12.4.21

Festivais de Cinema da Amazônia entram na roda

Cinco produtores e coordenadores de festivais realizados no Pará vão debater “A Importância dos Festivais e Mostras de Cinema na Amazônia”. A live ocorre nesta quinta-feira, 15, às 10h, pelo canal de YouTube do Projeto Cinema no Marajó. Participam Zienhe Castro, do Festival de Cinema Pan-Amazônico Amazonia Doc; Francisco Weyl, do Ficca - Festival Internacional de Cinema do Caeté; Delen de Castro,  do Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus; Joyce Cursino, do Telas em Movimento; e Alessandro Campos, do Festival do Filme Etnográfico do Pará e produtor executivo do Projeto Cinema no Marajó. 

“A principal motivação para a realização de um filme ou de um projeto audiovisual é a visualização e o alcance desse produto. Ninguém faz um filme, um documentário para não mostrar”, explica Alessandro Campos. “A discussão é uma tentativa de fomentar e incentivar cada vez mais canais de exibição. Dessa forma, estaremos incentivando ao mesmo tempo a produção”, acrescenta. 

É importante o debate que o Projeto Cinema no Marajó traz, reunindo esses festivais que ousam pular um bocado fora da caixinha e se reinventaram neste momento de práticas virtuais, sem perder o foco comprometido com a produção amazônida de cinema, com debates e ações de formação. Ao longo dos anos vários festivais têm surgido no Pará e não só a partir de Belém, como o Ficca, que vem de Bragança e é bacana citar aqui também, o VI FIA CINEFRONT - Festival Internacional Amazônida de Cinema de Fronteira, com sede em Marabá, e que inicia nesta quinta-feira, 15, no mesmo dia desta live. 

Debater de que forma todos esses festivais podem somar e potencializar uns aos outros, se faz necessário. Quem saber prever datas de realização a fim de organizarmos um calendário anual? O Ficca acaba de ser realizado trazendo exibição, debates importantes como o cinema das Amazonas e oficina em território quilombola, em Bragança. Trouxe ainda homenagens a realizadores também comprometidos com a região. O Telas em Movimento acaba de começar, trazendo o cinema da periferia e o debate importante da inclusão digital. Já o Amazônia Doc abre mostra retrospectiva de 21 a 30 de abril, pelo canal de streaming AmazôniaFlix, jogando luz sobre o cinema feito na Pan Amazônia. 

O Amazônia Doc, o Ficca e o Telas em Movimento migraram para o formato digital e têm apoio do Edital de Audiovisual Lei Aldir Blanc Pará 2020. O Festival Etnográfico do Pará e o Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus tiveram duas edições, cada, mas este ano não tenho notícias de novas edições. Ficou mais difícil produzir? Depois de um ano, de que forma os coordenadores desses festivais avaliam o formato digital de exibição e o relacionamento com equipe, realizadores e público? Enfim,  além disso ainda tem muito mais pano pra manga nessa conversa. Os produtores de festivais se encontrarão no dia 15 de abril, às 10h, com transmissão ao vivo pelo canal do projeto no YouTube.

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