7.5.18

Márcio Jardim em show percussivo no Schivasappa

“Conexão Amazônia - Márcio Jardim e Convidados” estreia nesta quarta-feira, 09 de maio, às 20h, no Teatro Margarida Schivasappa - CENTUR. O projeto contemplado pelo Edital SEIVA Pauta Livre, da Fundação Cultural do Pará, traz ao palco parcerias e trabalhos desenvolvidos pelo percussionistas em 20 anos de trajetória. Ingressos antecipados (R$ 20,00) no Núcleo de Conexões Na Figueredo.

No palco a diversidade da música afro amazônica, paraense  e universal. “Espero que todos compareçam e gostem dessa mistura toda que vai rolar no palco”, diz Márcio Jardim que receberá, por exemplo, Kleber Benigno e Nazaco Gomes, celebrando as parcerias do Trio Manari. 

Também entram no palco os grupos Tamboiara, formado só por mulheres, e Jardim Percussivo, que traz jovens talentosos percussionistas, além de Jacinto Kahwage, instrumentista e arranjador. A banda base conta ainda com Edgar Matos, no teclado, e Wesley Jardim (baixo) e William Jardim (guitarra), também jovens músicos que despontam na cena musical amazônica. “O público pode esperar um show muito intenso, em todos os sentidos, mas principalmente nas percussões”. 

O Trio Manari traz forte a percussão, com tendências do Brasil e do mundo. “O grupo faz releituras das percussões no mundo misturadas as da Amazônia”, explica Márcio. Reconhecidos no meio artístico paraense, os três percussionistas iniciaram um trabalho no ano 2000 com o intuito de pesquisar os ritmos amazônicos para compor arranjos percussivos, dando uma linguagem universal a seus trabalhos. 

Marcio, Nazaco e Kleber Benigno (Paturi) saíram do Curso de Percussão do Conservatório Carlos Gomes, principal escola de musica do Pará, e passaram a realizar um trabalho pioneiro de mapeamento, documentação e recriação artística. Juntos realizaram uma série de oficinas de percussão que integram teoria musical e manipulação de instrumentos para jovens e adultos em vários projetos locais, nacionais e internacionais. Ao longo da trajetória, o Trio Manari se afirmou como referência na música brasileira, no campo da pesquisa e da execução percussiva com características amazônicas, o que lhes rendeu muitos trabalhos dentre os quais turnês por nosso país e pela Europa e EUA.

Entre tambores, teclados e sintetizadores

Tamboiara (Foto: Divulgação)
O Tamboiara é um grupo feminino de carimbó. “Estou produzindo”, diz Márcio Jardim. “Estamos terminando de gravar um EP e logo vamos lançar”, diz o músico que dá aulas às meninas do grupo. “Temos quase a mesma idade, mas virei professor delas”, comenta. 

O coletivo reúne mulheres instrumentistas e vocais de diversos projetos da capital paraense, como “Flôr D’Tambor” e “Mãos D’Mulher”, do espaço Cultural Etnias, além do Arraial do Pavulagem, Cabloco Muderno, Tambor e Corda, Orquestra de Choro do Pará, “Pará Caribe”.

A formação atual é composta por nove mulheres com direção musical do produtor e músico Márcio Jardim. O “Tamboiara” trabalha na perspectiva de constituir uma sonoridade brasileira amazônica, que tem como objetivo o estudo e pesquisa dos ritmos amazônicos, como o carimbó, Lundu, Quadrilha, Retumbão, Batuque e Marabaixo. Ritmos que estarão presentes no primeiro EP autoral do grupo.

Márcio também é professor dos jovens que integram o Jardim Percussivo, e que já circula fazendo participações e shows próprios, em Belém. "São ao todo uns 12 integrantes e acabamos de lançar o primeiro CD, com composições minhas", ressalta Márcio.

Márcio com o Jardim Percussivo (Foto: Cláudio Ferreira)
“O grupo faz parte de um projeto social de ensino de música, que desenvolvo no estúdio montado no quintal da minha casa no bairro da Pedreira”, continua  o percussionista. Nesta apresentação, o Jardim Percussivo estará representado por Jonielson Lopes, Lucas Magalhães, Tâmara Aviz, Marcelino Santos, Katarina Chaves, Gabriel Gomes.

A relação de amizade e parceria musical com Jacinto Kahwage é a mais antiga. “O conheço desde garoto, quando comecei a gravar no Midas (estúdio)”, lembra o músico que não esquece o apoio recebido de Jacinto e Luis Pardal, sócios no Midas Amazon Studio. 

“O que vou mostrar nesse show com ele, é um trabalho de percussão amazônica com teclados eletrônicos”, avisa. Além disso, o show vai apresentar Dona Socorro. “É minha mãe. Ela adora samba e vai fazer uma participação no final. William e Wesley são meus filhos e me acompanham na guitarra e baixo, além de Edgar Matos, no teclado, minha banda base”, declara. Na concepção de Márcio Jardim o primeiro “Conexão Amazônia” será um mini encontro de percussão. A direção musical é do próprio, com direção artística do percussionista Carlos Canhão Brito. 

Pandeiro e samba no inicio de sua formação

Foto: Cláudio Ferreira
Nascido em família de músicos, começou seu contato com a percussão muito cedo através de rodas de samba em sua casa, seu primeiro palco. Iniciou seus estudos no conservatório "Carlos Gomes", na turma de percussão clássica e logo tornou membro do grupo de percussão da instituição. 

Passando a se dedicar na música, seu instrumento de escolha foi o pandeiro. Junto a Kleber Benigno e Nazaco Gomes iniciou um grupo de estudo, do qual surgiu o Trio Manari onde passaram a ser reconhecidos não somente no estado do Pará como também no Brasil e no Mundo, protagonizando uma longa história musical. 

Admirado pelo vasto conhecimento nos ritmos da Amazônia e África, Márcio conta nesta sua trajetória com participação em mais de 120 discos, além de marcar presença em DVDs, shows e apresentações em todo o Brasil e alguns países da Europa e Américas.

Tem participação em gravações dos CDs de Lia Sophia, Patrícia Bastos, Nilson Chaves, Andréa Pinheiro, e do próprio Sebastião Tapajós, que ele acompanha constantemente nos shows, fazendo ainda a direção de 02 CDs do violonista (Aos da Guitarrada e Da Lapa ao Mascote). Já tocou com Fafá de Belém, Dante Ozete, Pepeu Gomes, Paulinho Moska, Celso Viáfora, Mestre Solano entre muitos outros.

Participou também de grandes eventos musicais como o Brazilian Day, Festival de Jazz da Guiana Francesa, Festival de Jazz da Alemanha, Percussive Arts Society International Convention e recentemente do Brazil Summerfest com a cantora Lia Sophia em New York.

Foto: Cláudio Ferreira
Percebe-se que em 20 anos não foram poucas as suas parcerias e Márcio gostaria de ir de show em show reunindo todas elas. “Eu comecei a tocar muito novo e por isso tenho diversas parcerias, muitos amigos. 

Não dá pra reunir todos num único show e que nesse primeiro momento, é mais voltado para a percussão. Mas no segundo semestre tenho vontade de fazer outro, reunindo os mestres Sebastião Tapajós e Solano, por exemplo, nomes já consagrados, e com os quais tenho também ligações, tocando e gravando discos”, finaliza.

Ficha Técnica
Direção Musical: Márcio Jardim
Direção Artística: Carlos “Canhão” 
Produção: Luciana Medeiros e Carlos “Canhão” 
Técnico de Pa: Silvio Amorim;
Técnico de Monitor: Sérgio Brito, 
Iluminação: Cláudio Castro; 
Roadie: Paulo Henrique

Músicos
Márcio Jardim - Percussão
Wesley Jarim – Contrabaixo
William Jardim – Guitarra
Edgar Matos - Teclados

Convidados
Jacinto Kahwage - Midas Amazon Studio 
Trio Manari: Nazaco Gomes – Percussão e Kleber Benigno - Percussão
Tamboiara: Simone Viana - curimbó/backing vocal; Tâmara Aviz - curimbó/backing vocal; Néia Silva - curimbó; Roberta Evi - banjo; Ana Terra - matraca; Antônia Costeseque - maracas; Ludimila Maia - reco; Verena Brito - flauta; Luana Alves - vocal;
Jardim Percussivo: Jonielson Lopes, Lucas Magalhães, Tâmara Aviz, Marcelino Santos, Katarina Chaves, Gabriel Gomes.

Serviço
Conexão Amazônia - Márcio Jardim e Convidados. Nesta quarta-feira, 9, no Teatro Margarida Schivasappa do Centur. Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia), antecipados no Núcleo de Conexões Ná Figueredo - Av. Gentil, com Benjamin Constant. Na bilheteria do teatro, no dia da apresentação, a partir das 19h.  Realização Central de Produção e Blog Holofote Virtual. Apoio: Pro Music, Midas Amazon Studio, UEPA, GUIART e Cultura Rede de Comunicação, Núcleo de Conexões Na Figueredo. 



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