palestras, todas publicadas no canal do Youtube da "Nova Acrópole Brasil", instituição na qual atua há mais de 30 anos de forma voluntária. No período da pandemia da COVID-19, ela fez inúmeras lives, com temas filosóficos que ajudaram e orientaram milhares de pessoas. Não teve outra. Viralizou, tornando-se uma filósofa popular. 

No sábado, 25/11, às 10h, no Theatro da Paz, ela apresenta ao público paraense, a inédita O que precisamos saber sobre a felicidade. “Falarei sobre os diversos conceitos da felicidade, para que a gente possa sintetizar uma visão da felicidade que possamos viver e usar na nossa vida”, diz Lúcia Helena Galvão.

Autora de seis livros: “Canções para Despertar Sophia”, “Sonhos trilhando o tempo”, “O Aroma do Lótus”, “Observações matinais” - versão brasileira e portuguesa, “Instantes de um tempo interior” e “Para entender o Caibalion”, prefaciou ainda diversas obras de destaque como “A Guerra da Arte” de Steven Pressfield e “Luz no caminho” de Mabel Collins; escreveu também letras de músicas como Prudência - cantada por Zizi Possi.

Após O Profeta também tem bate papo com a autora

O Profeta - Foto: Marlon Mikon 
Música, texto, filosofia. Em sua produção constam ainda dois roteiros para teatro. Da obra “Blavatsky, peça estrelada por Beth Zalcman, e também adaptou para o teatro,  “O Profeta”, baseada na obra homônima de Khalil Gibran, e que será apresentada nos dias 24 e 25 de novembro, às 20h, no Theatro da Paz, com a presença da autora. 

“Trabalhar com um dos livros mais lidos do mundo significa responsabilidade de torná-lo mais próximo de seus leitores, fazer com que ele se revele trazendo conteúdos que  ainda não foram descobertos, com todo respeito que a obra merece”, comenta a professora e autora do texto.

Trazendo como mensagem que é preciso sabedoria para o crescimento pessoal e espiritual, o espetáculo se mantém fiel ao texto do livro, mas dirigido por Luiz Antônio Rocha ganha performance visual que se utiliza da luz e projeções, que geram atmosferas de reflexão e encantamento no público. O texto e a visualidade, ganham um tom maior com a entrada da música e da narrativa conduzidas pelo cantor libanês Sami Bordokan, acompanhado por William Bordokan.

Próxima de completar seus 59 anos, no dia 22 de dezembro, Lúcia Helena Galvão é palestrante profissional, tanto no Brasil quanto no exterior, ministrando palestras em empresas e órgãos públicos. Seus cursos sobre “Administração do tempo” e “Técnicas de estudo” já foram acessados por mais de vinte mil alunos. Além da palestra que vai ministrar, nos dois dias do espetáculo, a professora também permanece no teatro após a apresentação, para um bate papo com o público.

Serviço 

“O Profeta”

Quando: 24 e 25 de novembro, às 20h 

Ingressos à venda na bilheteria física e virtual do teatro.

Palestra “O que precisamos saber sobre a Felicidade”, com Lúcia Helena Galvão

Quando: 25 de novembro, às 10h 

Ingressos à venda na bilheteria física e virtual do teatro.

PEÇA O PROFETA - Ingressos

PALESTRA LUCIA GALVÃO - Ingressos

Local: Theatro da Paz (Rua da Paz S/N - Centro - Belém-PA)


Jambu Multicultural ocupa Memorial dos Povos

Sala Vicente Salles, no Memorial dos Povos
Foto: Amarilis Marisa
Circuito Jambu Multicultural chega com mais de 20 artistas envolvidos, ocupando a sala Vicente Salles e o Anfiteatro do Memorial dos Povos, de 23 a 26 de novembro.  A abertura é nesta quinta, 23, às 18h, com a Mostra Amazônia Multitelas. Anota o endereço: Av. Gov. José Malcher, 257 - Entrada gratuita.

Cinema da Amazônia, democrático, plural e acessível. Uma combinação perfeita proporcionada pelo Circuito Jambu Multicultural à população paraense na segunda edição da Mostra Amazônia Multitelas, um evento que enaltece obras audiovisuais que discutem a Amazônia de forma aprofundada e sem preconceitos. 

Este ano, a Mostra Amazônia Multitelas antecede a programação musical do Festival Jambu Live, como uma espécie de “abertura” para a programação de shows. 

O objetivo, no entanto, é o mesmo: valorizar os fazedores e fazedoras de cultura locais, seja na música, nas artes cênicas ou no audiovisual. A curadoria das obras foi feita pela equipe organizadora do evento e reúne filmes de gêneros e formatos distintos.

Os filmes escolhidos para a sessão especial são: Leona (2023), de Clara Soria e Hugo Resende, que conta em um minidocumentário a história da artista e youtuber trans paraense; Ventre (2018), de Gaia Bê, que traz o diálogo entre uma mulher e um feto e os dilemas enfrentados na tomada de decisão sobre o próprio corpo e Monteiro Lopes (2022), de Bianca D’Aquino, um curta-metragem que de forma criativa narra a paixão entre duas meninas e remonta a criação do doce paraense Monteiro Lopes.

Também serão exibidos, Mandinga (2023), de Adrianna Oliveira e Raidol, em um romance com músicas envolventes do artista Raidol; e Noites Alienígenas (2022), de Sérgio de Carvalho, que apresenta em um longa a vivência de três jovens do Acre frente aos problemas sociais do Brasil e a tentativa de resgatar a ancestralidade amazônida.

Jambu Live realiza sua 4a edição

Dona Onete: homenagem da EMUFPA
Foto reprodução/Internet
O Festival Jambu Live traz como tema Feitiço da Amazônia e uma line-up que reflete puralidade, com a participação do Pagode das Meninas, Tiffany Boo, Anna Suav e Haus Of Ver-A-Queen, além de show homenagem à Dona Onete e outras atrações. 

Em seu segundo ano sendo realizado presencialmente, o festival amplia sua lista de atrações com mais de 20 nomes, incluindo Gielly Lima e Jotta C, selecionados no Aposta Jambu - concurso cultural realizado pelo Festival que visa impulsionar a carreira de cantores iniciantes da região amazônica.

“Quando eu soube que eu fui selecionada, eu fiquei surpresa, feliz, mas eu confesso que eu fiquei bem mais… Como eu posso dizer? Sabe quando a gente está prestes a correr e está no ponto de largada, esperando cortarem o fio e dizerem ‘já’ pra você correr? Essa é a sensação que eu tive. Então foi mais uma questão de eu me sentir muito mais responsável. Eu espero muito que a música que eu transmito possa se conectar com as pessoas. Esse é o meu objetivo”, comenta Gielly Lima, vencedora do Aposta Jambu. 

O Jambu Live nasceu em 2020, em plena pandemia, após perceber-se que os artistas locais estavam necessitando de fomento e incentivo nos seus trabalhos. Realizamos uma primeira edição totalmente remota, com mais de 70 apresentações remotas de artistas. Foram mais de 2 meses de lives. Já em 2022, houve a primeira edição presencial, no Vadião, na UFPA, Este ano de 2023, as atrações são as mais variadas em gêneros musicais, formas de arte, dança e artes cênicas.

Memorial dos Povos - Foto: Amarilis Marisa
Uma das novidades é o novo palco do Jambu Live. Este ano, o Festival será no Memorial dos Povos, em Belém. O novo espaço é fruto da parceria entre o Jambu e a Fundação Cultural do Município de Belém (FUMBEL), apoiadora do Festival. 

O Festival Jambu Live é uma das atividades do Circuito Jambu Multicultural, projeto de extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA), que consiste em uma série de eventos multiculturais que visam o enriquecimento local, ampliando a visibilidade do trabalho dos fazedores e fazedoras de cultura na região amazônica e possibilitando o acesso de artistas pretos, indígenas, quilombolas, LGBTI+ e pessoas com deficiência nas agendas artísticas e culturais do estado.

O Circuito Jambu Multicultural é financiado por emenda parlamentar do Deputado Federal Airton Faleiro, tem apoio do Na Figueredo, Lo Slow 360,  Fumbel e Prefeitura de Belém, e apoio institucional da Faculdade de Comunicação (Facom), do Instituto de Letras e Comunicação (ILC), da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa e da Pró-Reitoria de Extensão da UFPA.

PROGRAMAÇÃO

DIA 23

Mostra Amazônia Multitelas - 18H

Leona (2023), de Clara Soria e Hugo Resende

Ventre (2018), de Gaia Bê

Monteiro Lopes (2022), de Bianca D’Aquino

Mandinga (2023), de Adrianna Oliveira e Raidol

Noites Alienígenas (2022), de Sérgio de Carvalho\

DIA 24 

17h DJ 1 - Coytada 

18h Vozes EMUFPA - Homenagem Dona Onete + Heloiá 

19h Nirah Duarte BREGA 

20h Luizinho Moura SAMBA 

21h Marina Morai MPB 

22h Eduardo Du Norte e os Tambores Encantados 

23h DJ 1 - Coytada 

DIA 25

17h DJ 2 - Márcio Lins 

18h Haus Of Ver-A-Queen 

19h Anna Suav RAP 

20h Aposta Jambu - Jotta C 

21h Lambada Social Club LAMBADA 

22h Aline Alves ROCK 

23h DJ 2 - Márcio Lins 

DIA 26 

17h DJ 3 - Tiana 

18h Boi de Máscaras Veludinho 

19h Zara MPB 

20h Aposta Jambu - Gielly Lima 

21h Tiffany Boo POP 

22h Pagode das Meninas PAGODE 

23h DJ 3 - Tiana

Serviço 

Jambu Live 2023. De 24 a 26 de novembro. No Memorial dos Povos, na Av. Gov. José Malcher, 257. Bairro Nazaré. Entrada: Gratuita.

Encontarias lança novo episódio na plataforma

By Miti Sawaki
Não há quem resista a uma história de assombração, não é? Ainda mais com trilha, efeitos especiais, sonoplastia e até imagens. 

O podcast “Encontarias” é o mais novo projeto do Grupo Folha de Papel. Idealizado pelo ator e palhaço Ajota Takashi, o produto reúne as histórias de Chico Bara e suas experiências com visagens e assombrações. Estreou nas plataformas digitais e hoje tem episódio novo, intitulado "Quem muito quer, com nada fica". Ao todo são quatro episódios nesta primeira temporada.

O objetivo do projeto é manter viva a tradição da contação de histórias e o legado de Raimundo Bragança, avô de Ajota. O personagem Chico Bara nasceu das aventuras que o idoso contava ao neto quando ele era criança. O podcast é uma forma de reviver essas histórias e contá-las para as novas gerações. 

“Homenagear o meu avô é um sonho antigo. O pouco tempo que convivi com ele foi intenso e cheio de histórias e ensinamentos. Hoje, os netos e bisnetos já não conhecem a suas aventuras nem lembram o seu nome. Então eu tive a ideia de criar esse podcast para contar essas histórias”, explicou o artista.

O projeto “Encontarias” foi contemplado pelo Prêmio FCP de Incentivo à Arte e à Cultura, executado pela Fundação Cultural do Pará. Além de Ajota, a atriz Tais Sawaki também está envolvida na produção do podcast e participará das narrações em dois episódios. Ela ressalta a importância de evidenciar a cultura local.

“Graças a prêmios como esse, a gente se sente incentivado a produzir e distribuir nossas obras. Sem o edital, acho que não conseguiríamos trazer à tona essas histórias nem fazer com que o público as conhecesse. Por isso o prêmio foi de vital importância”, afirmou Ajota.

“É importante que essas histórias sejam difundidas para perpetuar essa memória. As gerações atuais, muitas vezes, não têm o contato que as gerações anteriores tinham com as histórias contadas pelos mais velhos no interior. Então poder contá-las de forma mais lúdica será muito importante”, disse Tais.

A produtora também comentou sobre suas expectativas quanto ao lançamento. “É uma satisfação imensa fazer parte desse trabalho e acompanhá-lo desde o roteiro até a distribuição nas plataformas digitais. Esperamos atingir o máximo de pessoas interessadas no assunto; e que mesmo as que não se interessam tanto possam curtir as histórias também”, comentou. 

O formato de podcast foi escolhido para manter a tradição da oralidade, com a qual as histórias eram passadas. Dessa forma, o Grupo Folhas de Papel espera levar a cultura do Norte do Brasil para as outras regiões.

“Não é só a minha história e a do meu avô. Esse trabalho traz um pouco da tradição e da cultura do nosso povo, dos ribeirinhos. É o costume de pegar uma vela ou uma lamparina e nos juntarmos para ouvir as histórias que eles juram de pés juntos que aconteceram. E a gente ficava fascinado por isso. Então poder falar um pouco sobre esses Franciscos, Josés, Marias e Josefas do interior será muito importante para perpetuar a memória deles”, afirmou Ajota.

Os episódios podem ser acessados em todas as plataformas de streaming de áudio. No canal do YouTube do Grupo Folhas de Papel, o “Encontarias” conta com acessibilidade em Libras e legendas para o lançamento do podcast.

“Espero que as pessoas acompanhem e gostem bastante e que em breve a gente possa trazer mais episódios com outras histórias de outras figuras importantes da nossa cultura”, finalizou Tais.

Podcast Encontarias

Episódios

O Mistério da Luz sob o Rio

O Bode Branco que era Homem

Quem muito quer, com nada fica 

Horas da Matinta é Hora de Matinta  - Estreia no domingo, 26/11, também às 20h.  

Links: Canal no youtube e Spotify 

II Encontro Warao celebra ancestralidade e lazer

Fotos: (IEB)
Uma das primeiras organizações de indígenas refugiados no Brasil, o Conselho Warao Ojiduna promove o II Encontro de Cultura Warao neste fim de semana,  dias 25 e 26 de novembro, na Usina da Paz do Bengui. 

Haverá debates e jogos tradicionais da cultura Warao em Belém, com atividades como bailes, danças e cantos tradicionais, venda de artesanatos, jogos tradicionais e a assembleia geral dos Warao na Usina da Paz do Bengui. Entrada gratuita.

No sábado, 25, pela manhã será realizada a eleição da Madrinha do Conselho Warao Ojiduna e a assembleia geral da organização com apresentação das ações realizadas neste ano, já pela tarde a programação contará com apresentações de bailes, cantos, contação de histórias e uma grande homenagem aos ancestrais. 

No domingo, 26, serão realizados os jogos tradicionais como futebol, voleibol, natação, cabo de guerra, ralado de mandioca e arco flecha.

“Para nós não é uma simples atividade, é um evento que nós realizamos todo ano, que nos dá força para mostrar a todos a nossa cultura, nos enche de orgulho. E também é uma forma de buscar melhorias para os Warao que vivem em Belém e Ananindeua, é isso que queremos!”, liderança Warao, Isneiris Nunez, do Conselho Warao Ojiduna.

Para Israel Gárcia, “É importante mostrar nossas culturas ancestrais, nossos cantos, danças e bailes, para continuar não podemos deixar de celebrar os nossos ancestrais”, afirma o comunicador do Conselho Warao Ojiduna. 

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) estima que, atualmente, 1.200 indígenas da etnia Warao vivem no estado do Pará, majoritariamente na capital Belém e no município de Ananindeua, na Região Metropolitana.

Conselho Warao Ojiduna

É uma organização comunitária fundada e liderada por indígenas venezuelanos com a finalidade de unir e representar a população Warao que vive no Pará, estado brasileiro que sediará a COP 30 em 2025. 

O conselho tem sido porta-voz das comunidades no diálogo com órgãos governamentais, Justiça e movimentos sociais na busca de melhores condições de vida à população indígena refugiada e migrante no Estado.

O propósito da luta é que o Estado brasileiro os reconheça enquanto população indígena para que passem a acessar direitos básicos e políticas públicas específicas de educação, saúde, trabalho e moradia.

“É muito importante dar continuidade ao encontro de cultura warao porque é o momento que todos temos para não desanimarmos, que os warao que vivem em Belém e Ananindeua não se dividam, continuem unidos. Para que nunca percamos nossa cultura mesmo vivendo em outro país, isso é o mais importante!”, complementa Isneiris Nunez.

Com 1 ano de existência, o Conselho contou com os apoios do edital de incentivo à arte e à cultura da Fundação Cultural do Pará e Governo do Pará, além da assessoria do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), que possibilitaram a realização do II Encontro de Cultura Warao.

Serviço

II Encontro de Cultura Warao, nos dias 25 e 26 de novembro, das 8h às 18h. Local: Usina da Paz do Bengui - Estrada do Benguí. S/N. Bairro do Benguí. (ao lado do Parque de Retenção do Detran).

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17.11.23

Focus Cia. de Dança traz dois espetáculos a Belém

Still Reich/Fotos: Fernanda Vallois
A carioca Focus Cia. de Dança desembarca na capital paraense este mês de novembro para apresentar dois espetáculos em três sessões no Teatro do SESI. 

Bichos Dançantes e Still Reich serão apresentados, nos dias 24, 25 e 26 de novembro, com o patrocínio da Petrobras através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

O espetáculo Still Reich, com três indicações ao Prêmio Cesgranrio de Dança e vencedor de melhor coreografia, será apresentado nos dias 24 e 25, às 20h, e Bichos Dançantes, primeira obra infantil da companhia, que será apresentado no dia 26, às 16h. Os trabalhos têm a direção, texto, concepção e coreografia de Alex Neoral. Os ingressos custam R$40 a inteira e R$20 a meia. Esta circulação conta com o patrocínio da Petrobras através da Lei Federal de Incentivo à Cultura

Bichos Dançantes

Bichos Dançantes/Foto: manu Tasca
Este é um trabalho que conta com vozes de grandes artistas, como Reynaldo Gianechini, Lucinha Lins, Evelyn Castro, Gabriel Leone, José Loreto e Mateus Solano, entre outros. Essas potentes vozes são interpretadas pelos corpos dos bailarinos da Focus Cia de Dança que dão vida a esses personagens. 

O espetáculo é uma aventura onde oito bichos se deparam com um desejo em comum, e assim recebem um desafio de Elisa, uma jabuti que completa cem anos e quer fazer dessa data tão especial algo inusitado. Catorze personagens desenham essa jornada cheia de mensagens e pensamentos que serão absorvidas tanto por crianças quanto por adultos.

A criação de um espetáculo direcionado ao público infantil é desejo antigo de Alex Neoral, diretor artístico e coreógrafo da Focus Cia de Dança. “Bichos Dançantes é mais um desafio cumprido com excelência pela Cia, que nasceu com o intuito de reforçar o comprometimento com a comunicação e a um maior acesso de todos à arte”, comenta o diretor. 

“Este trabalho é um convite ao entretenimento para crianças de 0 a 100 anos, e é também uma oportunidade de compartilharem um momento lúdico e de aprendizado através da arte e da dança”, completa Neoral.

O texto é de autoria do próprio coreógrafo que além de estrear o espetáculo infantil, também estreia como autor e lança o livro com a história e diálogos da peça. As músicas são compostas pela dupla TUIM, Felipe Habib e Paula Raia, com letras e arranjos todos originais e criados especialmente para esse espetáculo.

As canções e a trilha incidental complementam a narrativa que mistura humor, alegria, questionamentos e muita diversão. “Esta é uma oportunidade para avivar nossas crianças interiores e constatar que o desafio de Elisa (que na verdade, todos nós procuramos) está mais perto do que imaginamos”, comenta o diretor.

Still Reich

Still Reich/Fotos: Fernanda Vallois
Still Reich reúne, em um programa único, peças compostas a partir de músicas do compositor contemporâneo americano, Steve Reich. Inspirado pelo vigor e construções musicais de suas composições, Alex Neoral apresenta quatro de suas obras neste espetáculo: "Pathways", "Trilhas”, “Wood Steps” e “Keta”. 

O espetáculo foi vencedor do Prêmio Cesgranrio de Dança como melhor coreografia e ainda indicado como melhor bailarino e melhor bailarina.

Segundo Alex Neoral, Still Reich, que significa ‘ainda Reich’, é como se o compositor ainda continuasse o inspirando. Depois de quinze anos da primeira peça que criou com músicas dele, novamente o coreógrafo se inspira em suas músicas para a concepção de uma nova obra. 

“O espetáculo apresenta peças coreográficas que se assemelham muito com às composições de Reich, que apresentam um fascínio pela combinação, pela questão abstrata, que vira uma música, assim como as coreografias, que combinam gestos aleatórios, criando universos a partir disso, sem um assunto pré-existente”, explica Neoral.   

“Pathways", com a música  Music for Pieces of Wood, traz em sua construção uma síntese da linguagem da Focus e o desafio de criar uma nova obra a partir de trechos pré-existentes. Apresentado inicialmente em Stuttgart, na Alemanha, foi um trabalho elogiado pelo público e pela crítica, tendo sido remontado para o ‘CityDance Ensemble’ – hoje ‘Company E’ –, de Washington DC. Já "Trilhas" é um extrato do espetáculo ‘Ímpar’, que aborda o instante e a partícula do momento que pode e muda o seguinte. 

Na fisicalidade, Neoral construiu a coreografia inspirado em fugas, escapadas e corridas; assim, como na música Different Trains - After the War, há traços de tensão. Ambos trabalhos já foram apresentados na Alemanha, França, Itália, Panamá, além de inúmeras cidades brasileiras.

Still Reich/Fotos: Fernanda Vallois
Em "Wood Steps", a inspiração vem da vida nômade: pessoas que moram no "mundo" e fazem de seus pés as suas casas. O trabalho utiliza a percussão de pés para criar ritmos e marcações para a obra Proverb de Reich, onde a escrita coreográfica ganha o solo, explorando uma movimentação pesada e inusitada, fortificando a relação com o chão que se pisa. 

A metáfora do sapato,  que  possibilita  ir  mais  longe  e  nele guarda muitas histórias de quem o usa.

“Keta", significa terceiro em Iorubá. Reich compôs Drumming, música da peça, em uma viagem que fez à Gana na África. Esse universo tribal e ritualístico, de alguma forma, é levado para a cena através de uma construção coreográfica veloz, viva e orgânica, mostrando corpos em sua máxima potência em um trabalho vigoroso e ao mesmo tempo humano.

A companhia

Bichos Dançantes/Foto: Dan Coelho
Com 25 obras e 16 espetáculos em seu repertório, a Focus Cia de Dança segue consolidando, ao longo de 23 anos, uma história autêntica reconhecida pela crítica especializada e com sucesso de público. 

Apresentou-se em mais de 100 cidades brasileiras e levou sua arte para países como Colômbia, Bolívia, México, Costa Rica, Canadá, Estados Unidos, Portugal, Itália, França, Alemanha, Madri e Panamá. Logo quando a pandemia aquiesceu, em 2021, estreou o espetáculo Vinte e o seu primeiro infantil Bichos Dançantes, este último contemplado na Chamada Petrobras Cultural de Artes Cênicas 2020.

Em 2020 lançou Corações em espera, criação do grupo, que foi exibida ao vivo, através de streaming, pelo YouTube. A obra foi indicada ao prêmio APCA na categoria criação, ficando em cartaz por 17 semanas. 

Em 2019 a Focus ganhou o 1º Prêmio Cesgranrio de Dança com a coreografia Keta parte integrante do espetáculo Still Reich e teve seu elenco indicado ao prêmio APCA durante a temporada na capital paulista, ainda no mesmo ano recebeu a indicação de melhor coreografia para Focus Dança Bach, e melhor bailarino pelo 2º Prêmio Cesgranrio de Dança.

Em 2017 se apresentou no Rock In Rio, ao lado de Fernanda Abreu. Em 2016 recebeu a Comenda da Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura, maior condecoração da cultura brasileira. 

Bichos Dançantes/Foto: Dan Coelho
Em 2012, a Focus Cia de Dança foi escolhida, através da seleção publicado Programa Petrobras Cultural, a receber o patrocínio durante três anos para desenvolvimento de suas atividades, dando início a uma parceria de manutenção. Mais de 1 milhão de espectadores já se encantaram com a poesia e a capacidade técnica lapidadas nas coreografias inovadoras de Alex Neoral traduzidas no corpo de baile da companhia que é formada por bailarinos de todo o país.

Em julho de 2023, estreou nacionalmente no Rio de Janeiro, "Carlota - Focus dança Piazzolla", sucesso de crítica e público, além de representar como convidada especial a dança do Brasil no Festival Hola Rio, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do governo fluminense em Madri, onde apresentou "Trupe" e "As canções que você dançou pra mim" na Casa de Vacas e Casa de América, além de participar de intercâmbio e residência artística com a Dínamo Cia de Danza.

Equipe 

Bichos Dançantes: Direção Artística, concepção, coreografia e texto: Alex Neoral | Direção de Produção e Gestão: Tatiana Garcias | Coordenação de Projeto: Taysa Diniz | Assistente de Direção e Ensaiado: Luisa Vilar | Produção Executiva : Giseli Ribeiro | Direção dos atores: Alex Neoral e Felipe Habib | Trilha original: Tuim | Felipe Habib e Paula Raia | Iluminação: Renato Machado | Figurinos: Ursula Fêlix | Cenário: Natália Lana | Adereços: Orlando Sergio | Programação Visual: Barbara Lana | Ilustração: Eléonore Guisnet | Fotos: Dan Coelho, Dantas Jr. , Manu Tasca, Sabrina da Paz | Atores | vozes em off | Lucinha Lins, Reynaldo Gianechini, Mateus Solano, Tânia Alves, José Loreto, Bianca Byington, Vilma Melo, Juliana Alves, Evelyn Castro, Fernanda Abreu, Gabriel Leone, Jefferson Shroeder, Pedro Lima, Felipe Habib e Paula Raia | Dançado com: Bianca Lopes, Carolina de Sá, Cosme Gregory, Lindemberg Malli, Iure de Castro, Paloma Tauffer, Vanessa Fontes e Wesley Tavares | Patrocínio Oficial: Petrobras | Realização: Neoral Garcias Produções Artísticas

Equipe 

Still Reich: Direção, Concepção, Coreografia: Alex Neoral | Direção de Produção: Tatiana Garcias | Produção Executiva: Giselli Ribeiro | Iluminação: Binho Schaefer | Técnico de Iluminação: Anderson Ratto | Técnico de Palco: Paulo Berbeto | Visagismo e Figurinos: André Vital | Confecção de Figurinos: Jacira Garcias | Redação: Mônica Riani | Fotos: Manu Tasca e Paula Kossatz | Programação Visual: Barbara Lana | Mídias Sociais: GuiiuG Comunicaçao | Dançado com: Bianca Lopes, Carolina de Sá, Cosme Gregory, Lindemberg Mallí, Iure de Castro, Paloma Tauffer, Vanessa Fonseca e Wesley Tavares.

Serviço

Focus Cia de Dança apresenta Bichos Dançantes e Still Reich, no Teatro do Sesi - PA - Av. Almirante Barroso, 2540 (Entrada pela Dr. Freitas), Belém – Pará.

Still Reich 

24 e 25 nov  - 20h

Link de vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/88825

Bichos Dançantes

26/nov - 16h

Link de vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/88824

Colaboradores da Petrobrás - Desconto de 50% na compra de até dois ingressos mediante apresentação do crachá.

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Festa para Mestre Tomaz em São João de Pirabas

Tem “Festa Cultural de São João de Pirabas: valorizando o turismo e a cultura popular”, neste final de semana, em homenagem ao Mestre Tomaz, tocador de flauta e grande ativista do carimbó, falecido em 2018, no município. Haverá feira de artesanato e apresentações musicais na sexta, 17, e sábado, 18 de novembro, a partir das 19h, na Avenida Beiradão. 

Um dos mestres de carimbó da região do salgado, Tomaz Pinheiro faleceu aos 79 anos, em 2018. Ele foi responsável pela organização de cordões de pássaros e é autor de composições com letras e versos simples, características do carimbó de raiz. Agricultor e folclorista, Tomaz retratou as belezas do município e os hábitos da sua gente através de suas músicas. 

Mestre Tomaz nasceu no Município de Santarém Novo, trabalhou como cultivador da terra e do folclore paraense por meio de suas composições musicais inseridas naquele gênero musical. Em certo momento de sua vida, mudou-se para Barcarena e, posteriormente, São João de Pirabas, cidade localizada região dos Caetés, nordeste do Estado do Pará, cuja qualificações são a minha carinhosa atribuição de cidade dos ventos; o fato de estar situada no litoral brasileiro do Oceano Atlântico; e a sua incomparável variedade de pescados”, diz a turismóloga e presidente da Fumbel, Inês Silveira, que coordenou o projeto em sua cidade. 

Tomaz participou ativamente da campanha de reconhecimento do gênero e da cultura do carimbó como patrimônio imaterial cultural brasileiro, sendo um dos mestres de cultura inventariado pelo IPHAN, em 2009, ano em que lançou o álbum “Canarinhos de Pirabas”, pelo selo da gravadora Na Figueiredo.

Programação reúne os artistas e grupos da cultura popular

Mestre Tomaz e seu grupo, no doc sobre sua
vida e obra, disponivel no Youtube
Nesta sexta-feira, 17, o público vai conferir as apresentações do grupo de carimbó “Mãe Maria”, representando o município de Pirabas, seguido do grupo o Popular, de Salinas , encerrando com nada menos que “Os Quentes da Madrugada”, do município de Santarém Novo. 

Já no sábado, a festa continua, com apresentações de André Sants e banda, de São João de Pirabas; Eduardo Du Norte e Tambores Encantados,  e encerrando com Pinduca e Banda, ambos de Belém. 

O objetivo é difundir as manifestações artístico-culturais do nordeste paraense, integrando a cultura popular e o turismo a partir dos saberes e conhecimentos dos mestres e mestras da música e da dança, em especial o carimbó. 

O projeto de extensão “Festa Cultural de São João de Pirabas: valorizando o turismo e a cultura popular” foi financiado via emenda parlamentar do Senador da República Paulo Rocha. A realização é do Ministério da Educação do Governo Federal, UFPA, Proex, Fadesp e Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA - UFPA). 

Serviço

Lançamento do projeto de extensão “Festa Cultural de São João de Pirabas: valorizando o turismo e a cultura popular”. Dias 17 e 18 de novembro, a partir das 19h, na Avenida Beiradão.