29.3.23

Festival norteado pela obra de Sebastião Tapajós

O violão de Tião - Foto: Vanessa Barros

O Instituto Sebastião Tapajós realiza o 1º Festival de Violão Sebastião Tapajós, neste final de semana, nos dias 31 de março e 1º de abril, em Santarém. 

A iniciativa celebra, salvaguarda e difunde a obra do violonista paraense que ganhou projeção internacional, influenciou e continua encantando a todos com suas composições, muitas vezes complexas, mas repletas de sentimentos e ambiências das sonoridades que permeiam a região amazônica.

Ao todo foram 165 inscrições no festival. Os candidatos enviaram vídeos executando duas músicas de autoria de Sebastião Tapajós e dos mais de 100 candidatos, saíram 12 finalistas. Na etapa final venceram na categoria Jovem Violonista, Natanael Carvalho e Leonardo Araújo, ambos residentes em Minas Gerais; e na categoria Sênior, os violonistas Paulo Renato de Araçatuba (SP) e Fernando Santos, de Niterói (RJ). 

“O festival já inicia com uma boa receptividade e alcance. Tivemos inscrições das mais diversas regiões do Brasil, e mesmo que o Norte não esteja representado entre os premiados desta edição, tivemos um grande número de violonistas paraenses participando, inclusive indo a final entre os 12. “É sem dúvida um festival que vem trazer ao estado um olhar das demais regiões tanto para obra do Sebastião, quanto para outros novos violonistas”, diz o professor e violonista José Maria Bezerra, que integrou o júri com outros notórios especialistas da acadêmica e/ou artística no segmento do violão, Ravi Samaya e Neil Armstrong.

Natanael Carvalho - Jovem Violonista

Natanael Carvalho tem 17 anos e se deparou com o violão solo por conta própria em meados de 2020. “Desde então venho estudando sozinho em busca de ser um concertista de violão de 7 cordas”, diz o músico que é um dos premiados na Categoria Jovem Violonista. Ele conta que conheceu a obra de Sebastião Tapajós graças ao festival, cuja ação de divulgação chegou até ele em Nova Lima, cidade próxima de Belo Horizonte, em Minas Gerais, onde o jovem músico, que é goiano, vive.  

Para ele, o processo de seleção foi árduo e corrido. “Ironicamente parecido com a música que selecionei para representar nesse festival”. Ele se refere a música intitulada ‘200 por hora’ gravada no álbum “Violões”, de 1989. “A sensação é de esperança e fé que meu sonho é possível”, diz o jovem músico.

O outro músico vencedor na mesma categoria que Natanael, é Leo Araújo, da cidade de Ouro Branco, Minas Gerais, fixado atualmente em Belo Horizonte, onde cursou bacharelado em violão, concluído em 2018, pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Atualmente ele atua como violonista solo e em grupos, além de dar aulas de violão. 

Leo Araújo
Leo diz que não chegou a conhecer pessoalmente e nem presenciar um show do Sebastião Tapajós. “O primeiro contato que tive com a obra de Sebastião Tapajós foi por intermédio do meu pai, que perguntou se eu o conhecia. No período ele estava gostando de escutar guitarrada e pesquisando algumas referências do Pará. Acabei pesquisando mais sobre o Sebastião e encontrei um repertório muito variado, que ia da música da América Latina, passando pela música de concerto e pela música instrumental brasileira”, diz entusiasmado.

Já Fernando Santos iniciou-se no violão, também de forma autodidata, buscando informações com amigos. Depois estudou com o violonista Sobral Pinto, grande violonista, chorão e seresteiro de Niterói. “Com ele aprendi o caminho das serestas, choros e valsas brasileiras”, lembra o músico, que conheceu a obra de Sebastião Tapajós, com uns 19 anos, através de seu pai. 

“Ele me deu de presente o CD ‘Virtuoso’, acho que lançado no ano de 1997.  E comecei a tirar algumas coisas de ouvido mesmo. Mas, foi uma surpresa ver e ouvir aquele violonista tão forte e suave. E depois fui conhecer, as obras escritas por ele mesmo”, revela.

Paulo Renato - Violonista Sênior
Paulo Renato, que também venceu na categoria Sênior é bacharel em violão pelo Centro Universitário Conservatório Brasileiro de Música. Já tem experiência profissional e gravou em 2018 o primeiro CD solo chamado “Recital”, além de ter realizado diversos trabalhos na área musical. 

Ele diz que o primeiro contato com a obra o Sebastião Tapajos foi através do CD  projeto memória brasileira - Gravado ao vivo no Teatro Cultura Artística de São Paulo em 1989, em que participaram grandes violonistas brasileiros e no qual Sebastião Tapajos interpretou a peça 'A 200 por hora', de sua autoria. 

"Depois pude apreciar outros trabalhos como: El arte de la guitarra (1971) Trova LP - RP music (Argentina), Lado a lado. Gilson Peranzzetta e Sebastião Tapajós (1988) Visom LP, CD, Da Minha Terra - Jane Duboc e Sebastião Tapajós (1998) Jam Music CD. Agora, através desse festival, estou tendo um contato maior com a obra do Sebastião Tapajos e estou muito feliz em poder tocar algumas se suas musicas,” conclui Paulo.

Apresentações em dois espaços de Santarém

Fernando Santos - Violonista Sênior
As apresentações que ocorrerão em Santarém, serão realizadas na Casa da Cultura de Santarém e também no Selva, um anfiteatro situado na Casa do Saulo, cujo palco também recebe o nome de Sebastião Tapajós, uma homenagem feita pelo amigo e admirador Saulo Jennings. “O nome do teatro é uma homenagem a minha mãe Selva, a que me gerou que tem esse nome mesmo, e também a floresta, mas a ideia de homenagear o Tião dando seu nome ao nosso palco, surgiu com ele ainda em vida”, diz Saulo. 

O chef e empresário da gastronomia paraense lembra que deveria ser uma surpresa para o violonista, mas quando esteve em uma apresentação dele em Belém, antes da pandemia, quando o teatro ia começar a passar pela reforma, não segurou a emoção e contou pra ele, que aprovou a ideia. “É uma homenagem com muito orgulho por tudo que ele significa a nossa cidade e importância na musicalidade mundial trazendo essa notoriedade para nossa região”, conclui Saulo.

São inúmeros os admiradores de Sebastião envolvidos neste festival. O diretor artístico, o pianista Andresson Dourado, que foi companhia constante de Sebastião Tapajós em diversas apresentações. “Tocar Sebastião Tapajós sempre foi um desafio. Ele foi um compositor pós romântico que traz uma bagagem erudita romântica vinda de seus estudos na Europa, porém, com a modernidade da sua época e o que lhe diferenciava de tudo, que era seu regionalismo”, comenta o músico.

O pianista revela que o festival foi criado a partir de uma vontade do próprio Sebastião Tapajós. “O Instituto Sebastião Tapajós já dialogava com ele uma forma de estruturar este festival, que só aconteceu agora, mas cujo processo envolveu a participação de violonistas de todo território nacional. E todos que foram selecionados virão até Santarém se apresentar e conhecer de perto o lugar onde vivia nosso grande Tião”, diz Andresson.

Premiação conta com troféu e estreia de orquestra

Sebastião Tapajós - Foto: Vanessa Barros
O evento promove uma vasta programação musical, que contará com a presença dos vencedores do festival e convidado ilustres. No primeiro e no segundo dia o festival abre às 20h com a apresentação de Andresson Dourado e Igor Capella, músicos que acompanhavam Sebastião Tapajós em suas apresentações. Em seguida haverá apresentações de  Maria Lídia (voz e violão), José Maria Bezerra, que convida Adria Goés e Andresson Dourado, além do concerto de violão do paulista Ravi Samaya.

A celebração segue com a apresentação dos premiados, que além de uma premiação em dinheiro também receberão um troféu confeccionado especialmente para o festival, e encerra com o lançamento da Orquestra de Violões Sebastião Tapajós, outra iniciativa do Instituto Sebastião Tapajós que atualmente também oferece ações de mais dois projetos , o Cinturão Cultural que trabalha em várias frentes de debates e ocupações artísticas, e o acervo digital de Sebastião Tapajós , cujo tratamento resultará em um museu virtual para visitação e acesso do público à obra do violonista. 

“A instituição quer abrir uma porta para o mundo, através do legado de Sebastião. Tanto para os violonistas brasileiros quanto aos do Pará e dessa região do Tapajós. Estamos numa grande expectativa. Além do Festival de Violão, também criamos essa orquestra que contempla os violonistas do município. Lançamos um edital e contemplamos 16 violonistas da região. Há muitas instituições já aqui que já trabalham com música, é uma tradição em Santarém, então a orquestra também é uma ferramenta de visibilidade aos que estudam musica aqui”, diz Cristina Caetano, que está em sua segunda gestão como presidente da instituição.

“Vamos completar seis anos em abril e estamos com esses projetos e mais dois projetos, pois para nós é importante e fundamental manter essa memória viva de Sebastião Tapajós, realizando ações que dialogam com o que ele mais gostou de fazer em vida que foi tocar seu violão, compor e inspirar outros músicos. E esse também é um legado que ele nos deixa. Por isso, além de premiar estamos trazendo os violonistas selecionados para tocar aqui e sentir essa mesma atmosfera que tanto inspirou de Sebastião Tapajós”, finaliza Cristina Caetano.

Serviço

1º Festival de Violão Sebastião Tapajós – Dias 31 de março, na Casa do Saulo, e 1º de abril, na Casa da Cultura, em Santarém-Pa. A programação inicia às 20h, com participações, premiação e estreia da Orquestra de Violões Sebastião Tapajós.

PROGRAMAÇÃO

SEXTA-FEIRA (31/03)

20h – Cerimônia de abertura: 

20h15 às 20h:30 - Apresentação - Andresson Dourado e Igor Capella

20h30 às 20h35 Maria Lídia - Voz e Violão 

20h35 às 20h45 - Zé Maria Bezerra convida Adria Goés e Andresson Dourado

20h45 às 21h15  - Concerto de Violão -  Ravi Samaya

21h15 às 21h55 - Apresentação dos Premiados

Categoria Jovem Violonista

Leonardo Araújo 

Natanael Carvalho

Categoria Sênior

Paulo Renato

Fernando Santos

21h55 às 22h25 – Lançamento da Orquestra de Violões Sebastião Tapajós

SÁBADO (01/04)

20h às 20h30 - Apresentação - Andresson Dourado e Igor Capella convidam  Maria Lídia

20h30 às 21h - Concerto de Violão - Zé Maria Bezerra convida Adria Goés e Andresson Dourado

21h às 21h30 - Concerto de Violão -  Ravi Samaya

21h30 às 22h - Apresentação dos Premiados

Categoria Jovem Violonista

Leonardo Araújo

Natanael Carvalho

Categoria Sênior

Paulo Renato

Fernando Santos

22h às 22h30 – Lançamento da Orquestra de Violões Sebastião Tapajós

19.3.23

Prêmio de música traz incentivo à cena paraense

Inscrições: premioamazoniademusica.com.br

A ideia é movimentar o cenário musical de toda a região, mas nesta primeira edição, o Prêmio Amazônia de Música vai focar nos lançamentos de produtos musicais paraenses, entre 1o de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2022. Artistas e produtores de todo o estado podem se inscrever gratuitamente e enviar seu material pelo site até dia 7 de abril. 

A 1ª edição do Prêmio Amazônia de Música (PAM) – edição Pará tem como objetivo incentivar o lançamento de novos produtos musicais regionais na plataforma digital, assim como gerar conexões com o mercado nacional da música. Artistas e produtores paraenses podem participar com trabalhos lançados entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2022. O formulário e o regulamento, com informações para se inscrever e enviar materiais, estão no site www.premioamazoniademusica.com.br.

No total, são 31 categorias contemplando diversos estilos musicais, do erudito ao rock, do samba à MPB, do sertanejo à aparelhagem e muito mais. Além das premiações por gênero musical, haverá mais cinco categorias: melhor clipe, melhor produção musical, melhor projeto audiovisual, música de cultura popular e artista revelação, com este último escolhido por meio de votação popular. 

“Essa é uma ideia que existe desde 2017. Esperamos que o PAM traga impulsionamento às carreiras de músicos e produtores, além de fortalecer a cadeia produtiva da música em nossa região e, ao mesmo tempo, permitir uma conexão maior com o mercado nacional”, diz Arthur Espíndola, músico e produtor musical da Oriente Multi Produções, produtora idealizadora do PAM. 

Para Michelle Miranda, analista de Sustentabilidade da Equatorial Pará, o Prêmio Amazônia de Música é um incentivo para que os artistas locais continuem a produzir e tenham seus trabalhos reconhecidos. “Fortalecer a cultura do Pará é um dos objetivos da Equatorial. Sabemos o quanto o estado é rico e diverso na música. Buscamos incentivar tanto os artistas quanto o público por meio da democratização da arte. Temos certeza que a premiação vai servir de trampolim para que os artistas consigam chegar cada vez mais longe com os seus trabalhos”, finaliza Michelle. 

A curadoria do prêmio é composta por produtores e jornalistas que movimentam o mercado musical brasileiro e que avaliarão as obras enviadas ao prêmio. A cerimônia oficial será no dia 24 de maio, no Theatro da Paz, com transmissão ao vivo pelo portal e TV Cultura do Pará. Além da entrega de troféus, haverá intervenções e um show musical que reunirá artistas paraenses que interpretarão músicas do cancioneiro popular da região. O patrocínio é da Equatorial Energia Pa, via lei Semear, do Governo do Estado. 

Serviço

1ª edição do Prêmio Amazônia de música – edição Pará

Inscrições: 

Até 7 de abril, pelo site www.premioamazoniademusica.com.br.

Resultado preliminar: 

8 de maio

Cerimônia de premiação: 

24 de maio, no Theatro da Paz.

14.3.23

Diego Wayne lança Entre Escorpiões em Curuçá

Dividido em duas partes “Entre Escorpiões” o chega esta semana às mãos dos leitores, com falas de amor e contextos da fúria e de delicadeza. O lançamento do livro será nesta sexta-feira, 17 de março, das 19h às 22h, no Centro Cultural Palacete Barbosa de Lima, um espaço de memória que foi restaurado e reinaugurado ano passado no município de Curuçá, onde reside atualmente o autor. A programação conta com um recital de poesia e entrada gratuita.

O segundo livro de Diego Wayne “coloca-nos imediatamente no centro das preocupações humanas desde o momento em que lemos o título. Se Sêneca afirmava que o homem era o lobo do homem, Diego sugere que nós vivemos entre escorpiões, espinhos, páginas sanguinárias. O homem deste tempo é “um maléfico animal bélico e irracional / movido por maquinações”’, descreve o texto de orelha escrito por Abilio Pachêco.

Diego Wayne é paraense formado em letras língua inglesa pela UFPA e pós- graduado no ensino de artes. Tem poemas publicados no blog do Plástico bolha, na revista A bacana, revista Ruído Manifesto, em antologia de jovens poetas paraenses, na revista de literatura Mallamargens, no site Tyrannus Melancholicus, no Fazia Poesia, na Revista Literalivre, na Revista Literatura e Fechaddura e na Antologia Ruínas da editoa Patuá.

Amante da literatura e da arte, tem na música também um combustível para criar. É professor na rede estadual do estado do Pará e publicou em 2018, o primeiro de poesias, intitulado “Coração de Unicórnio”, pela Rico editora. 

Nesta nova obra, o autor traz novos poemas que colocam diante  dos leitores “uma vivência de choques constantes: injustiças, guerras, lutas pelo poder... A história da humanidade lida sob o ponto de vista dos oprimidos. Se “gays, mulheres, negros / incomodam muita gente”, os poemas de Diego nos indicam a possibilidade e a importância de ler a Histórica a contrapelo, como afirma Walter Benjamin”, diz o texto de orelha do livro. 

Em síntese tais poemas nos fazem um convite à reflexão e à resistência, como já identificamos na primeira parte do livro, intitulada “Manifesto do medo”. Além do front de resistência, Diego também versa poemas lírico-amorosos. “Os jogos intertextuais e interdiscursivos, o passeio pela literatura universal, mas também pelas canções (como a epígrafe de Riahnna), ícones da cultura pop (Marylin Moroe) e referenciais bíblicas não só nos mostram um repertório de leituras como também as escolhas feitas para o estabelecimento deste diálogo, e de dessacralização”, segue Abílio Pacheco. 

Serviço

Lançamento de “Entre Escorpiões” (Ed. Patuá), segundo livro de poemas do escritor Diego Wayne. Dia 17 de março, das 19h às 22h, com noite de autógrafo e recital de poesia. No Palacete Barbosa de Lima, em Curuçá-Pa.

Dona Onete é tema de ocupação cultural em SP

Dona Onete
Foto: André Seitti/Itau Cultural

De 15 de março a 18 de junho, a essência da cultura e ancestralidade que emanam dos cerca de 1,3 milhões quilômetros quadrados do Pará se concentra em São Paulo, em uma área de 117 metros quadrados no térreo do Itaú Cultural, que em sua  58ª ocupação traz como tema a cantora e compositora Dona Onete, a Rainha do Carimbó Chamegado, também vista como representante da vida, encantarias, sincretismo e costumes paraenses exaltadas nas letras de suas canções e vestuário nos palcos de todo o Brasil e no exterior. 

Composta de quatro eixos – Território, Encantarias e Religiosidade, Túnel e Palco – a Ocupação reúne cerca de 120 itens e aprofunda o público na sua rica e movimentada trajetória. São fotos – muitas do acervo da família –, vídeos, audiovisuais, músicas e manuscritos seus, originais e inéditos, depoimentos dela própria, de seus amigos, companheiros de música e familiares. Artistas paraenses participam da mostra a convite do Itaú Cultural: o coletivo Kambô com uma intervenção na bandeira do Pará – exposta em tecido e em realidade aumentada acessível por meio de um aplicativo que pode ser baixado ali mesmo – e duas fotógrafas, Nay Jinknss e Marise Maues; cada uma apresenta quatro imagens que traduzem o seu olhar sobre o próprio território. 

Somam-se às apresentações de Dona Onete no palco da Sala Itaú Cultural, nos dias 16 e 17 (quinta e sexta-feira, às 20h), shows de Aíla, fruto da nova geração musical paraense e, muitas vezes, parceira da homenageada, em 18 e 19 (sábado, às 20h, e domingo às 19h). No fim do mês, a partir das 19h do dia 28, a programação Encontros de Cinema exibe na Sala Vermelha do IC o documentário Terruá Pará, seguido de bate-papo com a diretora do filme, a cineasta paraense Jorane Castro.

Entre encenações que revelam o surgimento da música do estado, desembocando na atual efervescência cultural, a produção traz um olhar integrado sobre os movimentos artísticos locais. Ali, os músicos se tornam personagens: Dona Onete, Manoel Cordeiro, Keila, Pio Lobato, Toni Soares, Os Amantes, Luê, Trio Manari e outros. Em consonância com a plataforma de streaming Itaú Cultural Play, esta exibição inaugura Encontros de Cinema no espaço físico do IC, um lugar permanente de reflexão e troca sobre o audiovisual brasileiro. A programação será mensal, sempre na última terça feira do mês.

A curadoria da mostra é do Núcleo de Artes Cênicas, Literatura e Música da organização. A consultoria é da pesquisadora Josivana de Castro Rodrigues, neta de Dona Onete, e o projeto expográfico, contemplado com mecanismos de acessibilidade, é do Núcleo de Infraestrutura e Produção do Itaú Cultural e da também paraense Patrícia Gondim. De Belém, Geraldinho Magalhães, Marcel Arêde e Viviane Chaves apoiaram a produção

O Núcleo de Formação do IC preparou atividades que complementam a temática da mostra. Ainda, ela é acompanhada de uma publicação impressa e on-line e um site com material exclusivo. Esta realização é do Núcleo de Comunicação e aprofunda o conteúdo da exposição.

SERVIÇO

Ocupação Dona Onete

EXPOSIÇÃO

De 15 de março a 18 de junho

Terças-feiras a sábado das 11h às 20h

Domingos e feriados das 11h às 19h

Concepção e realização Itaú Cultural

Curadoria Equipe Itaú Cultural

Consultoria Josivana de Castro Rodrigues

Projeto expográfico Géssica Araújo (assistente), Heloísa Vivanco (terceirizada), Núcleo de Infraestrutura e Produção do Itaú Cultural e Patrícia Gondim

Produção em Belém/PA Geraldinho Magalhães, Marcel Arêde e Viviane Chaves  

SHOWS

Dona Onete - Dias 16 e 17 de março (quinta-feira e sexta-feira), às 20h

Sala Itaú Cultural

Ingressos disponíveis a partir do dia 8 de março, pela INTI

Capacidade: 224 lugares 

Entrada gratuita

Classificação: livre 

Aíla - Dias 18 e 19 de março (sábado, às 20, e domingo, às 19h)

Sala Itaú Cultural

Ingressos disponíveis a partir do dia 8 de março, pela INTI

Capacidade: 224 lugares 

Entrada gratuita

Classificação: livre 

Itaú Cultural

Avenida Paulista, 149 – próximo à estação de metrô Brigadeiro 

Piso térreo 

Ingressos: gratuitos

13.3.23

Elas no Comando abre inscrições a novas artistas

O ano 2 do festival seleciona artistas do Pará que estejam em início de carreira para se apresentar no evento. Podem se inscrever mulheres com composições autorais de todos os gêneros musicais que ainda não tenham gravado álbum e nem participado de festivais de música. As inscrições podem ser feitas até 17 de março, pelo Instagram @ela.snocomando

O Festival Elas no Comando será realizado de 17 a 20 de maio com programação online e presencial em Belém. Ao destacar as profissionais da indústria da cultura, o Elas se propõe a promover diálogos, acolhimento e capacitação de mulheres que atuam nas diversas áreas do setor: da técnica às artistas, da produção à fotografia. Debates, mostra de videoclipes e cinema, oficinas de capacitação, shows, feirinha gastronômica e criativa são algumas das atividades desta edição do projeto, que terá ações em diversos locais da cidade como Vila Container, Casa Soma Cultural e Teatro Gasômetro.

"Trabalhando nos bastidores da música, tive o privilégio de conhecer mulheres incríveis que se dedicam diariamente a conquistar espaço e alcançar maiores oportunidades em seus trabalhos. No entanto, muitas dessas mulheres acabam desistindo de seus sonhos por não receberem o merecido reconhecimento. Foi a partir dessa constatação que surgiu a ideia deste projeto: dar visibilidade às mulheres do meio cultural que lutam por seus objetivos e merecem ser valorizadas", revela Joelle Mesquita, idealizadora do projeto e proprietária da SOMA Música, produtora que trabalha com artistas da cena independente de Belém. 

A nova edição do Elas no Comando apresenta novidades. Além de receber um prêmio em dinheiro, as selecionadas vão se apresentarão dentro da programação do Festival. Outra novidade é a parceria do festival com a União Brasileira de Compositores (UBC), que será responsável pela curadoria do edital Pocket Show 2023, reforçando o compromisso do Elas no Comando em valorizar e apoiar as mulheres na música.

A segunda edição do Elas no Comando foi selecionado pelo edital Natura Musical, por meio da lei estadual de incentivo à cultura do Pará (Semear), ao lado de nomes como Azuliteral, Daniel ADR, Raidol e Festival Lambateria. No Estado, a plataforma já ofereceu recursos para mais de 75 projetos até 2021, como Manoel Cordeiro, Dona Onete, Pinduca, Felipe Cordeiro e Thaís Badú. 

“Os projetos selecionados por Natura Musical têm o potencial de gerar impacto positivo porque contribuem para que o ecossistema da economia criativa ao seu redor se desenvolva. Os artistas, bandas e projetos de fomento à cena são capazes de reverberar reflexões sociais importantes para o momento que atravessamos”, afirma Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding.

Serviço

| O quê: Inscrições abertas até dia 17 de março para o edital do Festival Elas no Comando - Ano 2 que vai selecionar novas artistas mulheres do Pará

| Onde: Instagram @ela.snocomando

| Quando: Até 17 de março de 2023

| Quem pode participar: Podem participar artistas mulheres em início de carreira com conteúdo autoral e de todos os gêneros musicais que ainda não tenham gravado álbum e nem participado de festivais de música. 

| Mais em: @soma.musica