29.11.21

Festival Se Rasgum realiza duas edições em 2022

Os ingressos para a 16a edição já começam a ser vendidos no próximo dia 3 de dezembro. Enquanto isso, a produtora Se Rasgum também já anuncia as primeiras atrações para novembro de 2022

De 14 a 16 de janeiro, a 16a edição do festival trará programação híbrida com shows no Theatro da Paz e na Usina da Paz do Icuí, e tudo com transmissão ao vivo no Youtube/serasgum. Entre as atrações confirmadas estão Adriana Calcanhoto, Dona Onete, Nilson Chaves, Liege, Cards Macalé, Ana Suav, entre outros.

Enquanto isso, a equipe também já anuncia as primeiras atrações de novembro. Foram feitas seletivas de bandas durante todo o mês de setembro e dez artistas foram escolhidos, entre eles, Íris da Selva (PA), Karen Francis (AM) e MC Super Shock (AP) são os primeiros anunciados

Todos vão participar de um processo de mentoria de carreira, com direito a pitching com compradores do mercado nacional e internacional e gravação de uma faixa inédita, que será divulgada em playlist oficial do festival na Deezer no dia 16 de dezembro.

As Seletivas Se Rasgum têm patrocínio master da Oi e apoio cultural do Oi Futuro através da lei Semear de incentivo à cultura via Governo do Estado do Pará e Fundação Cultural do Pará, além do player Oficial Deezer. O projeto também foi selecionado pelo Edital de Multilinguagens - Lei Aldir Blanc Pará. 

Íris da Selva, em 2022 no Se Rasgum

Íris da Selva é artista trans não-binario da Amazônia. Nascide em Belém (PA), tem em sua música a mistura da MPB com fortes elementos do carimbó e tendo na espiritualidade o seu elemento condutor nas composições, numa busca de apresentar ao mundo sua percepção das delicadezas e entrelinhas da vida. Ela é uma das atrações garantidas para novembro de 2022. 

Além dela, a cantora, compositora e instrumentista amazonense Karen Francis também conquistou seu lugar entre as dez vagas disponíveis. 

Filha de uma moçambicana e desde cedo teve muito contato com os ritmos africanos, que veio influenciar diretamente na sua arte, com canções que bebem também do universo R&B e que narram suas experiências enquanto mulher negra e lésbica na periferia de Manaus, além de discussões sobre desejos, ancestralidade e negritude.

Já o Mc Super Shock, multi-artista negro, vem se destacando no cenário musical e audiovisual da Região Norte, se dedicando ao rap e hip hop no estado do Amapá. Começou sua carreira em 2009 e desde então vem se dedicando ao fomento do gênero seja por meio de oficinas, palestras, bailes, festivais, duelos, batalhas de MC’s ou produção audiovisual, sendo o rapper que tem mais produções audiovisuais em festivais de cinema dentro e fora do Estado do Amapá.

 Sigam @serasgum pra ficarem mais por dentro. 

28.11.21

Márcio Jardim lança o álbum solo Amazônia Ímpar

Capa: Ilustração Gabriela Maurity

Já está nas plataformas, o disco Amazônia Ímpar, primeiro álbum solo de Márcio Jardim, integrante fundador do Trio Manari, referência em percussão amazônica. Neste trabalho, ele apresenta seu lado compositor e arranjador, ressaltando tambores e parceiras com Jacinto Kahwage e Willian Jardim. O projeto foi realizado com apoio do Edital de Música – Lei Aldir Blanc Pará, SECULT, Secretaria Especial de Cultura/Ministério do Turismo e Governo Federal.

"Não mate a mata verde / Não tire os trens dos trilhos A floresta é um tesouro Um legado precioso / Terra de nossos avós / E herança de nossos filhos Não apague da memória Nossa história ribeirinha”. 

O texto de Ronaldo Silva, na voz de Lucas Pantoja, abre o álbum "Amazônia Ímpar", trabalho no qual Márcio Jardim foca em seu trabalho autoral, reunindo 8 composições gravadas a partir de um Set específico de tambores, montados pelo músico para compor os arranjos.  "Eu sempre quis fazer um disco pensando na percussão. Neste meu trabalho é o que vem na frente. Criamos um Set para fazer base percussiva como se fosse uma bateria, mas não a percuteria e sim os tambores, onde tem a divisão dos médios, graves e agudos”, explica Márcio.

Obra de sua estreia como solista, o disco instrumental traz os sotaques únicos do Carimbó, Marabaixo e toda ancestralidade do Batuque Afro-amazônico, frutos de uma pesquisa de longa data sobre os ritmos amazônicos feita pelo músico, construindo assim verdadeiras pérolas dessa diversidade e tradição sonora, em diálogo com as harmonias do Jazz e com os diversas estilos e gêneros da música universal. “Estou usando tambores da Amazônia, mas também de Cuba e da Venezuela, pois resolvi misturar nesse Set de percussão, com influências amaz6onicas e mundiais", diz Márcio que escalou 02 Colepuias, 01 Curimbó, 01 Barricão, 01 Djembe, 01 Batá e 01 Quinto, dos quais surgiram as melodias.  

Na faixa que dá título ao trabalho (Amazônia Ímpar), não só a rítmica, como também as tonalidades das afinações dos tambores foram base para a melodia e harmonia da música. William Jardim, o guitarrista, teve que adaptar algumas melodias, buscando a rítmica melódica concebida nos tambores, que dão todo o conceito do disco, privilegiando as rítmicas amazônicas. “Essa é uma música composta para percussão, onde há compassos ímpares, pares e ritmos amazônicos. Tudo partiu dos tambores, da própria melodia, das harmonias. Geralmente nos discos, as melodias e harmonias vem na frente e a percussão vem pra complementar esse não foi ao contrário", reforça.

Ouça: AMAZÔNIA ÍMPAR

Processo de construção, parceria e universidade

O músico revela que o mergulho na construção do disco e no processo de criação, o fez transformar o álbum também em seu Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em Música, que ele cursa pela UFPA.  “Vi que tinha tudo a ver, porque dentro do disco, eu falo da questão dos tambores, um pouco da minha história, um pouco de tudo já está ali, então esse trabalho também se transformou no meu TCC, ganhando o mesmo título que o disco", conclui.

A produção executiva do trabalho é de Carlos “Canhão” Brito Jr. “O processo todo contou com o Canhão que tem sido muito importante nesse disco e na minha carreira, pelo entendimento dele da percussão, da música e a seriedade e força dele como produtor”, afirma Márcio, ressaltando uma amizade que beira os 30 anos de carreira de ambos. 

“Estudamos juntos no conservatório Carlos Gomes, entramos no mesmo ano no grupo de percussão, tem admiração e respeito, tem muita história, mas naturalmente cada um seguiu seu caminho. Esse disco é uma celebração aos laços afetivos que os tambores nos proporcionaram, e ainda nos proporcionam”, conta Carlos Canhão, que fez a Direção Artística do DVD do Trio Manari, e a Produção e Direção Artística do Jardim Percussivo. 

“Estou muito feliz em poder contribuir com o trabalho desse Amigo Irmão que os tambores me trouxeram, é uma celebração a arte, a amizade mesmo, pois ele gravou com os filhos (William e Wesley), Luiz Pardal,  Jacinto Kahwage, Adelbert Carneiro que são pessoas muito importantes na trajetória dele. Traz ainda texto do Ronaldo Silva, letra do Allan Carvalho e também é dedicado ao Mestre Sebastião Tapajós, com quem o Márcio conviveu e aprendeu muito até sua partida”, complementa Canhão. 

Do samba à pesquisa dos ritmos amazônicos

Márcio nasceu em família de músicos e teve contato com a percussão muito cedo através de rodas de samba em sua casa onde foi seu primeiro palco. Desde então passou a se dedicar à música, tendo como seu primeiro instrumento, o pandeiro. Iniciou seus estudos no conservatório Carlos Gomes, na turma de percussão clássica, com o gosto pela música e por sua dedicação, logo se tornou membro do grupo de percussão. 

Com o passar do tempo e com a ajuda de dois amigos também percussionistas (Kleber Benigno e Nazaco Gomes), iniciaram um grupo de estudos, daí então surgiu o Trio Manari, onde passaram a ser reconhecidos não somente no estado do Pará como também no Brasil e no Mundo. 

A partir desse grupo, Marcio Jardim tem se apresentado em constantes participações com grandes e renomados artistas como: Sebastião Tapajós, Lia Sophia, Fafá de Belém, Nilson Chaves, Pepeu Gomes, Paulinho Moska, Celso Viáfora, dentre outros artistas; além de participações em várias turnês pelo mundo como: Canadá, Argentina, Suriname, Portugal, França, Alemanha, Bélgica, Inglaterra e Estados Unidos.

Marcio Jardim também atua como professor, formando jovens percussionistas. Ele também criou e dirige o Grupo Jardim Percussivo, que desenvolve as pesquisas sonoras dos ritmos afro amazônicos, reunindo jovens percussionistas. O projeto resultou no primeiro CD, lançado em 2017. E no início do ano que vem será lançado o segundo, desta vez, reunindo ainda um e-book e um mini documentário sobre o processo, desenvolvido via emenda parlamentar, com coordenação da FADESP.

FICHA TÉCNICA

Produção Executiva: Carlos “Canhão” Brito

Direção Musical: Márcio Jardim

Arranjos: Márcio Jardim em parcerias com Jacinto Kahwage e William Jardim

Músicos:

Percussão: Márcio Jardim

Guitarra: William Jardim

Baixos: Wesley Jardim, Adelbert Carneiro e Príamo Brandão

Violões: Gileno Foinquinos e Davi Amorim

Piano e Teclados: Jacinto Kahwage e Luiz Pardal

Vocais: Suzane Cavalcante/ Simone Portela/ Andréa Pinheiro/ Lucas Pantoja 

Flauta: Jonathan Miranda

Violino e Gaita: Luiz Pardal

Saxofone: Marcos Vinicius

Comunicação

Ilustração e Designer: Gabriela Mauriti 

Fotografia: Cláudio Ferreira e Carlos “Canhão” Brito 

Assessoria de Comunicação: Luciana Medeiros

Estúdios

Técnicos de Gravação: Jacinto Kahwage / Hélio Silva 

Assistente de Gravação: Marcelino Santos

Mixagem e Masterização: Jacinto Kahwage

Gravado nos Stúdios: Mídas Amazon/Publikmusic/Studio Jardim. 

Masterizado: Mídas Amazon

Músicas

01 - Amazônia Ímpar (Dedicada ao Mestre e Amigo Sebastião Tapajós)

Música e Arranjo: Márcio Jardim e Jacinto Kahwage

Percussão – Márcio Jardim

Teclados e Samples – Jacinto Kahwage. Voz – Lucas Pantoja

Texto – Ronaldo Silva

02 – À Sombra da Samaumeira

Música e Arranjo – Márcio Jardim e Jacinto Kahwage

Percussão – Márcio Jardim

Teclados – Jacinto Kahwage

Vocais – Suzane Cavalcante e Simone Portela

03 - Beira de Rio

Música e Arranjo: Márcio Jardim e William Jardim

Percussão – Márcio Jardim

Guitarra – William Jardim

Baixo – Wesley Jardim

Piano Elétrico – Jacinto Kahwage

Violão – Gileno Foinquinos

Flauta – Jonathan Miranda

Vocais – Suzane Cavalcante e Simone Portela

04 – Afro Amazônia

Música e Arranjo: Márcio Jardim/William Jardim/Jacinto Kahwage

Percussão – Márcio Jardim

Guitarra – William Jardim

Baixo – Wesley Jardim

Teclados – Jacinto Kahwage

Flauta – Jonathan Miranda

Vocais – Suzane Cavalcante e Simone Portela

05 – BaoBarra (Dedicada a Carlos Barra)

Música e Arranjo: Márcio Jardim e William Jardim

Percussão – Márcio Jardim

Guitarra – William Jardim

Baixo – Príamo Brandão

Teclados – Jacinto Kahwage

Violino: Luiz Pardal

Saxofone – Marcos Vinicius

Vocais – Suzane Cavalcante e Simone Portela

06 – Pro Nosso Jardim

Música: Márcio Jardim e Alan Carvalho

Arranjo, Piano e Gaita: Luiz Pardal Percussão – Márcio Jardim

Violão – Davi Amorim

Baixo Acústico – Adelbert Carneiro Flauta – Jonathan Miranda

Vocal – Andréa Pinheiro

07 – Merengue para Gegeu (Dedicada a Rogério Sampaio) 

Música: Márcio Jardim e William Jardim

Arranjo: Márcio Jardim/William Jardim/Jacinto Kahwage

Percussão – Márcio Jardim

Guitarra – William Jardim

Baixo – Wesley Jardim

Teclados – Jacinto Kahwage

Violão – Gileno Foinquinos

Flauta – Jonathan Miranda

Vocais – Suzane Cavalcante e Simone Portela

08 – Batuque pro Mundo

Música e Arranjo: Márcio Jardim e Jacinto Kahwage

Percussão – Márcio Jardim

Teclados, Programação e Vocal – Jacinto Kahwage

Serviço

Lançamento do álbum "Amazônia Ímpar”, o primeiro disco solo do percussionista Márcio Jardim. Em todas as plataformas digitais de distribuição da música. Contato: (91) 98531.8816. 

Acesse o álbum: YouTube Music

Instagram: @marciojardim_oficial


26.11.21

MANA reúne mais de 50 convidadas na 3ª edição

Dona Onete, de volta aos palcos
O Festival MANA 2021 abre hoje (26), em formato híbrido, com programação online e presencial, até 2 de dezembro. A 3ª edição do projeto chega com novidades, experiências imersivas que levam o público ao interior da Amazônia para ouvir o batuque das mestras do carimbó, e percorre estradas até os quilombos do Amapá, que ecoa o tambor da origem afro-índigena do Norte. O projeto tem patrocínio da Natura Musical e Oi, apoio cultural do Oi Futuro, via Lei de Incentivo à Cultura Semear, do Governo do Estado do Pará e Fundação Cultural do Pará.

Nesta terceira edição, as apresentações presenciais estão de volta à programação. O teatro do SESI, na capital paraense, recebe encontros entre a força da tradição da cultura popular e a inventividade da música contemporânea amazônica. São mais de 50 mulheres de diversas regiões do país no evento que ainda traz shows, painéis de debate, oficinas, mostra audiovisual, grafite e projeções mapeadas nos centros urbanos do Brasil.  

O festival também marca a volta de Dona Onete aos palcos, em show com participação da Mestra Bigica. Para colocar o público para dançar, Layse & As Sinceras, nome da nova cena da música paraense que flerta com o brega e a lambada, abre a primeira noite, que segue com o show de uma das bandas mais icônicas do Pará: Fruto Sensual. O festival traz ainda “Vozes da Floresta”, show inédito, um feat entre a cantora Naieme, que tem feito um resgate fundamental da sua ancestralidade indígena, e o grupo de carimbó Tamboiara, composto exclusivamente por mulheres.

Entre as novidades da 3ª edição, duas experiências imersivas e cinematográficas que serão exibidas ao público presente no SESI e também disponibilizadas online. As carimbozeiras e mestras do Sereia do Mar mostram seu batuque em um show especial, onde o público poderá imergir na visualização em 360º. Criado há mais de 20 anos por agricultoras da área rural de Marapanim, interior do Pará, o grupo é pioneiro na formação de uma banda de carimbó composta só por mulheres, e traz canções que falam sobre o protagonismo feminino, sua relação com a terra e as lendárias sereias que povoam o imaginário das populações do Salgado Paraense.

O MANA também promove o primeiro encontro entre a cantora e compositora baiana Luedji Luna, um dos destaques da MPB contemporânea, e Patrícia Bastos, voz fundamental na difusão da cultura Amazônida. Ao lado do violonista Dante Ozzeti (SP) e percussionistas do Amapá, as artistas, que ainda não se conheciam pessoalmente, se conectam no quilombo do Curiaú, ao som dos tambores de marabaixo e sob a história de resistência do povo afro-índigena.

Oficinas e painéis 

Renata Beckman, guitarrista e  roadie

O Festival MANA abriu inscrições para oficinas gratuitas voltadas à profissionalização de mulheres que atuam no mercado da música. São quatro temas que serão abordados nos encontros presenciais e virtuais, nos dias 30 de novembro, 1º e 2 de dezembro. As inscrições seguem enquanto houver vaga.

Renata Beckman, instrumentista e integrante do duo Guitarrada das Manas, ministra a oficina presencial “Roadie: por trás de um grande show, dentro e fora dos palcos". Ser roadie é fazer o suporte técnico antes, durante e depois de uma apresentação. Na oficina, além de apresentar funções, as participantes poderão conhecer mais sobre cabos, instrumentos e equipamentos, além de discutirmos o papel subjetivo do nosso trabalho, que é trazer segurança e confiança para as musicistas e músicos que estão no palco. “Vamos trabalhar teoria e prática, passando pela elétrica, pela afinação e pela montagem de um palco”, diz Renata.

As fotógrafas Tereza e Aryanne, com extensa experiência em produção de retratos de artistas, ministram a oficina “A imagem da música: criando imagens através da fotografia”.  A oficina terá uma parte teórica e também prática. “A música sugere sentimentos, a imagem dessa música a acompanha, dá significado, resulta na memória visual daquela artista, divulga aquele disco, aquele show. Conta uma história, marca uma fase”, relatam as fotógrafas. 

Tulipa Ruiz ministra oficina

A jornalista Juliana Sá fala diretamente do Rio de Janeiro em sua oficina online. Experiente assessora de imprensa, Sá acompanha de perto a carreira de inúmeros artistas, sobretudo os independentes, e trabalha na construção de estratégias de comunicação deste nicho. Na oficina, a jornalista abordará as etapas de estruturação e planejamento de comunicação de um trabalho artístico. A partir da aproximação e diálogo com as inscritas, irá expor as diferentes estratégias para a circulação midiática de álbuns, EPs, singles e shows.

A cantora, compositora e ilustradora Tulipa Ruiz ministra a oficina online “Ilustração e música”. Os encontros se darão a partir da troca de relatos sobre a imagem do som, considerando o repertório da artista e dos participantes da oficina. A ideia dos encontros é decupar memórias gráficas de sons que amamos e estimular a criação de novos desenhos inspirados na música.

O evento traz também seis painéis de debate para a troca de experiências e o estímulo à formação de uma rede entre mulheres da música. Este ano, o projeto homenageia Fafá de Belém, uma das artistas mais importantes da região Norte e do Brasil. Fafá fala sobre sua trajetória no painel “O canto da Amazônia que atravessou rios e mares”. Versando sobre tecnologia e interação, “Experiências imersivas - novos formatos para música”. Sobre comunicação em tempos de redes sociais, o painel “O futuro do artista é ser produtor de conteúdo?”. Haverá ainda o debate “O que a música da Amazônia tem a dizer pro Brasil e pro mundo”; além do painel sobre mulheres autoras de canções e, por fim, outro sobre “Imagem e Música: criação de um conceito artístico”.

Inscrições para oficinas gratuitas do Festival MANA 2021 

www.festivalmana.com. 

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23.11.21

Dand M. de volta ao circuito com “Preciso cantar”

Dand M. faz pocket show, nesta quinta-feira, 25, no Quiosque do Horto, a partir das 20h, apresentando seu primeiro álbum “Preciso Cantar’, realizado com apoio do edital de Música da Secult-Pa, via Lei Aldir Blanc. A apresentação conta com o violonista Rafael Guerreiro, que assina a direção musical do álbum, e do baterista e percussionista Carlos Canhão Brito, produtor musical do trabalho. Na ocasião, o também poeta autografa o livro  “Poezia Graal ou 33 doses de vinho”. 

A primeira veia artística de Dand M. é a poesia. Foi através dela que ele também se voltou de forma profissional à música. Quatro livros lançados, prêmios na trajetória e mais de 40 letras compostas em parcerias diversas. Em “Precio Cantar”, o primeiro álbum de sua carreira, ele reafirma estas e ainda faz novas conexões. 

A primeira música foi feita em parceria com Pedrinho callado, a partir de um poema, “Sábios", que é uma das faixas do álbum Preciso Cantar. “Canal do Galo”, parceria com Paulo Lobo, já gravada por Pedro Vianna, também entrou no disco, assim como “Café Pequeno”, feita com Felipe Cordeiro. “Preciso cantar”, música que dá título ao álbum, é uma parceria com Arthur Nogueira, já gravada por ele e Cida Moreira, a quem a canção, inclusive, é dedicada.

Após a apresentação ao vivo, Dand M. convida a todos para fazer a audição completa do disco, que possui 8 músicas, sendo cinco inéditas “Sábios”, “Cavalo de Cazuza” e “Sons do Mundo”, ambas compostas em parceria com Vinícius Leite;  “Meu Novo Normal”, feita este ano em parceria com Rafael Guerreiro; e “Pra quem Gosta”, única música em que Dand M. assina sozinho a autoria, contando com os arranjos do grupo. 

Gravaram no disco também, o Cláudio Darwich no baixo elétrico, acústico e teclado – cuja trajetória vem do rock`n roll puro e punk. A preparação vocal foi de Thalia Sarmanho, que também fez backing vocal e há ainda participação dos músicos Nego Jó – Trombone (Canal do Galo) e Cézar – Cavaco (Canal do Galo / Pra Quem Gosta). A pré-produção do disco foi realizada no Fábrika Studio e a gravação no Studio Z, com mixagem e masterização de Thiago Albuquerque. A produção executiva é de Luciana Medeiros, com fotografia de capa de Cláudio Ferreira e design de Roberta Carvalho. 

Para ouvir o disco:

https://www.youtube.com/channel/UCTCKN9Vl66D7a2znyjxs9tQ

https://open.spotify.com/album/6hLeCfsTACfGQi68EupfH9?si=-yaau-0BThaTlB05Z4KPLQ&utm_source=whatsapp

Para ver o Vídeo-Release:

https://www.youtube.com/watch?v=yCCiKcnr6Cs

Serviço

Pocket Show e Audição "Preciso Cantar”, com Dand M (voz), Rafael Guerreiro (violão) e Carlos Canhão Brito (percussão) - Contrapartida ao Prêmio do Edital de Música – Lei Aldir Blanc Pará, SECULT, Secretaria Especial de Cultura/Ministério do Turismo e Governo Federal. Nesta quinta-feira, 25 de novembro, às 20h, no Quiosque do Horto – Praça Milton Trindade – Mundurucus, entre Dr. Moraes e Quintino. Mais informações: (91) 98134.7719.

Noites de música instrumental na beira do Tapajós

Badi Assad e Lívia Mattos
Foto: Sérgio Malcher (Ago. 2021)
O Tapajazz está de volta ao presencial em Alter do Chão, Santarém. De 25 a 27 de novembro às margens do Tapajós, o festival receberá entre outras atrações Arismar do Espírito Santo, Armandinho Macedo, Badi Assad e Amazônia Jazz Band. Pela primeira vez estaremos sem Sebastião Tapajós, cuja presença, no entanto, será sentida através de sua música.

O Tapajazz é um dos poucos festivais de música instrumental existentes no Pará, sendo o único da região oeste. Recentemente, por essa sua peculiaridade e também por sua trajetória de nove anos, a ALEPA aprovou Projeto de Lei, por unanimidade, para que ele se torne um patrimônio cultural de natureza imaterial da região.

“Para mim foi uma grande surpresa, queria agradecer a Presidente da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Estado, a Deputada Marinor Brito, que foi quem apresentou o requerimento para tornar o Tapajazz um patrimônio Cultural do Estado do Pará. Isso demonstra a nossa dedicação e perseverança”, comemora Guilherme Taré, o idealizador do evento. 

Depois de passar um ano sem realizar o Tapajazz em Alter do Chão, ele afirma que o presencial é que dá todo sentido ao projeto. "É muito interessante estar retomando com o festival em Santarém, Alter do Chão, de forma presencial, pois o glamour do festival é essa sua relação com a beira do rio Tapajós. Eu não via sentido em permanecer com o festival aqui em local fechado. Por isso surgiu a ideia de levar uma mostra para Belém. Mas agora, cá estamos de novo, próximos da beira desse rio que, junto com o nosso querido violonista, inspirou o nome do festival”, diz o produtor.

Andreson Dourado, com Sebastião Tapajós
Foto: Divulgação

Guilherme Taré escalou, entre outras atrações, para a abertura desta quinta-feira, 25, o show lançamento do EP “Trilhas de Igarapés”, de Andreson Dourado, pianista de Santarém. 

“O trabalho solo dele ainda não havia sido apresentado no festival e tomamos a iniciativa este ano. O Andreson foi durante 10 anos o pianista que acompanhou o Sebastião Tapajós”, segue Taré. 

O primeiro dia terá ainda show de Maurício Maestro, que já participou do Tapajazz na edição de 2020, em Belém e, para encerrar a noite, haverá um grande show de Arismar do Espírito Santo, que é multi instrumentista, toca contrabaixo, guitarra, violão, piano e bateria, e também faz composições e arranjos harmônicos muitas vezes inusitados. O músico transita com impressionante desenvoltura por diversos estilos, seja jazz, samba, choro e até rock. “Ele foi parceiro do Sebastião Tapajós, chegando a fazer um disco lindo com ele e Sivuca. Ele estará aqui, nesta grande homenagem”, comenta Taré.

Um grande Tributo à Sebastião Tapajós

Armandinho Macedo e sua banda (Ago 2021)
Foto: Sérgio Malcher

Na sexta-feira, 26, teremos o Quinteto Tributo, reunindo músicos que sempre tocaram com Sebastião Tapajós e também a Amazônia Jazz Band, que esteve na programação da Mostra Belém, em agosto, e retorna agora ao festival para apresentar seu repertório e também homenagear Sebastião Tapajós. Desta vez, porém, ele não estará à frente com seu violão. 

"Ainda não caiu a ficha dessa ausência física. Sebastião era um amigo, um irmão, um pai de todos nós, um cara que botava todo mundo debaixo do braço e cuidava. Ele sempre me incentivando, participou de todas as edições, até a Mostra Belém, em agosto. Foi emocionante. Agora não o teremos presente, mas a obra dele será reverenciada, respeitada, admirada e divulgada. Sebastião Tapajós deixou um legado imenso pro mundo inteiro, não foi só pra nós”, comenta Taré. 

O festival de música instrumental que surgiu em Santarém, também vem realizando, desde 2020, uma mostra também de três dias, em Belém. Este ano, a edição na capital foi realizada em agosto, como uma prévia do que vai acontecer agora em Alter do Chão. Três das atrações desta edição também se apresentaram no Teatro Margarida Schivazappa. Por isso, no dia 27, o encerramento promete novas emoções.. 

O primeiro show da noite será com Badi Assad e Lívia Mattos, duas artistas versáteis e multi instrumentistas que encantaram o público da Mostra Belém e vão com certeza encantar o público de Alter do Chão. Será a vez da presença feminina no Tapajazz chegar também em Santarém. O show que encerra de fato o evento será do guitarrista baiano, criador da Guitarra Baiana, Armandinho Macedo.  O músico incendiou a plateia em Belém e promete fazer um show inesquecível também em Alter do Chão.

Serviço

Tapajazz em Santarém. De 25 a 27 de novembro, em Alter do Chão, 20h, de forma presencial e com transmissão ao vivo pelo canal de Youtube do festival. Patrocínio do Banpará, por meio da lei Rouanet, Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo. Apoio do Governo do Pará,  Secult e Fundação Cultural do Pará,  Holofote Virtual, Casa do Saulo, Prefeitura de Santarém, Unimed e Nominal Rent a Car. Realização da Fábrica de Produções.

22.11.21

Realejo recebe Mestre Luis Pontes de Ananindeua

Mestre Luis Pontes
Foto: Ana Ribeiro

Depois de receber Mestre Lourival Igarapé, o projeto Batuque de Sábado, do Espaço Cultural Realejo  apresenta, nesta semana, o Mestre Luis Pontes, do município de Ananindeua. Atuante há 30 anos na cultura popular, ele traz em seu currículo participações em trabalhos como a banda Arcano XIX, grupo Kamu, grupo Tabajara de Marituba, além de ser fundador do grupo de Experiências Percussivas Estrela do norte. O músico será acompanhado por Cuité e os Vagalumes da Marambaia.

Poeta, cantor e compositor, ainda na adolescência, Mestre Luis Pontes iniciou seu percurso através da poesia. Ao longo das décadas de 80 e 90, participou de alguns Grupos Folclóricos, como o Asa Branca, de Icoaraci/PA, Tabajara, de Marituba/PA e o Grupo Amazônia. Além desses grupos, atuou ainda na Banda de Folk Rock Arcano 19, onde exploravam a fusão entre o Rock e a cultura musical e folclórica regional. 

Em 1999, o mesmo fundou o Grupo Kamu, que veio a tornar-se o Projeto Kamu. Em 2002, afastando-se do Projeto, o Mestre fundou o Grupo de Experiências Percussivas Estrela do Norte, em que segue em atividade. Socialmente engajado, Mestre Luis Pontes atua em movimentos sociais, tendo participado da fundação da Associação Amigos da Natureza – entidade voltada para ações de preservação e educação ambiental, a qual presidiu ao longo de quatro anos –, da ONG Bacurau – na qual funcionava o Projeto Kamu. 

A inspiração do mestre vem da observação dos variados elementos do cotidiano humano, em suas composições, o simples e o complexo se entrecruzam, como na vida. As várias dimensões da ação humana reverberam em suas poesias, que buscam explorar as dimensões socioambientais, sociopolíticas e afetivas das relações humanas, propondo, ora elogios ao ambiente circundante ou às suas relações, ora a emergência da necessidade de buscarmos uma consciência crítica de nós mesmos, de nossa atuação ambiental, política e social, e ainda, de nossa dimensão humana. 

O carimbó segue sendo uma expressão artístico-cultural de práticas sociais e saberes diversos. Observa-se através de seus praticantes, a luta pela concretização de ações públicas voltadas para a sua legitimação, no qual contribuíam para a valorização, produção e circulação do ritmo na cidade. O próprio reconhecimento do carimbó como patrimônio cultural imaterial do Brasil é resultado desta luta.

O projeto Batuque de Sábado é produzido e idealizado por Cuité Marambaia, Gabiru Cigano, Ana Ribeiro e Racquel Prudente, com o intuito de incentivar e valorizar a produção dos mestres da região metropolitana. 

Serviço

Batuque de Sábado. Neste sábado, 27,  a partir da 19h , no Espaço Colaborativo Realejo. A noite conta ainda com a participação da Dj Karol Onça, lançando o seu set musical recheado de carimbó, merengue, cumbia e ritmos latinos. Na programação tem ainda feira colaborativa de marcas locais, que reúne lojas como Flor de Jambu, Flauerloja, Fogoyó, Eulauea e Igor Diniz para exposição. Instagram: @batuquedesabadoanoite. Endereço: Alcindo Cacela, 699. Ingressos: 10 reais.

Álbum de estreia de Inesita mescla rock e carimbó

Foto: Teresa Maciel
Chega ao público, no próximo dia 24 de novembro (quarta-feira), o EP “Cada Objeto Uma Canção”, de Inesita, com seis faixas inéditas e uma já lançada em setembro deste ano, a cantora e musicista apresenta seu estilo único, que mescla rock, carimbó e outros ritmos regionais - mistura esta, que já pôde ser conferida em “Céu no Olhar”, parceria com a icônica Nazaré Pereira, que abriu a nova fase da carreira da artista.

A artista já dá a dica conceitual do álbum através do próprio título, “Cada Objeto Uma Canção”. Isso porque, as sete canções são representadas por sete objetos aleatórios que, juntos, formam a capa do disco: um ventilador, uma lua, uma ampulheta, um sapato, um pedaço de madeira, um globo e um livro de poesia. “Gosto das representações subjetivas da arte e do quanto isso instiga e conecta o público ao meu trabalho. Embora eu tenha em mente qual objeto corresponde a cada música, não vou dar isso ‘mastigadinho’ (risos). Vou deixar que cada ouvinte faça sua assimilação e venha me contar”, diz.

“Cada Objeto Uma Canção” marca uma nova era, mais leve, na carreira de Inesita. Ela lembra que, à época de “Vertical”, seu single instrumental lançado com videoclipe em 2020, ainda se encontrava muito pressionada pela necessidade de produzir, decorrente dos tempos pandêmicos e de isolamento social. “Esse álbum representa a Inês recarregada de ‘Vertical’, época em que eu me via para baixo, triste, sem ver ninguém, dadas as necessárias medidas sanitárias para conter a covid-19. Eis que agora, porém, apresento uma Inesita ressurgida das cinzas, com muita esperança de que dias melhores virão”, completa.

O tom mais otimista já pôde ser conferido em “Céu no Olhar”, parceria lançada em setembro deste ano com ninguém menos que Nazaré Pereira, cantora acreana de mais de 40 anos de carreira, dona do sucesso junino “Xapuri do Amazonas”. A canção fala “essencialmente sobre amor”, como definido por Inesita à época do lançamento. Com boa repercussão local, Inesita chegou a se apresentar no projeto “AmpliSessions”, onde apresentou três músicas inéditas do álbum.

“Quando a gente está apaixonada, qualquer lugar com o nosso amor é bom, dar um passeio, ver a lua... Tudo vira poesia. E é disso que se trata a música, é essencialmente sobre amor. Um trecho especial ‘Céu no olhar tem Carolina’, que eu escrevi pensando na minha namorada, é o que me conecta à Nazaré, que também cita o nome ‘Carolina’ no seu sucesso ‘Chero de Carolina”, conta a artista paraense, que compôs a música e traz a importância política de levantar a bandeira do amor LGBTQIA+ para suas letras.

Inesita também é compositora, contrabaixista e traz no seu trabalho um time de músicos renomados e participações especiais, como a parceria de Carolina de Sá Ribeiro na composição de “Vento Novo”, Léo Chermont (produção e guitarra), João Lemos (guitarra), Junhão (bateria), Márcio Jardim (percussão), Luciano Lira (vocal) e DBL (sintetizadores). “Cada Objeto Uma Canção” tem incentivo da Lei Aldir Blanc Pará.

Instagram: @inesita_inesita

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCwLji6s_1MgOksNcr8bsMcA

Mestre Curica lança álbum de guitarrada e carimbó

Mestre Curica
Fotos: Gabriel Dietrich

Mestre Curica lança registro audiovisual e disco que reúnem Carimbó e Guitarrada. No projeto, os dois gêneros musicais são executados com seus respectivos instrumentos, revelando a pluralidade musical do trabalho. Além do documentário, que será lançado no dia 26, o álbum estalará nas plataformas da música no dia 27, quando também ocorrerá o show de lançamento, às 20h, no Espaço Cultural Apoena, com ingresso a R$ 15, 00. A noite conta ainda com a discotecagem de ritmos regionais com a Dj Jack Sainha.

“Os Carimbós e as Guitarradas de Mestre Curica” traz uma pequena mostra das várias expressões musicais dominadas por Mestre Curica, além de um registro audiovisual da história de vida e parcerias desse consagrado representante da cultura paraense. O projeto conta com participação de Aldo Sena e de jovens talentos da música paraense, resultando em um formato de show e bate-papo que faz um passeio pela sua diversa carreira e obra musical, transitando entre o Carimbó e a Guitarrada. 

“O vídeo exibe apresentações do Mestre, como banjista e solista, na sua guitarra, executando suas canções. Da mesma forma, a banda, num primeiro momento, toca com instrumentos tradicionais do Carimbó pau e corda e, num segundo momento, toca os instrumentos elétricos da guitarrada. Essa ideia que trouxemos para o projeto foi para acentuar o pioneirismo dele na história da música paraense, quebrando de paradigmas entre tradição e modernidade” explica afirma Bruno Rabelo, idealizador e produtor musical do projeto.

No total, são dez músicas, escolhidas dentre as mais consagradas de Curica, além de uma inédita "De Bragança para Belém", que é uma homenagem do mestre à sua esposa, Dona Leo (natural da cidade cortada pelo Rio Caeté), e ao seu pai, Raimundo Leão Ferreira, antigo trabalhador da outrora Estrada de Ferro. Para Mestre Curica, realizar este projeto é mais uma grande experiência ao longo de seus 56 anos de carreira artística. “É um projeto que vai ficar pra resto da vida, valorizando ainda mais minha trajetória como músico. Fiquei muito agradecido a todos que se empenharam em realizá-lo, principalmente meus músicos que fizeram um som de primeira”, avalia Curica.

O vídeo traz um registro documental que resgata a história de vida de Curica, que nos anos 70, foi um dos pioneiros do Carimbó tradicional com a gravação do banjo na era dos LPs, junto ao Mestre Verequete e, 30 anos depois, com os Mestre da Guitarrada. 

“O projeto visa homenagear a histórica carreira de Mestre Curica, enquanto Mestre vivo da cultura popular paraense, incentivando o diálogo entre diferentes gerações e linguagens musicais, experimentando saberes e sonoridades das manifestações do Carimbó e Guitarrada e salvaguardando a produção e a difusão dos conhecimentos desse importante representante da cultura popular paraense”, defende a produtora executiva do projeto, Lorena Pantoja.

Nos relatos de Curica no vídeo, é possível ouvir grandes fatos históricos da música paraense, como a entrada dele no conjunto Uirapuru, criado no fim dos anos 60, por Mestre Verequete, e a consequente participação em gravações de discos consagrados do Carimbó paraense. Entre as histórias dedicadas a Guitarrada, Curica rememora o famoso grupo Mestres da Guitarrada, que surge a partir da pesquisa do músico e produtor Pio Lobato, então estudante, no anos 1990, e que resultou em 2004, no lançamento de um álbum em 2004, produzido em parceria com a Funtelpa, reunindo Curica, Aldo Sena e o saudoso Mestre Vieira. As entrevistas feitas com o Mestre e demais músicos que integram o documentário, foram capitaneadas pela cantora e instrumentista, Layse Rodrigues.

Além do registro audiovisual, haverá também o lançamento do disco “Carimbós e Guitarradas”, com a junção de todas as músicas apresentadas no vídeo, mais uma faixa bônus. “O trabalho registrado em vídeo ficou tão rico que resolvemos também fazer um álbum ao vivo oficial de carreira do Mestre com esse resultado. O disco será lançado pelo selo Brio Produções, criado por nós para esse fim”, detalha Bruno Rabelo.

Junto com Mestre Curica, participaram das gravações do projeto os músicos Marcelino Santos (banjo e percussão), Zé Augusto (guitarra), Daniel Cordeiro (sax), Tony da Flauta (flauta), Paulinho Bernardes (bateria), Silvano Cardoso (baixo), Aldo Sena (guitarra) e Bruno Rabelo (guitarra). Selecionado pelo Edital de Culturas Populares - Lei Aldir Blanc 2020, o projeto foi gravado pela equipe da Maruja Produções, no Espaço Cultural Apoena, em várias etapas. A captação e edição de áudio foi do Estúdio Casa, de Armando Mendonça. 

Serviço 

Acompanhe a agenda de lançamento: Dia 26, será disponibilizado o documentário no Youtube e o disco,  nas plataformas, no dia 27, quando também ocorrerá o show de lançamento, às 20h, no Espaço Cultural Apoena (Duque de Caxias, 450, altos). Ingressos: R$ 15,00. Saiba mais pelo perfil do mestre no Instagram @mestrecurica.

18.11.21

Trio Manari traz vivência de tambores ao domingo

Prestes a lançar o projeto “Ritmos e Tambores da Amazônia”, contemplado pelo edital de música da Secult, via lei Aldir Blanc, o Manari convida para a roda de conversa sonora neste domingo, 21, das 16h às 17h, no Espaço Cultural Edson Santana. A ação tem apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, ação alusiva ao Novembro da Consciência Negra. A entrada é gratuita.

Referência na música brasileira, no campo da pesquisa e da execução percussiva com características amazônicas, o grupo promoverá uma vivência em roda de conversa, com demonstrações práticas dos tambores e ritmos do samba de cacete, carimbó e marabaixo, que possuem batidas próprias da ancestralidade africana, quesitos fundamentais dentro da pesquisa e performance do grupo que já é reconhecido como um dos mais importantes grupos de percussão do país.

Além das demonstrações, os músicos também falarão um pouco sobre a trajetória do grupo que possui uma pesquisa de 20, difunde e inova a música amazônica instrumental percussiva, formada pelos sons da floresta. O trabalho do Trio Manari ganhou repercussão dentro e fora do país, gravou dois CDs e um DVD lançados, e seu trabalho reverbera e está em praticamente todos os grandes trabalhos da música paraense. 

Kleber Benigno, Márcio Jardim e Nazaco Gomes também traçam suas carreiras individualmente, mas sempre trazendo a marca do que construíram juntos. Em 2020, com o lançamento dos editais da lei Aldir Blanc, o grupo resolveu compartilhar sua pesquisa em vídeo aulas que estão prestes a serem lançadas, acompanhadas de um mini documentário sobre o Trio Manari.

A roda de conversa deste domingo, 21, vai trazer a essência do projeto “Ritmos e Tambores da Amazônia”, servindo como introdução aos três módulos virtuais que estarão no canal de Youtube do grupo, e também serão compartilhadas via Instagram e Facebook. A ação desse domingo é uma contrapartida ao edital de Música da Secult-Pa, via Lei Aldir Blanc.

“Em breve vamos disponibilizar três vídeos aulas sobre esses ritmos e tambores no canal de Youtube do Trio Manari, mas desde já estamos realizando nossas ações de contrapartida ao edital. Então neste domingo já daremos uma amostra do que o público depois vai ver na Internet”, diz Kleber Benigno (Paturi).

Serviço

Roda de Conversa Sonora “Ritmos e Tambores da Amazônia”, com Trio Manari - Espaço Cultural Edson Santana - Na Trav. Estrella, 1609 - Entre Marquês e Visconde - Pedreira - Belém-Pa. Esse projeto é realizado por meio de Prêmio do Edital de Música – Lei Aldir Blanc Pará, SECULT, Secretaria Especial de Cultura/Ministério do Turismo e Governo Federal. Produção e Comunicação: Holofote Virtual. Apoio: SEMMA – Secretaria Municipal de Meio Ambiente – Prefeitura de Belém. Mais informações: (91) 98134.7719.

Puget BLues lança álbum e clipe no Teatro do SESI

O grupo Puget Blues faz o lançamento presencial do álbum “Amazônico” e do vídeo clipe “Veneno de Escorpião”, nesta sexta, 19, às 20h, com show no Teatro do SESI. A entrada é gratuita e a retirada de ingressos será a partir desta quinta-feira, 18, de forma eletrônica, no site da Eventim e naPugets bilheterias do teatro, sendo 2 ingressos por CPF.

O álbum da banda foi gravado este ano, sendo realizado por meio de Prêmio do Edital de Música – Lei Aldir Blanc Pará, SECULT, Secretaria Especial de Cultura/Ministério do Turismo e Governo Federal. Trazendo 08 faixas inéditas, o novo disco apresenta um trabalho instrumental de guitarra amazônica que traz toda a atmosfera “blueseira”, com fusão de ritmos, como shuffle, latin jazz com a música caribenha que circula na Amazônia a partir de sua parte costeira.

O álbum já está em todas as plataformas digitais de distribuição da música, como Spotify e Youtube Music, entre outras, mas o lançamento oficial acontece nesta sexta. No repertório do show, além das músicas inéditas, a banda também irá revisitar trabalhos mais antigos, de discos lançados em 2012 (Ep Vidro e Corda ) e 2018 (Puget Blues). 

Além de mostrar as músicas de “Amazônico”, o grupo também exibirá no telão o vídeo clipe inédito da faixa “Veneno de Escorpião”, gravado no centro histórico e nas margens das águas que cercam de Belém, com direção de Luciana Medeiros e edição de André Vaz. 

A identidade visual do álbum "Amazônico", concepção do produtor do grupo, Carlos Canhão Brito Jr,. traz na capa o guitarrista imerso num grande mapa de floresta como se fosse uma foto de satélite. Os desenhos são de Igor Diniz, com fotografia de Otávio Henriques.

Músicos da cena bluseira de Belém

Puget BLues
Foto: Cláudio Ferreira

O grupo foi criado por Zé Puget, guitarrista e compositor, cujo sobrenome já se liga à história da pesquisa deste ritmo musical na Amazônia, e conta com Jeová Ferreira (Contrabaixo) e Carlos “Canhão” Brito (Bateria). Neste show no Teatro do SESI, a formação ganha ainda a participação de Caco Darwich (teclado). Músicos remanescentes e atuantes nessa cena “blueseira” belenense, eles apostam no estilo musical criado no sul dos Estados Unidos, que possui matrizes e manifestações da música dos povos africanos escravizados para o continente americano. 

“Nesse sentido o Blues tem uma ligação com a realidade amazônica, pois também aqui muitos ritmos musicais foram criados a partir da fundamental contribuição africana e afrodescendente, como o Batuque, Marabaixo, Carimbó e o Lundu.  A referência do Blues neste trabalho está na forma de tocar e frasear, de explorar melodias e harmonias e a Amazônia é nosso dia a dia, nosso jeito de falar, da música que está em nosso DNA, não tem como tirar isso da gente, nem quando se toca um Blues”, diz Zé Puget.

Quando o grupo surgiu, em 2012, Zé Puget já  tocava em outras bandas de blues, mas entendeu que somente com a produção autoral sua expressão musical seria legítima. Sempre compondo, lendo sobre a história do Blues, Zé Puget diz segue pesquisando. “Busco sempre referências, harmonias e frases de Blues, de forma que possa adequar isso tudo à realidade Amazônica. E

continuo motivado em aprender e transformar essa referência (Blues) em música, por uma pimenta diferente no "nosso" molho, ver "reações" e encontrar um caminho para gravar e levar essa música a outros lugares e pessoas”, conclui.

FICHA TÉCNICA - PUGET BLUES AMAZÔNICO

Produção Executiva e Musical: Carlos “Canhão” Brito

Direção Musical: Zé Puget

Arranjos: Puget Blues

Capa: 

Concepção - Carlos “Canhão” Brito

Desenho Artístico a mão: Igor Diniz

Músicos: 

Guitarra: Zé Puget

Baixo: Jeová Ferreira 

Bateria: Carlos “Canhão” Brito

Músico convidado: Dan Bordalo - Teclados  

Vídeoclipe Veneno de Escorpião:

Direção: Luciana Medeiros

Produção: Carlos “Canhão” Brito

Câmeras: Cláudio Ferreira e Otávio Henriques

Imagens de apoio: Luciana Medeiros e Carlos Canhão Brito

Edição e Finalização de Vídeo: André Vaz

Realização: Central de Produção Cinema e Vídeo na Amazônia

Comunicação:

Redes Sociais: Holofote Virtual e Puget Blues

Assessoria de Imprensa: Luciana Medeiros 

Designer: Igor Diniz

Fotografia: Cláudio Ferreira e Otávio Henrique

Técnica

Gravação e Mixagem: Dan Bordalo

Técnico Assistente de Gravação: Zé Lucas

Masterização: Thiago Albuquerque

Roadie: Jardel (Michael Jackson)

Estúdios

Stúdio Casarão Floresta Sonora. 

Stúdio Z 

Serviço

Puget Blues  - show de lançamento do álbum “Amazônico” e do videoclipe “Veneno de Escorpião”. Nesta sexta-feira, 19, às 20h, no Teatro do Sesi. Entrada gratuita. Ingressos podem ser retirados no site https://www.eventim.com.br/ ou nas bilheterias do teatro, a partir das 9h. Cada pessoa pode pegar até 2 ingressos por CPF. Informações: (91)3366-0971/0972. Para entrar em contato com a banda, envie um e-mail producaopugetblues@gmail.com . E siga no Instagram e Facebook: @pugetblues. Mais informações: (91) 98134.7719.

16.11.21

Kleber Benigno leva vivência percussiva à APAE

Kleber Benigno, percussionista do trio Manari
Foto: Cláudio Ferreira
Nesta quarta-feira, 17, o músico Kleber Benigno, percussionista e fundador do grupo Trio Manari, vai realizar uma Vivência Percussiva com alunos do Centro de Atendimento Educacional Especializado da APAE Belém. A iniciativa faz parte do projeto “Ritmos e Tambores da Amazônia”, selecionado pelo edital de Música da Secult, via lei Aldir Blanc.

Kleber Benigno ou simplesmente Paturi, como é chamado pelos amigos, iniciou sua carreira na música nos anos 1990, como roadie e percussionista do grupo Mosaico de Ravena. Na época ele já estava no Conservatório Carlos Gomes, onde estudou percussão erudita. Tocou em diversos outros grupos, até integrar o projeto Percussão Brasil e assim conhecer Márcio Jardim e Nazaco Gomes, com os quais formou no início dos anos 2000, o Trio Manari.

O projeto "Ritmos e Tambores da Amazônia"reuniu novamente o trio e consiste em uma série de quatro vídeos com aulas sobre os ritmos e os tambores do samba de caceta, carimbo e marabaixo, além de um mini documentário sobre a trajetória  e a pesquisa desenvolvida pelo Trio Manari ao longo de 20 anos. As gravações das vídeo aulas e das entrevistas foram feitas no primeiro semestre, no Teatro do SESI.

O Manari tem 20 anos de pesquisa e difusão da música amazônica, focada na questão instrumental percussiva e pesquisa da "orquestra" de sons que a floresta produz, mas ao mesmo tempo foi em busca de identidade própria. Com instrumentos exclusivos da Amazônia, mais especificamente os tambores, como o curimbó, feito de madeira rústica e de couro de boi, o grupo extraiu novas batidas.

É com essa experiência que Kleber pretende ganhar a atenção da turma nesta quarta-feira, 17. “Enquanto aguardamos o lançamento já estamos semeando a essência do projeto em ações de contrapartida ao edital. Vai ser uma honra voltar a APAE para realizar essa vivência. Por mais de um ano estive professor nesta instituição”, conclui Paturi.

Serviço

Vivência de Ritmos e Tambores da Amazônia, com Kleber Benigno. No Centro de Atendimento Educacional Especializado da APAE Belém. A iniciativa integra o projeto “Ritmos e Tambores da Amazônia”, selecionado pelo edital de Música da Secult, via lei Aldir Blanc, e que será lançado até dezembro. Mais informações: (91) 98134.7719.

15.11.21

Poemas e cartas dos amigos à Maria Sylvia Nunes

“Daquela estrela à outra – cartas a Maria Sylvia” vai ser lançado nesta próxima quinta-feira, 18, com um bate papo, às 19h, pelo canal de Youtube do site Benedito Nunes. É um livro de memórias, como pontuam Andrea Sanjad e Nelson Sanjad, organizadores da obra que sai pela editora Guardaletras, e que vão bater um papo com Wlad Lima, Marco Antônio Moreira e João Augusto Ó de Almeida. Haverá participação especial do poeta Age de Carvalho. 

O livro “Daquela estrela à outra – cartas a Maria Sylvia” reúne textos escritos para esta importante personalidade da cultura paraense, falecida no inicio de 2020. Capricorniana, nascida em 7 de janeiro de 1930, além e diretora de teatro, foi professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), onde lecionou História do Teatro, História do Espetáculo e Teoria do Teatro. Em 1952, casou-se com Benedito Nunes. Ficaram juntos por 60 anos e as trajetórias de ambos se cruzam a todo momento na história, revelando grandes contribuições à cultura paraense. Neste livro, passeamos por algumas dessas histórias, mas com todos os holofotes voltados a ela, Maria Sylvia Nunes. 

A maioria dos autores optou por se remeter à Maria Sylvia, por um gênero literário bastante apreciado por ela, a carta. Alguns autores estabelecem uma conversa direta com a mestra, outros a retratam, contam de sua personalidade. Todos revelam, de uma maneira ou de outra, a importância dela em suas vidas, pessoais e profissionais. Foram seus alunos, amigos ou pessoas que estiveram junto a ela em algum momento. Em suas memórias, toda uma história é contextualizada e revelada por meio trajetória de Maria Sylvia. São textos escritos com afeto, afinco, amor. Há memórias também nas fotografias já célebres e outras relíquias. 

Do casamento com Benedito ao Norte Teatro Escola

Ainda estou lendo o livro, que recebi na semana passada, portanto não há pretensão alguma aqui em resenhá-lo, mas sim, compartilhar algumas anotações em meio a leitura, para divulgar o lançamento nesta semana. Divido em seis partes, a abertura nos convida a entrar nesse  clima, com o poema do italiano Giuseppe Ungaretti: "Da quella stella all'altra/ si carcera la notte/ in turbinante vuota dismisura / da quella solitudine di stella/ a quella solitudine di stella." 

Em seguida, encontramos em ‘Notas Biográficas’, textos sobre a origem de Maria Sylvia, sua vida voltada às artes e o encontro com Benedito Nunes, na faculdade de Direito, formando um par mais que perfeito, que soube viver à luz do conhecimento, numa relação de afeto e respeito pelo outro. 

Está aí nesta parte também a transcrição de uma preciosa entrevista feita por Pedro Galvão, com Maria Sylvia e Paragaussú Éleres sobre o movimento teatral em Belém nos anos 50 e 60. Em seguida, estão os poemas de cinco autores: Age de Carvalho, James Bogan, Lilia Silvestre Chaves, Max Martins e Sérgio Wax.  

A parte intitulada ‘Cartas à Maria Sylvia’ é a mais robusta de toda a obra, com cerca de 40 textos. Deliciosa e emocionante a história que Wlad Lima conta sobre seu encontro com Maria Sylvia,  há ainda contribuições de Regina Alves, Olinda Charone, Luiz Pardal. São vários autores, cerca de 50, embora Andrea Sanjad tenha me dito que “... ainda faltaram muitos”. 

Angelita e as reuniões inesquecíveis na casa da Estrella

Angelita Silva (sentada) e Maria Sylvia
O livro segue com ‘Travessa da Estrella, 2735’, endereço em que morou o casal e onde Maria Sylvia cresceu e viveu até sua morte em março de 2020. Neste capitulo a casa, projetada pela irmã de Maria Sylvia, Angelita Silva, a segunda mulher engenheira a se formar no Pará, com apoio do artista e engenheiro Ruy Meira,  é colocada em foco. 

Jussara Derenjï nos traz a atmosfera cultural, artística e filosófica que pairava nas reuniões e encontros entre poetas, jornalistas, atores de teatro, cinéfilos, escritores etc. Eram rodas de conversa, saraus, exibição de filmes e apresentação de espetáculos. Muita troca de conhecimento. A primeira apresentação (pré-estreia) do espetáculo ‘Morte e Vida Severina” foi realizada na Casa da Estrella, antes do Norte Teatro Escola viajar com a trupe toda para o I Festival Nacional de Teatro de Estudantes, realizado em Recife (PE), em 1958, e onde foi super premiado. 

No capítulo seguinte, ‘Professora Emérita’, mais dois textos, um de saudação, escrito por Lilia Silvestre Chaves e o outro, uma transcrição do discurso de Outorga do título de Professora Emérita a Maria Sylvia Nunes, por Emmanuel Zagury Tourinho, que assina ainda a autoria de outro discurso, feito na missa de sétimo dia de maria Sylvia, transcrito no capítulo final do livro, intitulado ‘Cerimônia do Adeus’.

“Daquela estrela à outra ...” é uma obra para ser lida com tranquilidade, degustada. Homenageia uma mulher e uma artista a frente de seu tempo, traz outras pistas para quem pesquisa a construção da cena teatral, o cinema e o movimento literário na Belém dos anos 50, 60, 70, e cumpre a função importante de contribuir para a preservação e salvaguarda da memória de Maria Sylvia Nunes. Feito de forma independente, o livro teve pequena tiragem, mas a ideia é que em breve ganhe formato digital.

Tome nota:

“Daquela estrela à outra – cartas à Maria Sylvia”ç am- Lançento com bate papo, nesta quinta-feira, às 19h, pelo canal de Youtube do site Benedito Nunes

14.11.21

"Joana" estreia com mini temporada na Casa Cuíra

Joana traz em cena, a atriz Zê Charone, com dramaturgia de Edyr Augusto e direção de Olinda Charone. O espetáculo estreia em mini temporada, marcando o retorno do Grupo Cuíra aos palcos, de forma presencial. O texto é livremente inspirado em uma história do livro “A Leseira Itinerante” (Histórias de um psiquiatra pelas estradas, matas e rios do sul do Pará), de Fabiana Nanô.  Em cena, acompanhamos uma mulher correndo mundo, procurando sem querer encontrar. Serão apenas três dias, 18, 19 e 20 de novembro, às 20h, na Casa Cuíra, na dr. Malcher, 287, na Cidade Velha.

A história se passa em uma cidade no interior do Pará que, de repente, é invadida por milhares de pessoas para a construção de uma usina hidrelétrica. Ali ela ser torna uma rainha. Dona do bem e do mal. A mais famosa prostituta do lugar. Mas nada será como antes e de repente, a obra termina e todos vão embora. Ela despenca do último andar. Parece pagar por cada gloria vivida. Mas sobreviveu para contar sua história. 

Fica a dica pra você já se agendar. O Grupo Cuíra fechou o teatro em 2015, localizado no bairro da Campina, quem lembra? Inúmeros espetáculos eprojetos passaram por ali, entre eles o Pauta Mínima, que o blog acompanhou muito de perto. Foram nove anos ali na Riachuelo.

No ano seguinte, o grupo buscou nova sede, uma cas antiga, em plena Dr. Malcher, coração da Cidade Velha, mantendo-se no centro histórico de Belém. Ali agora o grupo desenvolve seus trabalhos. Não percam Joana, porque só o espaço, já é um espetáculo.

FICHA TÉCNICA

Dramaturgia: 

Edyr Augusto

Sonoplastia: 

Marluce Oliveira

Desenho de Luz:  

Marcos Quinan

Montagem de Luz: 

José Igreja (Zezinho)

Cenário e Figurino:

Charles Leon Serruya

Concepção da Estrutura Cenográfica:

Wlad Lima

Cenotecnico:

Ribamar Monteiro

Serralheiro:

Aldo da Silva Pereira

Visagismo:

Ronaldo Fayal

Cabeleireiros: 

Guimas | Marcelo Duarte

Costureiras:

Lucila Vasconcelos e Graça Pantoja

Arte Gráfica:

Rafael Andrade

Produtora:

Zê Charone

Direção:

Olinda Charone

Elenco

Zê Charone

Agradecimentos

Geraldo Viana Sales

Fabiana Nanô

Alice Moraes

Informações sobre ingressos: (91) 99333.6272

12.11.21

Um Tributo à Cleide Moraes no Theatro da Paz

Foto: Reprodução Internet
Ícone da Música Popular Paraense e sucesso do Baile da Saudade, lhe rendendo o título de “Rainha da Saudade”, a cantora recebe um tributo dirigido por Lucinnha Bastos, neste sábado, 13, às 20h, no Theatro da Paz. Entrada franca. Ingressos na bilheteria.

O espetáculo realiza um sonho da cantora, falecida em julho de 2020, em um acidente de carro. Ela, em vida, sempre dizia que gostaria de embalar com suas canções, o majestoso Theatro da Paz. 

Lucinnha Bastos afirma que o espetáculo carrega algo muito especial, já que o convite para dirigir tal evento partiu da própria Cleide Moraes. "Em 2019, a Cleide Moraes me ligou, pedindo pra eu produzir o show dela. O sonho dela era cantar no Theatro da Paz, e então eu comecei a fazer a produção. Infelizmente veio a pandemia, tudo teve que ser suspenso, e quando tudo começou a retornar, a dar sinal de melhora, eu tentei voltar com o projeto, mas infelizmente aconteceu a fatalidade e a Cleide faleceu", conta.

Agora, com a readequação do projeto, aquele sonho se concretizará como um Tributo. "Convidei a filha dela junto de alguns colegas principalmente artistas que trabalham e que viveram a vida com ela, e a gente vai fazer essa homenagem a essa artista incrível que nos deixou precocemente”, explica a diretora do tributo a ser realizado neste sábado.

Cleide Moraes começou a cantar nas noites paraenses nos anos 1980, e com o passar do tempo, a cantora versátil e carismática emplacou a banda “Fina Garoa”, tornando-se marca registrada e propriedade cultural no espaço artístico paraense. Marcou presença nas Casas de shows: Botequim, Casa da Seresta, Assembleia Paraense, Sub-Sar, Tuna, Clube do Remo, Paysandu, A Pororoca, Rancho.

Foto: reprodução da internet

Além de uma gama diversa de lugares por onde se apresentou e mostrou sua versatilidade, se consagrando como uma das cantoras de maior expressão do Estado do Pará, exalando sua arte ao cantar uma diversidade de estilos musicais que vão desde o samba-canção ao zouk, forró, brega, lambada, salsa, merengue, cumbia, MPB, e ainda remexe as cadeiras no samba e no carimbo, herança maior de seu pai o velho Jacó.

Para Brenda Moraes, filha de Cleide Moraes, o espetáculo traduz uma explosão de sentimentos que se misturam à saudade e ao talento da mãe enquanto artista e enquanto pessoa, que marcou a vida de muitos com o seu simples ato de existir.

 “Como filha da Cleide Moraes, esse tributo é muito importante, porque a minha mãe, ela sem ser estrela, sem estar em cima dos palcos, ajudava muita gente, então é como uma retribuição a todo esse carinho, essa gama de pessoas que me abraçam e que sentem saudades dela, e não é uma saudade só da Cleide enquanto artista, mas sim da pessoa que ela foi", diz Brenda.

A filha conta que Cleide "ajudou pessoas sem precisar postar nada nas redes sociais, ajudou as pessoas com a sua arte, arrecadou cestas básicas durante a pandemia para os músicos que estavam passando fome, ela dizia 'eu tenho medo de não ter dinheiro, de não ter luz, mas tenho mais medo da fome', por que ela sabia da necessidade de cada músico-amigo, então como Cleide Moraes, minha mãe, esse tributo e homenagem é uma realização de um sonho que ela tinha de cantar no Teatro da Paz, então nós vamos sentir a presença dela nesse dia e eu vou tentar segurar as pontas né, tentando representá-la lá”, comenta.

Convidados especiais numa noite transcendental

Foto: Reprodução da Internet

Amigos e grandes músicos de Cleide vão subir ao palco do luxuoso Theatro da Paz, e realizar coletivamente o sonho de uma artista e amiga, que deixou um grande legado para os que aqui ficaram, são eles: Brenda Moraes; Lídia Ronecy; Sandra Rodrigues; Miguel Marks; Yuri Guedelha; Vera Salgado; Waldécio; Sandra Dualibe; Haroldo Reis; Diego Xavier; Gigi Furtado e Lucinnha Bastos.

Na sua trajetória artística, Cleide Moraes chegou a dividir o palco com diversos artistas de renome nacional, como Alcione; Tom Kleber; José Augusto; Roberta Miranda; Paulo Marcio; Renato e seus bluecaps; Jerry Adriani; Fernando Mendes; Reginaldo Rossi; Zezo;  Agnaldo Timóteo; Sidney Magal; Leci Brandão; Sandra de Sá e muitos outros que somaram ao crescimento da artista paraense enquanto intérprete da música.

“Ela sempre falava desse desejo de cantar no Theatro da Paz e ela conversava muito com seus amigos, com o Haroldo, com a Lucinnha, com a Gigi Furtado, desse sonho de cantar lá, e essa realização como tributo à artista e à pessoa que ela foi, isso é uma realização de um sonho que existe há mais de dez anos. Ela teve 40 anos de carreira, cantou no Margarida Schivasappa, no Estação Gasômetro e em outros palcos importantes de Belém e pelo Brasil, mas nunca conseguiu cantar no Theatro da Paz, e a gente vai fazer essa homenagem demonstrando aquele pedacinho que ela deixou nos nossos corações pra esse público que sente saudade dela até hoje”, recorda com saudade, Brenda, filha de Cleide Moraes.

O Tributo à Cleide Moraes é financiado por Emenda Parlamentar do deputado Edimilson Rodrigues, tem entrada gratuita, com direito a 1 par de ingressos por pessoa, com retirada no dia do show a partir das 9h na bilheteria do teatro. É obrigatório a apresentação do comprovante de vacinação contra a covid-19.

Ficha Técnica

Direção Musical Diego Xavier

Participações: 

Produção e Direção Artística - Lucinnha Bastos

Produção Executiva- Silvia Hundertmark 

Direção Musical - Diego Xavier

Serviço

Tributo à Cleide Moraes

Sábado (13/11), às 20h, no Theatro da Paz

Mais informações - (91) 98069-1974 | Instagram: @agenciaconceitoa

E-mail: agenciaconceitoa@agenciaconceitoa.com