3.8.16

​Verequete em especial de homenagem na Cultura

Um dos nomes mais importantes da cultura paraense faria 100 anos neste mês de agosto. O centenário ganha homenagem da TV Cultura, que gravou ontem, no Espaço Cultural Coisas de Negro, em Icoaraci, o especial “Centenário Mestre Verequete”, com participação do Grupo Uirapuru. 

O programa especial terá duração de uma hora e será exibido pela TV, Rádio e Portal Cultura, no dia 26 de agosto,  quando ele faria 100 anos, e quando se comemora também o Dia Municipal do Carimbó.

Além do grupo Uirapuru, que acompanhou Verequete em sua trajetória, outros seis artistas participaram do projeto: Grupo Quaderna, Nazaré Pereira, Olivar Barreto, Lúcio Mouzinho, Thaís Ribeiro e Pedrinho Callado, que também assina a produção musical. Eles fizeram releituras da obra do grande ícone do carimbó tradicional.

Cada artista regravou duas músicas do mestre, e as releituras já estão na programação da Cultura FM. Segundo Beto Fares, diretor da Cultura FM e idealizador do projeto, a proposta é revisitar a obra de Verequete, divulgando o nome do mestre entre as novas gerações. “Ele é uma das pessoas que urbanizou o carimbó, mas sem tirar as diretrizes principais. Também colocou elementos do candomblé - e isso fez uma grande diferença”, explica.

Para Pedrinho Callado, o carimbó é a grande matriz da música paraense. As releituras, no entanto, não se restringem ao ritmo imortalizado por Verequete. “Temos cúmbia, lambada, carimbó elétrico, mas o carimbó de raiz está na base do projeto. É uma revitalização da obra, sem perder a essência”, diz ele, que toca vários instrumentos na banda que compõe o projeto, ao lado do contrabaixista Ney Rocha e dos percussionistas Rafael Barros, Franklin Furtado e JP Cavalcante.

Com 33 anos de carreira, o músico Lúcio Mouzinho diz que se sentiu honrado pelo convite. “É muito especial participar desta homenagem ao grande ícone da nossa música. Vi várias apresentações do Mestre Verequete com o Grupo Uirapuru, acompanhei a trajetória dele. Sem dúvida, ele foi único ao trazer para o carimbó a religião de matriz africana”, diz o artista.

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