8.3.12

A memória do movimento de mulheres no Pará


Nova Jacundá, PA 150
A segunda edição do Sarau da Memória, projeto realizado pela Sociedade de Defesa dos Direitos Humanos, vai exibir imagens históricas, que estão no acervo da entidade, relativas à participação das mulheres nas lutas sociais no Pará. Nesta sexta, 09, a partir das 17h, na sede da SDDH/Belém

Na semana em que a mulheres estão falando de suas lutas e conquistas, nada mais oportuno do que neste segundo Sarau da Memória, receber e ouvir as narrativas da pedagoga Aldalice Otterloo (Unipop/Abong), a historiadora Elisety Veiga (MMCC/Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade), a pastora luterana Marga Rothe, a assistente social Sandra Fonseca e a advogada Vera Tavares, todas conselheiras da SDDH. Elas vão ajudar a reconstituir parte da memória das fotos que fazem parte do acervo da instituição e que passa por um longo período de restauro. 

Tudo será novamente registrando como aconteceu no sarau da semana passada, quando foram recebidos Paulo Roberto Ferreira, Alberdan Batista, Eliana Fonseca, Maria Luíza Carvalho, Rosa Corrêa e Miguel Chikaoka, que trouxeram preciosas informações sobre a história de três décadas de lutas dos movimentos sociais em nosso estado. 

Os conteúdos gravados em áudio e vídeo estarão muito em breve disponibilizados à sociedade interessada na história dos movimentos sociais no Pará. Além de fotos, o acervo da SDDH possui a coleção do jornal Resistência e onde há declarações como este trecho de fala de Iza Cunha, publicada no jornal de número 77 , em julho de 1987).

Iza Cunha em uma foto sem maiores informações
"Eu não consigo mais hoje, um pouco mais madura, ver a construção de uma nova sociedade sem que as pessoas que querem isso, com todas as divergências, participem. Sempre vai ter um grupo, uma posição que vai estar lá na frente, que vai enfrentar, às vezes até dando a própria direção. É como se fosse a construção de uma casa de abelhas, de formigas, onde todos participam. 

A análise que começa a esboçar na minha cabeça é que hoje, no Brasil, nós aqui no Norte, um lugar esquecido, como se fossemos fora desse país, se nós não tivermos uma postura geral de unidade, não vamos conseguir nada. Então não dá para uma entidade sozinha fazer o movimento, pois eu entendo que cada uma tem um papel: o partido, a SPDDH, o sindicato, a associação de moradores, etc”. 

Quer saber mais do projeto, acesse o blog Resistência (SDDH), aqui

Serviço 
Os saraus continuarão a acontecer em março, em encontros abertos ao público, sempre convidado a participar desta viagem à memória dos movimentos sociais no Pará. O segundo Sarau da Memória é nesta sexta-feira, 09, às 17h. Os dois próximos, encerrando o mês de março, acontecerão nos dias 15 e 22, na sede da SDDH – Gov. José Malcher, 1381, entre 14 de março e Generalíssimo. Entrada franca.

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