29.7.09

Minissérie Miguel Miguel já está no terceiro dia de gravação

Depois de meses de planejamento e algumas semanas de ensaio, nesta segunda-feira, 27 de julho, teve início a gravação da minissérie “Miguel Miguel”, premiada pelo concurso da Funtelpa.

No jardim abandonado de uma casa no bairro da Pedreira, foram gravadas as primeiras seqüências, segundo o diretor Roger Elarrat, algumas das mais bonitas de todo o roteiro.

Com a equipe afinada, chuva artificial, diálogos e muita movimentação de set, tudo acabou tranqüilo e a ordem do dia foi cumprida. “Fiquei muito feliz, com o resultado, pois sabemos que o primeiro dia é o que tem tudo pra dar errado, além disso, fizemos algumas das cenas mais bonitas da minissérie”.

O set abriu às 6h com a chegada da equipe e encerrou às 18h com o a ajuda do corpo dos bombeiros. “Filmamos com chuva, que é algo difícil e complexo, e conseguimos ótimas imagens. O clima era ótimo, nada de gritaria ou correria contra o tempo, e quero manter esse espírito até o fim”, diz Elarrat.

Atores - Estreante na linguagem audiovisual, como ator, um dos músicos mais talentosos da cena musical paraense, o compositor Nego Nelson estava lá, interpretando uma das figuras chaves da minissérie, Miguel, e se saiu muito bem.

“Acho normal ter algum nervosismo, mas, vamos nos entrosando e todos vão se soltando. O Nego pegou rápido a dinâmica da coisa, além de que ele traz uma presença de cena muito boa para o personagem dele, o Miguel”, comemora o diretor que diz ter escolhido Nego Nelson para o papel assim que o viu entrar uma certa noite, meses atrás, em um bar da Cidade Velha.

“Eu e Adriano (Barroso) estávamos batendo a cabeça pra escolher o ator para este personagem, quando botamos os olhos em Nego Nelson”, lembra.

No set de segunda, estavam ainda três atores experientes do teatro paraense, Olinda Charone, como Miguela, a esposa de Miguel; Yéyé Porto, como Úrsula, a esposa de Varão, o personagem principal da minissérie e Henrique da Paz, o Varão, personagem obcecado pelos obituários publicados em jornais. E assim, com estes quatro atores, já no primeiro dia, garantiu-se a cena final da minissérie.

Casarão - Ontem, terça-feira, 28, a equipe de gravação entrou na principal locação da minissérie, o casarão em que moram Úrsula e Varão.

Nas seqüências gravadas por Henrique da Paz (Varão) ele lê o obituário de seu melhor amigo, Miguel. O casarão escolhido como locação é o mesmo em que anos atrás foi sede do Astrolábio, dirigido pelos artistas plásticos Antar Rohit (já falecido) e Laura Mahon, e onde funciona, hoje, a Ong Amazônica.

A direção de arte, assinada por Boris Knez, precisou fazer um grande trabalho internamente para chegar ao ambiente descrito na novela do livro homônimo de Haroldo Maranhão, a partir do qual foi adaptada a minissérie.

“O Boris é uma das figuras chave nessa minissérie, porque temos poucas locações previstas na história, mas cada locação se transforma. Visitamos todas elas mais de uma vez. A direção de arte tem um trabalho muito peculiar de criar uma identidade para cada local de filmagem e depois distorcer-los para imprimir uma nova cara. Planejamos isso durante meses e a equipe dele até agora é a que mais trabalhou”, elogia Elarrat.

À noite, a equipe seguiu para a TV Cultura do Pará, onde foi gravada a seqüência em que Varão imagina como é que um obituário pôde ser publicado duas vezes, como se a pessoa, neste caso, seu amigo Miguel, tivesse morrido duas vezes.

Após um delírio, ele resolve ligar para a redação do jornal “A Folha de Belém” (nome fictício) e falar com o redator, pedindo-lhe explicações. Uma das cenas é hilária, dando aquela pitada de humor necessária numa história que fala da morte. O redator é protagonizado pelo ator Adriano Barroso, que também é o diretor de elenco da minissérie.

A gravação de Miguel Miguel segue hoje no casarão e vai até meados de agosto. A estréia está prevista para o final deste ano, com lançamento em Belém e depois veiculação pela TV.

28.7.09

Em agosto Belém recebe o “Abraço” de Cláudio Barradas

No início do mês de agosto, o grupo Cuíra presenteia o público paraense com o espetáculo “Abraço”, que terá em cena um dos maiores ícones do nosso teatro, Cláudio Baradas, em cena com a atriz Zé Charone.

Com texto de Edyr Proença, que também está estreando na direção, o espetáculo retrata a solidão de um homem na cidade grande, que vai perdendo amigos, família, fechando-se em si próprio, cercado por livros, discos, filmes antigos, até ficar sem vontade de viver. Um personagem rico em história, cultura, experiência, e no entanto, sem ninguém com quem trocar idéias. Mas recebe uma visita muito especial. Alguém que irá preencher totalmente seus anseios por companhia. Um homem, uma mulher, um encontro em uma madrugada.

Cláudio Barradas, em “Abraço”, marca seu grande retorno aos palcos paraenses, ele que é um ícone do nosso teatro. Prestes a completar 80 anos de idade, entrega-se inteiramente ao personagem, demonstrando vigor, técnica e o talento de sempre. Ator, autor, diretor, nome de teatro, Cláudio é um dos nossos monstros sagrados.

Zê Charone vem de dois papéis muito marcantes, em “Convite de Casamento”, que ficou em cartaz por quase dez anos e em “Hamlet, um extrato de nós”, onde fez Ofélia. Após dedicar-se à estruturação do Teatro Cuíra, retorna aos palcos realizando um sonho de adolescente, que era contracenar com Barradas, a quem assistia, como professor de sua irmã, Olinda Charone.

A Direção é de Edyr Augusto Proença, que está pela primeira vez nesta função, sob supervisão de Cacá Carvalho. Sem pretensão de seguir a carreira de diretor, ele meramente procurou facilitar a movimentação de dois atores tão bem dotados e experientes.

“Abraço” é o resultado de alguns meses de convivência entre Barradas, Zê e Edyr, em torno do texto, que nas últimas semanas passou a contar com Suely Brito e Romário Muniz, como contraregra e iluminador. A música do espetáculo é de autoria de Edyr Augusto, tocada por Anderson Brum.

Serviço
“Abraço” estréia no dia 7, às 21h, no Teatro Cuíra - Rua Riachuelo, esquina da 1º de Março - ficando em cartaz até o dia 30 de agosto.

Fonte: O texto acima traz as informações do release de divulgação do espetáculo, escrito por Edyr Proença.

24.7.09

In Bust encerra etapa de “Bonecos na Estrada – Em Caravana” com “Fio de Pão” em São Francisco do Pará


Neste domingo, 26, o In Bust Teatro com Bonecos, encerra em São Francisco do Pará, a primeira etapa do projeto “Bonecos na Estrada – Em Caravana”, com o espetáculo “Fio de Pão – a Lenda da Cobra Norato”, mostrado neste final de semana também em Peixe Boi e Igarapé-Açu.

O espetáculo, que estreou em 1997 e, de lá para cá, já foi assistido por cerca de 23 mil pessoas. Todos os anos, porém, a peça ganha nova roupagem e acaba sendo um novo espetáculo, pois é um marco na pesquisa desenvolvida pelo In Bust sobre a utilização do boneco popular na dramaturgia do teatro com bonecos.

A montagem resgata do imaginário popular a história de uma cabocla que, atraída por um cobrão embruxado, dá à luz duas cobras: Norato e Caninana. Os irmãos têm sinas diferentes: Caninana de ser má, enquanto Norato de ter que encontrar alguém que possa desencantá-lo para virar gente. No espetáculo, Norato e Caninana são Bonecos de Luva (de pano), que contracenam com Fantoches, Manés-côcos e Brinquedos de mirití, típicos da região norte, numa analogia com o teatro de bonecos popular.

A lenda, transformada em cordel, é contada por uma família nordestina que migrou para o norte (assim como o cordel), composta pelo violeiro Cego Jurandir, a mulher e o filho, atores-manipuladores. A encenação se desenvolve num paralelo de situações, misturando a lenda com o cotidiano cômico desta família, proporcionando uma identificação direta com o público infantil. Mas desde que ninguém se esqueça que já foi garoto, criado solto e danado, é um espetáculo para qualquer idade.

As próximas etapas do projeto acontecem em setembro e outubro, chegando a outros nove municípios e mais quatro comunidades quilombolas no interior do Pará receberão o grupo In Bust, com o patrocínio do Banco da Amazônia.

Serviço
Neste domingo, 26, enceramento da primeira etapa do projeto Bonecos na Estrada – Em Caravana. No município de São Francisco do Pará. Apresentação de “Fio de Pão – a Lenda da Cobra Norato”, às 19h, na Quadra do PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. Entrada franca. Informações: 8110.5245 (Cristina) e 8134.7719 (Luciana).

In Bust leva para Igarapé-Açu espetáculo criado em oficina realizada no município


Poucos sabem, mas “Catolé e Caraminguás”, a mais recente montagem do grupo In Bust Teatro com Bonecos, contemplado com o Prêmio Cláudio Barradas do edital de Fomento às Artes Cênicas do Estado, surgiu em Igarapé Açu, no ano passado.

Por este motivo o In Bust, que seguiu, na última sexta-feira, com o projeto “Bonecos na Estrada” com apresentações de “Fio de Pão – A Lenda da Cobra Norato”, resolveu fazer uma sessão especial de “Catolé e Caraminguás”, em Igarapé-Açu.

Visto somente em Belém, na temporada de estréia no mês de maio, e em julho, em única apresentação durante o Festival Territórios de Teatro, o espetáculo será visto, neste sábado, na cidade que inspirou sua construção. Adaptação do texto “Os Ciúmes do Pedestre, ou O Terrível Capitão do Mato”, de Martins Pena, “Catolé e Caraminguás” será apresentado às 19h, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Macário Felipe Antonio.

Trabalhado há mais de uma década, em Belém, para ser encenado com atores, o texto foi tirado da gaveta recentemente com a idéia de adaptá-lo para o teatro com bonecos em uma oficina, no município, através do projeto Cena Interior do Governo do Estado.

“Há 15 anos começamos a montar este texto com atores, tendo em cena eu, Adriana Cruz, Dennis Moreira, Andréa Rezende e Beto Paiva. Não havia boneco, embora nós todos já trabalhássemos com teatro de formas animadas”, começa explicando Ricardo Nascimento.

Na época, o grupo chegou a ensaiar o espetáculo, que acabou não estreando. O texto, segundo Paulo, ficou guardado, com todas as indicações, rubricas, cortes etc. “Foi então que, em 2008, o revendo, veio a idéia de montá-lo para o teatro com bonecos, pois já tínhamos a vontade de experimentar um texto clássico, escrito para atores, adaptando-o para o teatro com bonecos. E fizemos a oficina em Igarapé-Açu. De volta a Belém, o montamos e o inscrevemos no edital. Agora, estamos retornando para mostrar ao público e aos alunos que fizeram a oficina o resultado de tudo isso”, diz Paulo.

Inspirado na Commedia Dell’Arte, o espetáculo reúne em cena uma trupe teatral, formada pela família Peperone, que atua em teatro de bonecos. Muita confusão e intriga de família, aliada ao trabalho cuidadoso de encenação, figurino e o bom humor já tradicional do grupo, garantem a boa diversão.

Público também confere “Fio de Pão – a Lenda da Cobra Norato”

Antes de “Catolé e Caraminguás”, porém, o público de Igarapé Açu vai ver “Fio de Pão – a Lenda da Cobra Norato”, às 10h, na Escola Estadual da Vila São Luís, na zona rural do município, cuja apresentação faz parte do projeto “Bonecos na Estrada – Em Caravana”, iniciado nesta última sexta-feira, na cidade de Peixe Boi, com patrocínio do Banco da Amazônia.

O projeto Bonecos na Estrada segue com sua primeira etapa até este domingo, com mais uma apresentação do espetáculo “Fio de Pão”, em São Francisco do Pará. As próximas etapas do projeto serão realizadas em setembro e outubro, chegando a mais 13 localidades - nove municípios e quatro comunidades remanescentes de quilombos, que ficam nas proximidades de Bujaru, São Domingos do Capim, Bonito e Irituia.

Serviço
Neste sábado, o grupo In Bust faz a apresentação de dois espetáculos em Igarapé Açu: “Fio de Pão – A Lenda da Cobra Norato”, às 10h, na Vila São Luís (zona rural de Igarapá-Açu) e de “Catolé e Caraminguás”, às 19h, na Escola Estadual Ensino Fundamental Macário Felipe Antonio, na cidade de Igarapé Açu. No domingo, será apresentado mais uma vez “Fio de Pão”, às 19h, na Quadra do PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, do município de São Francisco do Pará. Entrada franca. Informações: 8110.5245 (Cristina) e 8134.7719 (Luciana).

23.7.09

In Bust leva espetáculos a municípios e comunidades quilombolas do Pará

Nesta sexta-feira, o In Bust pega a estrada e chega aos municípios de Peixe Boi, dia 24, Igarapé-Açu (também na zona rural do município, na Vila São Luís), dia 25, e São Francisco do Pará, dia 26, levando na bagagem o espetáculo “Fio de Pão – A Lenda de Cobra Norato”, além de uma apresentação especial de sua mais recente montagem, “Catolé e Caraminguás”, no sábado à noite, na cidade de Igarapé-Açu.

É a primeira etapa do projeto “Bonecos na Estrada – Em Caravana”, que tem o patrocínio do Banco da Amazônia, via Lei Rouanet, possibilitando a chegada a municípios e localidades paraenses no interior do Pará. Serão realizadas apresentações, além de duas oficinas de bonecos com material reciclável, uma delas acontecendo em Tomé-Açu nas próximas etapas do projeto.

No total, serão dezesseis apresentações de espetáculo em doze municípios - Tomé-Açu, Concórdia do Pará, Inhangapi, Bujarú, São Domingos do Capim, Bonito, São Miguel do Guamá, Irituia, São Francisco do Pará, Igarapé-Açu, Nova Timboteua e Peixe-Boi - e quatro em comunidades remanescentes de quilombos nas proximidades de Bujaru, São Domingos do Capim, Bonito e Irituia.

“O projeto Bonecos na Estrada é a oportunidade de mantermos contato com a cultura original amazônica, a vida do caboclo, seus mitos, histórias e encantarias, matéria prima para nosso trabalho, desde o texto até a composição dramatúrgica, passando pela pesquisa de materiais e formas”, diz Paulo Nascimento do in Bust.

Durante todo o percurso do “Bonecos na Estrada”, após as apresentações dos espetáculos, serão exibidos episódios do programa “Catalendas”, produzido pelo In Bust e pela TV Cultura do Pará, investindo no próprio objetivo do programa: o de incentivar a “contação” de histórias e “causos”, como preservação da tradição da oralidade.

5ª edição - Esta é a quinta edição do Bonecos na Estrada. Desde que surgiu, em 2004, já esteve em 46 municípios, realizando cerca de 50 apresentações, e atingindo um público direto de mais de 19 mil pessoas. O Banco da Amazônia é um antigo parceiro do projeto, tendo patrocinado duas edições: em 2005, Bonecos na Estrada – Em Cortejo, e em 2007, Bonecos na Estrada – O Conto que Eu Vim Contar.

Nesta edição, o Grupo In Bust destaca também a parceria local com os municípios. “São grupos, instituições públicas ou não, que nos ajudam nos municípios com o seu conhecimento local e com a logística de divulgação. Este apoio é tão importante para o projeto quanto o próprio patrocínio”, diz Cristina Costa, produtora do in Bust.

Em Igarapé Açu, a parceria é feita com o grupo artístico Circo Imaginário. “São parceiros de longa data e nos deixam com imensa satisfação de estar indo com dois espetáculos para compartilhar com a cidade. Este mesmo grupo é quem intermediou a apresentação que será feita em vila São Luis, uma agrovila de Igarapé-Açu”, explica Cristina.

Em São Francisco, o In Bust que já se apresentou algumas vezes pelo Encena SESC, abre no domingo uma grande programação da cidade, O Povo vai à Praça”. “Neste município, o SESC Ler, através da sua unidades SESC São Francisco, fez a interligação com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e nos apresentamos no domingo, véspera do início da programação da Prefeitura”, explica a produtora.

Já em Peixe-Boi, será a primeira vez do grupo. “É o município que estamos conhecendo agora. Mas a receptividade tem sido muito grande e esperamos que a apresentação na sexta-feira seja a primeira e não a última”, conclui Cirstina.

Serviço
Projeto “Bonecos na Estrada – Em Caravana”, do In Bust. Neste final de semana em Peixe Boi, dia 24, Igarapé Açu, dia 25, e São Francisco do Pará, dia 26 de julho. Patrocinio Banco da Amazônia, apoio local dos municípios. Entrada franca. Informações: 8110.5245 (Cristina).

22.7.09

Bar Quintal tem Maria Lídia sempre às quartas de julho

Ela canta, compõe, produz e faz o público se divertir muito em suas apresentações. Estou falando de Maira Lídia, que neste mês de julho, está todas as quartas-feiras, no Bar Quintal, a partir das 22h.

O repertório traz muita música popular brasileira, composições autorais e obras de compositores paraenses. Além disso, um pouco de besteirol, nunca é demais e resulta no tempero perfeito para quem, apesar de não estar nas praias, curte um clima diferente de férias em Belém mesmo.
O público que tem frequentado o bar Quintal nas noites de Maria Lídia, tem sido variado.

“As apresentações são ótimas”, diz ela. “Além do povo que ia me assistir no "finado" Bodega, nas quartas, estão pintando outras caras”, diz. “A maioria das pessoas sai de Belém na quinta e como o meu gig é na quarta, dá um público bacana. E mais, o Bar Quintal é bem descontraído, cerveja gelada, comidinha beleza, bom atendimento, preços módicos e, claro, música da melhor qualidade”, complementa.

Além de Belém, neste mes de julho, ela não tem nada agendado. Mas está sendo costurada uma apresentação em Santarém, na última sexta de julho, ao lado de Nazaré Pereira.

No segundo semestre, Maria Lídia finaliza a produção do Arthur Nogueira pelo projeto Pixinguinha, que consiste no lançamento do CD Mundano. “E também pretendo produzir e lançar o meu songbook, com 50 composições transcritas em partituras e CD com voz e violão em MP3”, avisa Maria Lídia.

O recado está dado. A opção do bar Quintal então é dica para quem quiser curtir mais em Belém antes de seguir viagem.

Serviço
Apresentação da cantora Maria Lídia. Mês de julho, toda quarta-feira, às 22h, no bar Quintal - Almirante Wandenkolk, 330 – entre Senador Lemos e Jerônimo Pimentel.

15.7.09

Jovens críticos exibem “Cria Cuervos” de Carlos Saura

Toda quinta-feira tem mais opção de cinema em Belém, nas sessões produzidas pela Associação Paraense de Jovens Críticos em parceria com o Centro Cultural Brasil Estados Unidos.
Esta semana, em cartaz, um clássico do cinema espanhol na direção de

Na opinião da APJP Cria Cuervos é “um sóbrio retrato da infância – uma obra-prima do cinema espanhol que joga luz sobre o mundo de criaturas tão pequenas e que acreditamos tão inocentes e inseguras”.

Na história Irene, Ana e Maite - três irmãs órfãs de pai e mãe tem que aprender a lidar com sua nova tutora, a tia. “O filme trata o mundo infantil com uma maturidade única que nos faz repensar tudo o que compreendemos sobre esse período da vida, produto do esforço e dedicação do grande cineasta Carlos Saura”, diz José Guimarães Neto que será o comentador convidado para a sessão.

Serviço
Cria Cuervos. Nesta quinta-feira, 16, às 18h30, no Cine-Teatro do CCBEU - Padre Eutíquio, 1309. Entrada franca.

Férias: antes de viajar vá ao cinema

Está em cartaz, a partir desta quinta, indo até domingo, a exibição do filme “Che – O argentino”, de Steven Soderbergh. A sessões são sempre às 19h30, com ingressos a R$ 5,00 e meia entrada para estudantes com carteirinha.

Depois de sete anos de pesquisas, Soderbergh reuniu um vasto material que resultou em um filme de mais de 4 horas de duração e que por isso, teve que ser dividido em duas partes.

A primeira a ser exibida é “Che – O argentino”. O longa mostra a ascensão de Che com a Revolução Cubana, das batalhas na selva até a vitória da revolução. Mostra ainda como Che Guevara era um homem de princípios e comprometido com seus ideais.

Baseado num livro de memórias do próprio revolucionário, o roteiro de Peter Buchman dá ao diretor a chance de filmar com distanciamento, imprimindo um tom quase documental. Ao intercalar cenas em preto-e-branco cronologicamente posteriores às coloridas, Soderbergh realiza uma inversão interessante.

Os closes e planos-detalhes, cuidadosamente calculados, mostram Che durante a célebre conferência das Nações Unidas em que assumiu o papel de mito. Em contraponto, nas selvas de Cuba o que predomina são os planos gerais e/ou médios, com a câmera posicionada à distância, o que dá ao resultado geral uma atmosfera sem emoção, quase jornalística.

O aspecto técnico da obra é um ponto importante. Rodado com a novíssima câmera Red One e contando com um bom trabalho de pós-produção, o filme comprova que a diferença entre a película e o digital já é inexistente.

Outro destaque é seu exímio elenco. O personagem-título, vivido por Benício Del Toro, nos mostra mais uma vez como o ator é visceral. Seu desempenho é magnífico. Na pele de Fidel, Demián Bichir não só se parece muito com ele, como ainda resgata perfeitamente os trejeitos e maneirismos do líder revolucionário. Já o brasileiro, Rodrigo Santoro, mostra que mesmo com papéis menores, é possível se fazer um ótimo trabalho.

O filme vale por tudo! É uma ótima opção pra quem conhece a história do líder, mas principalmente pra garotada que só conhece o Che Guevara estampado nas camisetas da moda

Informações: Cine Líbero Luxardo -Endereço: Av. Gentil Bitencourt, 650, Térreo (esquina com Rui Barbosa) -Tel (91)32024321 -E-mail: cll@fcptn.pa.gov.br


14.7.09

Maria Christina fala da experiência com o trablho “Segredos em Azul” que homenageia a escritora Maria Lúcia Medeiros

A fotógrafa paraense Maria Christina apresenta nesta quarta-feira, dia 15, um relato de experiências do projeto “Segredos em Azul”, que ganhou no ano passado o Concurso de Bolsa para o Exterior de Pesquisa e Criação em Artes Plásticas, ofertada pelo Instituto de Artes do Pará (IAP), em parceria com Centre Vu, em Quebec, Canadá. A apresentação será às 19h, no Auditório do IAP, com entrada franca. Na ocasião, a equipe do IAP estará à disposição para responder a possíveis dúvidas sobre o edital 2009.


Maria Christina embarcou para Quebec em setembro do ano passado, e lá permaneceu por dois meses. Além da experimentação fotográfica, o projeto “Segredos em Azul” consistia na produção de cartas que seriam enviadas a artistas, curadores e pesquisadores em arte no Brasil. O título do projeto, diz a fotógrafa, foi uma homenagem à escritora Maria Lúcia Medeiros, com quem Maria Christina eventualmente trocava correspondências. “Certa vez ela me disse que minhas cartas eram como segredos”, recorda-se a artista, acrescentando que ao todo foram produzidas e enviadas mais de 30 cartas durante sua residência em Quebec.

Nas fotografias de Maria Christina estão detalhes de lugares por onde ela passou. “Quebec”, diz ela, “é uma cidade relativamente pequena para quem gosta de andar”. Nos dois meses em que esteve lá, a fotógrafa acompanhou a chegada do outono, com dias de muita chuva, mas com alguma luz do verão, e o início do inverno, com o surgimento da neve e da iluminação natalina. Foi um período de total dedicação à fotografia. “Fiquei muito atenta, observando tudo. Fazia tempo que eu não fotografava tanto”, conta. Todas as imagens produzidas para o projeto foram manipuladas para que chegassem à cor azul, outra experimentação ainda inédita na trajetória da artista.

Maria Christina ficou hospedada na Cooperativa Medusa, que integra um centro cultural com cerca de dez instituições voltadas à arte contemporânea e que recebem artistas de várias partes do mundo, das mais variadas linguagens. “É um centro de excelência de pesquisa em arte contemporânea, com equipamentos de primeira linha”, observa ela.

Ao falar da importância da Bolsa para o Exterior, a fotógrafa diz que a experiência deu a ela muito mais do que o esperado. “Sair do lugar de origem para entrar em outra rotina e, a partir dela, repensar o próprio trabalho, foi muito importante. Voltei a fotografar a partir de um objetivo, dentro de uma linha”, explica. Além disso, houve ainda uma rica troca de experiências com artistas que ela conheceu em Quebec. “A partir de um convite dos artistas para falar do meu trabalho, pude estabelecer relações ainda mais amplas do que eu esperava ter com o projeto”, finaliza.

Bolsa - Em 2009, o Concurso de Bolsa para o Exterior de Pesquisa e Criação em Artes Plásticas vai contemplar pesquisas de experimentação e criação artística com processos fotográficos. Para concorrer, os artistas interessados deverão inscrever no IAP apenas um projeto de trabalho inédito, individual, concebido e a ser desenvolvido pessoalmente pelo artista durante o período da bolsa.
O valor total é de R$ 12.000,00, para custear as passagens de ida e volta e alimentação, bem como todas as despesas para o desenvolvimento do projeto no Canadá.

As inscrições seguem até o 23 de julho, na sede do IAP, de segunda a sexta-feira, de 9h às 14h. Não serão aceitas inscrições via fax ou e-mail. Os projetos pré-selecionados serão encaminhados ao Conseil des Arts et des Lettres, em Quebec, no Canadá, que avaliará o projeto mais apto dentre os pré-selecionados.

Serviço
A fotógrafa Maria Christina fala sobre o projeto “Segredos em Azul” nesta quarta-feira, dia 15, às 19h, no Auditório do IAP (Nazaré, ao lado da Basílica). Entrada franca. Inscrições para o Concurso de Bolsa para o Exterior de Pesquisa e Criação em Artes Plásticas até dia 23, de 9h às 14h, no IAP. Informações: 4006-2910/ 2011/ 2912.

Texto: Assessoria de Comunicação - IAP

7.7.09

Bagaça das boas reúne Buscapé Blues, Mestre Laurentino e Coletivo Rádio Cipó

Ao lado, Coletivo Rádio Cipó e Mestre Laurentino, rumo a apresentações no Faustão, Europa e São Paulo


Pense numa grande mijada. No bom sentido, é claro. É o que vai rolar no próximo dia 09 de julho, no Boteco São Matheus, a partir das 21h. A noite vai dar o que falar e melhor ainda, o que ouvir e dançar.

Com participação de Buscapé Blues, Mestre Laurentino, Coletivo Rádio Cipós, além dos Djs Ed e Boy, a festa dará as boas vindas a chegada do primogênito de Guto Nunes, que ganha o nome de Augusto Gaia. Como todos os bebês, ele está chegando e vai precisar de muitas fraldas para suas pequenas e grandes mijadas.

Por isso mesmo, na entrada é o que será cobrado: um pacote fraldas descartáveis, por cabeça é bom lembrar! A experiência já deu certo antes, quando a primeira festa da mijada, ou melhor, Baby Festa, rolou para receber o segundo filho de Luciana Martins e Renato Chalú, no Café com Arte.

Mas destra vez as atrações se superaram e estão mais da pesada ainda. Veja só, colocar no mesmo balaio Buscapé Blues, Mestre Laurentino e Coletivo Rádio Cipó vai exigir, no mínimo, fôlego de quem tiver o prazer de estar lá.

Vai ser uma jahn inédita - Mestre Laurentino arrebentando na gaita, acompanhado de Busca Pé Blues. Mas, de acordo com Guto, a bagaça começa antes, ao som do melhor samba rock tendo o Dj Ed no comando.

Em seguida, o ótimo Busca Pé (o andarilho das galáxias) e Banda embarcaram rumo a uma odisséia interplanetária, seguido do rock alternativo do Dj Fernando Wanzeler (mais conhecido como FW8 ou ainda "BOY").

No ápice da noite, então, acontece o encontro transcendental entre mestre Laurentino e Busca Pé, dando início a presença do Coletivo Rádio Cipó direto da periferia da Pedreira, Marquês, Marituba e Ananideua.

São Paulo, Velho
Mundo e Faustão - A apresentação do Coletivo antecede uma agenda inusitada. Primeiro serão os shows, nos dias 18 e 19 de julho, no Sesc Santana em São Paulo. Depois, não se sabe ainda a data exatamente, mas está sendo prevista para este mês uma participação do Coletivo Rádio Cipó, acompanhando Mestre Laurentino, no programa do Faustão, na Globo, quem diria, levando as raízes roots da black music, que serão representadas pelo Dj Perna, da Blacksfera.

Serviço
Baby Show, nesta quinta-feira, dia 09 de julho, a partir das 21h, no Boteco São Matheus. Na Padre Eutíquio, 606, antes de chegar na Praça da Bandeira. Entrada: um pacote de fraldas.

Encerramento é hoje com debate sobre política cultural


A Mostra Abaixo Assinado que está no jardim do Museu da UFPA (localizado à Avenida Governador José Malcher, esquina com a Generalíssimo) é uma das ações de vários artistas que iniciaram esta ação para chamar atenção sobre a política cultural que vem sendo dispensada a cultura em nosso estado.

Não à toa, na programação de enceramento haverá um debate pra tratar deste assunto, sendo por isso mesmo muito importante que todos os agentes envolvidos na produção e política cultural se façam presentes, a partir das 17h, no Jardim do Museu da UFPA. Também entra na discussão a política estadual para a área de educação e saúde. A administração pública do estado vive momentos de crise e de colapso, e todos os artistas, diante disto, conclamam a união dos setores da sociedade em defesa do que já se conquistou.

Percebe-se atualmente uma crise que não se limita à área da cultura, já que o Pará enfrentou recentemente um longo período de greve dos professores da rede estadual de ensino, reflexo da falta de valorização dos profissionais; da falta de segurança e de estrutura nas escolas, que parou um dos setores estratégicos no combate a violência.

Neste sentido, somam-se os anseios das comunidades historicamente excluídas que frequentam e são atendidas pela Fundação Curro Velho/FCV, Casa da Linguagem/FCV, Sistema Integrado de Museus/SIM, Sistema Integrado de Teatros/SIT, Instituto de Artes do Pará/IAP, Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves/FCPTN que, entre seus espaços públicos mantém a Biblioteca Arthur Viana, que atende um número expressivo de estudantes oriundos da escola pública todos os dias.

Há ainda a Galeria Theodoro Braga, Theatro Waldemar Henrique, Museu da Imagem e do Som/MIS, órgãos atualmente administrados pelo Governo Popular, que voltem ao seu pleno funcionamento em horário integral, bem como todas as suas ações e atividades artísticas e culturais de maneira a atender a comunidade usuária desses serviços que entendemos serem essenciais na vida de cada cidadão desta cidade de Belém, e prioritariamente considerando as crianças e jovens em formação que não podem ser penalizados quando lhe são retirados tais direitos.

Assinaturas - O Movimento Cultura Pará Todos – Abaixo Assinado começou como uma reação independente contra o Decreto 1618/2009, assinado no dia 23 de abril pela governadora Ana Julia Carepa. O decreto determina horários específicos a todos os órgãos estaduais, com o objetivo de contenção de gastos e foi colocado em prática a partir de abril, com a previsão de uma duração mínima de três meses, sendo já prorrogado para até o final do ano. Diante disto, a população e cidadãos que foram e são afetados direta ou indiretamente por esta determinação começaram e devem continuar a agir, em união em defesa da democracia.

A coleta de assinatura é uma das ações desenvolvidas pelo grupo de “artistas plásticos, visuais, fotógrafos, atores, cineastas, dançarinos, dramaturgos, palhaços, diretores de teatro, músicos, estudantes de artes, arte educadores, compositores, produtores e amantes da arte em geral”, que estão insatisfeitos com estas más condições relacionadas à cultura.

O documento é amparado pelas mais de 400 assinaturas. Aos que quiserem participar, com nome, RG e profissão, podem acessar e inserir seus dados no espaço de comentários do blog http://culturaparatodosabaixoassinado.blogspot.com/2009/05/cultura-para-todos-abaixo-assinado.html).

A Coleta de assinaturas continua! Um ofício ao Sr. Edilson Moura foi entregue dia 5 de junho, às 12h, na SECULT encaminhando o abaixo assinado Cultura Pará Todos (a), com 276 assinaturas, à Governadora Ana Júlia Carepa, e recebeu o número 2009/212432 do protocolo geral daquela secretaria.

Propostas - Além disso, o movimento propõe novas ações: a realização de um seminário no qual sejam debatidas propostas que revertam a situação que aí está, tanto em instância estadual quanto municipal, e mais especificamente a criação de uma associação de artistas, a qual represente os interesses desta classe.

É nesse sentido que convidamos a todos os cidadãos, que efetivamente almejam por mudanças, para participar deste debate. Um convite foi feito ao Secretário de Cultura do Estado, Sr. Edilson Moura, e esperamos que os cidadãos de um modo geral façam uso desse espaço e da oportunidade que é, e está sendo, a realização desta ação em meio a Mostra Abaixo Assinado, no sentido de discutir, criticar, de modo tenaz e coerente, acerca das dificuldades observadas, e no sentido de propor soluções de ordem prática.

Texto: Movimento Cultura para Todos

6.7.09

Depois dos sábados nas comunidades In Bust pega estrada para municípios paraenses

O In Bust fechou com chave de ouro a agenda do “Sábado Comunidade – Teatro para Todas as Idades”, projeto que iniciou ainda em abril, passando por bairros e ilhas nos arredores de Belém.

Mais uma vez, fugindo à regra, eles apresentaram o projeto num dia alternativo. Projetado para acontecer sempre aos sábados, chegou a ter um apresentação num domingo, na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no bairro do Telégrafo, e agora esta, na Comunidade Mar a Dentro, na ilha do Outeiro, em plena segunda-feira.

“Já estamos pensando em mudar o nome do projeto”, brincam Paulo Nascimento, Aníbal Pacha, Adriana Cruz e Cristina Costa, já na volta da ilha de Outeiro, por volta das 13h. O público curtiu e aplaudiu “Fio de Pão – A Lenda do Cobra Norato”.

Bonecos na Estrada - Fechada mais etapa de trabalho, o In Bust agora prepara-se para levar seus espetáculos até municípios no interior do Pará, através do projeto “Bonecos na Estrada – Em Caravana”. Com patrocínio do Banco da Amazônia, através da lei Rouanet, em julho recebem o In Bust, os municípios de Peixe-Boi, Nova Timboteua, Igarapé Açú e São Francisco do Pará. Em setembro será a vez de São Domingos do Capim, Inhangapi, Bujarú, Concórdia do Pará e Tomé-Açu e, em outubro, Bonito, São Miguel do Guamá e Irituia, visitando ainda algumas comunidades quilombolas.

“O Bonecos na Estrada é continuação desta ‘empreitada’. Além do acesso e a missão de formar platéias e divulgar a linguagem temos, ao longo desses anos de trabalho, vivido momentos impagáveis recebendo com carinho a gratidão de pessoas que pela primeira vez experimentam assistir um espetáculo de teatro com bonecos”. Ressalta Adriana Cruz.

Público participativo - A apresentação de “Fio de Pão – A Lenda de Cobra Norato”, espetáculo escolhido para esta comunidade, foi muito animada e participativa. O público interagiu perfeitamente com o espetáculo que coloca uma família de nordestinos contando, em cordel, a lenda da cobrinha que quer virar gente.

Isso deu mais vigor à encenação que também marcou o encerramento de mais esta edição do projeto. “O encerramento do ‘Sábado Comunidade’ é cumprimento de mais um dos nossos projetos que no final das contas convergem para um mesmo objetivo: dar acesso a linguagem do teatro com bonecos àqueles que dificilmente vão assistir, por uma série de fatores”, diz a Adriana Cruz, integrante do grupo.

Munidos dos espetáculos “Fio de Pão”, “Curupira” e “Os 12 Trabalhos de Hércules”, este ano o projeto durou três meses, teve patrocínio do Banco da Amazônia, e chegou aos bairros do Jurunas, Cidade Velha, Telégrafo e às comunidades do Acará, além das ilhas do Combú, Boa Vista e Maracujá. “No caso dos ribeirinhos, em especial, este acesso é comprometido por uma espécie de isolamento vivido pelas comunidades onde dificilmente circula a produção cultural do estado”, explica.

Comunidade Mar a Dentro - Na Ilha de Caratateua, conhecida por Outeiro, a situação não é tão diferente, apesar de seus 115 anos de fundação, sendo um dos balneários mais próximos de Belém e frequentado pela população paraense. “Estamos trabalhando aqui há quatro anos e nunca vi iniciativas de apresentações teatrais aqui na ilha”, disse Felipe Leite, coordenador da Casa Masculina da Comunidade Mar a Dentro nas Ilhas de Outeiro, enquanto recebia o In Bust.

A Missão Mar a Dentro dá apoio à Arquidiocese de Belém na formação teológica, espiritual e humana das pessoas que participam desta comunidade, através de cursos, retiros, catequeses e celebrações, além de oferecer alguns momentos de entretenimento, através de programações culturais como esta.

3.7.09

Sessão reúne seis curtas premiados; comentários serão de Cássio Tavernard

Quem disse que animação é só coisa de criança? Adultos também curtem esse gênero audiovisual, que tem lugar de destaque no mercado internacional e agora vem se desenvolvendo no Brasil.

Uma pequena mostra desse universo está no programa “Animações para Adultos”, que o Cineclube Alexandrino Moreira, do Instituto de Artes do Pará (IAP), exibe nesta segunda-feira, dia 6 de julho, às 19h, com entrada franca. Os comentários após a sessão serão de Cássio Tavernard, diretor dos curtas de animação “A Onda - Festa na Pororoca” e “A Turma da Pororoca”.

Composta por títulos premiados no circuito de festivais e com expressiva exibição pela internet, a mostra é fruto do desenvolvimento do mercado de animação no país na última década, que supriu algumas demandas temáticas e diversificou a produção profissional. Ao todo são seis curtas, produzidos entre os anos de 2001 e 2005: “Desirella” (Carlos Eduardo Nogueira, SP), “Deu no Jornal” (Yanko del Pino, DF, 2005), “Engolervilha” (Marão, RJ), “O2 Conjunto Residencial” (Adams Carvalho, SP), “Onde Andará Petrúcio Felker” (Allan Sieber, PR) e “Pax” (Paulo Munhoz, PR).

O escritor Fernando Veríssimo, que assina uma crítica sobre o programa para o site da Programadora Brasil, diz que há muito pouco em comum entre os filmes reunidos nesta coletânea além da constatação mais óbvia de que são animações reconhecidas no Brasil e no exterior, de qualidade atestada pela longa lista de prêmios e participações em festivais acumulados por cada uma delas.

“Craques como Marão e Allan Sieber dividem espaço com novos talentos, alguns fresquinhos, ainda soltando cheiro de tinta, recém-saídos da universidade”, assinala o texto. No conjunto são apresentadas as mais diversas técnicas, que vão do tradicional claymation (animação com bonecos de massinha do paranaense “Pax”) à animação digital (caso do conto de fadas moderno “Desirella”), passando pelo exuberante 2D de “Engolervilha”, e ainda por técnicas mais experimentais, como as de “02 Conjunto Residencial” e “Deu no Jornal”.

“Não é demais repetir o alerta: esta é uma coletânea de animações para adultos. Por isso, não vale fingir surpresa ao se deparar com episódios de violência, suicídios, perversidade, e com um tom geral de humor negro e sarcasmo, às vezes feroz, que habitam estes filmes. Não vale levantar expectativas falsas, e, se alguém espera encontrar bichinhos fofos e alegres cantando e dançando a floresta, melhor procurar em outros lugares. O buraco aqui é mais embaixo”, diz o escritor.

Sinopses:

Desirella - Vivendo num conto de fadas, a velha Desirella, numa desesperada tentativa de transcendência, obtém um par de sapatos mágicos para tornar-se jovem.

Deu no Jornal - A saga de um solitário e suas fantasias desenhadas em esferográfica num jornal velho.

Engolervilha - Trabalho coletivo composto por vinhetas bizarras ou escatológicas. Pense no que uma ervilha pode sugerir numa animação: verdinha, marronzinha... O sórdido, o pútrido e o fétido. O bizarro, o esctológico e o grotesco. Ervilhas, urina e galináceas.

O2 Conjunto Residencial - Numa tediosa noite de sábado, um morador de um prédio residencial decide fixar um trampolim na janela de seu quarto. Foi a melhor coisa que ele achou para fazer, e agora todos querem experimentar as sensações.

Onde Andará Petrúcio Felker - A conturbada trajetória de um artista plástico perfomático é traçada por meio de diversos depoimentos.

Pax - Quatro religiosos se reúnem para discutir a violência do mundo atual e encontrar uma resposta para isso. Será que encontram?

Serviço: “Animações para Adultos”. Nesta segunda-feira, dia 6, à 19h, no Cineclube Alexandrino Moreira, do Instituto de Artes do Pará (IAP). Comentários de Cássio Tavernard. Entrada franca. O IAP fica em Nazaré, ao lado da Basílica. Informações: 4006-2947/ 2924.

Fonte: Assessoria de imprensa IAP

SeRasgum faz seleção de banda Heavy Metal para festival 2009

A banda TENEBRYS foi indicada a participar da seletiva para o Festival SeRasgum 2009, e fará uma apresentação no dia 29/07, a partir das 20h, no Gold Mar Hotel (ao lado do Curro Velho).

A votação do publico é decisiva e o Tenebrys é o único representante do Heavy Metal no festival, portanto ajude no fortalecimento da cena local e vote:
http://www.serasgum.com.br

Estamos liberando para download INSOMNIA, a mais nova musica de estúdio da banda, que fará parte do próximo EP denominado “TETRICHAOS”, com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2009. Acesse: www.belrock.com.br/tenebrys

E ainda! Mais uma musica do show ao vivo no Teatro Margarida Schivasappa, dessa vez, o inusitado cover de “Zombie” da banda The Cranberries:

Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=TFZgZXrrE4M
Contato: (91)9166-8670 – tenebrysband@gmail.com
Myspace – www.myspace.com/tenebrysband
Todos os Videos – www.youtube.com/tenebrysband

Fonte: SeRasgum

Carimbolada leva Nazaré Pereira à Saudosa Maloca.

Carimbó e beira de rio. Dois elementos que são a cara do Pará. Inclua na mistura comidas típicas, a cantora Nazaré Pereira e ainda Pedrinho Callado e a Associação dos Percussionistas do Pará. O resultado é um programa imperdível para os amantes do ritmo popularizado pelos mestres Lucindo e Verequete e por Pinduca: a terceira edição da “Carimbolada”, evento aliado à “Campanha do Carimbó – Patrimônio Cultural Brasileiro”, que tem por objetivo a valorização e difusão desta expressão musical.

Da Redação do Guiart
www.guiart.com.br

A “Carimbolada” é uma roda de carimbó que pretende misturar a vertente tradicional com uma linha mais moderna, incorporando elementos novos à sonoridade de origem. O cenário escolhido é a Ilha do Combú, do outro lado do Rio Guamá, no restaurante Saldosa Maloca, dia 4 de julho (sábado).

Atrações - Entre as apresentações programadas, tem destaque a de Nazaré Pereira, um dos nomes mais respeitados da música popular paraense. Uma das artistas locais mais bem-sucedidas, a cantora de sucessos como “Xapuri do Amazonas” vai mostrar sua ginga internacionalmente conhecida.

Para quem não sabe, ela nasceu no Acre, mas veio com a família para o Pará ainda na infância, estabelecendo-se em Icoaraci. Nazaré Pereira iniciou a carreira artística como atriz. Em 1969, ganhou uma viagem para a Europa num concurso teatral da extinta TV Tupi. Foi para Portugal e, de lá, para a França, país em que posteriormente veio a morar. Projetou-se na dança e na música e desde esta fase, não parou mais de expor seu trabalho ao redor do mundo.

A “Carimbolada” é uma ótima oportunidade para conferir a performance de Nazaré e também os shows de outros talentos paraenses: Pedrinho Callado, cantor e compositor premiado em festivais dentro e fora do estado e a Associação dos Percussionistas do Pará, que tem atuação consistente em prol da divulgação do Carimbó.

Serviço:
Carimbolada 2009, dia 04 de julho (sábado), no Restaurante "Saldosa Maloca", Ilha do Combú. Saída do Píer da Praça Princesa Izabel (ao lado do Palácio dos Bares), às 11h. Atrações: Nazaré Pereira, Pedrinho Callado e Associação dos Percussionistas do Pará. Participação especial: Cocota de Ortega. Informações: ZAGAIA Produções (zagaiaproducoes@gmail.com / 8122-3684).



Acará e Outeiro recebem últimas apresentações do projeto “Sábado Comunidade”

In Bust leva “Curupira” e Fio de Pão às ilhas e também apresenta “E aí, Macaco”, no festival Territórios de Teatro neste sábado. No final de julho, partem para municípios do interior paraense com o projeto “Bonecos na Estrada em Caravana”

Neste inicio de mês de julho, com o verão a toda, os moradores da comunidade de Santa Maria, na região fluvial do Acará, no sábado, 04, e da comunidade Mar Adentro, em Outeiro, na segunda-feira, 06, recebem as últimas apresentações do projeto “Sábado Comunidade – Teatro com Bonecos para Todas as Idades”, que o grupo In Bust vem desenvolvendo desde o mês de abril, tendo como patrocinador o Banco da Amazônia.

Serão apresentados os espetáculos “Curupira – 10 Milhões de nós”, às 10h30, e "Fio de Pão - A Lenda da Cobra Norato", às 10h, respectivamente, sábado, 04, no Acará, e segunda-feira, 06, na ilha de Outeiro, onde o grupo faz o encerramento do projeto em 2009.
Durante estes três meses e um pouco mais, o In Bust levou espetáculos para comunidades dos bairros do Jurunas, Cidade Velha, Telégrafo e comunidades do Acará, além das ilhas do Combú, Boa Vista e Maracujá.

Além dos espetáculos Fio de Pão e Curupira, o repertório do projeto traz também “Os 12 Trabalhos de Hércules”, cujas dramaturgias partem do olhar cuidadoso sobre o contexto cultural destas comunidades, seja através do tema do texto, do gestual ou da utilização de materiais alternativos da região.

“Tomamos o cuidado de alimentar-nos da diversidade de conhecimentos existentes em outras culturas no mundo, com o intuito de fortalecer a expressão amazônica destas comunidades”, diz o grupo que é formado por Adriana Cruz, Aníbal Pacha, Paulo Nascimento e Cristina Costa.

Neste fim de projeto, portanto, cumpri-se o objetivo de desenvolver um trabalho consistente em comunidades mais afastadas do centro de Belém e a municípios próximos, onde a produção artística gerada no centro metropolitano dificilmente consegue escoar, apesar das proximidades geográficas.

Em seus 13 anos de existência, o In Bust tem levado seu trabalho a muitos públicos alinhados em beiras de estradas, ramais, rios, baías e igarapés. E quanto mais circula, mais identifica a necessidade do acesso à arte, independente de idade, sexo, crença, situação financeira ou política.
Encerrado o “Sábado Comunidade”, o grupo coloca-se já em direção ao próximo desafio com o projeto “Bonecos na Estrada - Em Caravana”, que percorrerá nos meses de julho, setembro e outubro cerca de 15 municípios, incluindo algumas localidade quilombolas, pelo interior do Pará.

A primeira saída do “Bonecos na Estrada - Em Caravana” será de 23 a 26 de julho e percorrerá os seguintes municípios: Peixe Boi, Nova Timboteua, Igarapé Açu e São Francisco do Pará.
Em meio a isso, o In Bust também está participando do Festival Territórios de Teatro, seja enquanto espaço de apresentação ou sendo incluído na programação. Na sexta-feira apresentou “Catolé e Caraminguás” e neste sábado, depois que chegar do Sábado Comunidade no Acará, apresenta “E Aí, Macaco”, às 19h, no Casarão do Boneco.

Serviço
Apresentações dos espetáculos “Curupira – Um Milhão de nós” (sábado, 04) e “Fio de Pão – A Lenda do Cobra Norato” (segunda-feira, 06). No projeto Sábado Comunidade, do grupo In Bust. Neste será no sábado, 04 de julho, para a Associação dos Moradores de Santa Maria, no sítio Santa Maria, região fluvial do Acará. O In Bust também apresenta “E aí, Macaco”, às 19h, deste sábado, no Casarão do Boneco (Av. 16 de novembro, 815), dentro do Festival Territórios de Teatro. Entrada franca – 1kg de alimento. Informações: 3241.8981.

Minissérie - Nego Nelson será Miguel!

A assessoria de imprensa da minissérie “Miguel Miguel” divulgou hoje informações sobre o elenco já definido. Miguel será Nego Nelson, sim o compositor que nunca atuou. A vida toda esteve ao lado de um violão, encantando platéias em Belém e no mundo com belas composições de choros, valsas, bossas, blues, carimbós.

Tudo começou quando a dupla dinâmica do audiovisual paraense Roger Elarrat e Adriano Barroso viram Nego entrar na Taberna de São Jorge (o bar da Walda), e se olharam. Era ele: Miguel. Adriano o convidou para um teste. Nego aceitou, fez, passou. E agora, o violonista paraense, de 60 anos - 40 deles dedicados à música -, viverá o personagem-título da minissérie televisiva “Miguel Miguel”.

A pesquisadora e coordenadora do núcleo audiovisual do IAP, Ana Lúcia Lobato, também foi convidada para um teste e já tem agenda de ensaio marcada para a próxima semana. Ontem a encontrei no Espaço Cuíra de Teatro tentando ver, como eu, o espetáculo “Quando um Cisne..”, sem êxito, pois a sessão estava lotada. Era programação do Festival Territórios de Teatro. Ana me disse que está ansiosa com a novidade de atuar.

Elenco secundário - Também estão no elenco, Ailson Braga, Astrea Lucena, Paulo Porto, Olinda Charone, Paulo Marat, Salustiano Vilhena e Sergio Salimos. Além, claro, de Henrique da Paz e Yéyé Porto que protagonizam o casal que investiga a morte de Nego... opa, de Miguel!

“Queríamos alguém marcante pra ser o Miguel. Nossa estratégia foi ver se ele [Nego Nelson] seguraria o tranco em um teste de câmera, de jogo com o elenco. Na câmera, ele fez direitinho. Pegou as nuances do texto, bateu bola com os outros atores. Não se intimidou com a câmera e fisicamente era o que eu queria: um cara grande e grisalho”, explica Roger Elarrat sobre a escolha do músico para o elenco do projeto.

O personagem - Com Miguel Miguel, Nego Nelson realiza um desejo antigo, que a timidez impediu de concretizar. “No fundo eu sempre quis ser ator”, ele diz. “Comecei minha carreira tocando em peças. E numa dessas, me chamaram pra fazer um bêbado e não fui, porque eu era muito tímido. Tive uma frustração muito grande por não ter feito. Aí, anos depois o Adriano me vê e pergunta: ‘Queres fazer um filme?’ E eu topei”, conta.

Quando Nego Nelson leu o texto para o papel de Miguel, viu que as semelhanças entre os dois não se limitavam apenas ao típico físico. A personalidade de um se confundia com a do outro. “Ele é aquele cara que fala que não vai fazer uma coisa e faz. É um personagem muito parecido comigo. Para um principiante, isso ajuda. Afinal, sou eu”.

O violonista chegou cedo no dia teste, para desespero de Roger e o preparador de elenco, Adriano Barroso. “Ele foi o primeiro a fazer. Isso foi horrível pra nós, porque sabíamos que já era o que queríamos. Mas de vez em quando um ator vinha e fazia um excelente teste e usamos isso pra mapear outros papéis. Por mais que viesse alguém para ler o papel do Miguel, já víamos onde ele melhor se encaixaria”, lembra Roger.

Com tanta sintonia entre intérprete e personagem, Nego Nelson se aproveita para mergulhar nessa aventura e conhecer seus próprios limites. A partir do próximo dia 06 de julho, o músico começa os ensaios de Miguel. E dia 27 de julho, iniciam as gravações da série. “Eu sei que minha vida vai mudar depois disso. Eu me esforço, presto atenção nos atores, na forma como eles interpretam. Eu assisto um filme e fico analisando. Mas eu não serei ator porque fiz um filme, preciso aprender muito ainda. Uns dez anos. Na vida, tudo o que você faz tem que ter pelo menos uns dez anos. Antes disso, você está construindo”.

História - Baseada no livro homônimo do escritor paraense Haroldo Maranhão, a minissérie em cinco episódios conta a história de um casal de aposentados, Varão (Henrique da Paz) e Úrsula (Yeye Porto) que investigam as mortes do amigo Miguel, morto duas vezes.

Dirigido por Roger Elarrat e co-produzido pela TV Cultura do Pará e Digital Produções, Miguel Miguel traz a cada episódio novas descobertas no casarão de Úrsula e Varão, numa trama de muito mistério e humor negro.

Serviço
Texto: com informações da Assessoria de Imprensa da minissérie
Contato: Yorranna Oliveira – 8221-1002
Mais informações: site: www.miguelmiguel.com.br
Sobre Nego Nelson: http://www.culturapara.com.br/negonelson/index.htm

2.7.09

Festival Territórios de Teatro abre de forma deslumbrante

O Festival Territórios de Teatro, cuja programação já foi divuglada aqui na íntegra, começou ontem com um belo espetáculo. Em plena Praça da República, em frente a um dos maiores e mais importantes teatros do país, o Da Paz, foi encenada a Paixão de Cristo, do tradicional grupo de Canudos. Infelizmente não pude estar presente, mas segue uma das belas fotos de Eunice Pinto, da Agência Pará de Notícias, do Governo do Estado, pra vocês, que também não estiveram lá, terem idéia do que rolou.

A programação do evento é uma realização da Intimídia, em parceria com o IAP – Instituto de Artes do Pará e patrocinado pela Caixa, com coordenação de Ester Sá e Nando Lima, segue até dia 08 em vários espaços da cidade, mas é preciso ficar atento para escolher o que quer ver, umas vez que os espetáculos das 19h acabam montando.

Hoje, às 19h, por exemplo, tem “A Mulher das Sete Saias”, no Casarão do Boneco ( Av. 16 de novembro, 815) e “A Mulher-Peixe que Queria Voar”, no mesmo horáirpo, no Mercado do Ver-o-Peso. No Teatro Cuíra, já às 21h, será apresentado “Quando a Sorte te solta um Cisne na Noite”.

Além das apresentações , participa do festival o crítico de teatro e diretor teatral kil Abreu. Quem quiser acompanhar o que ele está escrevendo sobre os espetáculos, pode acessar o blog do festival http://territoriosdeteatro.blogspot.com ou o site da rede de Teatro da Floresta, que reúne os maiores profissionais de teatro do Pará, estudantes e admiradores desta arte, no endereço: http://redeteatrodafloresta.ning.com.

No dia 8 de julho, tem um bate papo com ele, sobre crítica teatral, no IAP ( Praça Justo Chermont, s/n - ao lado da Basílica de Nazaré), a partir das 14h. Tudo tem entrada franca!

Atentos à programação desta quinta

Amanhã, segue abaixo como está a noite do Festival. No banner você vê os respectivos grupos que assinam os espetáculo (basta clicar nele e ampliar) . Não deixe de ir, saia de casa nestas noites quentes de verão e aproveite para ver o que tem de melhor na produção cênica paraense.

Espetáculo Do Barro ao Boneco
IAP – Instituto de Artes do Pará
Endereço: Praça Justo Chermont, s/n (ao lado da Basílica de Nazaré)
19:00h

Espetáculo A Comédia dos Erros
Anfiteatro da Praça da República
Endereço: Praça da República, S/N
20:00h

Espetáculo Catolés e Caraminguás
Casarão do Boneco
Endereço: Avenida 16 de novembro, 815
19:00h

Gravações da minissérie "Miguel Miguel" começam no final de julho

As gravações da minissérie “Miguel Miguel”, baseada na obra homônima de Haroldo Maranhão, vão começar no final do mês de julho, dia 27 e vão até agosto, 16. O projeto é premiado pelo Concurso de Minisséries da TV Cultura. Haroldo Maranhão, morto em 2004, no Rio de Janeiro, era paraense. Foi escritor, jornalista e advogado.

Nesta foto Roger Elarrat (Diretor) e Boris Knez (Dir. de Arte), com a planta baixa da principal locação.

Em Belém, o trabalho para a realização da minissérie está indo em alta velocidade e com afinco de todos que formam a equipe. Na semana passada as equipes de produção, direção e elenco da minissérie fizeram os últimos testes para escolher os atores protagonistas e esta semana prepara-se a divulgação dos nomes dos eleitos.

A história tem um tom mórbido bem do jeito que Roger Elarrat gosta, que se sente bem à vontade com isso. “Meus trabalhos são sempre sobre realismo fantástico. Morte, morte, não sei por que, mas concidência ou não, a morte é um caminho, ainda que seja o da etrenidade e olha que sou ateu”, diz rindo. “Mas gosto de cultura popular, do misticismo daqui e de religiosidade. Gosto de documentar essas coisas”, explica o diretor.

A minissérie terá 5 capítulos de 13 minutos cada e que devrá ir ao ar em outubro, segundo informações da Funtelpa, repassadas à produção. As gravações na locação vão levar cerca de três semanas. A principal é o casarão que foi a antiga residência do artista plástico Antar Rohit e que hoje abriga uma Ong, na Ó de Almeida. “Escolhemos uma locação de estéticamente antiga para contrastar com o mundo moderno daqui de fora, tal qual é o perfil dos personagens. Quizemos fazer este paralelo. O cemitério pra gravação dos enterros, por exemplo, será o de Marituba ao invés de recorrermos aos tradicionais Santa Izabel ou Soledad”, diz Elarrat.

Testes de elenco - Os testes foram feitos na Digital Produtora. Entre os nomes confirmados e já divulgados pelo blog da produção (www.miguelmiguel.com.br) são o dos atores Henrique da Paz, como Varão, e Yeye Porto, como Úrsula, que investigam a morte de Miguel. Na história, desde que sabem da morte de Miguel do Arcanos, há uma reeviravolta em suas vidas. Entre surpresas e mistérios tudo vai se desenrolando na prosa deliciosa de Haroldo, que nos supreende a cada página. O desafio, por tanto, de Roger Elarrat, diretor e roteirista, e de sua equipe, é grande.

Acima, Olinda Charone é testada por Adriano e Roger. Candidata aprovada, aposto!

Após a confirmação dos atores principais, a equipe começa a fazer leitura de texto. “Como a série é extensa, vamos passar muita coisa só com os atores principais. Vamos começar ensaiando na Casa da Linguagem. Na locação, só na véspera de gravar”, explica. Além do elenco principal, cerca de 40 pessoas entre atores e não atores formam o elenco secundário e figuração. “Temos muitos personagens idosos, por isso durante a seleção dos atores principais, também já fomos escolhendo os nove atores do elenco secundário de idosos. Temos dois enterros, onde eles aparecem bastante”, diz Adriano Barroso, diretor de elenco.

Passaram pelos testes, a atriz Olinda Charone, o diretor de teatro Salustiano Vilhena e o músico compositor Nego Nelson. “Pensamos em chamar a Fafá de Belém pra contracenar com ele”, brincam seriamente Roger e Adriano.

Segundo Roger e Adriano, as dificuldades foram grandes para se chegar ao elenco final, uma vez que encontrar atores entre 50 e 60 anos com initmidade com a linguagem audiovisual não foi fácil. “Os atores nesta faixa etária vem todos do teatro, ao contrário dessa nova geração que de alguma forma já estão sendo formados em contato com o cinema e o vídeo em Belém”, explica Adriano.

Baixo orçamento - Outra dificuldade como sempre é o recurso destinado. Os R$ 100.000,00 do prêmio ainda foi pouco diante do desafio que é a produção de uma minissérie que se pretende bem feita, bem finalizada e esteticamente caprichada. “Estes 100 mil para uma minissérie é muito pouco. Estamos prevendo três semanas de gravação e aí, poucas pesoas puderam fechar receber o cachê de uma semana para trabalhar três. Estamos fazendo muita coisa na amizade e precisando ainda de muitos apoios e parcerias”, avisa Elarrat.

A equipe toda é formada de paraenses, o único de fora será o diretor de fotografia, o Carlos Erbert, que fotografou o longa brasileiro “Bandido da Luz Vermelha”. Ele esteve em Belém, dando um curso de fotografia no IAP e acabou recebendo o roteiro em mãos. Leu, gostou e acabou entrando em contato comigo”, diz Roger.

Inéditos de Haroldo Maranhão - Mas esta negociação foi mais fácil que aquela feita com os familiares do autor para a concessão dos direitos autorais. No final deu tudo certo e os filhos de Haroldo estarão em Belém para o lançamento, promentendo trazer muitos inéditos do pai a fim de encontrar pessoas interessadas em editá-los. Torçamos então por tudo, pela minisserie e pelas novidades que Haroldo ainda tem para todos nós!

Ficha técnica – Produtora: Digital Produções; Produtor Executivo: Fernando Penna de Carvalho; Diretor Geral: Roger Elarrat; Ass. Direção: Célio Cavalcante; Diretora de Produção: Francy Oliveira; Ass. de Produção de Campo: Paulo Porto; Ass.de Produção de Base: Felipe Lima; Diretor de Arte: Boris Knes; Produtora de Objetos: Nairy Sidrim; Diretor de Fotografia - Carlos Ebert; Ass.Fotografia: Henrique Penna; Diretor de Elenco- Adriano Barroso.