28.3.18

Aleluia! Vai rolar Amostraí no Casarão do Boneco

Pois é, Semana Santa chegou e quem não viajou quer encontrar programação também para as crianças em Belém. Bingo! O evento realizado sempre no último sábado de cada mês, no Casarão do Boneco, está de volta. No  Amostraí do dia 31 de março, um sábado de Aleluia, a programação traz contação de histórias com Roberta Brandão e Grupo Xamã, e espetáculo teatral, com a In Bust Teatro Com Bonecos. Tudo a partir das 19h e com entrada: Pague Quanto Puder.

Te prepara que lá vem as histórias. A programação começa com “Sereias do Mundo”, que traz as histórias dos lendários seres dos mares e rios. Costuradas com canções interpretadas pela atriz Roberta Brandão, ora tocadas no pandeiro ou no caxixi, as histórias ganham som, objetos animados, dança e encenação.

A primeira tem como pano de fundo o Japão, mais especificamente o rio Mogami, onde vive a sereia japonesa Ningyo. Na trama, ao contrário do imaginário de sereia ocidental, essa tem outros tipos de encantaria. “Como surgiram as ondas” é o segundo conto apresentado, protagonizado no continente Africano, trazendo a ancestralidade e os deuses africanos são o protagonistas da história.

A última história se passa aqui na região do norte. Na ilha de Maiandeua, na praia de Algodoal. Com a presença divertida de um estrangeiro, o conto fala sobre crescimento desordenado dos espaços habitados pelo homem e sobre a sereia mais famosa do lugar: a Princesa.

Em seguida tem “Histórias do mundo todo para todo mundo”, com o grupo Xamã trazendo mais duas histórias contadas. A primeira história se chama “As Serpentes que roubaram a noite”, de Daniel Munduruku. Sobre o guerreiro Karu Bempô foi escolhido para negociar com a rainha das serpentes, a Surucucu, pois foi descoberto que elas tinham roubado a noite. 

O segundo é “O contador de histórias”, conto popular Russo sobre Yacoub, que sonhando sempre cada vez mais alto, ele estava apaixonado pelo mundo. Porém, o mundo à sua volta pareceu-lhe sombrio, brutal, seco de coração, de alma obscura, e ele sofria com isso. Como fazer com que fosse melhor? Vivia a se perguntar, até que um dia teve uma ideia: e se lhes contasse histórias?

O grupo Xamã, formado por contadores de história, surgiu a partir da paixão pela palavra, pelo texto, pela partilha de histórias. “Nosso sonho é povoar o mundo com as histórias e tornar melhor a vida das pessoas, pelo poder da palavra, afinal, este é o papel do xamã: curara a alma através das palavras.” diz Janete uma das contadoras do grupo.  

"Curupira", da In Bust
E para finalizar a noite, a In Bust Teatro Com Bonecos apresenta o espetáculo "Curupira", sobre a história de Seu Jovino, que caçava e pescava mais do que precisava até encontrar pela frente o Curupira para dar uma boa lição, deixando-o mundeado. Por sorte do caçador, aparece um Pajé para ajudá-lo.

Em cena, os atores da In Bust interpretam com bonecos Sumano, Suprimo e Dona Menina, que utilizam paródias das toadas de boi, carimbó e samba de cacete – ritmos das culturas paraenses, para apresentar os personagens representados por bonecos naturalistas com manipulação de vara, acompanhados por bonecos máscara, mamulengo e outros mais. Curupira se tornou o primeiro episódio do Programa Catalendas, em 1999, na TV Cultura do Pará e esteve em circulação nacional, em 2005, pelo Projeto Palco Giratório do SESC.

Serviço
Amostrai - Mostra de teatro. Data: 31 de março. Hora: 19h. Ingresso: Pague Quanto Puder - Casarão do Boneco - Av 16 de Novembro 815 (entre Veiga Cabral e Pça Amazonas). Informações: 91 3241.8981 e 98949.8021 (zap).

24.3.18

Projeto Circular retoma ações no Centro Histórico

O Circular Campina Cidade Velha acaba de divulgar que sua  21ª edição será realizada em 8 de abril, marcano o início de suas ações públicas em 2018. Mantendo o formato com programações culturais de dois em dois meses, com dezenas de espaços culturais abrindo as portas, o projeto também retoma a publicação digital da Revista Circular. Uma das novidades deste ano, além de novos espaços que aderem a circulação, será a realização de um fórum. 

Este ano, o projeto já conta com  novos parceiros: Os espaços CoLab, De Bubuia, o projeto Laboratório da Cidade, a Feira Movimenta Cidade Velha, da Rede Sereia, e o Atelier da Giza, que se juntam aos demais espaços que vem fortalecendo esta rede nestes últimos quatro anos.  O Fórum vai trazer para a roda de debate e propor ações e políticas públicas para o centro histórico, ampliando o diálogo entre poder público, empresariado local, comunidade e gestores culturais. Ainda em construção, mas com data já prevista para setembro. 

No mais, o projeto mantem o formato já conhecido do público, com programações em um domingo, de dois em dois meses, com participação de espaços como restaurantes, galerias, museus, coletivos artísticos, passeios ciclísticos e à pé, histórico e geo turístico, sebos, ateliers. 

A programação completa, em todos os espaços participantes nesta edição, nosso mapa da mina e aplicativo atualizado estarão em breve no site do projeto (www.projetocircular.com.br). Até a semana que vem, porém, a página de evento já estará soltando o que cada espaço programa para a edição. Você pode conferir também as páginas de cada parceiros, Para saber quem são, acesse o site do projeto www.projetocircular.com.br.

Mais informações:

22.3.18

Bate papo com Joe Bennett lança Festival de HQs

Em Belém ele é Benedito José Nascimento ou simplesmente “Bené”. Já nos EUA. Joe Bennett, que bate papo com o público, neste sábado, 24, às 17h, na Livraria Leitura, no Shopping Pátio Belém, marcando o lançamento do Amazônia Comicon – Festival de Histórias em Quadrinhos e Cultura Pop, que será realizado em abril no Espaço Esportivo Cultural Maestro Altino Pimenta.

“Bené” é paraense, mas virou Joe Bennett quando passou a desenhar para a Marvel, nos EUA. O quadrinista tem carreira consolidada desde sua contratação pela Marvel Comics Bennet. Em 2016, passou a trabalhar para a DC Comics, para desenhar o início do confronto entre Superman e Batman. Desenvolveu cinco histórias. O tema ganhou a telona nesse mesmo ano.

Tamanho talento não poderia ficar de fora do Amazônia Comicon – Festival de Histórias em Quadrinhos e Cultura Pop, o principal festival com este caráter na região norte, que este ano pretende reunir um time de 40 artistas entre eles feras da HQ que desenham para as poderosas editoras norte-americanas.

Em 2018 o festival se realizará nos dias 27, 28 e 29 de abril, no Espaço Esportivo Cultural Maestro Altino Pimenta, com exposições, feira de produtos de cultura pop, palestras, shows, concurso de Cosplay, lançamento de revistas, e participação da convidada especial Taryn Spilman, dubladora do filme  Frozen, da Disney. Enquanto o festival não começa, fica a dica para quem ama HQ. O bate papo imperdível. Para saber mais, veja a entrevista com o artista no canal Mundo Comic.

Serviço
Lançamento do Festival Amazônia Comicon 2018. Bate papo com Joe Bennet - Dia 24 de março, às 17h, na Livraria Leitura (3º piso do Shopping Pátio Belém). Entrada franca e sorteio de brindes e ingressos para o Amazônia Comicon.

20.3.18

Ester Sá de volta a cena com o teatro documental

"Iracema Voa", por Ester Sá (Fotos: Alberto Bitar)
Parece que foi ontem. Em dezembro de 2008, a estreia de “Iracema Voa”, no Instituto de Artes do Pará (Casa das Artes), era notícia neste blog, que tinha acabado de ser criado. O resultado cênico da Bolsa de Pesquisa concedida pelo então IAP, à atriz Ester Sá, está de volta em cartaz nesta quarta-feira, 21, às 20h, no Teatro do Sesi.

O universo do Pássaro Junino e dos programas de auditório da década de 50. Quadrilhas juninas, Pastorinhas. Construído a partir de memórias de Iracema Oliveira, folclorista, tele e radio atriz, comediante, apresentadora e produtora de programas de rádio. 

O texto de Ester Sá conta com citações de trechos de obras de Francisco Avelino de Oliveira e Raimunda Oliveira. As músicas foram retiradas da obra popular Pastorinhas Filhas de Sion e do cancioneiro popular da década de 50, além do samba enredo criado em homenagem à Iracema Oliveira pela escola de Samba Cacareco.

“Iracema Voa é um marco em minha carreira, pois ele desenhou um momento importante de criação e pesquisa, no sentido de afirmação de uma estética, dentro da poética do meu fazer. O espetáculo reúne muitas coisas que são importantes para mim: a narrativa, o documental, além do conteúdo que me proporcionou abertura a conhecimentos que fazem muito sentido para mim, como sentir de perto o movimento criativo da cultura popular. E também teve e tem uma resposta muito positiva tanto da classe artística, quanto do público em geral”, reflete.

Depois da estreia, “Iracema Voa” ganhou temporada novamente no IAP e no Teatro Cláudio Barradas, Teatro Cuíra, Teatro Maria Sílvia Nunes, SESC Boulevard e no Teatro Plínio Marcos  em Brasília, além de lugares não convencionais, como num salão paroquial em Marabá e numa sala em Benevides, mas estava sem apresentações desde 2015.

“Não é muito fácil manter um espetáculo em cartaz, em nosso cenário atual. Costumo dizer que vivemos de criar estratégias para sobreviver, e vamos levando com amor (embora também com cansaço) essa nossa opção de fazer teatro”, complementa.

Além de “Iracema Voa”, Ester Sá realizou mais um trabalho com essa temática documental, o “Nina Brincadeira de Menina”, sobre a artesã Nina Abreu, de Abaetetuba. “Considero esse trabalho um espetáculo de contação de história”, diz Ester que circulou ano passado pelo SESC Amazônia das Artes.

“Tenho feito muitos trabalhos narrativos, e mantido minha parceria musical com Renato Torres com o Tambor de Dentro, além de algumas incursões, ainda não publicadas, pela literatura infantil. Mas confesso, que reapresentar Iracema Voa está me dando vontade de voltar para um processo de criação teatral”, finaliza.

Iracema Voa - Leia também o bate papo com Iracema Oliveira aqui. Ela fala desNo dia 21 de março ela estará presenta à apresentação, vendo sua própria vida ser encenada, enquanto também comemora seu aniversário de 81 anos.

Ficha Técnica original
  • Elenco, pesquisa, direção e dramaturgia- Ester Sá
  • Consultorias – Aníbal Pacha e Karine Jansen
  • Criação e operação de Luz – Sônia Lopes
  • Criação e operação de Sonoplastia – André Mardock
  • Arranjos Musicais – Renato Torres e Banda do Pássaro Tucano
  • Músicos Convidados: Renato Torres, Chiquinho do Acordeom, André Mardock, Diego Leite e Banda do Pássaro Tucano
  • Concepção Visual – Aníbal Pacha
  • Cenário – Mestre Nato
  • Adereços – Mestre Nato e André Mardock
  • Assistência de confecção de cenário – Shirlene Cruz e Thayla Crislane
  • Figurino – Aníbal Pacha
  • Confecção de Figurino – Telma Queiroz
  • Vozes convidadas: Santino Soares, Pauli Banhos, Paulo Marrat
  • Registro – André Mardock e Marcelo Rodrigues
  • Fotos e Arte Gráfica – André Mardock
Serviço
“Iracema Voa”. Única apresentação nesta quarta-feira, 21, no Teatro do Sesi, às 20h. Na Doutor Freitas, com Almirante Barroso. Ingresso R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia entrada).

"Iracema Voa" e comemora seus 81 anos de vida

A 2a temporada no IAP em 2009 (Foto: Alberto Bitar)
A trajetória da artista está de volta á cena com o espetáculo "Iracema Voa", que resulta de uma pesquisa da atriz Ester Sá. A apresentação, nesta quarta-feira, 21, às 20h, no Teatro do Sesi, marca os 10 anos do espetáculo, além do aniversário de 81 anos da artista, com quem bati um super papo, que publico agora no blog.


Duas mulheres que sonham e realizam. Iracema Oliveira e Ester Sá. Duas gerações. Elas se uniram pelo amor à arte. Ester Sá ganhou em 2008 a Bolsa de Pesquisa e Experimentação do Instituto de Artes do Pará (Casa das Artes) para investigar a trajetória artística de Iracema Oliveira, que desde a infância acompanhava o pai nos folguedos juninos, viveu entre Pássaros, Quadrilhas e Pastorinhas. Depois enveredou pelo teatro, televisão e rádio onde ainda está atuante, paralelamente ao trabalho de Guardião do Pássaro Tucano.

Mestra de Pastorinha (Prêmio Minc), Mestra da Cultura Popular (Prêmio da Fundação Cultural do Pará) e Guardiã do Pássaro Junino Tucano e Grupo Frutos do Pará. “Eu me sinto feliz por receber reconhecimento pelo meu trabalho, o artista precisa disso”, comenta a atriz.

“Iracema Voa” não era encenado desde 2015, o que torna a apresentação no Teatro do Sesi, uma grande oportunidade para conferir o universo do Pássaro Junino e os programas de auditório da década de 50, além das quadrilhas juninas, Pastorinhas e outras facetas da vida de Iracema, que completa no dia da apresentação do espetáculo 81 anos de vida, mais da metade dedicados ao Pássaro Junino.

Trajetória de luta e conquistas do Pássaro Junino

Iracema Oliveria e o Pássaro Tucano  (Foto: Úrsula Bahia)
“O Tucano anda bem das pernas”, me diz Iracema Oliveira, atendendo a uma entrevista para o blog, neste final de semana. “Há dificuldades porque você sabe que para os Pássaros os espaços físicos desapareceram, mas o Tucano tem sorte de ter sempre um lugar para se apresentar”, comenta.

É mérito dela. “Porque tudo que faço é com amor e por amor. Isso eu trouxe de berço, não encontrei nos livros, mas na vivência, no meu cotidiano. Já passei conhecimentos para meus filhos, estou passando para meus netos e tenho certeza que minha estrada ainda é longa”, diz.

Em junho, o grupo apresenta a peça “A Vingança de Uma Feiticeira”. “Os papeis já foram distribuídos”, diz Iracema, que há mais de 40 anos é Guardiã do Pássaro Tucano, cumprindo a árdua tarefa de se fazer cultura popular, quando não há muitos incentivos públicos e os espaços de apresentação são raros.

Figurinos do Pásaro Tucano (Foto: Úrsula Bahia)
“Eu sempre tenho em mente que a esperança é a última que morre. E eu acredito e espero que as coisas melhorem. Gostaria que abrissem mais editais, pois eles é que nos ajudam a realizar projetos, viajar e divulgar nossa cultura. Projeto nós temos, passamos o ano inteiro em torno disso, toda nossa equipe envolvida, mas é preciso mais apoio e incentivo”, diz Iracema.

Em 2010, Iracema já chamava atenção aqui no blog para a necessidade de se fundar um teatro para as apresentações dos Pássaros, como já houve o Teatro São Cristóvão, hoje, em ruínas. Naquele ano, ela também tinha acabado de aprovar um projeto de Ponto de Cultura, que continua funcionando em sua própria casa. Na entrevista concedida ao blog na ocasião

Pergunto se ainda hoje o público interage com as apresentações do Pássaro junino. Ela diz que sim, mas que depende do texto e da peça. “O Tucano sempre provoca essa interação, até porque fazemos muita apresentação na comunidade. Daí, na parte cômica as crianças se envolvem, e no drama, muita gente chora, e nós nos emocionamos. A troca com o público é muito importante”, afirma.

As várias facetas de uma vida dedicada à arte

A voz do P[assaro junino do Pará (Foto divulgação)
Atriz de rádio, televisão e cinema. Cantora e Radialista.  Aos 81 anos de idade, Iracema Oliveira diz que se sente uma mulher realizada. Além do Pássaro e das Pastorinhas, Iracema também coordena o grupo Parafolclórico Frutos do Pará, que há 25 anos trabalha com jovens que através das danças entram em contato direto com a cultura tradicional amazônica.

“Desenvolvemos nossos projetos através da Associação Cultural Francisco Oliveira, que ganhou o nome de meu pai, numa homenagem em reconhecimento a tudo que ele nos deixou”, diz ela, que o acompanhava já aos 8 anos de idade em grupos juninos como os de cordões de pássaros. Assim, o Compositor Velho Chico como era chamado pelos amigos, foi o responsável sua inserção na vida artística.

Do teatro, Iracema oliveria traz belas memórias também. Trabalhou com Cláudio Barradas, Cleodon Gondim e Albertinho Bastos, sob a direção deles. “Fiz mais espetáculos com o Cláudio Barradas, pois ele era o diretor do Grupo de Teatro da UFPA, do qual eu fazia parte. Foram muitas peças mas a que mais marcou foi ‘Odorico, o Bem Amado’. Foi muito bonito”, lembra.

Iracema segue atuante na Rádio Marajoara
Iniciou na Rádio Marajoara em 1954. Até o momento são 64 anos de carreira só nesta área. “Continuo trabalhando. A rádio até hoje faz parte do meu dia a dia”, comemora ela, radioatriz, locutora e cantora, que na década de 70, chegou a ser considerada a “Rainha do Rádio Paraense”, apelidada pelos colegas de trabalho.

“Minha vida é isso: rádio, televisão, teatro, cinema, Pássaro, Pastorinha, Grupo folclórico, além dos amigos que me procuram. Eu vivo em função da arte. Tenho muito carinho pelos trabalhos que faço e com o reconhecimento me dá vontade de vencer e ir para frente com mais vontade de lutar e de vencer”, finaliza.

Serviço
“Iracema Voa”, de Ester Sá - baseada na trajetória artística de Iracema Oliveira. Única apresentação nesta quarta-feira, 21, no Teatro do Sesi, às 20h. Na Doutor Freitas, com Almirante Barroso. Ingresso R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia entrada). 

14.3.18

Ruy Godinho lança livro com um Talk Show

O talk show de lançamento de “Então, Foi Assim? Os bastidores da criação musical brasileira” - Volume IV, de Ruy Godinho traz participação de Sandra Duailibe, Nilson Chaves e Pedrinho Cavalléro. O livro vem na sequência da série homônima, que publicou o volume I, em 2008; o Volume II, em 2010, Volume III, em 2013, e lançamento da trilogia, em embalagem comemorativa, no ano de 2015. Na Cervejaria Oficial Umarizal, às 21h. Ingressos: R$ 30,00. 

Composto de histórias de como surgiram 40 músicas do cancioneiro popular brasileiro, este tomo, além de especificações do processo criativo musical de dezenas de compositores consagrados e as particularidades das relações de parceria – presentes nos volumes anteriores -, o Volume IV traz respostas para o que comumente inspira os autores e o diferencial de cada um deles no cenário musical do Brasil.

O pesquisador, produtor multimídia, escritor e radialista Ruy Godinho lançará no dia 20 de março de 2018, uma terça-feira, o livro “Então, foi assim? Os bastidores da criação musical brasileira” - Volume IV, de sua autoria, na Cervejaria Oficial, às 21h, em alto estilo. O lançamento ocorrerá em meio a um talk-show, com participações da cantora Sandra Duailibe e dos cantores e compositores Nilson Chaves e Pedrinho Cavalléro.

No show, o autor contará histórias de composições que serão ilustradas por interpretações dos artistas convidados. Entrevistará Nilson e Pedrinho sobre músicas de suas respectivas safras, que serão, em seguida, interpretadas pelos artistas. 

No repertório do show: Certas Canções (Tunai/Milton Nascimento), Engenho de Flores (Josias Sobrinho), SáMarina (Antonio Adolfo/Tibério Gaspar), além de TempoDestino (Nilson Chaves/Vital Lima), dentre outras.

Então, foi Assim? Os bastidores da criação musical brasileira, Volume IV, é o resultado de pesquisa iniciada em 1997, sobre as origens de músicas que se transformaram em sucessos nacionais. A pesquisa revela - por meio de um texto leve, saboroso e surpreendente - o momento da criação, as emoções, as situações em que essas 40 músicas foram criadas; desvenda os bastidores do ato criativo e os mistérios que cercam a criação musical brasileira.

Estão presentes neste volume as biografias de Espanhola (Flávio Venturini/Guarabyra), Porto Solidão (Zeca Bahia/Ginco), Frisson (Tunai/Sergio natureza), Tia Eulália na Xiba (Cláudio Jorge/Nei Lopes), Engenho de Flores (Josias Sobrinho), História sem fim (Flávio Henrique/Dado Prates), Maria Fumaça (Kleiton/ Kledir), Samba da Zona (Joyce), Toada (Zé Renato, Cláudio Nucci/ Juca Filho), Coração de estudante (Wagner Tiso/Milton Nascimento) e  Saga (Filipe Catto).

E ainda de Purpurina (Jerônimo Jardim), Baião de quatro toques (Zé Miguel Wisnik/Luiz Tatit), Fênix (Flávio Venturini/ Jorge Vercillo), Natureza (Ivanildo Vila Nova/ Xangai), Paciência (Lenine/ Dudu Falcão), Mazzaropi (Jean Garfunkel/Paulo Garfunkel), Para Lennon e Mc Cartney (Lô Borges/ Márcio Borges/ Fernando Brant), Tropicana (Vicente Barreto/Alceu Valença), Cais (Milton Nascimento/Ronaldo Bastos), Jura secreta (Sueli Costa/Abel Silva), Brincar de viver (Jon Lucien/Guilherme Arantes), Crápula (Dante Ozzetti/Luiz Tatit), Tempodestino (Nilson Chaves/ Vital Lima), Senhora liberdade (Wilson Moreira/Nei Lopes), Vapor Barato (Jards Macalé/Waly Salomão), 

A página do relâmpago elétrico (Beto Guedes/ Ronaldo Bastos), Paulista (Eduardo Gudin/ J.C. Costa Netto), Boi da Lua (Cesar Teixeira), Certas Canções (Tunai/ Milton Nascimento), Trem do Pantanal (Geraldo Roca/Paulo Simões), Essa mulher (Joyce/ Ana Terra), Clube da Esquina Nº 2 (Lô Borges/ Milton Nascimento/ Márcio Borges), Zanzibar (Armandinho/ Fausto Nilo), Tiro cruzado (Nelson Ângelo/ Márcio Borges), Estrela (Vander Lee), Coisas do Brasil (Guilherme Arantes/Nelson Motta), Maria Ninguém (Carlos Lyra), Pavilhão de espelhos (Lula Queiroga) e O trem azul (Lô Borges/Ronaldo Bastos).

A pesquisa começou quando Ruy Godinho e Adriane Lorenzon produziam o programa “Estação Brasil”, para a Rádio Cultura, em 1997. O programa tinha o quadro “A Origem da Música”, em que os compositores revelavam exatamente o momento da criação. Esse acervo foi se acumulando e Ruy Godinho teve a ideia de transformar em livro, que foi editado pela ABRAVÍDEO e estará disponível no local ao custo de R$ 40,00 cada exemplar.

Serviço
Talk-show de lançamento do livro "ENTÃO, FOI ASSIM? Os bastidores da criação musical brasileira” Vol. 4, de Ruy Godinho. Na Cervejaria Oficial Umarizal - Antônio Barreto nº 1176. Dia 20 de março, às 21h. Ingressos: R$ 30,00. Classificação indicativa: 18 anos. Informações: (91) 99310-8569 / 99270-7915. Sessão de autógrafos com o autor, ao final do evento. Volumes à venda no local: R$ 40,00. A realização é da ABRAVIDEO. Apoio Cultural: Casa de Viagens, Palco Locação e Gráfica Movimento.

(Informações enviadas pela produção do evento)

Sammliz faz o 1o show do ano no Sesc Boulevard

Fotos: Julia Rodrigues/Divulgação
"Mamba - Show Especial Mês da Mulher Perigosa". Trazendo set list com músicas inéditas, experimentações sonoras e músicas do seu primeiro álbum solo, a cantora será acompanhada po Leo Chermont (Guitarra), Sabá (Guitarra), Dan Bordallo (Teclados/Synth ) e Jr Feitos (Bateria). Nesta sexta, 16, às 19h, no Sesc Boulevard, entrada gratuita.

O show também trará surpresas e  releituras de compositoras consagradas nacionalmente. Além disso, todas as mulheres presentes no show receberão de presente o disco da cantora, de graça. Sammliz é paraense e mesmo que seu nome esteja associado à efervescente nova cena do Pará, não é de hoje que a compositora chama atenção. 

Foram 11 anos à frente da banda Madame Saatan, expoente nome que emergiu no começo dos anos 2000, em Belém, e que logo tornou- se conhecida pelos shows arrebatadores e o público que mesmerizava, ganhando território à medida que crescia a atenção pela música independente, autoral e fora do circuito RJ-SP feita no Brasil na época. Foi uma das mais originais e expressivas bandas independentes brasileiras a circular pelos principais festivais nacionais enquanto esteve em atividade.

O disco de estréia em carreira solo, em 2016, Mamba, saiu pelo selo Natura Musical, álbum quase 100% autoral com produção assinada pela própria artista, Leo Chermont (Strobo) e João Lemos (Molho Negro), e com direção artística de Carlos Eduardo Miranda. Um diário de alegorias sobre o tempo, o amor, a morte, e a esperança, Mamba é marcado por simbolismos das forças da natureza e a mística feminina. 

Pesado, pop, vigoroso e sombrio, onde o stoner e a eletrônica se fundem, entre camadas densas de guitarras e efeitos delicados, seguindo um caminho peculiar, dramático, sensual, movendo-se entre programações pensadas como o fio condutor pulsante da música, que ainda encontra espaço para referências a ritmos latinos, como a cumbia, e bregas clássicos. 

O disco constou nas principais listas de sites e jornalistas especializados, entre os melhores lançamentos nacionais de 2016, e teve shows de lançamentos e circulação em capitais como São Paulo, Maranhão e Belo Horizonte, além de Belém. Em 2017 Sammliz lançou o single clipe Deusa da Lua (Mulher Perigosa), parceria com Dona Onete, direção de Adrianna Oliveira, trabalho que presente em várias listas de melhores clipes nacionais do ano.

Serviço
Sammliz - Show Mamba Especial Mês da Mulher Perigosa. Nesta sexta, 16, 19h. No Sesc Boulevard - Boulevard Castilho França, 522/523, Campina. Entrada franca

(Informações enviadas pela assessoria de imprensa)

Marisa Brito inicia turnê de "Coração na Boca"

A cantora e compositora paraense inicia por Belém a primeira série de shows deste ano, nesta quarta-feira, 14, em formato acústico e pocket, no café do Ziggy Hostel Club, e na quinta-feira, 15, no Sesc Boulevard, com repertório completo, inspirado no seu primeiro EP solo. No Ziggy, ingresso a R$10,00 e no Sesc Boulevard, entrada gratuita.

O EP “Marisa Brito”, lançado em 2017,  chamou a atenção de fãs e da cena paraense de música pela delicadeza vocal e pela profundidade dos sentimentos que as canções de Marisa evocam. Com um pé no sudeste e outro no norte, a artista vive em meio a duas cidades de extremos que influenciam diretamente no resultado de seu trabalho. 

“Eu tento sempre extrair o que há de melhor dos dois lados. Acho que viver nesse vai e vem Belém-São Paulo desde criança me ensinou muito, me ajudou a desenvolver uma visão de mundo um pouco mais ampla. Mas musicalmente eu me considero uma artista paraense, pois toda minha formação musical foi desenvolvida em Belém e minhas raízes estão aqui. Ao mesmo tempo, minhas influências musicais e artísticas são múltiplas, não são ligadas exclusivamente a nenhum lugar. Tento me conectar com as músicas de todos os cantos do mundo, e São Paulo tem um pouco do mundo todo”, explica Marisa.

O EP “Coração na Boca”, também lançado em 2017, rendeu estreia no Festival Se Rasgum, em novembro do ano passado. “Eu acredito que a questão mais marcante e diferente dessa fase é o fato do repertório ser composto quase que 100% por composições minhas. 

Já que antes eu não me mostrava como compositora, era apenas intérprete na Euterpia. E cantar as minhas próprias composições tem um sabor especial. Principalmente porque essas músicas dialogam diretamente com o meu amadurecimento como pessoa, como mulher. Quem via a Euterpia acompanhou a Marisa ainda com ar de menina. Hoje sou uma mulher, mais madura, com uma visão de mundo mais definida, empoderada”, declara a cantora.

Muito mais que criar música e cantar como uma forma de dar voz aos seus medos e descobertas, Marisa enxerga na música uma forma de se inspirar as pessoas que precisam de coragem e voz para expressar seus sentimentos. 

“Acredito que as pessoas conseguem se conectar com essas novas canções porque em geral todas elas falam de questões que todo ser humano passa ou vai passar um dia. Isso causa uma identificação. São questões como: romper medos, barreiras, se reconstruir, autoconhecimento, coragem, força e amor.  E tudo isso transmitido através de melodias que eu busco construir com muito carinho e empenho. E eu acredito no poder da melodia. Pra mim, melodia é tudo. Melodia dialoga diretamente com a alma”, conta Marisa.

Este ano, A Euterpia completa 20 anos de história, momento ideal para comemorar. Por isso, Marisa promete surpresas para os fãs saudosos da banda, no Sesc Boulevard, entregando melodias, voz e sentimentos diversos numa só apresentação. Além dos shows em Belém, Marisa ainda se apresenta na Casa do Mancha, em São Paulo, no dia 21/03, e no Espaço Som, também em SP, no dia 07/04.

Mais informações:

Ziggy Hostel Club
facebook.com/ziggyhostelclub
(91) 3038-3950

Sesc Boulevard
facebook.com/sescboulevard 
(91) 3224-5305 

Serviço
Mini turnê “Coração na Boca” de Marisa Brito. Nesta quarta-feira, 14, às 20h, no Ziggy Hostel Club (Trav. Benjamin Constant, 1329). Ingresso R$ 10,00. Na quinta-feira, 15,  às 19h, no Sesc Boulevard (Boulevard Castilhos França, 522/523). Entrada gratuita.

(Informações enviadas pela assessoria de imprensa)

8.3.18

Cultura e Arte no Tributo ao Criador da Guitarrada

Em meio a arte, intervenções circenses e muito empreendedorismo criativo, a homenagem a Mestre Vieira vai encerrar, neste sábado, 10, às 22h30,  a programação da II Feira Livre de Arte e Cultura da Fundação Cultural do Pará. O evento abre nesta 9 de março, na Praça do Artista, no Centur. A entrada é gratuita. 

A milagrosa se calou para sempre no dia 2 de fevereiro deste ano. Em pleno dia de Iemanjá, com águas grandes, o criador da guitarrada se despediu desse mundo, deixou legado, uma obra musical, histórias pra gente contar, muitos amigos, seguidores, guitarristas apaixonados e filhos, que agora buscam caminhos para manter viva a memória e a obra do pai.

Movidos por este desejo, Waldecir Vieira (bateria), Wilson Vieira (teclado) e Waldir Vieira (percussão) lançam em Belém o projeto Filhos do Mestre, banda que conta também com os músicos Dhiosy Marques (guitarra) e Rodrigo Magno (guitarra), que aos 16 anos representa a mais nova geração da guitarrada barcarenense. Ele conheceu e recebeu as bençãos do próprio Mestre, com quem teve oportunidade de tocar algumas vezes, entre elas, no 83 anos do músico. festejado no dia 29 de outubro de 2017 .  

Tuta e Kim Vieira também filhos do Mestre e tocam bateria e percussão, respectivamente, mas não integram a banda, pelo menos por enquanto. O bichinho da música e em especial, o da guitarrada, tem mordido muitos músicos e trazido ideias a cabeça daqueles que pretendem manter a memória de Mestre Vieira pulsante em Barcarena e no mundo.

Filhos do Mestre
O projeto Filhos do Mestre nasceu ano passado sob a guarda de Mestre Vieira. 

“Papai ainda estava vivo quando surgiu a ideia. Ele sugeriu que a gente trabalhasse junto e aprovou a ideia dos Filhos do Mestre, queríamos ter lançado com ele ainda em vida”, diz Wilson, que está emocionado em participar do evento e tocar juntamente dos amigos do pai. 

“Será gratificante. Já trabalhamos juntos com os convidados e com o papai em vida. Mas na ausência dele não. Ele não vai estar junto da gente fisicamente, mas vai estar com a gente e vai gostar das homenagens”, comenta o tecladista. “Não vamos deixar o legado do meu pai ser esquecido, não vamos deixar a guitarrada esfriar. Vamos estar sempre motivando os amigos a dar continuidade ao legado da guitarrada”, conclui.

Um show com várias participações especiais

Homenagem a um patrimônio cultural da música brasileira. O show traz repertório clássico, mas com surpresas. De Vieira e Seu Conjunto a Guitarreiro do Mundo. Será um passeio pela trajetória musical de Joaquim de Lima Vieira (1934 - 2018), o criador da Guitarrada.

Da cidade do Mestre estão vindo também Lauro Honório (guitarra base) e Dejacir Magno (vocal), da velha guarda da guitarrada, atuantes entre os anos 1970 e 1990, apresentarão canções que marcaram o início da carreira do mestre. 

Ambos integraram o grupo Vieira e Seu Conjunto, que lançou o primeiro LP há 40 anos, em 1978, o Lambada das Quebradas. Na homenagem, eles representam ainda Os Dinâmicos - Raízes da Guitarrada, outro projeto de Barcarena, que leva em frente o legado de Vieira. 

Mestre Curica (banjo), Mestre Solano e  Joe Cabano também participam, além de Pio Lobato, Saulo Caraveo, André Macleuri  e Bruno Rabelo, que representam a geração que toca e pesquisa a guitarrada e têm difundido o ritmo que influencia seus trabalhos autorais. Completam o time de convidados o baterista Vovô e o baixista Breno Oliveira, que tocaram no grupo Mestres da Guitarrada.

Serviço
II Feira Livre de Arte e Cultura. No Centur – Avenida Gentil Bittencourt N°650, bairro Nazaré, Belém. Programação 09 e 10 de março, a partir das 17h.  Entrada Franca. Mais informações sobre o Tributo Mestre Vieira, pelo fone: 91 98134.7719 (whatsapp).

3.3.18

OSTP começa o ano com as mulheres no comando

A maestrina Mariana Menezes.
(Foto: Ana Paula Lazar)
Quem disse que o universo das orquestras segue como sempre sob o domínio masculino? O concerto que abre a temporada 2018 da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) vai mostrar que as coisas estão mudando. Alusivo ao Dia Internacional da Mulher, a apresentação terá regência da maestrina Mariana Menezes (MG), além das solistas Adriana Azulay (piano), Diana Todorova (harpa) e Ludhiana Vigário (contrabaixo). Há presença feminina também no repertório, trazendo uma das obras da jovem compositora paraense Cibelle J. Donza. Na próxima quinta-feira (8), às 20h, no Theatro da Paz, com entrada gratuita.

“Felizmente estamos em um momento da história em que esse quadro está se revertendo, mas, se formos analisar a fundo, é algo ainda muito recente. Apenas no século passado é que grandes orquestras em todo o mundo começaram a empregar mulheres. Hoje, isso já não é uma questão ou um desafio. Inclusive, muitas orquestras brasileiras possuem mais mulheres do que homens em seus quadros. Para regentes isso é ainda mais recente”, comenta a maestrina convidada.

Mariana foi aluna da primeira mulher a assumir o cargo de regente titular de uma grande orquestra internacional, a professora americana Marin Alsop, atual titular da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), desde 2012, e da Baltimore Symphony Orchestra. "Ela é conhecida por ‘quebrar as barreiras’ para as mulheres”, enfatiza Mariana Menezes, que lembra também que no cenário nacional temos a maestrina Ligia Amadio, agora titular da Orquestra Sinfônica de Montevideo. Ambas figuram numa lista incrível de mulheres regentes em todo o mundo: https://mulheresregentes.org/regentes-directoras-conductors/.

A pianista Adriana Azulay
(Foto: Joanas Amador)
Mariana Menezes vem à Belém num momento muito especial de sua vida e acompanhada do filho Antônio, de apenas três meses. “Ser mulher também é isso, dedicar-se ao sonho da carreira no meio da família, filhos, etc. Agradeço à OSTP pela oportunidade de comemorar essa data comigo. Não posso deixar de dizer que será um grande prazer apresentar a bela obra ‘Passárgada em Noites e Luzes’ da jovem compositora paraense e minha colega de profissão, Cibelle J. Donza. Acho que é momento de comemoração por essas grandes mulheres que temos em nossa música brasileira”, finaliza.

No repertório, além da OSTP prestigiar uma compositora paraense, também vai executar obras de Bach (Concerto em Fá menor para piano e orquestra), Bottesini (Elegia em Ré maior para contrabaixo e cordas), Händel (Concerto para harpa e orquestra) e Brahms (Sinfonia n.4 em Mi menor), com as solistas convidadas para a noite.

"Para mim é uma honra ser convidada pra solar esse concerto de Bach com a OSTP, e principalmente ser regida por uma mulher. Será a primeira vez. Isso demonstra que cada vez mais mulheres ocupam importantes papéis na sociedade não só por serem mulheres, mas por mostrarem qualidade e refinamento no que se propõe. É um concerto não muito executado por pianistas, composto de três movimentos que dão um total de aproximadamente 12 minutos (o concerto todo). O segundo movimento é uma joia, com solo do piano acompanhado dos pizzicatos das cordas. Uma verdadeira homenagem às mulheres que são joias na terra”, comenta Adriana Azulay.

A harpista Diana Todorova
(Foto: Sérgio Malcher)
A harpista Diana Todorova, que é titular da a Amazonas Filarmônica, a orquestra do estado do Amazonas, já é parceria da OSTP e já se apresentou em Belém em diversos momentos. Desta vez ela destaca que “o concerto de Handel e um dos concertos mais conhecidos no repertório da harpa, um excelente exemplo da época de barroca! Muito precioso e lindo escrito em três movimentos: o primeiro e o último brilhante e glorioso o segundo muito cantado e lírico! Estou muito contente por poder tocar com OSTP de novo e muito grata pelo convite”, explica. 

Já a contrabaixista Ludhiana Vigário, integrante da OSTP desde 2006, que também é mãe de um bebê, aproveita o momento de destaque na carreira. “Será a minha primeira vez que participo como solista. Para mim com certeza está sendo uma experiência única,  principalmente pelo momento que estou vivendo agora. Conciliar a maternidade e tempo de estudo necessários para preparar uma peça solo tem sido desafiador”, comenta.

A realização é do Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e Academia Paraense de Música. Os ingressos podem ser retirados a partir de 9h do dia 7, na bilheteria do Theatro da Paz e no site www.ticketfacil.com.br (retirada limitada a dois ingressos por pessoa, com taxa de conveniência do site a R$ 2 por ingresso).

PROGRAMA
  • J. S. BACH (1685-1750) - Concerto em Fá menor para piano e orquestraSolista: Adriana Azulay (piano)
  • G. BOTTESINI (1821-1889) - Elegia em Ré maior para contrabaixo e cordasSolista: Ludhiana Vigário (contrabaixo)
  • G. F. HÄNDEL (1685-1759) - Concerto para harpa e orquestra
  • Solista: Diana Todorova (harpa)
  • CIBELLE J. DONZA (1985) - Pasárgada em Noites e Luzes (muitas luzes)
  • J. BRAHMS (1833-1897) - Sinfonia n.4 em Mi menor

Serviço
Concerto da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz
Data: 08/03/2017
Horário: 20h         (com  intervalo)
Local: Theatro da Paz

(Com informações da Sorella Comunicação)

2.3.18

Aparelho lança a Biblioteca Móvel do Porto do Sal

Biblioteca do Porto, num dos boxes do Mercado do Sal
(Foto: Luciana Medeiros)
O Coletivo Aparelho dá início a sua programação em 2018 no Porto do Sal de forma lúdica e musical. No sábado, 03, das 09h às 12h, as ações giram em torno do lançamento da Biblioteca Móvel do Porto, e no domingo, 04, com a Contação de História “A Festa no Céu”, a partir das 10h, com a atriz Adriana Cruz (In Bust/Catalendas) e o músico Cincinato Júnior.

As atividades deste final de semana são voltadas a efetivação da implantação da Biblioteca do Porto, instalada desde 2017 dentro do Mercado do Sal, uma conquista do Coletivo Aparelho e dos moradores do entorno do Porto do Sal, que abraçaram a ideia. Ano passado as campanhas de doação de livros resultaram em um acervo que hoje já beira a mil exemplares e que agora precisa ser cuidado, catalogado e organizado para consulta e empréstimos. E vai precisar constantemente de manutenção.

Atividade de caráter permanente, o espaço fica aberto três dias na semana, às terças, quintas e sábados, de 09h às 12h, e atende não só as crianças, como os trabalhadores do Mercado do Sal. Ainda assim, é preciso difundir mais esse acervo e convidar um número cada vez maior de pessoas para que se tornem seus frequentadores e leitores constantes.

Biblioteca Móvel do Porto do Sal (Foto: Coletivo Aparelho)
A Biblioteca Móvel do Porto vai nesta direção. Criação artística e coletiva, desenvolvida junto à comunidade, ao invés de um ônibus, como seria mais comum, para circular pelo entorno do Porto do Sal, um carrinho de compras foi adaptado e pintado, ganhou placa do premiado artista Abridor de Letras, Luís Junior, e sairá do mercado com um cortejo guiado pelas vielas dos Becos do Carmo e das Malvinas, neste sábado, 03 de fevereiro, pela manhã. 

“Vamos guardar nesse carrinho alguns exemplares do nosso acervo e sairemos em cortejo divulgando as ações da biblioteca, fazendo o cadastramento e inscrição de crianças, jovens e idosos, enfim, conquistando novos leitores para a biblioteca. Temos uma ficha digitalizada para ter os dados do leitor. A intenção é aproximar mais a comunidade dessa iniciativa”, diz Anne Dias do Coletivo Aparelho.

Além do cortejo e do cadastramento, em determinados momentos, Anne conta que haverá paradas para formar rodas de leitura. “A ideia é propor momentos de convivência com a comunidade, então estas rodas podem acontecer na ponte, no trapiche, num barracão”, avisa.

A programação é aberta e gratuita, tanto no sábado (3), quanto de domingo (4), para crianças e adultos residentes em todos os bairros de Belém. Não se restringe à Cidade Velha e nem somente aos moradores do entorno do Porto do Sal, mas é sim direcionada a eles, indo além do entretenimento. 

A Festa no Céu é a contação do domingo

Adriana Cruz e Cincinato (Contando Histórias)
No domingo, 4, Adriana Cruz e Cincinato Júnior vão apresentar uma contação de história, a partir das 10h, no Mercado do Porto do Sal, e a intenção é também chamar atenção para a Biblioteca do Porto. A dupla vai contar, em uma versão musicada, a história “A Festa no Céu”, narrada por João de Barro, o Braguinha, autor do livro sobre o qual esta contação foi adaptada.

A história mergulha num festejo para bichos voadores e agita o mundo dos animais. Madame Saracura, Doutor Urubu, a Graciosa Dona Garça foram convidados, mas a personagem principal é o Sapo que engendra o velho plano de ir à festa sem ser convidado e no final... “Conto esta história como os antigos, lendo e brincando com o livro, com muita musicalidade, acompanhada do músico Cincinato Marques Jr. ao violão”, diz Adriana Cruz.

Além da contação de história, Adriana e Cincinato farão a entrega de um Kit da Coleção Zé Mururé à Biblioteca do Porto e vão conversar com as crianças sobre os livros, a fim de já criar curiosidade nas crianças para que leiam os contos. A Coleção Zé Mururé da Editora Estudos Amazônicos reúne 05 livros - a Boiúna e a Moça, A Matinta Desencantada, O Mapinguari, O Homem que Virava Porco e Levanta Boi Bumbá. A ideia da dupla é contar uma das histórias da Coleção Zé Mururé, no segundo semestre deste ano.

Biblioteca tem acervo que precisa ser cuidado

Desvendando o acervo (Foto: Luciana Medeiros)
O Coletivo Aparelho, há três anos, faz uma intervenção artística, cultural e educacional no Mercado do Sal, numa aproximação com os moradores. Algumas são atividades pontuais, outras continuadas. Este ano, o Coletivo aprovou um projeto pelo edital do Banco da Amazônia e vai realizar duas Mostras de Contação de História, sendo uma delas só com contos infanto-juvenis de autores paraenses. 

“O patrocínio garante cinco meses de atuação. Ainda estamos buscando outras parcerias para que possamos atravessar esse ano com muitas atividades e efetivação da biblioteca”, diz Anne. “Precisamos de diversos tipos de apoio, muitas vezes para coisas aparentemente simples, como a construção de prateleiras, mas para isso precisamos de recursos”, ressalta. 

Em meio aos livros que integram da Biblioteca do Porto.
(Foto: Coletivo Aparelho)
A Biblioteca está em processo de catalogação dos livros, uma atividade extensa e complexa. A ideia é buscar parcerias. A catalogação dos livros depende da organização do acervo. Há muita Literatura Infantil, Infanto Junvenis e também de outras áreas. 

“Temos obras de Lya Luft, Fanny Abramovich, além de coleção de clássicos infantis. Temos muitos catálogos doados pelos Artistas Amigos da Biblioteca do Porto, e publicações nas diversas linguagens artísticas, até de atividades educacionais em arte, além de romances, livros de história, filosofia, mitologia, muita coisa boa que precisa ser cuidada. As doações de livros não param e o acervo cresce cada vez mais”, diz Anne Dias.

Ações no Centro Histórico de Belém

Coletivo Aparelho, em parte... (Foto: Eduardo Kalif)
O Coletivo Aparelho desenvolve outras ações no Mercado do Sal. Não só aos sábados e domingos, como em dias da semana e em ocasiões agendadas previamente, entre estas, como no Projeto Circular Campina Cidade Velha, do qual participa desde o início de suas atividades, estreitando laços com moradores e parcerias com outros gestores de espaços que integram também o Circular.  

A atmosfera é positiva entre os integrantes do Aparelho. Os moradores comemoram também. Para este ano, já estão previstas oficinas de fotografia, numa parceria com a Associação Foto Ativa, que também é um espaço situado no Centro Histórico, na Praça das Mercês. Este ano haverá oficinas do Pinhole Day no Mercado do Sal, de onde também deve sair uma das jornadas de fotografia alusivas ao dia da Fotografia Pinhole. 

Luís Júnior, Abridor de Letras - Placa da Biblioteca Móvel
(Foto: Coletivo Aparelho)
Outra boa notícia é a retomada das oficinas de Flauta Doce com a professora Dulce Cunha. A novidade são as aulas de Capoeira, com o ator Lucas Alberto Cunha, integrante do coletivo de artistas do Casarão do Boneco. “Estamos bem entusiasmados com as aulas de capoeira, que serão noturnas e devem provocar um encontro de gerações, uma vez que a prática permite pessoas de várias idades”, comemora Anne.



PARA SABER MAIS 

Para quem quiser mais informações sobre o trabalho desenvolvido pelo Coletivo Aparelho no Mercado e entorno do Porto do Sal, acessa aqui a Revista Circular. Eis o link: https://issuu.com/projetocircular/docs/revista_circular_1_set2016 . Em 2016, percorri os becos das Malvinas e do Carmo, numa visita guiada pelos integrantes do coletivo para uma reportagem em que destacamos para além do patrimônio histórico e arquitetônico do Centro Histórico de Belém, o Patrimônio Humano. É que sem as pessoas não há memória.

Encontrei pais, mães, filhos, trabalhadores num estado de percepção sobre algo novo que se instalava ali, em meio a feira, o porto, o tráfico, a falta de infra estrutura e o abandono. Todos falaram que a arte ganhou espaço e morada naqueles becos. A ação do Coletivo Aparelho trouxe esperança, colocando no lugar do medo, a auto estima e resgatando em cada deles ares de cidadania.

PROGRAMAÇÃO

Sábado, 3 de fevereiro
- Lançamento da Biblioteca Móvel
9h - 12h - Cortejo e Rodas de Leitura 

Domingo, 4 de fevereiro
- Contação de História 
10h - A Festa no Céu - com Adriana Cruz e Cincinato Júnior

Serviço
Programação do Coletivo Aparelho - Lançamento da Biblioteca Móvel do Porto do Sal (sábado, 3, das 9h às 12h) + Contação de História com Adriana Cruz e Cincinato Júnior (domingo, 4, às 10h). No Mercado do Sal - Rua São Boaventura, no final da Gurupá - Cidade Velha. Mais informações: (91) 98109.4610.