Uma vitrine de negócios encabeçados por negros, com objetivo de gerar um mapa, que permita ao usuário se cadastrar ou encontrar essas empresas, estimulando conexões e facilitando a promoção de negócios.
Ao longo de onze meses, a ferramenta foi testada e redesenhada em pontos identificados para aperfeiçoamento. O trabalho culminou em uma versão atualizada de interface moderna, segura e intuitiva, que dinamiza a conexão entre empreendedores/clientes e impacta beneficamente na geração de renda do setor - o mais afetado pela pandemia. Deu certo, pois já há 160 empreendimentos cadastrados.
“O Afromap se baseia no fato de que o Pará é o estado do Brasil onde mais pessoas se autodeclaram negras, porém a representatividade delas ocupando atividades criativas e produtivas ainda é baixa. Nesse sentido, um aplicativo que promove conexões busca romper a lógica do isolamento historicamente engendrado pelo racismo, aumentando as chances de desenvolvimento da população negra na Região Amazônica”, destaca Rayo Machado, uma das coordenadoras da iniciativa.
Segundo a pesquisa sobre o impacto da crise sanitária nos empreendimentos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), pretos e pardos com empresas fechadas ou negócios interrompidos durante a pandemia da covid-19 somam 18%, enquanto brancos correspondem a 15%.
Tainá Barral é coordenadora da produtora cultural Na Cuia, um dos negócios cadastrados no Afromap. Ela compartilha sua expectativa com o lançamento da ferramenta: “Minha expectativa é de expandir o nosso negócio e aumentar nossa visibilidade e conexão com outros empreendimentos. A Na Cuia já atua nessa perspectiva de estímulo aos empreendedores culturais negros e, a partir dessa iniciativa, esperamos uma maior integração”.
Atrações musicais e empreendedorismo na programação
“Pra nós é um prazer estar participando do Afromap, esse projeto que busca expandir a rede de empreendedores negros e ajudar no crescimento dos artistas pretos aqui da nossa região, ainda mais nesse momento de pandemia, onde nós estamos precisando ainda mais do apoio de diversos setores da sociedade”, pontua Naré, vocalista da Banda Samaúma.
“Almejamos com esse festival poder ampliar o alcance de afroempreendedores e artistas paraenses através da formação, das tecnologias sociais e digitais e da arte, bem como conectar a potência da diversidade cultural negra da Amazônia ao mundo”, finaliza Bruna Raiol, também da coordenação do app.
Serviço
De 08 a 28 de março, nas redes sociais e plataformas de ecommerce, streaming e EAD disponíveis em https://linktr.ee/AFROMAP . Baixe o Afromap na PlayStore.
Nenhum comentário:
Postar um comentário