3.3.21

Álbum de Ruth Clark reforça cena feminina do rap

É com a força da cooperação, da solidariedade e do respeito que a rapper Ruth Clark lança, no final deste mês, o álbum UBUNTU, cercada de um time de artistas que fazem parte de sua trajetória na vida e na arte! O álbum Ubuntu será lançado no dia 30 de março, às 13h, pelo canal de YouTube da artista. O projeto tem apoio da Lei Aldir Blanc-Pa.

"Sou o que sou pelo que nós somos”. A frase é de Ruth Clark, artista com cinco anos de carreira no rap paraense. É assim que ela vibra a voz da periferia em relatos da vida no contexto urbano de Belém do Pará, fazendo música negra de caráter universal, direto do topo do mapa do Brasil.

O álbum Ubuntu contém 12 faixas com beats variados, vai do trap funk ao bombap raiz e tem samples bem brasileiros como o de Pixinguinha na música. O beatmaker responsável é o sempre parceiro de Ruth, Arllanzin no Beat. O disco também conta com as participações das rappers Talita Brooklyn, Agata Soul, Samanta e Nega ysa, além de Geléia MC, Xico Doido e Arllan Trindade.

“O projeto surgiu desde 2017, porém sem renda fixa, me sustentando da arte. Não tive de onde tirar para investir nesse sonho, sempre foi de single por mês ou por mais tempo para fazer lançamentos. E como venho da cena de freestyle tive a honra de conhecer todas essas pessoas que estão no meu álbum. Esse trabalho foi uma forma de unir essa galera que somava comigo desde o começo”, comenta.

Ruth diz que esse trabalho também traz como significado “as emoções que os jovens da periferia sente, de não ser levado a sério” e que deseja alcançar novos públicos. “Quero fazer sons com pessoas que admiro, trocar vivências, viajar e dar um conforto digno para meus pais”.

A rapper acredita que a produção do rap em Belém vem crescendo e envolvendo também um corpo de artistas mulheres na cena. “De 2015 pra cá, vem predominando muito mais mulheres, e isso tem tomado um rumo muito local. Estamos falando mais da nossa terra, dando valor nos artistas daqui. Focar na qualidade que entregue esse material ao público”, conclui. 

Ubuntu é uma antiga palavra africana e tem origem na língua Zulu (pertencente ao grupo linguístico bantu) e significa que “uma pessoa é uma pessoa por meio de outras pessoas" e é isso que cada uma dessas participações significa no disco somando sua experiência, fazendo desse trabalho a confraternização de uma verdade comum a juventude periférica. 

Conhecida como Ruth Clark Mc, Ruth Souza, iniciou sua carreira artística na Fundação Curro Velho como cantora e atriz no musical "A Revoada". Ao longo de sua trajetória, participou ainda de releituras como "O Auto da  Compadecida" e se consagrando protagonista da peça "A Mulher Vestida de Sol'.

Paralelamente ao teatro, amadureceu suas poesias, e em 2016, passou a fazer suas primeiras apresentações em Batalhas de MC's da cidade. Mulher negra ativista, periférica e moradora do Bairro do Una, usa suas letras para empoderamento negro e feminino.

Dona das composições "Ubuntu" e "Gente Preta I e II", suas músicas já alcançaram públicos dentro e fora da capital. Tendo participado de eventos consagrados na cidade como "Rock in Rio Guamá" e abrindo shows de cantores de relevância nacional como Nego Max e MV Bill. Em 2019, seu clipe "Gente Preta II" foi um dos selecionados para a 12ª Mostra Curta Audiovisual, de Campinas/SP. 

UBUNTU

Direção de Arte: Niltoc

Beats: Arllanzinho

Gravação de voz: BOOM Record

Mix e master: Arllanzinho

Patrocínio: Lei Aldir Blanc

Serviço

Lançamento do Album UBUNTU. No canal Ruth Clark – YouTube – No dia 30 de Março de 2021, as 13h. Para seguir no Instagram: @ruthclarkmc

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