28.8.21

Mosaico Amazônico reúne contos de Paulo Ferreira

Repórter, redator e editor de jornais e revistas, Paulo Roberto Ferreira sempre andou pela Amazônia, ouvindo histórias reais de pessoas que sofrem sem perder a esperança. Em sua trajetória, ele foi atuante no Bandeira 3 e Resistência, jornais independentes que registraram muitas das tragédias que permanecem atuais em nossa região. 

“Os contos desse novo livro foram escritos a partir das minhas vivências, aqui na nossa região, a Amazônia. Histórias que eu ouvi ou foram inspiradas em pessoas que me despertaram grande fascínio. Mas algumas personagens cruzaram mesmo o meu caminho de repórter”, diz Paulo Roberto, em entrevista ao Holofote Virtual. 

Ilustrados por artistas como João Bosco, Norberto Ferreira, Walter Pinto, Paulo Emmanuel e Félix Paixão, seguem, na linha da ficção, temas já presentes na obra de Paulo Roberto, que já lançou também, “A censura no Pará – A mordaça a partir de 1964”, “Encurralados na ponte: o massacre dos garimpeiros de Serra Pelada” e “O Apagador de Floresta”.

Paulo explica que alguns contos já estavam esperando a hora para sair da gaveta.  “Foram iniciados há mais de 20 anos, mas ficaram aguardando uns retoques e foram lapidados lentamente, outros foram escritos  no silêncio da quarentena do coronavírus”. O autor diz que em algumas situações o cenário amazônico também foi determinante para despertar seu interesse, antes mesmo das personagens. “O conto ‘Medo de sonhar’, por exemplo, foi um desafio que me impus: escrever sobre o mundo das águas e seus labirintos”, complementa. 

Os livros de Paulo Ferreira estão à venda na Paka-Tatu e na Fox. O “Mosaico Amazônico” teve lançamento virtual, mas agora em setembro também vai ganhar um lançamento presencial, promovido pela Casa das Artes, da Fundação Cultural do Pará. “A pandemia limitou o contato do autor com o público, mas espero que gradativamente (e com todos os cuidados necessários) a gente possa ir voltando a ter contato direto com as pessoas”, conclui ele, que observa com atenção o movimento literário paraense.

“Sempre tivemos uma boa produção literária sobre a Amazônia, mas ainda pouco conhecida ou divulgada, quando comparamos com outras regiões do País. Mas atualmente existem mais pessoas e editoras apostando na produção dos escritores da região, como é o caso da Paka-Tatu, a Pará.Grafo, a Valer, a Empíreo e outras”, continua. 

O autor também comemora que hoje em dia os temas amazônicos já não causam tanto estranhamento na mídia especializada em literatura, como já foi mais preocupante. “Um bom exemplo é o caso do romance ‘Maria Altamira’, da Maria José Silveira, que é goiana, morou em Brasília e São Paulo e estudou no Peru. O livro, que tem cenários e personagens imbricados na barragem de Belo Monte, ganhou um bom destaque na mídia e nas redes sociais”, conclui.

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Lenda de Abaetetuba ganha narrativa audiovisual

A produtora independente Crônicas do Norte surgiu no ano passado, em meio à pandemia, com muita vontade de mostrar, na linguagem do audiovisual, a cultura paraense, suas lendas, contos e mitos. O primeiro filme estreou em agosto de 2020, "O Misterioso Homem Molhado da Meia Noite". Agora, a equipe traz “O Mistério do Poço da Moça”, que já está disponível no canal de Youtube. 

"Na trama abordamos a lenda do Poço da moça, uma lenda Abaetetubense, muito conhecida na cidade. Dizem que naquele olho d’água, um casal de índios viveu um amor proibido pelas tribos rivais a que pertenciam, e nisso o jovem índio acabou morrendo em guerra pelo amor da índia, mas a índia inconformada chorou por dias naquele lago até que um dia ele voltou como uma visão e a arrebatou no lago que se transformou em um poço de tanto ela chorar. Então um grande mistério rondou por décadas e décadas naquela comunidade com varias versões da lenda", conta Paula Bittencourt, roteirista e produtora do filme.

Além dela, a equipe técnica é formada por Aller Santos, na câmera e direção de arte, além de Ícaro Rodrigues, na edição e sonorização. No elenco estão Jessica Rodrigues, como Taianá; João Araujo, como Suí; Patrick Peixoto, como Maicon; e Ênio Souza, como Kayan.

A ideia de criar a produtora veio do desejo do coletivo em valorizar a cultura amazônica, suas lendas, contos e mitos. "Veio a vontade de construir tudo isso em audiovisual. Sem ajuda alguma, iniciamos a busca por uma lenda de um homem molhado e com menos de 20 reais iniciamos nosso projeto".

Outra preocupação do coletivo foi com o registro de pessoal que repassam causos por meio da oralidade. "Observamos que que pessoas de idade que contavam essas lendas e contos populares, estavam morrendo então sentíamos no coração que precisávamos deixar armazenado nossas estórias", continua Paula.

Enquanto a produtora lança esse curta, também já tem um novo projeto, tão desafiador quanto, só que agora em formato de série. "Estamos com o roteiro de uma série, 'A Mata Tem Dona'. É uma versão de uma Matinta muito cruel, que em algumas localidades essa terrível entidade da mata fez inúmeras monstruosidades, vamos voltar na década de 1950 para contar melhor essa história", diz a roteirista. 

Paula explica que as pessoas podem colaborar com a produtora de diversas formas. "Compartilhando nossos conteúdos ou nos apoiando como patrocinadores para que possamos continuar produzindo e valorizando o que é nosso. Temos uma equipe reduzida que trabalhou nesse curta, mas queremos continuar a produzir cultura e a sintonizar a arte de contar as estórias do nosso jeitinho paraense", conclui.

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AQNO lança "Desaglomerô" gravado em São Luís

Produzido em São Luís, o videoclipe, gravado no centro de histórico da capital maranhense, acabou de chegar ao Youtube e nas nas demais plataformas de música. 

Após 10 anos se apresentando em casas noturnas e eventos de Marabá e da região sudeste do Pará, AQNO apresenta ao público seu primeiro trabalho autoral, “Desaglomerô”. Aos 33 anos, AQNO se define como um homem “cheio de amores”. Mas, com os sentimentos aflorados pela pandemia da covid-19, isolado na casa de familiares no interior do Pará, foi uma paixão específica quem inspirou a letra. 

“Compus em meio a várias inquietações emocionais e pessoais, mergulhado em ansiedade, carência e saudade de trocar afeto com os meus. ‘Desaglomerô’ é para um amor em específico, interrompido pela pandemia, que até hoje não reencontrei. A canção fala exatamente da esperança desses reencontros depois que todo esse cenário caótico passar”, explica o cantor e compositor.

O videoclipe não é menos intenso do que a lírica. Com imagens gravadas em locações no centro histórico de São Luís, o audiovisual retrata o personagem AQNO, um terráqueo em estado de solidão, caos e isolamento, que recebe uma tentativa de comunicação do planeta saturno, através de uma interferência na programação de sua TV. 

“Ele ignora a tentativa de comunicação, mas a partir disso, entra em um estado gradual de mutação, à medida que se relaciona com esse ambiente de isolamento, acessando diversos sentimentos como ansiedade, revolta, delírio, apatia, loucura, carência, até enfim chegar ao estado final de sua transformação”, adianta.

AQNO define a sonoridade deste projeto como “Pop-Amazônica-Psicodélica”, estilo que reúne a diversidade de manifestações culturais e musicais de sua região. Com produção musical do ludovicense Sandoval Filho, “Desaglomerô” traz elementos do tradicional Brega paraense e do Reggae de bandas maranhenses como a Reprise. 

“Essa proposta musical identifica Marabá, o local onde eu nasci artisticamente, que é completamente atravessado pela relação entre Pará e Maranhão. Esse casamento de gêneros musicais, que flerta com beats eletrônicos, resultou num ‘Breggae’ envolvente”.

Além da produção musical, Sandoval Filho assumiu guitarra, bateria, contrabaixo, teclado e programações do trabalho, que também tem participações dos músicos Derkian Monteiro, Sarah Byancci e Thalysson Nicolas nos metais, com gravações no BlackRoom Studio (São Luís/MA). O single e videoclipe “Desaglomerô” apresentam o álbum de estreia de AQNO, “O Retorno de Saturno” – previsto para setembro. Os projetos foram viabilizados por meio da Lei Aldir Blanc, da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult/PA).

Álbum “O Retorno de Saturno”

“Desaglomerô” é a porta de entrada para “O Retorno de Saturno”, álbum de estreia do artista, que tem previsão de lançamento para 24 de setembro. A temática astrológica presente no roteiro do videoclipe, se estende ao longo do álbum e de sua concepção. Segundo AQNO, “retorno de saturno” é um evento que ocorre quando o planeta, conhecido como a joia do sistema solar, completa uma volta inteira ao redor do sol (cerca de 30 anos), período que desencadeia caos emocional, marcando uma fase de amadurecimento e evolução de consciência.

“Aproveitando o momento de caos em meio à pandemia em que compus ‘Desaglomerô’, decidimos conectar o roteiro do videoclipe ao tema do álbum e criar uma atmosfera de ansiedade e solidão, na qual o personagem é afetado pelo contato com seres saturninos, representando o retorno de saturno, passando por esse processo de metamorfose”, conta AQNO, que traz 11 canções autorais, marcadas por seu “Pop-Amazônico-Psicodélico” neste trabalho.

Ele é Diego Aquino, nascido em Gurupi, no Tocantins. Vive há 17 anos em Marabá. Foi na cidade paraense, a mais de 500 quilômetros de Belém, que ele floresceu como o artista adotando o nome artístico AQNO, em 2013. Na cena local, ele se apresenta em casas noturnas, festivais e chegou a abrir shows de nomes como Joelma. 

Homem gay vivendo com HIV há seis anos, AQNO não deixa de se posicionar em seu trabalho para dar voz às causas da comunidade LGBTQIA+ e pessoas que também vivem com HIV. Sua musicalidade traz referências diversas, que vão de ícones da Música Popular Brasileira (MPB), como Lenine, Elis Regina, Clara Nunes, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Secos e Molhados e Novos Baianos, até lendários artistas paraenses como Fafá de Belém, Wanderley Andrade, Companhia do Calypso e Fruto Sensual, e artistas internacionais como A-ha, Queen e Michael Jackson.

Assistam

https://youtu.be/AYNpZhUxH8Q

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(Holofote Virtual com informações da assessoria de imprensa do artista)


25.8.21

Gretchen comemora os 25 anos do Arte Pela Vida

O Comitê “Arte pela Vida” completa 25 anos auxiliando pessoas que vivem com HIV e Aids na Região Metropolitana de Belém. Entre as atividades principais está a doação de alimentos a cerca de 200 famílias.  A programação de comemoração inicia com show beneficente de Gretchen e artistas locais nesta quinta (26), no Teatro Margarida Schivasappa, às 20h.

Eu nunca que ia imaginar isso, a rainha do rebolado (e sim, eu dancei conga la conga nos anos 80), comemorando a longa trajetória do Arte Pela Vida, comitê de artistas e jornalistas que desenvolve trabalho belíssimo de afeto e solidariedade.  

Gretchen e o saxofonista paraense Esdras Souza, seu marido, receberão ainda as participações especiais de MC Dourado e Viviane Batidão. E tem mais. Ela foi coroada como madrinha dos 25 anos do Comitê. Vamos lá?

Os ingressos estão a venda antecipadamente nas lojas Ná Figueiredo, academia Bio Ritmo, Salão Junior Fiel e na própria Loja Sustentável do “Arte pela Vida”. No dia do show, os ingressos estarão a venda na bilheteira do Teatro. O valor arrecadado com a venda dos ingressos será revertido em cestas básicas para entregar às famílias atendidas pelo Comitê e a prestação de contas, segundo a organização do evento, será feita nos perfis da organização nas mídias sociais. 

Irradiando Vida

Além do show, o “Arte pela Vida” realizará a exposição “Irradiando vida”, no mês de setembro na Galeria Benedito Nunes, do Centur, com a vernissage às 19h do dia 01. Estarão em exposição 170 obras de 100 artistas plásticos, fotógrafos e artesãos que doaram os trabalhos para venda. 

A exposição terá entrada franca e o dinheiro também será destinado ao auxílio alimentar, de higiene pessoal e de medicamentos das pessoas com HIV e Aids, que fazem tratamento nas unidades de saúde de Belém que estão em situação de vulnerabilidade social. No período de pandemia de Covid-19, o “Arte pela Vida” já distribuiu mais de três mil cestas básicas. 

A programação de 25 anos do “Arte pela Vida” contará também com a feira de empreendedorismo para pessoas LGBTQIA+, também no Centur, nos dias 03 e 04 de setembro, de 9h às 21h. 

Serviço

Show beneficente de 25 anos do “Arte pela Vida”. Nesta quinta-feira, 26, às 20h, no Teatro Margarida Shivasappa, Av. Gentil Bitencourt, 650, na Fundação Cultural do Pará, Belém.

Vendas antecipadas dos ingressos:

Investimento: R$30

Loja Sustentável “Arte pela Vida” - Tv. Rui Barbosa,1023, Nazaré

Academia Bio Ritmo - R. Boaventura da Silva, 1612 - Umarizal 

Ná Figueiredo - Av. Gentil Bitencourt, 449 - Nazaré 

Salão Junior Fiel - Tv. Quintino Bocaiúva, 1226 - Nazaré

24.8.21

Edyr Augusto lança novas crônicas sobre Belém

Edyr Augusto
Foto: Diogo Viana

Em “Crônicas da Cidade Morena 4”, o autor dá sequência a um celebrado trabalho literário cujas narrativas são todas ancoradas no cotidiano da cidade de Belém. O livro, que sai pela Amo! Editora, terá sessão de autógrafos nesta quinta-feira, 26 de agosto, das 17 às 20 horas, na livraria da Fox (Dr. Moraes, 584 - Nazaré).

Premiado na França e com obras publicadas em diversos países, incluindo Inglaterra e México, Edyr Augusto é um dos mais importantes autores do Pará. Possui 16 obras lançadas, entre contos, poemas e romances. 

Nesta obra, ele prossegue sua literatura sobre Belém na série “Crônicas da Cidade Morena”, que chega ao quarto volume pela Amo! Editora. Trata-se de uma homenagem ao avô de Edyr, Edgar Proença, jornalista que escrevia crônicas sobre Belém sob o título “Instantâneos da Cidade Morena”. Em mais de 60 textos inéditos, Edyr Augusto homenageia e lança um olhar crítico à cidade da qual nunca se separou e divulga para o mundo com estilo próprio e realista.

No prefácio, o compositor, escritor e artista plástico Marcos Quinan sintetiza que Edyr Augusto, em “Crônicas da Cidade Morena 4”: "Com proficiência fala de futebol e carnaval. Do Círio de Nazaré, com saudade e observações pertinentes. Relembra as alegrias do Natal e uma grande descoberta em “Papai Noel!”. Íntimo, recorda amores, influências e revela preferências. Filosofa com muita sede de plantio, de colheita. E assim nos vai sitiando com suas emoções, seduzindo com ternura nossa memória para lembramentos que o tempo deposita no relicário de valores acumulados em nossas vidas."

Sobre o autor - Edyr Augusto nasceu em Belém, em 1954. É jornalista, radialista, dramaturgo, diretor de teatro e, em 1998, estreou como romancista, com a publicação de "Os Éguas". Em 2001, lançou "Moscow", seu segundo romance, seguido de "Casa de Caba" (2004), do livro de contos "Um sol para cada um" (2008) e dos romances "Selva concreta" (2012), "Pssica" (2015) e "Belhell" (2020). 

Reverenciado pela crítica estrangeira, o livro "Os Éguas" foi traduzido para o francês e recebeu, em 2015, o prêmio Caméléon de Melhor Romance Estrangeiro, na Université Jean Moulin Lyon 3, na França. No mesmo ano, Edyr participou do festival Quais du Polar, em Lyon, e do Salão do Livro de Paris, firmando carreira internacional. Desde então, seus romances são traduzidos para diferentes línguas. "Casa de Caba"  foi publicado na França, com o título "Nid de vipères", e na Inglaterra, como "Hornets’ nest" (Aflame Books, 2007). O paraense também teve seus contos publicamos no Peru, pela editora PetroPeru, e no México, pela Vera Cruz. 

Amo! Editora:

Vocês já devem ter ouvido falar da Amo! Outro dia, postei aqui um texto sobre um outro lançamento, da editora que chega para valorizar o mercado literário do norte do Brasil, com um catálogo inédito de publicações que reúne sobretudo os autores contemporâneos da Amazônia. Sua proposta é lançar ou relançar obras fundamentais à compreensão do legado e da diversidade da região, com o diferencial de promover também a acessibilidade de seus títulos por meio de audiolivros. 

Obras inéditas de João de Jesus Paes Loureiro e Lilia Silvestre Chaves, entre outros autores do Pará, serão lançadas em 2021 com design gráfico da cantora Andréa Pinheiro. Novos autores também podem submeter seus trabalhos em amoeditora.belem@gmail.com, para que publicações futuras sejam selecionadas por uma equipe de curadores que tem o poeta Vasco Cavalcante como integrante.

Serviço

Lançamento e sessão de autógrafos do livro "Crônicas da Cidade Morena 4", de Edyr Augusto.

Data: Quinta-feira, 26 de agosto de 2021.

Horário: 17h às 20h 

Local: Fox Belém (Dr. Moraes, 584 - Nazaré).

Realização: Amo! Editora

23.8.21

Gueto Hub recebe a exposição "Outras faces"

Dannoelly Cardoso, artista plástica bragantina, retrata 11 artistas da cena cultural paraense, em diversos segmentos, na exposição "Outras Faces", uma realização da lei Aldir Blanc através da Associação Fotoativa, que vem premiando jovens artistas na execução de seus projetos culturais. A abertura é no sábado, 28, no Gueto Hub, em Belém.

Dannoelly Cardoso iniciou suas atividades com as artes influenciada pelos quadrinhos e desenhos animados. Com o tempo foi estudando novas práticas até chegar no realismo, técnica que vem se especializando e aperfeiçoando em estudos constantes. O material utilizando pela artista é o giz pastel seco, material de alta pigmentação que proporciona a forma do desenho realista através da técnica do sfumato, utilizando as próprias mãos.

A exposição sob curadoria do produtor cultural Cláudio Fly, tem o propósito não só de apresentar os artistas retratados nas pinturas, mas também de pontuar a importância dos mesmo através das atividades culturais que desenvolvem, a contribuição da arte regional que faz destes artistas grandes referências do cenário cultural do Pará.

A programação será realizada no espaço colaborativo Gueto Hub, que vem fomentando atividades culturais na periferia do Jurunas, e tem se destacado como um espaço cultural, integrando atividades  a comunidade periférica através de diversas programações e atividades.

Serviço

Exposição Outras Faces 

Abertura: 28 de Agosto 

Horário: 15 horas

Local Gueto Hub (Tv. Quintino Bocaiúva 3729)

22.8.21

Nazaré Pereira lança EP nas plataformas digitais

“Canções da Minha História” foi lançado, na última sexta-feira (20), em todas as plataformas digitais, com selo Na Music. O EP reúne seis canções de autoria de Nazaré Pereira, escolhidas a partir de laços afetivos e marcos de sua carreira. A cantora bateu um papo comigo, aqui no blog, confira! 

O novo EP é mais um dos preciosos projetos que se concretizaram, por meio da Lei Aldir Blanc. Reúne seis canções que contam, cada uma, histórias sobre a carreira da artista. Cançãozinha e Natureza são interpretadas só por Nazaré Pereira, mas em quatro outras músicas, ela divide o vocal com quatro convidadas, Rosângela Maria, em Aboio do Sertão; Rita Macêdo, em Brasileira; Naieme, em Caixa de Sol; e Luciana Sousa, em Xapuri. Juntas, elas celebram o talento e a força da musicalidade da mulher nortista que canta  a poesia da Amazônia. 

Para Nazaré, gravar neste momento foi “um ato de amor, que está em cada palavra, em cada música. Um grito de força para as pessoas que estão sofrendo com a perda de tantos amigos”, diz a cantora que ainda não sabe quando poderá retornar aos palcos. “A pandemia  aqui na França está esquisita, o show que eu ia fazer em ‘santropê’ foi cancelado, porque ainda está muito complicado, mas eu rezo muito, para que isso termine pra eu voltar às minhas festinhas gostosas, preparar minhas músicas e escutar os amigos cantando”.

O EP “Canções da minha História” contou com elaboração de projeto cultural e produção executiva de Luci Azevedo; assistência de produção, de Aurélia Moura. Na direção musical, Davi Benitez, que também fez o piano, Davi Amorim, na guitarra e violão; e Bruno Mendes, na bateria e percussão. As fotos são de Renato Chalu (@jambufilmes ); Capa e Tipografia, de Thay Petit, com arte/divulgação de redes sociais, por Tale Campos. O projeto foi contemplado no edital de música da  Secult  e Lei  Aldir Blanc Pará. Uma das músicas, “Cançãozinha” também foi contemplada no edital de credenciamento do SESC-PA, Lei Aldir Blanc.

Ontem (21), Nazaré Pereira celebrou ‘in memorian', o aniversário de nascimento de Dona Maria, que completaria então 101 anos. “Dedico a ela esse EP, dona Maria, minha mãe morena e mando um beijo a todos os meus fãs”, disse a artista que está em Paris, aguardando a segunda ordem para retomar seus shows e novas gravações. Vivendo há muitas décadas na capital francesa, ela se projetou como artista para o mundo, carregando consigo as origens de sua cultura amazônica. 

Foto: Divulgação

Holofote Virtual: Quais as principais memórias afetivas que influenciaram a curadoria das músicas desse EP? 

Nazaré Pereira: A ideia desse projeto foi da Luci Azevedo, ela elaborou o projeto e me apresentou a proposta, o que me chamou atenção o fato das participações serem todas mulheres. Topei na hora porque já tinha vontade de realizar um projeto assim.  Além das regravações, tive a oportunidade de colocar canções que me marcaram  ao longo desses quase 45 anos de carreira nas plataformas digitais pro mundo todo ouvir, de acordo com a modernidade tecnológica. A música é a minha vida, é o que faz meu coração não parar de pulsar.

Todas as músicas são memórias da época das minhas grandes turnês. Eu comecei a recordar de como eu compus algumas músicas, exatamente o que me inspirou. É o caso de Cançãozinha - essa música eu fiz pra uma pessoa que trabalhou comigo por muitos anos no início da minha carreira. Num belo dia de show, ele chegou pra mim e disse que tinha sido convidado pra trabalhar com o Chico Buarque e foi embora. 

Aquela atitude pra mim foi um choque, eu lembro de ter chorado muito naquela noite, achei que era uma grande ingratidão da parte dele. Então, peguei papel e caneta e escrevi tudo que eu estava sentindo . Se você ouvir vai perceber que é uma música linda, mas é bem triste. A música teve, inclusive, videoclipe contemplado no edital de credenciamento do Sesc Aldir Blanc Pará.

Essa música foi executada no Canadá por uma grande orquestra. Natureza é meu grito pela salvaguarda da Minha Amazônia. E Caixa de Sol: é uma homenagem aos músicos que trabalharam comigo, são memórias fortes na minha cabeça.  E Aboio do sertão foi uma música que eu fiz com o Luiz Gonzaga do meu lado e ele me disse que ‘Aboio não era música de mulher’ e eu disse ‘vou já lhe mostrar que vou fazer um aboio!’  Eu fiz, depois que eu fiz ele ficou apaixonado. É o Aboio do sertão que eu canto com a Rosangela Maria. E o Xapuri vocês já conhecem! Em Brasileira eu quis dizer para o povo brasileiro que não é só o carioca que dança samba, nós do Norte também dançamos. Gostamos muito de samba também.

Foto: Renato Chalú

Holofote Virtual: Há quatro cantoras convidadas que participam do disco, que ressalta a força do canto nortista feminino. A escolha de cada uma também tem a ver com esse lugar do afeto, a que o disco se remete? 

Nazaré Pereira: Eu já tinha vontade de gravar algumas músicas com a participação de algumas cantoras, e com a pandemia, algumas delas ficaram bem próximas a mim. A Rosângela Maria é da mesma geração que eu,  mas as outras eu pensei que seria bom ter uma nova geração cantando comigo, e lembrei de algumas que estão sempre nos shows que eu realizo.  Eu defini o repertório, mandei pra cada uma cantar pra vê se havia uma conexão sonora, e foi imediata a identificação delas com as músicas que escolheram

Holofote Virtual: Lançar um disco em meio a uma pandemia é um ato de amor à música. Como foi esse processo?

Nazaré Pereira: Foi tenso fazer esse disco mas ao mesmo tempo de uma ternura incrível. Gravar em meio a pandemia foi poder deixar a música nos abraçar já que nós estávamos impedidas desse gesto. Eu pude com esse projeto estender minha rede e apoiar, gerando trabalho pra muita gente competente que vive da arte da música.

Holofote Virtual: O disco vai às plataformas e você e quando volta aos palcos?

Nazaré Pereira: Volta aos palcos eu ainda não sei te dizer quando estarei pronta pra esse retorno. Tenho feito alguns trabalhos em Paris, partições especiais, recentemente gravei com o Chico César um programa sobre a música brasileira para TV francesa  @cultureboxftv . A Covid levou 2 músicos que tocavam comigo há muitos anos aqui na França. Pra mim é um recomeço pós-pandemia, em breve estarei inteira pra cantar muita poesia da nossa Amazônia novamente.

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(agradecimentos à Luci Azevedo que viabilizou e deu apoio à produção dessa entrevista)

17.8.21

Sonido lança 3o capítulo com um encontro inédito

Foto: Isabella Moraes
Depois de estrear com o Clube da Guitarrada, Mestre Curica e Aldo Sena; seguir com Strobo e STRR, o 3o capítulo do Sonido Sessions vai ao ar  quarta, 18, com o encontro da Lambada de Félix Robatto, com o carimbó do grupo Tamboiaras, formado por instrumentistas mulheres. Tudo no no Music Box, às 20h30 e, a partir das 21h, no canal do Youtube do Se Rasgum.

A apresentação faz parte do festival instrumental que acontece há sete anos no maior cartão postal de Belém: o Mercado do Ver-o-Peso e é produzido pela Se Rasgum Produções. Neste ano, o Festival faz uma ode ao que há de melhor na música amazônica. 

Um dos maiores representantes da atual geração da música paraense e profundo pesquisador da música paraense, Félix é referência quando o assunto é Guitarrada e Lambada. Seu trabalho mostra uma música contemporânea paraense construída a partir de elementos da guitarrada, surf music, música latina e pop. 

O músico e produtor se encontrou, no palco, com o grupo de canto e percussão Tamboiaras. Formado em 2017, em Belém, e composto exclusivamente por mulheres, elas trazem em sua essência a tríade música, ancestralidade e feminismo, embalada pelo canto e percussão paraense.

Outra novidade do festival são os dois episódios do podcast Podsirasgar. Os dois primeiros serão lançados nessas próximas quintas, 19 e 26. O primeiro aborda a música instrumental paraense contemporânea e traz os convidados Leo Chermont (Strobo) e Bruno Rabelo (Clube da Guitarrada). Já o segundo episódio é sobre a atuação das mulheres na música instrumental e as convidadas são Renata Beckman (Guitarrada das Manas) e Layse Rodrigues (representando o Clube da Guitarrada). O podcast da Se Rasgum estará disponível nas plataformas digitais, agregadoras de podcast e no canal do YouTube do festival.

O último capítulo vai rolar na próxima quarta-feira (25/8), com a fusão da Guitarrada das Manas com Waldo Squash (Gang do Eletro), mostrando todas as possibilidades e a diversidade da música atual amazônica. O Festival Sonido Sessions possui também o objetivo de dar visibilidade para as arrecadações da Associação Grupo Comunitário Limoeiro, associação que surgiu no Bairro do Jurunas (Belém do Pará) ainda nos anos 70. A doação vai ser realizada pelo Sympla, plataforma oficial de vendas da Se Rasgum Produções: https://www.sympla.com.br/produtor/serasgum

Serviço

18/8 - Félix Robatto + Tamboiaras

25/8 - Guitarrada Das Manas + Waldo Squash

Projeto selecionado pelo Edital de Música – Lei Aldir Blanc Pará, apoio cultural Codem e Prefeitura de Belém,  produção Se Rasgum Produções e Associação Cultural Amazônia Independente. 

12.8.21

Edgar Augusto lança livro de crônicas neste sábado

Acompanhamos há décadas, a Feira do Som, em formato radiofônico, na Rádio Cultura do Pará, e impressa, como coluna, nas páginas do Diário do Pará. E foi também no jornal que há seis anos ele começou a compartilhar suas crônicas, que são publicadas semanalmente, para alegria de seus milhares de admiradores, entre os quais me incluo. 80 delas agora chegam também no livro “Leque de Estrelas’. O lançamento será neste sábado, 14, na Livraria da Fox, com a presença do autor, que receberá os leitores, das 9h às 13h. 

Paraense, 67 anos, escritor, Edgar Augusto começou a escrever aos 16 anos. Já lançou livros de poesia, teatro, crônicas, contos e romances, estes últimos, lançados nacionalmente pela Editora Boitempo e na França, pela Editions Asphalte. A nova obra, sairá pela editora AMO!

“São crônicas minhas, bem pessoais sobre minha Belém da infância, juventude e velhice. Há seis anos  que as público as quintas no Diário do Pará.  Escolhi as que mais me tocaram”, diz Edgar Augusto Proença. “Sobraram muitas crônicas que guardei para uma próxima publicação. Eu continuo escrevendo toda quinta. Tenho a vida do diário comigo. Escrevo a coluna desde a primeira edição do jornal. Com a morte do Carlos Queiroz sou o colunista mais antigo do jornal. Venho dos tempos de chumbo na Batista Campos”, diz Edgar.

Jornalista e radialista, ele vem de uma família tradicional na imprensa e do rádio paraense, principalmente. Seu avô Edgard Proença, fundou a PRC-5, que foi a primeira rádio do Pará. Já o pai, Edyr Proença, até hoje foi o mais importante locutor esportivo do estado. E ainda tem os irmãos, Janjo e Edyr Augusto, que já foram donos da rádio Jovem Pan. Histórias, portanto, ele tem muitas e vão continuar sendo contadas.

No livro, há relatos sobre as festas do Automóvel Clube de Belém, homenagens a Nelson Gonçalves, Carlos Lyra, Sebastião Tapajós e como não podia deixar de ser, para os Beatles também. Edgar é um beatlemaníaco inveterado, como todos sabem e ele faz questão de deixar claro em seu programa a Feira do Som, que tem um quadro chamado o cantinho dos Beatle. 

Acompanho as crônicas no jornal e estou louca para ler a seleção que ele fez, instigado pelos jornalistas Gerson Nogeuria e Esperança Bessa. “Um dia eles me chamaram para conversar e sugeriram que as publicasse em um livro”, diz Edgar que fez questão de contar essa história na apresentação de seu livro. Ler Edgar é como ouvi-lo. A “Feira do Som” é também como uma crônica diária da música paraense. É um dos programas de rádio mais antigos do Pará, veiculado  na Rádio Cultura FM. São quase 50 anos no ar. E no Diário, ele a publica há quase 40. 

Edgar teve problemas com a saúde e nos preocupou, mas ele mesmo nos tranquiliza e diz que ainda vai ter saúde para continuar contando suas histórias. “Estou recuperado depois de infarto, oito stents, covid e avcs. O grande lá em cima ainda não me quis. Por isto retomo a vida com a vibração que ela ainda me permite. Inclusive na rádio para onde gravo os programas de casa. A pandemia me fez refletir que não somos eternos e que temos, sobretudo, de amar e proteger os amigos. Que no meu caso são muitos e que me apoiaram quando precisei. A gente sempre precisa. Jamais poderemos ser felizes sozinhos”, diz ele com o costumeiro bom humor.

Serviço

Lançamento do livro “Leque de Estrelas”, de Edgar Augusto Proença, neste sábado, 14, das 9h às 13h, na Livraria da Fox – Dr. Moraes, entre Conselheiro e Mundurucus.

O 3o episódio da websérie “Do Boteco à Baiuca”

Foto: Laís Teixeira

Thiago Castanho e Bohemia lançam mais um episódio da websérie “Do Boteco à Baiuca”. Em parceria com a cerveja que movimenta sabores e tradições, a série está disponível no perfil @thiagocastanho, no Instagram.

Uma verdadeira enciclopédia digital das tradições baiuqueiras está sendo apresentada no instagram do Chef @ThiagoCastanho em parceria com a Bohemia.  A websérie “Do Boteco à Baiuca” chega ao seu 3º episódio nesta quinta-feira, 12 de agosto, revelando os verdadeiros “baiuqueiros". “Uma das coisas mais importantes de uma Baiuca é a clientela. Um baiuqueiro de verdade conhece o garçom pelo nome” revela Thiago no novo vídeo gravado na Baiúca Bendita Marvada.  

Depois de apresentar as tradicionais baiucas, falar sobre um dos principais ingredientes, a mandioca, e suas diversas formas de uso pelos chefs de baiuca, Thiago Castanho senta na mesa da Bendita Marvada para bater um papo com os famosos baiuqueiros. Com sua Bohemia gelada, ele brinda o novo episódio ouvindo as preferências da clientela, descobre porque eles se consideram baiuqueiros e o que mais gostam das baiucas de Belém.

Os episódios vão ao ar até o final de semana que antecede o Círio de Nazaré, em outubro. Os programas inéditos serão veiculados sempre às quintas-feiras, de 15 em 15 dias, no IGTV de Thiago Castanho no Instagram: @thiagocastanho .

Além de chef, o paraense Thiago Castanho é  um baiuqueiro apaixonado pelo Pará. Conhecido pelo trabalho como apresentador da série de gastronomia Sabores da Floresta no canal Futura, ele representa a culinária paraense e todas suas tradições, buscando sempre elementos regionais e receitas que conectem a natureza exuberante do Pará e da Amazônia. 

Bohemia é mais que cerveja, é o sabor que move tradições. Presente na vida dos brasileiros desde 1953, a Bohemia Puro Malte é uma cerveja para todos os momentos. Produzida com malte 100% importado e lúpulo Saaz, da República Tcheca, ela é clara, leve e muito refrescante.

10.8.21

Circular: memória e cultura em um Mapa do Afeto

O Circular Campina Cidade Velha realiza, neste final de semana, a Mostra Mapa do Afeto, projeto contemplado pelo edital Culturas Populares (FIDESA, Secult-Pa), da Lei Aldir Blanc. O evento conta ainda com apoio da Fumbel, Prefeitura de Belém. A abertura será na sexta-feira, 13, na sede da Associação Fotoativa, na Praça das Mercês, seguindo pelo sábado, 14, e vai até domingo, 15, sempre das 10h às 20h, trazendo lançamento de livro, exposição, rodas de conversa, feirinha criativa, bate papo, apresentações musicais e videomapping. O último dia da mostra também vai coincidir com a realização da 36a edição do Circular Campina Cidade Velha.

Valorizar e potencializar as relações de vizinhança e identidade sociocultural de moradores e visitantes, além de despertar memórias materiais e imateriais e provocar a reflexão sobre o espaço de moradia e a relação da cidade com os bairros do Centro Histórico. "Esse projeto busca estimular diálogos e debates sobre o lugar da memória, da afetividade e do patrimônio no espaço urbano, com foco específico para a construção de olhares e fazeres que compreendam o Centro Histórico como um território de produção de resistências, permanências e transformações", diz Adelaide Oliveira, coordenadora do Circular.

O projeto Mapa do Afeto foi lançado em 2020, com livro e mapa impressos, mas de forma digital, sem presença do público, por causa da pandemia. E embora ainda não estejamos todos vacinados, desta vez, tomando todos os cuidados de saúde contra a Covid, o livro será lançado de forma presencial, com direito a exposição de fotografias e autógrafos dos autores que participarão de rodas de conversa, com o público. 

A obra apresenta um levantamento afetivo daquele território a partir da memória e das vivências cotidianas dos seus moradores, resultando em um mapa e um livro impresso. Coordenado pela produtora cultural Tamara Saré, o projeto realizou em 2019, durante três meses, 19 entrevistas com pessoas de diferentes gerações, com memórias diversas que se cruzam na construção do mapa. 

A metodologia de trabalho envolveu entrevistas e levantamento de material fotográfico do bairro que remetesse às memórias das pessoas e dos equipamentos e serviços que hoje fazem parte do relacionamento afetivo dos moradores. Os autores são o historiador, fotógrafo e atual presidente da FUMBEL, Michel Pinho, além da antropóloga Lorena Mendes, da geógrafa Nabila Pereira e dos jornalistas Alexandre Yuri e Yorranna Oliveira.

Exposição, conversa, música, projeção e feirinha

Na sexta-feira, 13, logo pela manhã, a programação inicia com feirinha criativa e a exposição “A Pele que Habito”, dos fotógrafos Otávio Henrique, Cláudio Ferreira e Ursula Bahia. Haverá visitação dos alunos da Escola Felipe Smaldone, e bate papo com os fotógrafos. Pela parte da tarde, será feito o lançamento oficial do livro homônimo que deu origem à mostra, seguido de roda de conversa com pesquisadores/autores.

A exposição “A Pele que Habito” faz parte desse mesmo conteúdo, reunindo fotografias inspiradas nas narrativas dos antigos moradores e jovens de diversas idades, profissões e gêneros que vivem no bairro da Cidade Velha. Algumas também foram produzidas durante a atuação dos fotógrafos Otávio Henriques e Cláudio Ferreira, ao longo de diversas edições do Circular; outras foram feitas sob encomenda à fotógrafa  Ursula Bahia. Na Mostra Mapa do Afeto, a montagem conta com sonorização de trechos de entrevistas, com edição de Beto Fares e Regina Silva.

No sábado, 14, segue a feirinha criativa, reunindo a produção de parceiros da rede Circular Campina Cidade Velha e a exposição. De tarde, a artista e designer Renata Segtowick é convidada da roda de conversa para falar sobre o processo criativo de ilustração do Livro Mapa do Afeto. A programação no domingo, 15, começa pela manhã com a exposição e a feirinha abertas, contando pela parte da tarde com shows da cantora Karen Tavares e, em seguida, da Banda Puget Blues. O encerramento será com projeção videomapping, do artista premiado Kauê Lima.

PROGRAMAÇÃO - MOSTRA MAPA DO AFETO

13 a 15 de agosto de 2021 | 10h às 20h

Local: Associação Fotoativa – Praça das Mercês - Campina

SEXTA-FEIRA, 13

10h Abertura da exposição “A Pele que Habito” + feirinha criativa

11h Visita dos alunos da Escola Felipe Smaldone 

16h  Roda de conversa – Conversa com os autores do Livro Mapa do Afeto

17h-  Sessão de autógrafos 

SÁBADO, 14

10h Exposição “A Pele que Habito” + feirinha criativa

16h Roda de conversa 

Renata Segtowick- Processo de criação do livro Mapa do Afeto;

17h Sessão de autógrafos

19h Vídeo mapping – Kauê Lima

DOMINGO 15

10h Exposição “A Pele que Habito” + feirinha criativa

17h30 – Show Karen Tavares

18h – Banda Puget Blues 

19h – Vídeo mapping – Kauê Lima

20h - Encerramento

Serviço

Mostra Mapa do Afeto - Circular Campina Cidade Velha. De 13 a 15 de agosto, na sede da Associação Fotoativa - Praça das Mercês - Campina. Projeto selecionado pelo edital Culturas Populares (FIDESA, Secult-Pa) , da Lei Aldir Blanc. Apoio Fumbel, Prefeitura de Belém.

Tapajazz Mostra Belém no Margarida Schivasappa

2a edição do evento na capital paraense traz, entre outras emoções musicais, a Amazônia Jazz Band, e promove o reencontro de grandes músicos, como Gilson Peranzzetta, Ney Conceição e Armandinho Macêdo, com o violonista Sebastião Tapajós. Além disso, pela primeira vez, o festival contará com a presença feminina de Badi Assad e Lívia Mattos no seu palco principal. 

Noites de encontro da música brasileira em um festival da Amazônia. Nascido às margens do rio Tapajós, em Alter do Chão, Santarém, o Tapajazz, aportou com sua Mostra Belém no ano passado e está de volta, em 2021, de 12 a 14 de agosto, às 19h30, no Teatro Margarida Schivasappa, um dos principais espaços culturais do Pará. 

O lugar possui mais de 500 lugares, dos quais 200 serão disponibilizados ao público presencial, na plateia, camarotes e área adaptada a pessoas com deficiência.  Os ingressos podem ser retirados a partir de quarta-feira, 11, das 15h às 19h, no teatro. Procurar a produção. E quem não puder ir, poderá assistir às três noites, pelo canal de Youtube do projeto, onde eo público já pode ir conferindo os vídeos produzidos com os convidados deste ano. 

O Tapajazz Mostra Belém é um projeto selecionado pela Lei Aldir Blanc, Secult-Pa e Governo do Estado. Realizado pela Fábrica Produções. Patrocínio Alcoa. Apoio: Prefeitura de Belém, Casa do Saulo e Holofote Virtual.

Homenagens a Sebastião Tapajós

O nome do festival, como deve-se perceber, de imediato, sabendo de suas origens, é uma homenagem, mas não só ao rio, como também ao seu patrono, o violonista Sebastião Tapajó. Em especial, nesta edição, ele irá reencontrar com muitos amigos e parceiros que construíram carreira com ele, como Gilson Peranzzetta, com quem formou um duo de muito sucesso em 1986, gravando discos como o CD “Lado a Lado”, lançado no Brasil e no Japão; “Afinidades”, lançado no Brasil e na Alemanha. 

A parceria os levou a turnês pelo Brasil, Europa e Japão. Eles ainda gravaram em trio, incluindo Hermeto Pascoal, além do CD Encontro de solistas, com  Sebastião, Gilson, Maurício Einhorn e Altamiro Carrilho. Tocaram juntos pelos anos 1990 e 2000, até Sebastião voltar a morar em Santarém-Pa. 

Além do pianista, Armandinho Macêdo, guitarrista baiano, que criou a guitarra baiana, também tem memórias com Sebastião e num vídeo enviado ao festival, lembrou-se de encontros que tiveram há muitos anos nos programa das Rede Tupi. 

O músico traz o show “Bandolim, Guitarra Baiana”, um passeio musical por sua trajetória, desde a época de sua banda A Cor do Som, passando por suas parcerias e influências em mais de 50 anos de carreira.  No palco, ele estará acompanhado de Cesário Leone (baixo), Yacoce Simões (teclados), Márcio Diniz (bateria) e Emanuel Magno (percussão).

Na primeira noite, também se apresentará o pianista Lenilson Albuquerque, que estará em formação de quinteto, com baixo, bateria, sax e percussão. O artista vem atuando com grandes nomes da música paraense, morou em Minas Gerais, e fez shows internacionais como na cidade do México. 

Outro momento que marcará a Mostra Belém 2021 do Tapajazz será a apresentação da cantora e instrumentista Badi Assad, artista com mais de 14 álbuns lançados em todo o mundo e mais de 40 países visitados em 25 anos de carreira. Ela traz junto Lívia Mattos, cantora, compositora e instrumentista baiana. As duas serão as primeiras mulheres a brilhar no palco do festival, nestes oito anos. 

PROGRAMACAO

Quinta, 12

Gilson Peranzzetta - piano solo

Lenilson Albuquerque - banda

Sexta, 13

Badi Assad - Convida Lívia Mattos

Armandinho Macêdo e banda

Sábado, 14

Sebastião Tapajós e convidados - Amazônia Jazz Band, Gilson Pernzzetta, Nilson Chaves, nem Conceição, Alfredo Reis, Armandinho Macêdo

Serviço

Tapa Jazz Mostra Belém 2021 - De 12 a 14 de agosto, no Teatro Margarida Schivasappa - Belém. Os ingressos podem ser retirados a partir de quarta-feira, 11, das 15h às 19h, no teatro. Procurar a produção. 

Haverá também transmissão pelo Youtube do projeto - https://www.youtube.com/channel/UCD19QAt29Wrozm4zVWcpz3Q

6.8.21

Castanho sugere 8 baiucas para visitar em Belém

Sextou? Então imagine um tour pelas Baiucas de Belém. Esse é um dos propósitos de Bohemia e Thiago Castanho, Chef de cozinha e baiuqueiro, apresentador da Websérie “Do Boteco à Baiuca”, exibida no IGtv @thiagocastanho, que vai toda ao ar até a véspera do Círio, mas ele já antecipa aqui e dá dicas para visitar as baiucas que serão mostradas ao longo de oito episódios. Vão lá, mas usem máscaras, álcool em gel e evitem, claro, as aglomerações.

“Passear pela simplicidade, conhecer a história e vivenciar a tradicional Baiuca é a proposta da Bohemia, através do olhar de quem entende: Thiago Castanho. Por isso, apostamos em mover sabor e tradição através da Websérie”, conta Thalita Barreto, gerente Regional de Marketing da Ambev. 

O chef acredita que “à medida que a cultura local entenda que isso tem valor, a probabilidade de haver um guia ou rota turística de culinária de baiuca, aumenta, é um pensamento real”, diz ele exemplificando outras experiências no país, como Em Minas e no Rio, em relação à cultura de Boteco, e na Europa, com as Tapas portuguesas. 

“Pensem numa rota: primeiro vou ali, onde tem uma unha de caranguejo, depois vou atrás do peixe frito, da carne de sol... É uma maneira do turista e das próprias pessoas da cidade circularem e conhecerem o circuito real da nossa comida e da real boemia paraense”, comenta.

O que é que a baiuca tem?

Sobretudo, uma boa culinária, cervejas e bebidinhas da casa. De forma geral, segundo Thiago Castanho, no cardápio, entre os petiscos mais procurados e característicos de uma baiuca, estão a macaxeira frita, a carne de sol, o leitão, “que é muito famoso, feito assado, fatiado, com cebola e servida com pão ou macaxeira. É simples, mas rola disputa, na cidade, de quem faz ou conhece o melhor”, diz Castanho.

Ele também aposta nos caldos e nos peixes. “No Meu Garoto, tem um caldo nordestino ótimo. Tem baiucas que só sevem peixe frito e é uma coisa muito da nossa tradição. Além do consumido com açaí, vai muito bem com cerveja”, continua.

Então sabemos. Toda baiuca que se preze, pensa em um cardápio de petiscos, mas além disso, seu Antônio Gentil, dono da Bendita Marvada, visitada por Thiago Castanho, na websérie, chama atenção para outra especialidade que toda casa deve oferecer, a hospitalidade, uma característica, aliás, do povo paraense.

“Nosso objetivo é conquistar uma clientela que volte no outro dia, sempre. Por isso, nosso segredo está também no atendimento. No cardápio, a gente indica tudo, mas vou dar como destaque aqui a Mandioquinha e o charque acebolado, dois petiscos indicados na hora de tirar o gosto com cerveja”, explica o baiuqueiro proprietário.

Dicas para visitar

  • Baiuca Santa Quitéria -  Tv. 14 de Março, 1139 - Umarizal, Belém - PA, 66055-490
  • Bendita Marvada - Av. Sen. Lemos, 983 - Umarizal, Belém - PA, 66050-005 
  • Restaurante Mearim - Rua O de Almeida, 606 
  • Apoena Espaço Cultural - Av. Duque de Caxias, 450 Altos - Marco 
  • Meu Garoto - R. Sen. Manoel Barata, 928 - Campina, Belém - PA, 66050-000 
  • Casa Igá - Trav. Frei Gil de Vila Nova, 215 – Campina
  • Peixe Frito da Alzira - Travessa Angustura - 2815 - Marco - Belém 
  • Resenha Prime - Travessa Curuzu - 235 - Marco - Belém 

3.8.21

Móbile Lunar lança álbum e longa metragem

Misturando um som vintage, influenciado pelos mineiros do Clube da Esquina e pelo Rock Progressivo de 70, ao moderno som de bandas da cena autoral paraense, a Móbile Lunar lança o 1o álbum "Feroz" nas plataformas digitais, nesta quarta-feira, 4, com dez músicas autorais e prevê lançamento do 2o longa metragem para setembro.

Da criação do Universo às mazelas da sociedade moderna, a banda mantém o olhar de quem vive na Amazônia. "A Móbile Lunar sempre quis gravar um álbum que remetesse às nossas influências como a música da década de 1970, principalmente a Música Popular Brasileira dessa época que é muito rica para nós da banda. Depois de registrar o EP Frida, chegamos à conclusão que era possível realizar esse sonho de mesclar tanto o passado quanto a música contemporânea e acho que conseguimos nos sair muito bem com o álbum Feroz", avalia o guitarrista e vocalista Alê Brandão.

Totalmente independente, o álbum foi gravado em 2018 e 2019 no Rio de Janeiro e em Belém, mas a pandemia do novo Coronavírus adiou o lançamento, que estava programado para abril do ano passado, quando a banda lançou o single de "Feroz" que dá nome ao álbum e já estava com turnê fechada pelo nordeste (Salvador, Aracajú, Maceió e Recife). Após meses de instabilidade por conta da pandemia, no final de 2020, a banda gravou o segundo longa-metragem e, com o produto pronto, decidiu reprogramar o lançamento para agosto de 2021.

A referência retrô não está apenas na sonoridade, mas também na forma como o disco foi pensado: assim como nos Long Plays (LPs) de décadas anteriores, Feroz  traz as músicas em ordem lógica de enredo. O álbum traz dez faixas autorais. A maioria das composições é assinada pelo vocalista principal, André Moska (Intro, Esse Astro, A Cidade, Automáticos, Canção do Nosso Tempo, Como Vão as Coisas, Grande Parque e Frida); Feroz foi composta pelo guitarrista que também assume os vocais Alexandre Brandão; já a música Viatrix, tem composição dividida entre André Moska, Alê Brandão e o baixista Leonardo Vitor.

“Feroz é um álbum muito aguardado. Ele resume letras fortes, melodias simples e complexas e toda a potência amazônica. A Móbile Lunar consegue ser progressiva e pop, sem parecer forçado. As melodias brotam como que naturais na música e embargam a voz quando cantadas as letras", avalia o baterista Igor Gomide.

Gravação em Belém e em estúdios do RJ

O processo de gravação do disco foi feito em locais representativos para o grupo: a maior parte da gravação foi no 203 Studio que fica no Rio de Janeiro/RJ e as baterias no Araras em Petrópolis/RJ, de propriedade do atual baixista dos Mutantes, Vinícius Junqueira (a casa do estúdio em Petrópolis era antes do Sérgio Dias, vocalista dos Mutantes). O disco teve ainda gravações pontuais em Belém nos estúdios APCE, Legacy e Ver-O-Som. A masterização foi feita Felipe Tichauer do Red Traxx Mastering (Miami/FL).

Foi o projeto que manteve a banda operante nesse período longe dos palcos. Da ordem da apresentação das músicas à performance visual, Feroz traz um conceito que complementa o álbum. "Feroz não é um CD, nem um disco nem um álbum. É um grito! No fundo do peito, guardado. De um bando de sonhadores desmedidos, incorrigíveis e imparáveis, mas que sentem um amor incalculável pela música", revela o guitarrista Laercio Esteves.

Para o baixista Leonardo Victor, Feroz é importante para pontuar a presença da banda na cena autoral paraense. "É o fechamento de um ciclo de criação, de vivências, experiências e transformações que eu compartilhei com meus amigos e companheiros. É a síntese artística de um momento musical novo, que já está registrado na história da cidade”.

Álbum de estreia com registro em longa metragem

A banda em foto de lançamento do 1o EP, em 2018

Uma viagem pela paisagem poética, visual e sonora da Amazônia onírica, surreal e concreta que inspirou a Móbile Lunar a compor o seu álbum de estreia. Assim é o documentário musical "Móbile Lunar - Sonhos", que tem roteiro de Laércio Esteves e André Moska, integrantes da banda. 

O segundo longa-metragem da Móbile apresenta uma banda consolidada, mais madura, com mais elementos audiovisuais e mostrando suas referências amazônicas. O filme traz performance ao vivo, do álbum, gravado no Teatro do Sesi no final de 2020, além de misturar imagens produzidas especialmente para o filme, cenas de arquivos pessoais, já outras foram captadas por pessoas que acompanham a trajetória da Móbile e que registraram suas casas em período de lockdown.

Sonhos parte do desejo de deixar claro que, apesar das composições da banda cantarem temas universais, o que realmente os inspira são elementos do universo amazônico. Quando a Móbile canta as viagens espaciais, a busca de um cachorro na lua, na realidade a inspiração está na cidade de Colares/PA, onde, na década de 70, houve uma missão militar realizada pela Força Aérea Brasileira, devido ao aparecimento de OVNI’s. O filme será lançado no dia 11 de setembro e completa a programação de lançamento de Feroz, álbum de estreia da banda Móbile Lunar.

Sobre a Móbile Lunar – Formada em 2016, a Móbile Lunar é formada por André Moska (vocalista e violonista), Alê Brandão (vocalista e guitarrista), Igor Gomide (baterista), Laércio Esteves (guitarrista) e Leonardo Vitor (baixista). A banda apresenta um repertório de músicas autorais e cantadas em português, com composições e os arranjos fortemente influenciados pela música brasileira, pelo rock progressivo dos anos 1970 e pela nova safra de bandas paraenses. 

O primeiro EP FRIDA foi lançado em 2018 com quatro canções que estão disponíveis nas plataformas de streaming. Duas músicas deste EP (Automáticos e Viatrix) foram transformadas em videoclipes. Em 2021, a Móbile Lunar consolidou a produção musical do grupo, com a finalização do seu primeiro álbum FEROZ, que será lançado no dia 04 de agosto e se prepara para o lançamento do documentário musical "Móbile Lunar - Sonhos" no dia 11 de setembro. 

Serviço

Lançamento do álbum Feroz dnas principais plataformas de streaming de música. Nesta quarta-feira, 4. 

Link do pré-save: https://onerpm.link/5384950502

Informações: @mobilelunar