
Allegro non Troppo (em cor, 85 min - 16 anos), com direção de Bruno Bozzetto é um dos filmes mais chapantes que eu já assisti, ainda na década de 90, numa cópia em VHS que nem lembro mais como veio parar nas minhas mãos e sob meus olhos.
Embora já esteja disponível em DVD, quem puder, não perca a oportunidade de ver esta grande obra numa tela cinema.
Trata-se de uma produção italiana, parceria entre a Bozzetto Film e o Ministero del Turismo e dello Spettacolo, realizada em 1977, e agora também disponível em DVD. Misturando três estilos: animação, musical e comédia, o filme tem roteiro assinado por Bruno Bozzetto, Guido Manuli e Maurizio Nichetti.
Na tela, o personagem principal é um cineasta que pensa ter tido uma brilhante idéia: fazer uma animação que introduz a música clássica. Entra na trilha, Debussy, Dvorák, Ravel, Sibelius, Vivaldi e Stravinsky. Mas ele fica sabendo que um tal de Prisney, ou algo como isso, já fez o mesmo nos Estados Unidos.

Em Bolero, de Ravel, um dos momentos mais mágicos e críticos, o filme mostra que, a partir de um resto de Coca-cola abandonado por uma nave espacial, se desenvolve toda a evolução das espécies e, de maneira crítica e irônica, o aparecimento do homem.
Já durante Pássaro de Fogo, de Stravinsky, o diretor satiriza a gênese bíblica de forma a identificar o "castigo divino" com a moderna sociedade.

A sessão começa às 16h, com entrada franca, no Cine Líbero Luxardo - Fundação Tancredo Neves - Centur Endereço: Av. Gentil Bitencourt, 650, Térreo Tel (91) 3202-4321 cinelibero@gmail.com