29.11.22

Circular foca na educação patrimonial e ambiental

O 43ª Circular Campina Cidade traz educação patrimonial, ambiental, além de opções culturais, gastronômicas, turísticas. Tudo neste domingo, 4. das 8h às 20h no centro histórico de Belém. Esta edição tem patrocínio do Banco da Amazônia e apoio do Instituto Alachaster, Máxima Segurança e Central de Produção Cinema e Vídeo na Amazônia.

O projeto se despede do ano de 2022 com música, exposição, oficinas, passeios, gastronomia, economia criativa. São 26 espaços que abrem as portas com vasta programação nos três bairros mais antigos de Belém - Cidade Velha, Campina e Reduto. Há inscrições para oficinas e passeios, um deles, para crianças, e ainda, shows ao ar livre e Ecopontos instalados no circuito: um no bairro da Cidade Velha, na Praça do Carmo, e o outro no bairro da Campina, em plena Av. Presidente Vargas. 

Essa edição está cheinha de novidades.  O Espaço Cultural do Banco da Amazônia, por exemplo, oferece ao público a oficina "Elétricos – Instrumentos Sonoros” (9h às 11h), ministrada pelo artista Rafael Naufel, cuja exposição "Esculturas Sonoras" foi selecionada no Edital de Pautas do Espaço Cultural. Todo material é fornecido pela oficina e as inscrições podem ser feitas de forma gratuita pelo site https://ninhocultural.com.br/esculturassonoras. 

Além da exposição e da oficina, o Banco da Amazônia também receberá no calçadão, em frente a instituição, na Av. Pres. Vargas, o show do TRIPA – o Trio Paraense, formado pelos músicos Luiz Pardal (violino), Paulinho Assunção (percussão) e Jacinto Kahwage (teclados), a partir das 11h30. 

E investindo na conscientização do destino e monetização do lixo, haverá um Ecoponto instalado próximo ao Banco da Amazônia, na Av. Presidente Vargas, apto a receber materiais reutilizáveis, trocando-os pela Moeda Verde Circular digital. Na  Praça do Carmo, na Cidade Velha, o Ecoponto funciona rtambém das 8h às 13h, recebendo materiais recicláveis. A partir das 18, haverá, show com Alan Carvalho e Ronaldo Silva. 

Anotem aí, onde vocês poderão utilizar a moeda digital durante a circulação: Amazônia Artesanal, Confraria do Fraga, Espaço Valmir Bispo, Prana Tropical, Hortinha do Reduto e Casa do Fauno.  No perfil de Instagram do @circularcampinacidadevelha é possível obter mais informações sobre como tudo funciona.

Circuitinho para crianças e roteiros para adultos

Circuitinho lúdico / Foto: Divulgação
Outra novidade nesta edição é a realização do Circuitinho Circular - "Pequenos passos: A Rua é a história”, um passeio/oficina para crianças de 5 a 10 anos. Iniciativa inédita de educação patrimonial, a ideia é promover a percepção e reflexão das crianças quanto à importância de preservar e valorizar os bens históricos, memória e as manifestações culturais que nos cercam por meio de uma caminhada.

A pequena caminhada tem concentração às 9h, na Praça Frei Caetano Brandão, com saída às 9h30, pela rua Siqueira Mendes. Ao longo do trajeto serão feitas paradas com intervenções teatrais, onde os condutores da ação, com coordenação da pedagoga Luci Azevedo, trarão informações históricas de prédios, casarões e igrejas existentes ao longo do percurso, que finaliza no Fórum Landi com atividades lúdicas de desenho e pintura. 

A ação contará com intérprete de LIBRAS para atender o público infantil de forma democrática e inclusiva. É necessária a inscrição, com envio do nome das crianças, idade e autorização dos pais para a captação de imagens, para o e-mail: circularcampina01@gmail.com. 

Roteiro no Reduto - Outro circuito à pé imperdível, desta vez para os mais velhos, é o roteiro "Percorrendo e Revelando Paisagens do Reduto''. O Bairro Industrial da Belém da Borracha"” que será realizado pelo GGEOTUR - Grupo de Pesquisa de Geografia do Turismo da Faculdade de Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPA. A saída será às 8h30, do Prédio do Complexo Histórico Tiradentes (Assis de Vasconcelos com Gaspar Viana).

O percurso vai abordar as formas herdadas e novos usos, além das formas desaparecidas e as formas recentes, passando pela pelas ruas: Gaspar Viana; Doca do Reduto, Vilas do Reduto; Municipalidade; Rui Barbosa, Ó de Almeida, Benjamim Constant, passando por uma visita à Casa do Fauno, na rua Aristides Lobo; Fábrica Phebo, Tv Quintino Bocaiúva; Rua 28 de setembro e Doca de Souza Franco.

 Espaços que abrem as portas nesta edição 

Studio Bohho - Foto: Otávio Henriques

Amazônia Artesanal, Antonieta Hostel, Café e Bistrô, Assembléia Paraense (sede social), Associação Fotoativa, Ateliê Jupati e Espaço Cultural Valmir Bispo Santos, Bar Nosso Recanto, Boteco Campos Sales, Cas'Amazonia Brasil, Casa do Fauno, Casa Soma Cultural, Casarão do Boneco, Centro Cultural da Justiça Eleitoral do Pará - CCJE, Coletivo Aparelho (Mercado do Porto do Sal), Confraria do Fraga, Espaço Cultural Banco da Amazônia, Espaço Cultural e Gastronômico Pimenta na Cuia, Espaço Vem, Kamara Ko, Rebujo, Restaurante Dona Joana, Restaurante do Rubão, Sebo da Frida, Solar Barão do Guajará, Studio BOHHO e Vila Prana.

Confiram a programação e para mais informações: @circularcampinacidadevelha.

BAIRRO DA CAMPINA

ASSEMBLÉIA PARAENSE – SEDE SOCIAL – Terrace -  Endereço: Av. Presidente Vargas, 762. Horário de funcionamento: 10h às 16h. Evento aberto ao público.

Arte Photoclube AP - Exposição “Alegorias do imaginário”.

Artistas participantes: Elieni Tenório, Erinaldo Cirino, Francisco Del Tetto Jr, Glauce Santos, Henrique Montagne, Ionaldo Rodrigues, José Viana, Keyla Sobral, Nina Matos, PP Condurú, Paula Sampaio, Pedro Cunha e Simões.   

Música ao vivo: A partir das 12h (voz e violão).

Para acessar o clube é obrigatório apresentação do comprovante de vacina com esquema de vacinação completo (2 doses).

CASA IGÁ – Endereço: Tv. Frei Gil de Vila Nova, 215. Horário de Funcionamento: 11h30 às 18h. Contato: (91) 98417.4209. 

Uma das causas do Circular é o patrimônio histórico. A Casa Igá tem a alegria de ocupar uma casa de 1902, que por si só, é patrimônio!

Ao pedir um prato da Casa, ou passando para conhecer, você recebe as Cartilhas de Ingredientes que reúnem algumas letras do alfabeto contando a história dos elementos utilizados na cozinha da casa e no preparo dos pratos, receitas da cozinheira Oriana Bitar.

As letras das cartilhas - e todo o projeto gráfico - são produzidas pelo designer Rafael Gondim que trabalha com tipografia vernacular.

CASARÃO DO BONECO -  Endereço: Av. 16 de novembro, 815 - próximo a Praça Amazonas. Horário de Funcionamento: 10h às 18h. O público paga QUANTO PUDER ao final de cada apresentação. Contato: (91) 98608-6006.

O Casarão do Boneco retorna ao Circular numa programação pra lá de especial para toda a família com contações de histórias, teatro, performance, show de mágica, teatro em miniatura e teatro com bonecos.

A partir das 10h:

Tadeu Amoras - O Pescador, o Rei e o Anel (contação de histórias).

Nanan Falcão - As histórias que meu guarda-roupa guarda: calças. (Teatro).

Alana Lima e Lucas Serejo  - O  Grande Circo em Miniatura (Teatro em miniatura).

Aníbal Pacha - Yael (Teatro em miniatura).

A partir das 16h 

In Bust Teatro com Bonecos - Pinóquio (Teatro com Bonecos).

Grupo Folhas de Papel -  Show de mágica com Magya e Mystério (Circo/Teatro).

Maurício Franco - Evanescente  (Performance) + Lanches da Dona Salvina ao longo da programação.

CENTRO CULTURAL DA JUSTIÇA ELEITORAL DO PARÁ – CCJE. Endereço: Rua João Diogo, 254, Campina – Belém-Pará (ao lado do Corpo de Bombeiros). Horário de Funcionamento: 9h às 16h. Contatos: 3346-8018/8521.  

Exposição Místicos e Bárbaros - Corpo, Sabor e Fé - a modernidade amazônica nos acervos de integrantes do judiciário paraense - Curadoria: Aldrin Moura de Figueiredo.

ECOPONTO – Praça do Carmo – R. Siqueira Mendes, s/n.

8h às 13h Ecoponto – Moeda Verde Circular

Leve material reutilizável (plástico, tecido, papel, eletrônicos) para trocar pela Moeda Verde Circular – Uma moeda digital que poderá ser trocada em espaços culturais durante a circularção.

Veja onde: 

Na Campina:

Espaço Valmir Bispo (Trav. Padre Prudêncio, 681, entre Carlos Gomes e Gama Abreu).

Na Cidade Velha:

Amazônia Artesanal (R. Dr. Malcher, 25. Ao lado da igreja da Sé. Cidade Velha).

Confraria do Fraga (Rua Veiga Cabral, 493).

No Reduto: 

Prana Tropical (Rua Vinte e Oito de Setembro, 913 - Esquina da Trav. Rui Barbosa).

Hortinha do Reduto (Rua Vinte e Oito de Setembro, 913 - Esquina da Trav. Rui Barbosa).

Casa do Fauno (Aristides Lobo, 1061, entre Benjamim e Rui Barbosa).

ESPAÇO CULTURAL BANCO DA AMAZÔNIA - Endereço: Av. Presidente Vargas, em frente à Praça da República.

9h às 11h Oficina "Elétricos – Instrumentos Sonoros” - Inscrições:  https://ninhocultural.com.br/esculturassonoras.

11h30 Show Tripa - Trio Paraense - Luiz Pardal, Paulinho Assunção e Jacinto Kahwage.

ESPAÇO VALMIR BISPO, TORÓ - GASTRONOMIA SUSTENTÁVEL E ATELIÊ JUPATI – Endereço: Tv. Padre Prudêncio,681(entre Carlos Gomes e Gama Abreu). – Horário de Funcionamento: 9h às 17h. Contato (91) 98513-3347.

Mostra Artística: “Paisagens Amazônicas”, com o artista visual Ivan Barros;

Feirinha Criativa: expositores diversos;

10h30h às 12h30 Bate-Papo: Amazônia Sustentável? 

“Existir, rExistir e coExistir" com a participação Dra. Andrea Coelho, Miguel Chikaoka e Ivan Barros. Mediação de Susane Rabelo do Toró Gastronomia Sustentável;

12h até 15h Almoço - Cardápio autoral do chef Wagner Vieira do Toró Gastronomia Sustentável.

13h até 14 Show Acústico com a banda Nota Alta.

FOTOATIVA – 9h às 20h - Praça das Mercês- contato (91)  99136.6479

KAMARA KÓ GALERIA - Endereço: Trav. Frutuoso Guimarães, 61. Horário de Funcionamento: 10h às 18h. Contato: (91)98190-7084. 

MOSTRA ‘COLETIVA DE DEZEMBRO

Coletivo DESUTILIDADES - Curadoria do Paulo Meiral.

“Bole-bole” - De Cláudia Leão, traz no miolo das pedras a ancestralidade do jogo; a vídeo performance “Bole-bole” funciona como tutorial da brincadeira; seus lenços com bordados do percurso de rios garantem que a saudade não se perca. 

Aquarelista Vera Cruz  - Constrói jogos de quebra cabeças onde as imagens a serem montadas são representações sobre ancestralidade afro-diaspórico, ao mesmo tempo metáfora e poderoso dispositivo pedagógico sobre o tema.

A obra de Delen de Castro - “Só quando este olho piscar” garante proteção, seja ela de qualquer natureza, enquanto o olho não pisca.

As lousas de Paulo Meira - Livre associação entre produção de conhecimento; permanência; transformações de estados da matéria. O cartaz “Sorria! Você está sendo escutado” nos lembra que sempre estivemos e estaremos sendo escutados... será que estamos fazendo barulho em excesso?

As Desutilidades de Miguel Chikaoka - Rei nu; Latência 1 (sagrado nú); Buraco negro e Latência 2, são objetos que projetam com semelhante grau de nitidez das “invenções de um tal de Morel.” São projeções do corpo nú do Rei, da sacralidade nua da santa, do infinito, do buraco negro.

CIDADE VELHA

AMAZÔNIA ARTESANAL - Endereço: Rua Dr. Malcher, 25. Ao lado da igreja da Sé. Cidade Velha. Horário de Funcionamento: 10h às 16h - Contato: 91-981824147 Instagram: @amazonia.artesanal.

10h às 16h Lojinha aberta com produtos autorais, vendas de conservas artesanais, licores, salgados, petiscos e cervejas, drinks e produtos para café.

12h às 15h Almoço em 3 tempos + muito carimbó com os "Falsos do Carimbó" - Couvert artístico: R$ 10,00/pessoa.

Recepção: drink de boas-vindas – licor de flor fada azul.

Entrada: “Buraco Quente Amazonizado” – Carequinha recheado com costela desfiada e finalizada com tucupi, jambu e um elemento secreto. 

Principal (opção 1): O Carbonara Paraense. Nossa invenção gastronômica para esse Circular. Mais gostoso que cafuné. Vem provar!

- Principal (opção 2): Pavulagem de Camarão - é salteado com azeite infusionado com alho negro, acompanha uma deliciosa salada mangueirosa, arroz de jambu, crispy surpreendente de jambu e farofa. Não gosta de bacon ou camarão? substitua pelo bife da vovó.

- Sobremesa: Mousse de açaí.

BAR E RESTAURANTE NOSSO RECANTO –Endereço:  Rua Siqueira Mendes, 24 Em frente à Praça do Carmo Cidade Velha. Horário de Funcionamento: Das 11h às 21h . Contato: (91)98166-9812.

Conhecido como o Bar do Seu Salomão e Dona Ione, aberto desde 1977. Palco da vida boêmia da Cidade Velha, segue como uma opção de boa música e comida gostosa.

No cardápio tem cervejinha gelada e petiscos: Camarão empanado, unha de caranguejo, isca de peixe, maniçoba e sua boa seleção musical.

CIRCUITINHO CIRCULAR – “Pequenos passos: A Rua é a história. 

Ação de educação patrimonial para crianças, que promove a percepção e reflexão das crianças quanto à importância dos bens históricos, memória e as manifestações culturais que nos cercam, por meio de uma caminhada lúdica.

Concentração: 9h - Praça Frei Caetano Brandão.

Faixa etária: 5 a 10 anos. 

Saída: 9h30

Local: Rua Siqueira Mendes / Praça Frei Caetano Brandão

Finalização: 11h30

Local: Fórum Landi - Atividades de desenho e pintura. 

A ação contará com intérprete de LIBRAS para atender o público infantil de forma democrática e inclusiva. É necessária a inscrição, com envio do nome das crianças, idade e autorização dos pais para a captação de imagens, para o e-mail: circularcampina01@gmail.com

COLETIVO APARELHO - Endereço: R. São Boaventura (Mercado do Porto do Sal). Horário de Funcionamento: A partir das 10h. Contato: 98878.0936.

Exposição Coletiva de Gyselle Kolwalsk, Vinícius Nascimento e Glenda Beatriz.

Feirinha Aparelho

Comidas e bebidas

10h Oficina de colagem para crianças com Glenda  Beatriz 

11h30 Lanche Colaborativo

12h O Mercado do Choro

14h Dj Luli

17h Encerramento da programação

CONFRARIA DO FRAGA – A partir das 9h – Rua Veiga Cabral, 493.

Reduto de artistas e personalidades do cenário cultural de Belém, o espaço reúne um acervo dos  mais de 5.000 vinis de Música Popular Brasileira e tem títulos gastronômicos conquistados no Comida di Buteco, com destaques para 2 primeiros lugares regionais e podiuns nacionais. 

ECOPONTO – Praça do Carmo – R. Siqueira Mendes, s/n.

8h às 13h Ecoponto – Moeda Verde Circular

Leve material reutilizável (plástico, tecido, papel, eletrônicos) para trocar pela Moeda Verde Circular – Uma moeda digital que poderá ser trocada em seis espaços culturais durante a circulação.

Veja onde:

Na Campina:

Espaço Valmir Bispo (Trav.Padre Prudêncio, 681, entre Carlos Gomes e Gama Abreu).

Na Cidade Velha:

Amazônia Artesanal (R. Dr. Malcher, 25. Ao lado da igreja da Sé. Cidade Velha).

Confraria do Fraga (Rua Veiga Cabral, 493).

No Reduto: 

Prana Tropical (Rua Vinte e Oito de Setembro, 913 - Esquina da Trav. Rui Barbosa).

Hortinha do Reduto (Rua Vinte e Oito de Setembro, 913 - Esquina da Trav. Rui Barbosa).

Casa do Fauno (Aristides Lobo, 1061, entre Benjamim e Rui Barbosa).

ESPAÇO GASTRONÔMICO PIMENTA NA CUIA – Endereço: Rua Rodrigues do Santos, 186- Cidade Velha. Horário de Funcionamento: A partir das 11h. Contato: (91) 8296.7878.

Cardápio: Pratos tipicamente amazônicos , assim como outros elaborados com requintado sabor. Venda da cachaça com jambu, licor e geleia.

Exposição “Objetos" - Do artista plástico paraense Marinado Santos – reconhecido em outros países como Alemanha, Miami/EUA, Roterdã/Holanda e França. 

Ambiente musical - Temperado com toques vintage de MPB, jazz, bossa nova, blues, samba, entre outros, onde o seu paladar é a nossa receita!

IGAPÓ LADRILHOS - Endereço: Tv. Siqueira Mendes (em frente a praça do Carmo). Horário de funcionamento: 10h às 14h. Contato: (91) 99143.4548. 

 Saldão de ladrilhos, modelos a pronta entrega!

 10h às 12h: Personalização de ladrilhos ao vivo – escolha um

modelo e as cores disponíveis na nossa fabrica e personalize seu

ladrilho na hora.

PRAÇA DO CARMO – Rua Siqueira Mendes - Circular Apresenta: Show musical de Ronaldo Silva e Allan Carvalho. Horário: 18h. 

RESTAURANTE DO RUBÃO – Endereço: Tv. Gurupá, 312. Horário de Funcionamento: A partir de 12h (meio-dia).

SEBO DA FRIDA - Endereço: Travessa Breves, nº 50- Entre óbidos e Tamandaré. Horário de funcionamento: A partir das 9h. Contato: (91) 9826.3525.

09h Coffee-break.

10h Bazar Frida/ Feirinha Marcas parceiras.

@EncantoseMimos

@Rosarioemflor

@FabioPurificacaoBrand

@Ywkiacessorioos

14h Momento Poesia.

15h Música com a banda Carbono XIV.

17h Música com Sérgio Leite.

SISTEMA INTEGRADO DE MUSEUS- SIMM- Contato Coordenação de educação- 4009.8695. Entrada gratuita, das 9h às 17h. 

Museu de Arte Sacra (Igreja de Santo Alexandre), Forte do Presépio (Museu do Encontro), Casa das Onze Janelas,  Memorial Amazônico da Navegação (Mangal), Museu de Gemas (São José Liberto) e Centro Cultural Palacete Faciola. 

Museu do Estado do Pará (MEP) -  Horário de funcionamento das 09h às 13h, portanto, diferente dos demais.

(O projeto Circular Campina Cidade Velha não se responsabiliza pelas alterações na programação enviada pelos espaços culturais nesta edição).

SOLAR BARÃO DO GUAJARÁ - 9h às 13h - Rua D'Aveiro (antiga Thomázia Perdigão, Praça Dom Pedro II, 62 – Contato: 3085.4801.

Visitas Monitoradas a cada trinta minutos.

Biblioteca e instituição pública, possui arquitetura portuguesa. Data de construção incerta, mas é considerado um marco da decadência do patriarcado rural. Atualmente é o Instituto Histórico e Geográfico do Pará e a biblioteca Barão de Guarajá. 

O Solar é um dos poucos prédios civis - que era de propriedade da nobreza regional - ainda presentes na malha urbana de Belém, antes de ser doado pela prefeitura na década de 1920, pertencia aos nobres do Império, visconde de Arari e o Barão de Guajará. 

Desde 1950, o solar é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).               

REDUTO

ANTONIETA HOSTEL, CAFÉ E BISTRÔ - Endereço: Avenida Governador José Malcher,  592. Horário de funcionamento: a partir das 8h. Contato : 91 98727-2421 ou 91 98258-0380. 

8h às 10h30 Buffet de Café da manhã

10h30 Oficina de Bolhas de Sabão Gigantes com Pedro Lindemayer da Faz me rir

12h Buffet de feijoada e samba

9h às 18h – Feira Antonieta + Visitação ao casarão

CASA DO FAUNO - 8h30 às 20h - Aristides Lobo, 1061 (entre Benjamim e Rui Barbosa) - Contato: (91) 8838.1808.

LOJA AUTORAL VEM - Endereço: Rua Ó de Almeida, 1083,  (Entre Rui Barbosa e Benjamin). Horário de funcionamento: 10h às 18h. Contato: 98519.3612. 

Loja Autoral VEM - mais de 20 marcas da cidade - Cultura regional, moda, acessórios e home decor são alguns dos segmentos que você encontrará na casa. 

Novidades – Lançamento da Coleção Copa - Camisas, acessórios e produtos decorativos.

Gastronomia - O melhor da comida regional com Kantinho da Helô.

ROTEIRO GEO TURÍSTICO - Contato: Gorretti Tavares (Coordenação do projeto)- (91)98831-1480. 

Roteiro: Percorrendo e Revelando Paisagens do Reduto - O Bairro Industrial da Belém da Borracha.

Saída: 8h30

Local: Prédio do Complexo Histórico Tiradentes (Av. Assis de Vasconcelos, com a rua Gaspar Viana).

Inscrições gratuitas: https://forms.gle/L5zgjh4zawbjq7Nt6

Percurso: Prédio Histórico Complexo Tiradentes; Rua Gaspar Viana; Doca do Reduto, Vilas do Reduto; Rua Municipalidade; Rua Rui Barbosa; Rua Ó de Almeida; Rua Benjamim Constant, visita à Casa do Fauno, na Rua Aristides Lobo; Fábrica Phebo; O casario da rua Quintino Bocaiúva; Rua 28 de setembro; Doca de Souza Franco. 

Informações: mariagg29@gmail.com

STÚDIO BOHHO - Endereço: Rua Tiradentes, n. 16, entre Tv. Piedade e Assis de Vasconcelos. Horário de Funcionamento: 9h às 20h. Contato: (91) 99281-2122.

Nômade, livre e muita personalidade. Lugar  de alegria e celebração, como um domingo em família. Arquitetura, paisagismo, arte, gastronomia e moda. Participação de marcas locais para imprimir a personalidade do espaço. 

10h – 12h Azulejoteca

9h – 17h Feira BOHHO

9h - 17h Brunch Garden 

9h - 17h Rádio BOHHO

VILA PRANA - 10 às 16h -  Rua Vinte e Oito de Setembro, 913 - Esquina da Trav. Rui Barbosa.

Ópera Armide encerra Festival do Theatro da Paz

O Festival de Ópera do Theatro da Paz encerra sua 21ª temporada com a montagem da primeira ópera barroca em 21 anos de existência. O clássico ‘Armide’, estreia nesta quarta-feira, 30, e terá mais duas récitas nos dias 02 e 04 de dezembro, no palco do Theatro da Paz, sempre às 20h.

A história da feiticeira Armide é uma adaptação de um poema épico de Tasso. Ela captura suas vítimas masculinas usando as artimanhas de seu sexo, fazendo com que se apaixonem por ela sem retribuir o amor. No entanto, quando a própria feiticeira se apaixona, tudo muda. Ela está dominada pelo amor que a consome à ruína. O herói, Renaud, é subjugado pelo charme erótico e corruptor dela.

Ambientada na Primeira Cruzada, é a história da paixão da feiticeira Armide por seu ferrenho inimigo Renaud. Incomum na época, a ópera concentra-se quase toda no personagem-título e em suas emoções conflituosas. Lully também é cativado pelo charme de sua feiticeira apaixonada. É o personagem que menos se espera inspirar nossa empatia que acaba conquistando pela beleza, emoção e poder expressivo de sua música. ‘Armide’ foi um sucesso imediato e tornou-se um clássico do repertório francês. Foi a ópera de Lully montada com mais frequência em Paris no séc. XVIII.

Primeira versão da ópera no Brasil

A montagem paraense de ‘Armide’, do compositor Jean-Baptiste Lully (1632-1687), tem direção musical e regência do maestro e cravista carioca João Rival, que vai comandar uma orquestra de vinte e dois músicos, sendo nove da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP). O maestro já teve a oportunidade de reger trechos dessa ópera muitas vezes, porém, será a primeira vez que regerá toda a obra, com elenco e músicos brasileiros. 

“Estou muito feliz com esta oportunidade maravilhosa de apresentar a primeira versão de ‘Armide’ no Brasil (após mais de 300 anos de sua estreia na França) em Belém e no Theatro da Paz. Será um marco na história da música brasileira, feito com muita dedicação, apoio genial Governo do Estado do Pará, muita competência dos músicos, um momento especial, único, de alta qualidade artística, para o deleite de todos”, explicou o maestro.

Para Nandressa Nunes, diretora de produção do Festival de Ópera, esse é um momento importante e de celebração. “Estamos chegando ao fim da temporada 2022 e o nosso saldo é muito positivo, principalmente por conseguirmos concluir mais uma etapa da formação dos nossos cantores líricos e trazê-los para o palco do TP com uma ópera barroca que será realizada pela primeira vez no Brasil e cujos desafios são inúmeros para toda a equipe. Mas, a missão foi dada e estamos cumprindo com louvor”, afirmou a diretora.

Sobre a produção musical e os detalhes, Daniel Araujo, diretor do Theatro da Paz e diretor geral do Festival de Ópera, explica que apesar de muito trabalho, a produção está tendo muito carinho com a montagem. 

“Nosso esforço maior foi aproximar a sonoridade dos nossos instrumentos aos instrumentos como eram tocados no período barroco, com a sonoridade que eles tinham na época. As cordas dos instrumentos foram trocadas por cordas como aquelas usadas no período barroco, a afinação da orquestra está diferente, próxima da afinação que era usada à época e estamos preservando toda a questão estilística, como se canta a música barroca, como se canta o barroco francês. Então, o público que comparecer ao Theatro da Paz não vai se arrepender e vai ter uma ótima experiência ao apreciar a música barroca da melhor qualidade”, finalizou.

O diretor de teatro e figurinista Marcelo Marques, assina a direção de cena, figurino e cenografia da versão paraense de ‘Armide’ e com sua equipe vem mantendo suas criações em sigilo, gerando muita expectativa. “Essa ópera fala de amor e o amor é sempre positivo, a experiência mais transformadora da vida, a mais fundamental, porém, a história já provou que pode ser terrível também. ‘Armide’ não é diferente disso", diz Marcelo.

Escrita no século XVII, foi também um grande desafio realizar esta montagem em Belém, "respeitando seu tempo, mas olhando para os dias de hoje, nos debruçando sobre o mundo em que vivemos. Então, a visão que se tinha da mulher no século XVII era muito diferente do que temos hoje e ainda mais do que se pretende para a mulher em curto e médio prazo”, explicou o diretor.

Para Bruno Chagas, secretário de Estado de Cultura do Pará, em 144 anos o Theatro da Paz vem ajudando a escrever diversas páginas da rica arte amazônida, reunindo artistas de diversas áreas, cujos ofícios se complementam, resultando no árduo trabalho de profissionais do canto lírico, dança, orquestra, cenografia, visagismo, figurino e cenotécnica. 

“A ópera ‘Armide’ finaliza uma temporada muito importante para o Theatro da Paz, que em 2022, viu surgir sua Academia de Ópera, que contribuiu para a formação de diversos profissionais; a continuidade do projeto Sons de Liberdade, que visa a reinserção de egressos do Sistema Prisional no mercado de trabalho da economia criativa; e uma parceria com a Embaixada da Áustria no Brasil, que acenou com o patrocínio de parte do orçamento do Projeto. Todas essas conquistas ressoam a esperança em um novo ano ainda mais promissor para a economia criativa do Estado, para a cadeia produtiva da ópera e para os amantes da arte em todas as suas dimensões”, finalizou o secretário.

Ficha técnica

Direção de cena, figurino e cenografia: Marcelo Marques 

Assistente de direção: Lucas Speck

Assistente de figurino: João Victor D’Alcantara

Maestro e cravista: João Rival

Regente do coro: Maria Antonia Jimenez

Iluminação: Rubens Almeida 

Visagismo: Omar Junior 

Armide: Carolina Faria 

Renaud: Lucas Gabriel 

Hidraot: Fellipe Oliveira 

La Haine (o ódio): Idaias Souto

Phènice: Tássia Tavares

Sidônia: Thaina Souza

Lucinda: Dhuly Contente

Melisse: Dulcianne Ribeiro 

Bergére e Ninfa: Elizabeth Moura

Le Chavalier e Artémidone: Tiago Costa

Aronte: Hugo Harley

Ubalde: Ytanaã Figueiredo 

Um amante: Alexsandro Brito

Diretor geral do Festival: Daniel Araujo 

Diretora artística: Jena Vieira 

Diretora de produção: Nandressa Nuñez

Serviço

Os ingressos para a ópera ‘Armide’ estão à venda na bilheteria do Theatro da Paz ou por meio do site: www.ticketfacil.com.br. O Festival de Ópera do Theatro da Paz é uma realização do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) em parceria com o próprio Da Paz e Academia Paraense de Música (APM).

(Holofote Virtual, com Úrsula Pereira, da Ascom do Theatro da Paz/ Fotos: Divulgação)

25.11.22

Leona Vingativa lança videoclipe Let’s Go To Hexa

Foto: Lucas Mont

Embalado por uma versão “tecno rock doido” do hino da Copa 2010, “Waka Waka”, da Shakira, o novo videoclipe chega ao público no próximo domingo (27), véspera do segundo jogo do Brasil no Mundial do Catar. A música é marcada por referências LGBTQIAP+ e à cultura periférica.

“Vocês podem esperar muita animação e muito Pajubá. O Pajubá é o dialeto utilizado pelas LGBTQIAP+ nas periferias. Nessa linguagem, ‘mulher’ vira ‘mapô’, ‘mentira’ vira ‘ekê’, entre outros termos que vocês vão conhecer em ‘Let’s Go To Hexa’. Esse trabalho nasceu da ideia de fazer uma música para a comunidade LGBTQIAP+ na copa. Minha expectativa é que o público abrace esse lançamento como sempre abraçou tudo o que eu fiz”, explica.

“Let’s Go To Hexa” é o terceiro lançamento de Leona com temática de Copa do Mundo. Aliás, foi justamente uma paródia alusiva ao Mundial que deu à artista um de seus primeiros virais: “Eu Quero Um Boy” (2014), versão de “Todo Mundo”, de Gaby Amarantos e Monobloco, hit da copa realizada em solos brasileiros. Já no campeonato seguinte, sediado na Rússia, Leona lança “Close e Carão na Copa 2018”. 

A artista conta que já existe uma pressão sobre ela para um bem humorado lançamento em anos de copa. “Meus fãs já vinham me pedindo para eu lançar o clipe da Copa. Com a parceria do meu produtor Renan Carmo, escrevemos a letra e a gente arrasou! E quisemos colocar o Pajubá e a ‘gaymada’, que muitos conhecem como queimada ou cemitério, que fez parte da infância de muitas de nós”, conta.

Para entrar no clima do campeonato, Leona desafiou a influenciadora digital Lupita Maravilha em uma partida de “gaymada”. Na batalha, o time Jurunas, liderado por Leona, enfrenta o time Guamá, que tem Lupita à frente. O clipe ainda traz diversos personagens conhecidos por quem acompanha as influencers nas redes sociais, como Paulo Colucci, a “Aleijada Hipócrita”, a “Bailarina” e a família Maravilha, além de moradores do bairro do Jurunas, onde o vídeo foi gravado.

Foto: Lucas Mont

“Tive a honra de trabalhar com pessoas que fazem parte do meu dia a dia, da minha vida. É o caso da minha amiga e vizinha Lupita, que sempre que eu preciso, ela está comigo, uma parceria de muitos anos”, diz Leona. Lupita também não escondeu a empolgação com a nova colaboração com Leona e reafirma a torcida pelo Hexa: “Espero que esse clipe chegue até o Catar e que a gente também seja campeão da Copa, né?”, brincou.

Um videoclipe repleto de referências à comunidade LGBTQIAP+ ganha um peso ainda maior na Copa deste ano, realizada no Catar, país com legislação discriminatória à homossexualidade. Para Leona, a música é uma forma bem humorada de protestar contra a homofobia e acolher os torcedores que se vêem excluídos diante da política do país que sedia o Mundial. 

“Nós, enquanto LGBTQIAP+, também somos brasileiros, também somos torcedores e a gente também quer fazer parte das comemorações, afinal, a Copa é de todos! É por isso que, este ano, optamos por construir uma música baseada no dialeto do Pajubá e na nossa ‘gaymada’. Com esse lançamento, a gente reafirma a nossa luta para vencer o preconceito e por mais respeito”, diz.

Sobre Leona

Leona ficou conhecida nacionalmente aos 10 anos de idade, a partir de 2008, pelos seus vídeos postados no Youtube, algo pouco comum na época. Nascida na periferia de Belém, no bairro do Jurunas, chamou atenção por seu talento para interpretação e improvisação mesmo tão nova, e por seus bordões tão falados até hoje. 

Após ganhar uma música de presente de sua madrinha, a cantora Gaby Amarantos, resolveu se lançar no mundo da música, produzindo hits, como “Eu Quero Um Boy”, “Frescáh no Círio” e “Não Pode Esquecer o Guanto”. Em 2021, foi convidada por Anitta para participar da gravação do videoclipe de “No Chão Novinha”, parceria da popstar mundial com Pedro Sampaio. As filmagens ocorreram em Belém, no Ver-O-Peso e na Vila da Barca.

Serviço

Leona lança videoclipe ‘Let’s Go To Hexa’

Quando? Domingo, 27 de novembro 

Onde? Canal da Leona no Youtube

Letra da música:

Leona na área

Leona na área

Chegou a copa

O Brasil vibrando

A bola no chão

O Neymar caindo

E as ‘bichas’ ‘grelhando’

O Brasil unido

Queremos o hexa

As irmãs ‘nervosa’

Agora ele vem

E a gente faz festa

Chamei as ‘trava’

E as ‘ursos’

E as ‘passivas’ tudo

Convoquei as ‘poc poc’

Chamei as ‘não binarie’ que é bem

E as ‘mapô’ podem vir também

Que a gente vai ganhar

‘Ilê’ arrumado sem ‘ekê’

‘My place’ joga o ‘purakê’

‘Manjheuri en el plato’ e um ‘picu’ babado

Let’s go to hexa

Ficha técnica:

Direção - Fabio Ramos

Assistente de Direção - Paulo Mendes

Assistente de Camera - Tauren Prado e Kamila Ferreira

Produção - Mandajob Produções 

Produção Executiva - Renan Carmo

Produção Musical - Will Love

Gravação de Voz - Tião (Estúdio BlackMamb4 Records)

(Holofote Virtual com texto de Fernando Assunção, da assessoria de imprensa)

22.11.22

"Mulheres da Sala 4" estreia no Espaço das Artes

Fotos: Gabriel Farias

Pesquisa, memória, consciência social, revolta e imaginação fundem-se no espetáculo "Mulheres da Sala 4", em cartaz no Espaço das Artes de Belém de  26 e 27 de novembro, 03 e 04 de dezembro, sempre às 19h. Ingresso: R$40 (inteira), R$20 (meia e antecipado). 

Regina, Elza, Arlete, Betânia e Clara, cinco mulheres muito diferentes que se veem forçadas a conviver no espaço diminuto daquela cela do Pavilhão dos Primários no presídio da Rua Frei Caneca no Rio de Janeiro. 

Enquanto testemunhamos cerca de 24 horas da opressiva rotina supervisionada pelo cabo Hélio da Silva e pela funcionária Das Dores, assistimos às complexas relações de conflito e companheirismo que se vão estabelecendo entre essas personagens. Na dura realidade daquele junho de 1937, toda pequena alegria, como um sonho bonito, uma fruta, uma bola e o som da voz do marido, é um motivo para apegar-se à vida. Seus nomes, biografias, dores, anseios e amores são todos ficcionais, mas oferecem um vislumbre do que foi a vida das verdadeiras Mulheres da Sala 4 e nos convida a refletir sobre a realidade passada sobre os presos políticos em uma era de ditadura e um anseio que tempos sombrios como estes não retornem.

“Foi um processo de muita conexão com a história de vida de cada mulher, mesmo que não tenhamos vivido exatamente o que elas viveram, o fato de todas compartilharem sonhos e dores nos une de alguma forma”, diz a atriz Giscele Damasceno que dá vida à Dona Regina, que foi presa por simplesmente ter um Livro em sua casa, que era considerado como suspeito.

“A palavra que eu usaria pra descrever o processo é “conhecimento”, durante todo o processo eu adquiri muito conhecimento sobre esse período, fiz muitas pesquisas, assisti muitas coisas e fui muito tocada por tudo que essas mulheres viveram durante a ditadura”, comenta a atriz Kate Por Deus que é quem nos relata a história durante o espetáculo.

De acordo com a atriz Eliane Gomes “O espetáculo Mulheres da sala 4 foi o processo mais potente que já participei em toda minha vida. Ele me tocou de várias formas. O nosso processo de pesquisa foi intenso, recheado de textos indutores, filmes, roda de conversas onde podíamos falar sobre o cenário da ditadura e por muitas vezes compará-lo ao cenário atual. Nossos ensaios foram regados de laboratórios onde trabalhamos muito os aspectos psicológicos dos nossos personagens. Uma vivência e tanto, um aprendizado pra vida.”

O espetáculo Mulheres da Sala 4 tem direção de Breno Monteiro e Leonardo Sousa, com produção de Lauro Sousa, figurinos de Lucas Belo, dramaturgia de Claudia Vidal, fotos de divulgação de Gabriel Farias, Identidade Visual de Everton Pereira e Leonardo Sousa. No elenco temos Eliane Gomes, Érika Mindelo, Everton Pereira, Evs Cris, Giscele Damasceno, Jamilly Donza, Kate Por Deus, Nilton Cézar e Ruthelly Valadares. É uma produção independente que faz parte da comemoração de 6 anos da Companhia Paraense de Potoqueiros, com o apoio do Espaço das Artes de Belém.

Ficha Técnica

Direção: Breno Monteiro e Leonardo Sousa

Dramaturgia e Pesquisa: Claudia Vidal

Produção e Maquiagem: Lauro Sousa

Figurinos: Lucas Belo

Cenografia: Breno Monteiro e Lauro Sousa

Sonoplastia: Leonardo Sousa

Iluminação: Breno Monteiro

Fotos: Gabriel Farias

Artes: Everton Pereira e Leonardo Sousa

Elenco: Eliane Gomes, Érika Mindelo, Everton Pereira, Evs Cris, Gisele Damasceno, Jamilly Donza, Kate Por Deus, Nilton Cézar e Ruthelly Valadares. 

Serviço

Espetáculo Teatral "Mulheres da Sala 4". Sessões: 26 e 27 de novembro, 03 e 04 de dezembro de 2022, sempre às 19h.  Ingresso: R$40 (inteira), R$20 (meia e antecipado). Local: Espaço das Artes de Belém - Rua Tiradentes, 35 – Reduto. Ingressos antecipados com valor promocional no site Sympla: https://www.sympla.com.br/mulheres-da-sala-4__1796721

19.11.22

A 9a edição do Festival Tapajazz em Alter do Chão

Na próxima semana que for a Alter do Chão, em Santarém-Pa, terá um atrativo a mais para se apaixonar pelo lugar. De 24 a 26 de novembro é onde será realizada a 9a edição do Tapajazz. O palco montado na Praça 7 de Setembro receberá atrações com os diversos sotaques instrumentais do Brasil. 

Os três dias de música à beira do Tapajós contam com músicos paraenses, do Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Amapá. De Santarém, teremos o Canto de Várzea, que movimentou a cena musical da cidade entre os anos 1980 e 1990. Nesta edição do Tapajazz,  comemora seus  40 anos, com o mesmo espírito e o ritmo da vida amazônica, com que surgiu. 

O público também vai conferir a apresentação do Trio Lobita, cujo show traz canções do universo do samba, do choro e autorais, dividido entre instrumental e cantado. Em 2017, o grupo também lançou o disco Na Marola, com repertório autoral e em parceria com outros artistas e músicos especialistas em maxixe, polca, baião e choro.

Alan Gomes, de Macapá (AP), também marca presença. Atuando como musicista profissional desde os 11 anos de idade, já contabilizando 32 anos de trajetória, como cantor, compositor, músico e diretor musical. Em seu trabalho, mistura os ritmos da cultura da Amazônia com demais estilos musicais universais, destacando os tambores de batuque e marabaixo que são os sons tradicionais da cultura amapaense, sua identidade.

O violonista Zé Paulo Becker, que fez uma belíssima apresentação no Tapajazz Mostra Belém, em setembro, retorna para mostrar o espetáculo ao público de Santarém. No palco, ele estará acompanhado por Dudu Oliveria, no sax e flauta; Rodrigo Villa, no contrabaixo e de Cassius Theperson, na bateria. Já o  guitarrista Delcley Machado, é mais uma atração do Pará. Ele, que já esteve em Alter do Chão anos atrás, acompanhando, neste mesmo palco, o guitarrista mineiro Toninho Horta, mostrará seu trabalho autoral. 

Michel Pipoquinha e Pedro Martins, pela primeira 
vez no Tapajazz.
O Tapajazz também traz, pela primeira vez, o show de Michael Pipoquinha e Pedro Martins, jovens que se envolveram com a música na infância e seguiram carreira, se apresentando pelo mundo. Ambos são artistas precoces. O guitarrista e compositor Pedro Martins surpreende com sua capacidade de ser profundo com tão pouca idade. Michael Pipoquinha teve seus primeiros contatos com o violão, na infância, através de seu pai, Elisvan Silva, que também é musico. Em 2007 com 11 anos, começou a se apresentar profissionalmente. 

Também é imperdível a apresentação de Filó Machado, cantor, compositor, multi-instrumentista, arranjador e produtor, com 60 anos de carreira, 13 discos gravados e 1 indicação ao Grammy Latin Jazz, recebendo o merecido título de "mestre da música". Ele apresentará canções autorais, inéditas e releituras de grandes obras da MPB. Estará acompanhado por Felipe Machado, seu neto, cantor, violonista e compositor, e por Lisandro Massa, pianista e arranjador, que fecha o trio.

Jane Duboc, que estará de volta ao Pará, se apresentará, mais uma vez com a Amazônia Jazz Band, com novidades no repertório, para homenagear o grande Sebastião Tapajós. Juntos, gravaram, entre outros trabalhos, o Cd “Da Minha Terra”, uma obra clássica da música paraense. A parceria com a Amazônia Jazz Band teve inicio com a gravação do DVD da big band, em 2016, no Theatro da Paz. 

O patrocínio desta 9a edição é da Equatorial Pará, via Lei Semear, do Governo do Estado. A realização é da Fábrica de Produções. O Tapajazz é primeiro festival de jazz do interior amazônico e um dos quatro do gênero na nossa região. Em 2021, o festival também foi decretado Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Pará.  Este ano, como em todos os anteriores, o músico Sebastião Tapajós receberá homenagens do músicos. O saudoso violonista, falecido em 2021, inspirou o nome do projeto, assim o rio que lhe deu o nome artístico.

PROGRAMAÇÃO

QUINTA-FEIRA,  24 DE NOVEMBRO

CANTO DE VÁRZEA (PA) – 20H

TRIO LOBITA (PA) – 21H

SEXTA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO

ALAN GOMES (AP) – 20H

ZÉ PAULO BECKER (RJ) – 21H

DELCLEY MACHADO (PA) – 22H

SÁBADO, 26 DE NOVEMBRO

MICHAEL PIPOQUINHA E PEDRO MARTINS (SP) – 20H

FILÓ MACHADO TRIO (RJ) – 21H

JANE DUBOC E AMAZÔNIA JAZZ BAND – 22H

Serviço

9º Tapajazz, de 24 a 26 de novembro, com apresentações no palco montado em frente à Praça da igreja de Nossa Senhora da Saúde, em Alter do Chão, Santarém – Pa. Patrocínio Equatorial Pa, via Lei Semear, Governo do Pará. 

Maria José na exposição do Prêmio Tomie Ohtake

A artista Maria José Batista participa em São Paulo da abertura da exposição resultante do 8o Prêmio Tomie Ohtake que em 2022 premiou 10 artistas mulheres, selecionadas entre 1.898 inscritas. "Foi uma surpresa - eu não esperava ser selecionada entre tantas artistas inscritas. Sendo o prêmio de uma instituição tão importante como é o Instituto Tomie Ohtake, recebo como uma valorização do que eu faço e da minha trajetória, mulher amazônida e periférica. É também uma oportunidade de mostrar nacionalmente o meu trabalho".

A arte de Maria José é expressão de um olhar atento ao seu redor: "eu olho para o cotidiano da minha cidade, do meu bairro e o entorno. Lanço meu olhar também aos ribeirinhos, que falam de uma Amazônia onde todos nós estamos incluídos", diz a artista, que começou a atuar no campo artístico em 1997 depois de fazer oficinas na então Fundação Curro Velho, com Mestre Nato (1952-2014), e vem participando de exposições e projetos culturais dentro e fora do estado.

Na exposição, também estão obras de Clara Moreira - Recife, PE; Guilhermina Augusti - Rio de Janeiro, RJ; Jasi Pereira - Salvador, BA; Josi - Itamarandiba, MG; Marjô Mizumoto - São Paulo, SP; Panamby - Raposa, MA; Terroristas del Amor - Fortaleza, CE;  Vulcanica Pokaropa - Presidente Bernardes, SP, além de Moara Tupinambá, também de  Belém, como Maria José.

A seleção coube ao júri formado por Aline Albuquerque, Júlia Cavazzini, Horrana de Kássia Santoz, Priscyla Gomes, Renata Bittencourt, Rita Vênus e Sallisa Rosa. Cada artista recebeu a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para despesas relacionadas à produção e transporte das obras, além de acompanhamento do júri por meio de conversas on-line, visando o enriquecimento e o aperfeiçoamento de suas pesquisas e práticas, evidenciando o caráter formativo da premiação. A oitava edição se completa com a publicação de um catálogo impresso com as obras presentes na mostra.

Realizado desde 2009, o prêmio promove em 2022 uma edição especial voltada exclusivamente a artistas mulheres trans, cis e pessoas não binárias, buscando reconhecer trajetórias e potencialidades, respondendo à falta de visibilidade historicamente conferida a essas produções.

Serviço

8º Prêmio Artes Tomie Ohtake. Em São Paulo, de 19 de novembro até 05 de fevereiro de 2023. Mais informações: https://premioartes.institutotomieohtake.org.br/

18.11.22

Festival de Barcarena deixa de fora artistas locais

O Festival do Abacaxi sempre foi cultuado pelo povo de Barcarena. Mestre Vieira, quando vivo, era atração e levava ao palco, a Guitarrada, gênero musical reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Pará. Este ano, porém, a prefeitura deixou de fora os artistas locais. Indignados, eles tentaram ser recebidos pelo prefeito Renato Ogawa. Não foram atendidos. Em outubro, os músicos chegaram a se manifestar pelas redes sociais e escreveram uma Carta Aberta que não foi publicada na ocasião. Havia esperança de que houvesse mais compromisso para com a cultura local, dentro do "Mega Festival", como destacou, nesta sexta, 18, o caderno encartado no jornal O Liberal.  O blog recebeu a carta e a publica, na íntegra, a seguir: 

CARTA ABERTA AO POVO DE BARCARENA, VISITANTES E IMPRENSA 

Pela 1ª vez em 40 anos, a prefeitura de Barcarena não apresenta os artistas da terra no Festival do Abacaxi. Sem justificativa aparente, a atual gestão da prefeitura de Barcarena, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, não incluirá atrações locais na programação do 40º Festival do Abacaxi. É a primeira vez, em 40 anos de festival, que isso está acontecendo. Essa atitude revoltou nós músicos e artistas em geral da terra do criador da Guitarrada, Mestre Vieira.

Todos os anos, desde que o evento foi criado, na década de 1980, com objetivo de incentivar o cultivo do abacaxi nas áreas rurais do município e apresentar aos visitantes toda a arte e cultura local, havia uma agenda de apresentações musicais com os artistas da terra, grupos folclóricos e de danças, mas com o passar dos anos e com o crescimento do festival, os eventos foram mudando de local e formato. 

Vale lembrar que os primeiros eventos foram realizados na frente da cidade e depois passou ao Centro de Exposição Cultural Professora Maria Siqueira, construído no centro de Barcarena, com capacidade de acomodar mais de 10.000 pessoas, e onde todos os cantores e bandas da cidade se apresentavam, inclusive a maior atração da cidade, Mestre Vieira. 

Na administração anterior já começaram a desvincular os artistas locais do palco principal, criando um “Circuito Cultural”, que acontecia uma semana antes do Festival do Abacaxi, e no qual só as bandas locais se apresentavam. Até aí tudo bem, aceitamos, pois de qualquer forma ainda se oportunizou trabalho e visibilidade aos grupos locais. Atualmente, porém, nem uma coisa e nem outra, pois não contrataram nenhuma atração do município de Barcarena para a festa deste ano de 2022. É a primeira vez que isso acontece. 

Por conta disso, uma comissão de músicos foi até a Prefeitura de Barcarena pedir explicações da exclusão da classe artística do município no referido festival, e nos foi informado pelo Chefe de Gabinete, Sr. Paulo César, que encaminhou a situação ao Secretário de Cultura, Sr. José Oscar Vergolino, mas que ao ser procurado por nós, informou que não daria mais tempo de organizar um evento só para contemplar os músicos locais.

Esperaram que a classe se manifestasse para pensar nisso? Fomos pegos de surpresa, pois todos já esperavam pela participação, afinal somos os artistas da terra, mas foi esta a resposta e é esse o valor que essa administração atual da prefeituras dá a uma categoria que se esforça para fazer o melhor, que sempre está a postos para animar as noites em bares, bailes, formaturas, etc.  

Não somos contra a contratação de atrações, que inclusive recebem sempre cachês milionários, sejam elas nacionais e até de fora do país. Queremos e merecemos de ter mais respeito e valorização em nossa própria Terra, a terra do Mestre Vieira, o qual nos deixou o legado da Guitarrada. 

Em 2011, a Guitarrada foi decretada Patrimônio Cultural do Estado do Pará, pela Lei de n° 7.499, reconhecendo a devida importância do ritmo para a cultura do estado. Aqui em Barcarena, onde nasceu o gênero, temos gente de valor e um grande número de bandas de qualidade, com diversos trabalhos realizados e gravados. 

Somos chefes de família que temos a música como ofício e/ou complementação dos nossos rendimentos e nos esforçamos para apresentar o melhor. Fica aqui a nossa indignação e repúdio aos nossos gestores atuais. Esperamos que com esta carta as nossas vozes sejam ouvidas e que a situação seja revertida. 

A cultura é a identidade de um povo. Sem ela, perdemos não apenas nossa identidade, mas nossos valores e princípios.  

Comissão de músicos de Barcarena-Pa, em 24/10/2022

Manifesto Visagento estreia com duas temporadas

Vandiléia Foro estreia "Manifesto Visagento", resultado da conexão entre uma pesquisa de mestrado e outras fabulações artísticas que alimentam as ações poéticas da artista. O espetáculo tem 40 minutos, traz interação com o público e se apresenta por meio de sobreposições de imagens trabalhadas com um pano que vai desdobrando-se em várias figuras. As apresentações serão neste final de semana, dias 19 e 20, na Olaria Mundiar e, no Teatro Waldemar Henrique, de 23 a 25 de novembro, em ambos os espaços sempre às 20h.

“Manifesto Visagento” é um feitiço cênico que parte das sensações causadas pela quedas e desabamentos que todos nós passamos na vida. Essa dança pessoal em que sensações movem o desabamento do corpo/alma em um grito de sufocamento e livramento, deslocando a artista em suas conexões com curandeiras da mata e mães do corpo que banham e lavam a vida, em ato de benzeção. “Nesse espetáculo convido ancestralidades caboclas e danço pela cura do mundo.  É um ato de delírio cênico que move o corpo e o faz ter coragem para enfrentar qualquer queda e a transformá-las em dança”, define a artista.

Vandiléia Foro nasceu em Icoaraci/Belém e tem vivido o teatro desde 1997, quando participou da primeira oficina de teatro e contação de histórias na Biblioteca Pública Municipal Avertano Rocha. A partir daí mergulhou de cabeça no teatro formando-se no curso técnico da Escola de Teatro e Dança da Ufpa. Além do Pará, já participou de trabalhos em Belo Horizonte e São Paulo, experiências que contribuíram para firmar sua trajetória. 

“Hoje busco nas artes da cena, conectar e acoplar as linguagens cênicas que gosto muito como a Dança Butô, a performance, o teatro de formas animadas, a contação de histórias. Minha formação acadêmica também contribui para minhas pesquisas no teatro”, continua ela que também é Licenciada em História, Mestra em Artes, atualmente Doutoranda no Ppgartes UFPA. 

"Manifesto Visagento” também pode ser visto como um desdobramento da pesquisa da artista com o barro e suas memórias. Em 2017, ela apresentou "VerParacuri", para o qual pesquisou o teatro de formas animadas em elação com o artesanato do Paracuri e o barro foi matéria prima do trabalho.  No Manifesto Visagento a relação com o barro vem por conta da artista morar em uma casa antiga construída por barro, onde hoje também existe o espaço cultural Olaria Mundiar.

“É preciso dizer que minha casa passou por uma queda, uma parte da parede caiu e quando ela veio abaixo era muito barro a vista. Esse acontecimento foi disparador para a pesquisa do mestrado e que se  transformou no espetáculo”, explica a atriz, prestes a trazer seu 'Manifesto Visagento" ao público, escolhendo dois espaços significativos em sua vida e que dialogam diretamente com o proprio espetáculo e suas interações.

A Olaria Mundiar tem sido o espaço em que ela tem experimentado fabulações artísticas e é também sua moradia e onde durante a pandemia, o isolamento social disparou seus delírios criativos para essa construção. “Naquele período chegamos a apresentar um experimento cênico chamado “Manifesto Visagento do Mundo”, pelo YouTube. Nesse sentido, este novo “Manifesto Visagento" é um desdobramento disso e penso que a primeira apresentação presencial precisa ser realizada na própria Olaria Mundiar”, explica Vandi. 

Além da Olaria, o espetáculo também será mostrado no Teatro Experimental Waldemar Henrique. “Esse lugar também conversa bastante com o Manifesto Visagento. Desejo desde já criar esse caminho para as outras apresentações. Ter uma trabalho que dialoga com teatros e com espaços culturais independentes como casas, casarões e espaços institucionalizados”, conclui.

O espetáculo conta com uma equipe de diversos profissionais já experientes das artes cênicas paraense, contando com o apoio da equipe do Casarão do Boneco e Tárik Coelho. Na direção, a atriz, pesquisadora e diretora Adriana Cruz, com produção do Produtores Criativos e divulgação do Holofote Virtual – Comunicação Arte Mídia.

Ficha técnica

Direção: Adriana Cruz 

Atriz: Vandiléia Foro 

Fotos e Iluminação: Marckson de Moraes

Operação de luz: Wellington Bruno

Trilha sonora: Cincinato Marques Junior 

Operação de som: ĺtalo Matta

Registro de Imagem: Cincinato Marques Junior 

Cartaz: Vandiléia Foro

Produção: Produtores Criativos / Cris Costa, Fafá Sobrinho, Thiago Ferradaes, Andréa Rocha e Nanan Falcão 

Divulgação: Holofote Virtual – Comunicação Arte Mídia

Agradecimentos: Casarão do Boneco e Tárik Coelho

Serviço

Espetáculo “Manifesto Visagento”. Apresentações: Dias 19 e 20, na Olaria Mundiar (Trav. Gurupá, 178 – Cidade Velha) e de 23 a 25, no Teatro Waldemar Henrique (Praça da República - Campina), sempre às 20h. Ingressos: antecipado R$15,00 , no dia R$ 20,00 (inteira) R$10,00 (meia). Informações: 91 98269-0206 . Mais informações: (91) 98269-0206/ (91) 98134.7719.

2.11.22

Botos cinzas que me encantaram em Mocajuba-Pa

Não é lenda, vou logo avisando! Em Mocajuba, no Pará, tem uma tradição que você não acreditaria se eu não mostrasse aqui, com direito a reels no Instagram. Esses e outros botos cinzas se aproximam cotidianamente do trapiche que fica em um mirante construído especialmente em homenagem a eles, no atual mercado da cidade. De forma dócil, eles interagem com o público e até nadam com as pessoas. Como não se encantar?

Estive no município recentemente e conheci a Luiza Pereira e o Ricardo Calazans que tomam conta e cuidam dessas belezuras. Ela é médica veterinária, coordenadora do Mirante do Boto, trabalha pela prefeitura; e ele é cientista, especialista em cetáceos (ordem de mamíferos aquáticos), pesquisa e escreve sobre estes animais em revistas científicas. 

E tudo isso começou há 52 anos, quando um pescador começou a interagir com uma bota, dando pedaços de peixe para ela. Os filhotes já nasceram próximos e seguiram a tradição da mãe. Aos poucos as crianças também começaram a interagir com eles, quando desciam para lavar a louça do peixe que seus pais vendiam no mercado. 

Foi assim que mais e mais crianças e depois os adultos também foram chegando. E quando viram, todos os dias lá estavam os botinhos na beira do rio, próximos ao mercado antigo, fazendo gracinhas e recebendo pedaços de peixes da população. Em 2013 vieram pesquisadores interessados nos estudos e puderam observá-los bem de perto. A partir de 2017, a prefeitura assumiu a questão e, buscando preservar a saúde dos animais, construiu o Mirante do Boto. 

Ricardo me disse que mesmo vindo à beira receber peixes, nenhum deles perdeu seu instinto de liberdade e seguem caçadores pelo rio Tocantins. E Luíza me explicou que eles também são muito inteligentes e foram percebendo que quanto mais graciosos e brincalhões eles são, mais ganham peixes. Eles são ao todo 17 botos, machos, fêmeas juvenis, filhotes. Todos são monitorados e têm nome e também a atração turística mais adorável da cidade. 

Mocajuba é uma cidade encantadora, também por seus vários recantos, sua beira rio deliciosa e suas praias, além de possuir muita floresta e sítios no entorno, onde é possível se deliciar com manga, bacuri, cupuaçu. A feira, aliás, é farta em frutas, peixes e especiarias. Soube que as férias de julho são animadas por lá. Gostei muito do povo também, alegre e tranquilo. Fica a dica! A distância em linha reta entre Mocajuba e Belém é de 243 km, cerca de 4 horas de viagem.

Siga: @botosdemocajuba

Veja o reels: @holofote_virtual

1.11.22

Memória de Mestre Vieira celebrada em Barcarena

Em 2012 - Gravação do DVD Mestre
Vieira - 50 Anos de Guitarrada.
Foto: Renato Chalú

Joaquim de Lima Vieira teria completado 88 anos, em 29 de outubro. Todos os anos, em Barcarena, mesmo após seu falecimento em 2018,  a data é celebrada. Este ano, porém, o dia caiu na véspera das eleições, por isso a festa será nesta quinta-feira, 3 de novembro, como sempre, realizada em frente à casa Mestre Vieira, a partir das 18h30, com direito a um passeio ciclístico, shows e lançamento de livro sobre a obra e vida do músico. A realização é da Família Vieira e do Fã Clube 100% Barcarenense.

A programação começa fazendo alusão a um hábito que o guitarrista tinha de pedalar pela cidade. Um passeio ciclístico sairá, às 18h30, da frente da casa em que ele viveu, em Barcarena, percorrendo algumas vias, em direção ao Cafezal, de onde retornará ao ponto inicial. A iniciativa da homenagem partiu do Coletivo Pedal Para Todos, que realiza passeios ciclísticos semanais no município. Haverá um carro som tocando músicas de Mestre Vieira e vários participantes usarão camisas floridas, relembrando estilo do artista se vestir para suas apresentações musicais. 

“Mestre Vieira sempre amou andar de bicicleta. Todas as manhãs, ele pegava sua bicicleta e saia para fazer compras na feira e ir outros lugares. Muitas vezes nós queríamos levar ele de carro, mas ele não aceitava. Gostava de pedalar e ir parando e falando com as pessoas, era uma rotina diária de Mestre Vieira”, diz o filho tecladista, Wilson Vieira .

Enquanto segue o passeio, na frente da casa Mestre Vieira (R. Santo Antônio), a partir das 19h, haverá apresentações musicais, que trazem a participação de vários grupos e músicos de Barcarena, além de convidados. Estão confirmados Os Dinâmicos, Waldo Possa, Di Maravilha, Dinho Santos, Essência Marques, WV10, Filhos do Mestre, Jéssica Costa, Nazareno Muniz, Trilha, Saulo Caraveo e DJ Manoel Pressão.

“A gente sabe que essa união de gêneros musicais sempre esteve junto com Mestre Vieira. Em seus discos e CDs, ele gravou bregas, forró, baião, mas tudo convertido para o gênero Guitarrada. E pra gente é uma alegria imensa realizar todos os anos essa festa, junto com vários outros artistas de seguimentos diversos. Isso mostra o respeito e o carinho que todos tinham com Mestre Vieira, e isso só fortalece a nossa cultura e nossa Guitarrada, legado deixado pelo eterno Mestre Vieira”, diz o filho baterista e produtor musical, Waldecir Vieira.

LANÇAMENTO

O Songbook Mestre Vieira
Foto: Gabriel Dietrich

Nesta quinta-feira, 3, dentro da programação dessa festa, vamos também, finalmente lançar o songbook Mestre Vieira em Barcarena, a convite da família Vieira e do Fã Clube 100% Barcarenense. 

Haverá sessão de autógrafos, venda e também faremos doação de exemplares a instituições sociais e de ensino do município para que mais pessoas tenham acesso a sua obra. O livro integra o projeto Inventário Mestre Vieira e traz  informações e registros de sua vida e obra, além de 30 partituras. No site, que também faz parte do projeto, há também fotografias, vídeos e outros materiais, coletados durante os 10 anos em que acompanhei sua trajetória de perto. 

Em 2012, gravamos o DVD Mestre Vieira – 50 Anos de Guitarrada (Lei Semear), com duas noites de apresentações no Theatro da Paz. O grupo Vieira e Seu Conjunto também nos inspirou a realizar uma série de animação intitulada Os Dinâmicos (Prodav-2014/Ancine), em que os músicos se transformam em heróis quando ganham super poderes com os acordes da guitarra de Mestre Vieira. Já o Inventário foi um projeto escrito em 2017 com objetivo de organizar esse acervo. Foi selecionado pelo Rumos Itaú Cultural, resultando no songbook e na repaginação do site. 

Incentivo à cultura da Guitarrada em Barcarena

Banda Filhos do Mestre - Foto: Otávio Henriques

A festa de aniversário do Mestre sempre foi comemorada, mas começou a se tornar tradição mesmo, em 2014, quando em comemoração aos seus 80 anos foi realizado um grande show na frente da cidade.  Depois disso, incentivadas pela família Vieira e pela professora Betinha, então presidente do Fã Clube 100% Mestre Vieira, as celebrações passaram a ser realizadas, todos os anos, na frente da casa de Mestre Vieira. 

Em 2017, a festa voltou a ocupar as ruas. Após o almoço com os amigos e um breve descanso, ele foi levado em carro aberto, novamente até a orla de Barcarena, onde no palco, atrações locais e de Belém se apresentaram para ele e cantaram parabéns. Foi sua última apresentação. Vieira faleceu em 2 de fevereiro de 2018, mas em outubro daquele ano, a tradição continuou, como segue até hoje. 

“É uma grande honra poder continuar esse legado da minha mãe, que foi presidente do Fã Clube de Mestre Vieira, que sempre foi pra gente uma inspiração de música, de alegria e de cultura, porque eles nos representava e continuará sempre nos representando. Nós,  como fã clube, temos uma grande honra de continuar essa festa. Convido a todos para participar dessa festa aqui no município de Barcarena”, diz Martinha Barbosa, filha da prof. Betinha, falecida em 2021, em decorrência da pandemia da Covid-19.

Dia Municipal da Guitarrada e Festival do Abacaxi


Os Dinâmicos - Raízes da Guitarrada, em 2021
Foto: Luciana Medeiros 
Em 2019, por meio de um requerimento do Vereador Laurival Filho, incentivado por pessoas da comunidade, tendo à frente a professora Betinha, a data de 29 de outubro foi decretada Dia Municipal da Guitarrada. O que espera-se com isso? Que sejam promovidas iniciativas de incentivo e fomento à cultura da Guitarrada no município, por meio de políticas públicas.

Por enquanto nenhum movimento em direção a isso, pelo contrário. O 40o Festival do Abacaxi, por exemplo, o evento cultural de maior estrutura realizado pelo município, este ano não vai apresentar nenhum grupo de guitarrada, quebrando outra tradição, pois quando estava vivo a participação de Mestre Vieira, em todos os anos, era obrigatória.  E para espanto maior, não foi só a guitarrada ficará de fora do Festival do Abacaxi deste ano, como não haverá nenhuma atração do município, seja lá que for o estilo musical. 

Músicos e artistas de Barcarena escreveram em suas redes sociais sobre o assunto, revelando a insatisfação da classe artística, indignada com a gestão do prefeito Renato Ogawa na área da cultura. Disseram que em 40 anos é a primeira vez que isso está acontecendo e até agora nenhuma explicação foi dada aos artistas, que justificasse essa espécie de boicote à cultura local, na minha opinião. Este ano, o evento cresceu e deixará de ser realizado no Centro de Exposição Cultural Professora Maria Siqueira, com capacidade para 10 mil pessoas, para ocupar, de 4 a 6 de novembro, só com atrações nacionais, um complexo bem maior, construído no Cafezal. 

LEGADO E RELEVÂNCIA

Mestre Vieira, em 2017 - Forte do Castelo
Foto: Luciana Medeiros

Mestre Vieira gravou 13 LPs, 4 CDs, participou de projetos especiais como Mestres da Guitarrada e Os Dinâmicos, e segue influenciando várias gerações de músicos, em especial, guitarristas. Nascido em Barcarena, em 29 de outubro de 1934, ele foi responsável por criar a Guitarrada. Em 2008, recebeu a Medalha de Honra ao Mérito Cultural, pelo então ministro Gilberto Gil. Em 2011, o gênero musical criado por ele, foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Pará (Lei nº 7.499/2011), via PL de autoria do deputado Carlos Bordalo. 

Dada a relevância de sua obra, o mesmo deputado, em 2021, apresentou na Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA), uma moção que propõe à Secretaria de Estado e Cultura-SECULT, a criação do Memorial Mestre Vieira na Fundação Cultural do Pará, mas até o momento sem notícias de que esteja em andamento. Mais recentemente, também está tramitando na ALEPA, em Belém, um Projeto de Lei  de autoria da Dep. Dilvanda Faro, que torna a obra de Mestre Vieira Patrimônio Cultural do Pará. O PL (225/2022) está na Comissão de Cultura, aguardando entrar em votação.

Serviço

Sarau Mestre Vieira - Quinta-feira, 3 de novembro, em Barcarena-Pa, a partir das 18h30, com passeio ciclístico - Saída da Casa Memorial Mestre Vieira, na R. Santo Antônio, onde haverá shows, concursos de dança e lançamento do songbook Mestre Vieira, a partir das 19h.

Saiba mais:

www.mestrevieira.com.br (site)

@mestrevieira_guitarrada (Instagram)

@inventariomestrevieira (Facebook)

Aquisição do livro/Songbook Mestre Vieira

(91) 98134.7719