Empreendedoras selecionadas |
No meio desse fervo de atividades, o site reserva um espaço especial para divulgar o trabalho de 20 empreendedoras virtuais, um catálogo de lojinhas, todas geridas por trabalhadoras autônomas, e ainda haverá a exibição de 8 vídeos com performances artísticas de mulheres. Entre as selecionadas a Gisele Monteiro, Inesita e Nega Ysa .
Entre as empreendedoras, está Sylvia Medonça - cabeça por trás da marca Belamazônia Grafismos em Cuia. “Meu pai também era artesão. Ele desenhava escudos de time em cuias. Ali começou meu interesse. Para mim, descrever a Belamazônia é muito simples: é dizer da beleza da floresta, da importância da mata e dos frutos – estes que servem de base para meu trabalho artesanal”. Sylvia é pesquisadora de grafismos diversos, como das etnias Kayapó e Assuriní e também da arte marajoara.
E a lista de produtos que compõe a feirinha da FEMEA é extensa. Acessórios, bolsas, ilustrações, artesanias diversas, cuidados com o corpo e a mente, roupas, artes visuais e até doces. A diversidade de produtos mostra bem a pluralidade de iniciativas que mulheres vêm empreendendo nas redes sociais. No site da FEMEA, o público pode conhecer um pouco sobre cada marca e tem acesso direto às páginas de venda e divulgação.
Carolinne Gomes conduz a marca Mana Mística, de alquimias naturais. Seus produtos são resultado de pesquisas com ervas amazônicas e atuam no campo das terapias holísticas. “Nesse momento tão difícil para todos, essas redes de apoio e conexões na internet estão impulsionando vidas, que precisam continuar apesar de todo esse caos que a pandemia nos trouxe. A FEMEA vem com esse papel magnífico que é de unir mulheres e suas ideias criativas e únicas”.
Para a coordenadora geral da FEMEA, Narjara Oliveira, a feirinha chega para fortalecer ainda mais esses negócios criativos, funcionando como uma grande vitrine. “Uma feira exclusivamente feita por mulheres foi a maneira que encontremos de evidenciar e valorizar trabalhos desenvolvidos por elas, por todas nós. O que aumenta nossa autonomia financeira aumenta também nossa autoestima”, considera.
Música, artes visuais e outras criações
Inesita - Foto: Tereza e Aryanne |
Inesita é compositora, cantora e multiinstrumentista de Belém do Pará. Em 2020, lançou o single Vertical, com cenas gravadas no estúdio Casarão Floresta Sonora, com direção de Léo Chermont. O clipe é uma proposta autoral que atravessa por vários estilos. Mistura de rock com carimbó, ciranda, psicodelia, utilizando nos arranjos a marca dos tambores e guitarras distorcidas. Letras que falam sobre liberdade, desigualdade, mazelas e delícias do mundo.
Yasmim Braga Ferreira começou a escrever a 8 anos atrás, mas começou a lançar em 2016, no mesmo que se envolveu com o movimento hip-hop como um dos administradores da Batalha do Portal. Dali em diante foi se dedicando e se inspirando nas vivências de uma mulher preta periférica na música. A Arte já abriu caminhos e ensinou a ela a lutar contra todos os medos. Hip-hop é resistência e ela faz parte de tudo isso.
Já a artista Nega Ysa começou suas rimas a mais de 6 anos. Contando suas batalhas diárias de ser mãe, artista e periférica desabafa em cada verso. Em "Topo das Pretas", ela traz como principal o cotidiano das mulheres pretas, que lutam e sofrem muito, mas também estão no topo e no centro do mundo.
A cantora Matemba, também compositora paraense, iniciou a sua carreira musical em 2015 cantando nos batuques culturais, atuando em musicais e participando de batalhas de poesia, trazendo muitas influências de música negra. O videoclipe “Brisa”, que retrata uma das vivências amorosas da artista e traz a narrativa sobre o amor próprio e a libertação de relacionamentos tóxicos.
Gisele Monteiro - Foto Divulgação |
Glaucia Pinto Ferreira é atriz, professora e diretora de Teatro. Autora e coordenadora do projeto Teatro nas Escolas: espetáculo "A menina que dá com a cara nas paredes” que aborda a inclusão social da pessoa com deficiência visual.
Ela traz à FEMEA, a performance Alcova, construída no período de isolamento devido a pandemia do covid 19 onde a autora relata momentos de ansiedade, medo, angústia e incertezas após o contágio com o vírus. Trata-se de um desabafo sobre o medo do desconhecido.
Bruna Nascimento começou a fazer dança do ventre aos 18 anos, quando teve independência financeira, pois em sua casa ainda havia muito preconceito em relação a essa arte milenar, barreira que ela consegui quebrar. Há sete anos ela faz aulas regulares, participa de workshops, cursos e palestras voltados para a dança e todos os benefícios que ela agora traz e compartilha na FEMEA.
Ana Clara Montenegro é artista da dança e da performance. Em 2019 e 2020, lançou duas obras independentes de video-dança; co-criou a performance digital Project.Fail ERROR 404, apresentada em festivais no Brasil e na Alemanha; e colaborou na criação da performance Mimicreatures. Na FEMEA ela mostra um vídeo-performance de improvisação em dança, inspirado em registros de uma performance de longa duração que foi realizada durante a pandemia.
Serviço
Feira de Empreendedorismo, Música e Artes na Amazônia – FEMEA: de 8 a 14 de março de 2021. Informações e programação: www.femea2021.com.br. Realização da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal, Secretaria de Cultura do Pará, Governo do Pará, por meio da Lei Aldir Blanc. Parceria: Holofote Virtual – Comunicação, Arte e Mídia e Senda Produções.
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