7.2.11

Jeanne Darwich lança novo CD em noite de autógrafos

A cantora realiza uma sessão de autógrafos de seu novo CD, Voz do Sentimento, no próximo dia 11 de fevereiro, sexta-feira. 

O evento acontece na Estação Saúde (Manoel Barata esquina com Ruy Barbosa), a partir das 19h. Será uma boa oportunidade aos interessados em adquirir o CD, que ainda não se encontra à venda em lojas de Belém.

Voz do Sentimento é o segundo CD de Jeanne Darwich, e em suas 14 faixas canta o amor das mais variadas formas, em diversos estilos musicais (samba, canção, seresta), incluindo dois clássicos da década de 1930 - "Noite Cheia de Estrelas", de Cândido das Neves, e "Sertaneja", de René Bittencourt. 

Destacam-se ainda "Água de Ouro", samba inédito de Paulo César Pinheiro, e a faixa que inspirou o título do CD - "Bendita voz do sentimento", de Eudes Fraga (produtor do disco) e Zé Renato Fressato. O show de lançamento oficial deverá ser agendado em breve.

O CD poderá ser adquirido no local a R$ 25. O evento, com entrada franca, conta com o patrocínio da Unimed Belém e o apoio do Pólo Cultural da Unimed, Sol informática, Insumos da Amazônia e Abelhuda. Escute o CD Voz do Sentimento no blog Música do Norte.

(com informações enviadas pela assessoria de imprensa do blog Som do Norte)

4.2.11

Marambaia retoma movimento artístico e entra no mapa mundi do FSM

Os ecos do Fórum Social Mundial serão ouvidos, em Belém, no bairro da Marambaia, em Belém. É lá que as sessões cineclubistas do Festival Internacional de Cinema Social, o FEST-FISC Brasil, acontecerão. O momento vai marcar também o retorno do Molcuma.

O FESTE-FISC é uma extensão brasileira do fórum que estará acontecendo simultaneamente em Dakar (Senegal), de 06 a 11 de fevereiro. A programação aqui, de 08 a 10, entra na cena como uma atividade autogestionada, mas expandida, à distância.

O Festival (que está na sua segunda versão) é uma forma de criar mecanismos e oportunidades para o intercâmbio entre realizadores e produtores, das mais diversas origens, com as suas infinitas propostas estéticas, sendo, portanto, um festival aberto para todos os formatos, tecnologias e linguagens.

E será neste contexto tudo a ver que, prestes a completar 17 anos, o Movimento Cultural da Marambaia – Moculma volta à ribalta. De acordo com o artista plástico Cristiano Lima, que coordena projetos infanto-juvenis no bairro da Marambaia, periferia de Belém, esta será uma oportunidade para que os ativistas de todo o mundo vejam com os próprios olhos a arte popular que se produz de forma independente e à margem dos processos institucionais.

“O FEST-FISC é uma vitrine para nós, motivo pelo qual estamos todos empenhados na divulgação destas sessões junto à comunidade, que já se acostumou com projeções cineclubistas e projetos de inclusão social, dos quais participaram milhares de crianças e adolescentes, como por exemplo o Arte na Praça, Pitada de Arte, Sexta Poética, Boi Vagalume, cineclubismo, entre outros”, afirma.

Este ano, a 11ª. Edição do Fórum Social Mundial será realizada na Universidade Cheik Anta Diop e em outros locais de Dacar, capital do Senegal, e celebrará a diversidade da cultura africana e suas perspectivas para o futuro.

O FEST-FISC foi convidado especialmente para integrar as atividades do FSM, por ser reconhecido como uma importante contribuição em eventos anteriores para a promoção dos objetivos históricos do Fórum através do uso da linguagem audiovisual.

Acesse a programação, aqui

Serviço
FEST-FISC Brasil. Dias 8, 9 e 10 de fevereiro de 2011. Na Praça Tancredo Neves, Marambaia, 19H. Parceria FSM / Cinema de Rua / Paracine / UFPA (Antropoligia) / Rede Aparelho / Moculma-Tela de Rua / Cineclube Amazonas Douro. Informações adicionais poderão ser obtidas através do telefone: 55(91) 8330-9435 ou do e-mail: festfisc@gmail.com.

(com informações do FEST-FISC)

Alunos de arte dramática da Escola Tecnológica do Pará vão ver “À Sombra de Dom Quixote”

Márcia Lima, À Sombra de Dom Quixote
Atores e técnicos do grupo recebem nesta sexta-feira alunos de arte dramática da Escola Tecnologica do Pará

O coletivo MiaSombra faz uma apresentação extra do espetáculo “À Sombra de Dom Quixote”, nesta sexta-feira, 04, para uma turma de alunos do curso técnico em arte dramática, da Escola Tecnológica do Pará Profº Anísio Teixeira, que além deste também oferece cursos técnicos em marketing, secretariado e comércio.

A visita dos alunos ao Stúdio Reator tem como intenção mostrar aos alunos, o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo coletivo MiaSombra, que também conversará com os estudantes sobre o processo de criação do espetáculo.

“À Sombra de Dom Quixote”, porém, tem apresentações abertas ao público, neste sábado, 05, e domingo, 06, sempre às 20h30, com ingressos a R$ 20,00, com meia para estudantes e artistas. Atenção que serão as últimas desta temporada iniciada há três semanas.

Os alunos da escola Anísio Teixeira se preparam para montar o primeiro espetáculo de teatro de formas animadas, dentro da disciplina de montagem. O encontro com os teatreiros do MiaSombra é, na verdade, uma segunda ação da turma, que já visitou também o Casarão do Boneco e conheceram o trabalho do grupo In Bust.

“Achei importante não só o trabalho prático e a teoria, mas igualmente importante que os bonequeiros e do trabalho com esta linguagem fossem repassados para os alunos através de quem já atua profissionalmente na área. No Reator será a possibilidade de assistir a uma peça de teatro de sombras, pois alguns dos meus alunos revelaram nunca ter ido a uma peça teatral antes de entrar na escola tecnológica e a maioria nunca assistiu a uma peça de teatro de sombras”, diz Márcia.

Momento do espetáculo, no Reator
A escola já formou a primeira turma, que apresentou uma peça chamada “Trovas de Pescador: Boto Encantado da Amazônia. Hoje, os alunos integram um grupo chamado “Atua-ação”, formado em parceria com a escola.

“No começo deste ano eles também participaram junto com a segunda turma, de uma mostra de no Teatro Waldemar Henrique, com exercícios teatrais e trabalhos feitos na disciplina de história do teatro sobre teatro grego”, explica Márcia.

Entrando em seu segundo ano de funcionamento, a escola está se adequando ás normas do MEC, que estipula algumas regras para a manutenção dos cursos, como o de teatro.

“São fatores que não condizem com a nossa realidade e nem com nossa estrutura e equipamentos, mas as pessoas estão muito empenhadas em fazer da escola Anísio uma escola modelo e do curso de arte dramática um curso muito bom”, diz a atriz e professora do curso Márcia Lima, que também integra o coletivo MiaSombra e atua no espetáculo de sombras do MiaSombra.

Desde que foi fundada, a procura pelos cursos da Escola Anísio Teixeira só aumentou e este ano está sendo realizado um processo de seleção porque não é possível absorver a demanda.

“A quantidade de alunos superou as expectativas em todos os cursos que temos e nossos alunos do curso de arte dramática são, no geral, maiores de idade interessados em uma formação técnica sim, mas em uma área antes apenas sonhada”, explica a atriz e professora.

Uma das alunos do curso
“Tenho uma aluna chamada Antônia que quando era jovem a mãe não permitiu que ela estudasse teatro. Ela conta que na época rasgou todos os textos que costumava escrever e seguiu as ordens da mãe. Casou, trabalhou na área de comércio, teve seus filhos e agora emancipada, resolveu realizar seu antigo sonho e seguir pelos caminhos do teatro. Hoje ela é uma das minhas mais dedicadas alunas”, diz Márcia.

O curso de arte dramática da Anísio Teixeira traz disciplinas como história do teatro, linguagem gestual, espaço cênico, teatro de formas animadas, introdução ao trabalho científico, legislação e produção de recursos, prática de montagem.

Serviço
À Sombra de Dom Quixote. Apresentação aos alunos da turma do curso técnico de Arte Dramática da Escola Técnológica do Pará, nesta sexta-feira, 19h. As apresentações abertas ao público acontece neste sábado, 05, e domingo, 06, a partir das 20h30, no Stúdio Reator. Na Trav. 14 de Abril, 1053, próx. a Governador José Malcher. Ingresso R$ 20,00, com meia para estudantes e artistas. Patrocínio Funarte Prêmio de teatro Myriam Muniz.

Aberta temporada de cursos na Fotoativa

Cursos acontecem de fevereiro a maio e são voltados para jovens e adultos, com ou sem experiência em fotografia.

Para você que até agora só sabe “ligar” e “desligar” a máquina, não imagina o que é photoshop e tem muitas idéias, mas são sabe nem como começar um projeto gráfico, a Associação Fotoativa inicia a partir do dia 12 de fevereiro uma série de oficinas para jovens e adultos, com ou sem experiência na arte de fotografar.

São ofertados cursos de Iniciação à fotografia e linguagem fotográfica, photoshop básico, serigrafia básica e avançada, ligthroom, Photomorphosis, projetos gráficos e informática básica. Os cursos são uma iniciativa do Núcleo de Formação e Experimentação da Fotoativa, que reuniu vários de seus profissionais para ministrar as aulas. Os cursos acontecem entre fevereiro e maio, com custos que variam de R$ 60 a R$ 600.

A primeira atividade é a oficina Fotografia Digital I, com o fotógrafo Valério Silveira, e vai acontecer sempre aos finais de semana, de 12 a 02 de abril, na sede da associação. Na oficina será possível aprender um pouco mais sobre a fotografia e o funcionamento da câmera; o controle da luz; a lente; o equilíbrio de branco; cartões de memória e baterias; formatos de arquivos/backups e armazenamento; noções básicas de composição; cor e PB, e edição básica de imagens digitais.

Além das aulas, estão inclusas também as saídas fotográficas, para que os alunos compreendam na prática tudo que foi exposto durante as aulas teóricas. O investimento é de R$200. No final do curso, todo o material produzido pelos alunos será exposto na mostra coletiva “O tempo e a Luz”, na sede da Fotoativa.

Serviço
Oficinas da Associação Fotoativa/Primeiro semestre de 2011. A Fotoativa fica na Praça das Mercês, nº 19. Mais informações pelo (91) 3225-2754 ou pelo blog http://www.fotoativa.blogger.com.br/

3.2.11

Coisas de Negro recebe projeto "Sexta Cultural" com DJ Suka e Banda Objeto Quase

Promover as diversas formas de se fazer arte e cultura e ainda abrir espaços para a apresentação de bandas e Djs com inovações musicais em seus diversos estilos. O projeto “Sexta Cultural”, que inicia esta semana, no Espaço Cultural Coisas de Negro, em Icoaraci, pretende mexer com os finais de semana na Grande Belém.

A primeira ação acontece nesta sexta-feira, 04, em Icoaraci, onde fica sediado o Coisas de Negro, que vem, há 20 anos, atuando com projetos voltados a diversidade da cultura popular afro-indígena. Não à toa, em 2006, o Coisas de Negro foi tema de trabalho acadêmico da UFPa, resultado da disciplina Comunicação e Cultura Popular.

Na programação desta sexta, o projeto reúne músicos e artistas, com sorteio de camisas, ao som do Reggae Roots, Rock Stedy e Clássicos da cena Oldshool, com a participação do Dj Suka Salim e da Banda Objecto Quase.

“Suka integra a essência de alguns artistas que expressam suas inspirações em criações ímpares que serão divulgadas e vendidas no mesmo espaço. 

E para quem curte o Folk Rock, temos a banda Objecto Quase, banda de rock alternativo, que teve início em Janeiro de 2009, porém com um nome diferente (Philia)”, explica o arte-educador André Butter, que entrou em contato com o Holofote Virtual para divulgar o projeto.

O DJ Suka
De acordo com ele, a “Objecto Quase” está de volta para conquistar seu espaço no cenário musical, trabalhando com gêneros diversificados de música como o Folk, Rock in Roll, Indie Rock e um pouco de MPB.

“Estes gêneros são de notável influência no resultado de cada composição da banda, o que é reflexo do que ouvem, rotineiramente, os integrantes da Banda, formada pelos meninos Caio Tobit - Violao e Voz; Otavio Moraes - Bateria; Raoni Fido - Guitarra e Voz e Roger Costa –Baixo”, diz André.

O projeto Sexta Cultural vai acontecer ainda em vários outros espaços, mas o desta primeira ação foi escolha certeira, afinal o “Coisas de Negro” é um espaço de resistência cultural.

Idealizado por Raimundo Piedade da Silva, conhecido artisticamente como Nego Ray, foi no Coisas de Negro que nasceu também o grupo Mundé, que aliás não vi mais em cena, mas quem já os ouviu sabe que é um dos grupos mais interessantes, com um som “experimental”, misturando instrumentos do carimbó, com guitarra e baixo. 

Serviço
Sexta Cultural. Dia 04, a partir das 22h. Ingresso R$ 3,00, isso mesmo. O Coisa de Negro fica em Icoaraci, a nossa eterna Vila Sorriso, distante uns 30 minutos de Belém, na Rua Lopo de Castro, entre a 5ª e a 6ª rua. Mais informações: 91 81976069 (Adriene) e 91 82501045 (Raoni).

2.2.11

Baile Tropical junta Beats Mundiais e Regionais

A Se Rasgum Produciones aprovou quatro projetos no edital do Conexão Vivo (Lei Semear). Na área da música, eles levam as ações da produtora ao interior do estado. A notícia está no Se Rasgum News n. 16, que também diz onde e quando festas como a desta sexta-feira, 04, vão acontecer.

Na Pressão do Eletromelody e das Batidas Tropicais, o Baile Tropical começa 2011 trazendo ao palco do Café com Arte o dj Axel da Alemanha e uma da maiores promessas da música brasileira deste ano a Gang do Eletro nessa sexta-feira, 04.

O Baile Tropical promove mais uma edição que junta os ritmos quentes produzidos nos trópicos e consumidos em larga escala em todo o mundo, no Baile já teve a cúmbia da Argentina, as guitarradas e carimbó do Mestre curica e ainda o Brega Pop de Felipe Cordeiro. E nessa edição a batida tropical é o Eletromelody da Gang do Eletro.

O Eletromelody é um dos sub-gêneros do tecnobrega, variante eletrônica do brega, principal ritmo das festas e Aparelhagem do Pará. O estilo tem como características as batidas mais fortes e graves, com teclados mais ácidos com grande influência da eletrohouse de Benny Benassi e David Gettha. No Pará os destaques do estilo são David Sampler, Marlon Branco e finalmente a Gang do Eletro, que traz a figuraça MC Maderito e o talentoso DJ Waldo Squash.

O Baile Tropical começou em maio de 2010 em Belém e girou por várias capitais brasileiras, Argentina e Uruguai começa 2011 com grandes expectativas de dominar o mundo com a música Tropical feita no Brasil, na Africa e em toda América Latina.

Para esta 13ª edição, o Baile Tropical traz pela primeira vez à Belém o DJ Axel do coletivo alemão Globalibre, Axel é especialista em ritmos eletrônicos periféricos de todo o mundo, house tropical, kuduro, funk carioca e já fez inúmeras turnês na Europa divulgando as batidas tropicais.

Completando a bagaça os já residentes e que garantem a fuleragem, no calor do porão os djs Damaso (rockadas e pipiragens) e Marcel Arede (bagaceiras e motelmusic) e na pista principal Bernardo Pinheiro (fulero grooves) e Patricktor4 (fulerage beats e tropical bass).

Escute o Hit – Galera da Laje com a Gang do Eletro

Serviço
Baile Tropical #13. Café com Arte, Sexta 4.2. R$10 com nomes na Lista enviando até 18h do dia 4.2 pra tropicalbaile@gmail.com. Show: Gang do Eletro. Djs: Axel (ALE), Patricktor4, Bernardo Pinheiro, Marcel Arêde e Damaso.

Fonte: Se Rasgum News, 16.

Desabamento do Real Class em Belém vira tema de documentário

A iniciativa da Produtora Greenvision e da ABDeC-Pa pretende incentivar a produção audiovisual na cidade e refletir sobre problemas locais. O edital está aberto e recebe propostas até este domingo, 06 de fevereiro. 

Belém do Pará, dia 29 de janeiro. Poderia ter sido um sábado qualquer, mas não foi. Por volta das 14h, um edifício desmorona em pleno centro da cidade. Para quem conhece Belém, na Rua 3 de Maio, entre Magalhães Barata e Governador José Malcher.

O caos se instalou na cidade. Chuva, energia cortada e muitos desabrigados. A Defesa Civil chegou a contabilizar quase duzentas pessoas desalojadas, moradoras do perímetro onde houve o desabamento. 

As informações, porém, ainda são desencontradas. A empresa diz que no sábado havia somente dois operários trabalhando no edifício Real Class. Mas há quem diga que há mais de 20 pessoas desaparecidas. No quinto dia de buscas, os bombeiros conseguiram resgatar dos escombros, na madrugada desta quarta-feira, 02, o corpo de um dos dois operários confirmados pela empresa. Mas o outro continua desaparecido. 

A tragédia fez uma terceira vítima, também já identificada. Trata-se de uma senhora que morava na casa ao lado e que foi atingida. Ontem,  pedaços de entulhos foram recolhidos e mandados a sede do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. Aguarda-se um laudo.

Documentário - A tragédia, que abalou a cidade, será transformada em documentário, através de uma iniciativa captaneada pela produtora Greenvision e pela Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas do Pará – ABDeC-PA.

“A idéia deste projeto surgiu a partir de discussões virtuais no twitter sobre o papel da cobertura da mídia no caso, e suas questões éticas. Assim, queremos aprofundar essas visões com as pessoas da sociedade que tem pensado sobre o caso.

Nossa principal intenção é possibilitar novas reflexões, calcadas em bases éticas e com conteúdo, longe de achismos ou especulações”, diz Dani Franco, presidente da ABDeC-PA. "A partir da publicação desta idéia, via twitter, em 40 apenas minutos, foram enviadas 08 propostas para a realização do documentário", complementa. 

As inscrições estão abertas até este domingo. O vencedor ganha  R$ 4.000,00 para a realização de um documentário curto. Priscila Brasil, da produtora, alega que a iniciativa foi impulsionada pela discussão que se instalou na cidade, em torno do caso  do desabamento, e a ausência de uma reflexão maior sobre a questão.

“Percebemos que as pessoas querem se expressar sobre isso e que a problemática é muito profunda. Envolve o crescimento desordenado da cidade e as pessoas falam nisso, pensam nisso. Achamos que é importante produzir algo mais amplo do que as reportagens de TV conseguem captar”, explica a produtora e documentarista.

Ao mesmo tempo este edital do tipo the flash é também uma maneira de contribuir para a produção audiovisual local, principalmente para o documentário, uma tipo de fazer cinema que nem sempre surge em tempo de se construir um projeto, aprovar em lei e aguardar patrocínio ou políticas culturais voltadas ao cinema.

Reflexão e incentivo audiovisual As dificuldades são muitas para se produzir cinema na Amazônia. Na edição de hoje, o Jornal Amazônia trata do assunto e ouviu o secretário de cultura do estado que disse que o audiovisual terá apoio por parte do governo, mas que precisa reunir com a classe.

"O governo não tem como financiar uma produção cinematográfica, até porque não é o nosso papel. Mas estamos abertos para conversar e pensar formas de apoio aos nossos produtores locais", disse Paulo Chaves para a reportagem.

Enquanto o debate político se forma em torno da questão,  iniciativas como a da produtora Greenvision é muito bem vinda. O recurso para isso vem do GreenLab, projeto de laboratório da Greenvision.

É através deste projeto que será premiado a melhor proposta de documentáiro sobre o desabamento, assim como mais trazer, em breve a Belém,  pessoas para relatar experiências não muito convencionais de se fazer um documentário.

“É um projeto financiado pela Vivo, através da Lei Semear, com intuito de ajudar projetos pequenos a se concretizarem. “O primeiro projeto do GreenLab é o CD da gang do eletro que está sendo gravado no APCE e agora o Lab começa a parceria com a ABDeC-Pa”, diz Priscila.

Envio de propostas - É muito simples. Basta escrever, em até 20 linhas, o que pretende realizar. Uma comissão de três pessoas, envolvendo ABD, Greenvision e um realizador independente, vai selecionar uma, entre todas as enviadas até este domingo, 06.

O documentarista pode ser iniciante e terá seu trabalho acompanhado pela ABDeC-Pa e The Greenvision. As propostas devem ser encaminhadas para prisbrasil@gmail.com

“Até na semana que vem a pessoa já estará com o dinheiro nas mãos e vai realizar seu documentário assistido por nós (caso queira e precise). É uma forma de movimentar a producão audiovisual da cidade e abrir oportunidade inclusive pros diretores iniciantes”, explica Priscila.

E é bom ficar atento, pois esta iniciativa deve continuar nos próximos meses, com outros "flashes de seleção”, sem muita burocracia, de forma rápida. “Cobrindo temas que são nossos e que precisam de reflexão. A qualquer momento pode rolar outro edital, pois a idéia é fazer mais dois ou três deles somente neste primeiro semestre”, complementa a documentarista.

Para acessar o edital, na íntegra, vá ao blog da ABDeC-PA


Uma quarta de brega pop com Lia Sophia e convidados

Além do DJ Pro. efX, a cantora também recebe no palco Juliana Sinimbú e Arthur Espíndola. Tudo nesta noite de quarta-feira, 02, a partir das 20h, no Teatro Margarida Schivasappa. É mais uma ação da Fundação Tancredo Neves e Cruz Vermelha, para ajudar os desabrigados pela chuva, em Belém. O preço do ingresso é simbólico: R$ 1,00 + dois quilos de alimentos não-perecíveis.

O show “Amor Amor”, título homônimo do CD que Lia Sophia lançou no início do ano passado, reune os grandes hits do brega paraense. É irresistível. Quem nos anos 80, nunca dançou um brega, que atire a primeira pedra.

Todo mundo gostava. Quer apostar? Acesse a reportagem escrita, já nos anos 2000, pelo jornalista Edson Coelho, que também faz parte dessa história. O brega foi um dos ritmos mais cotados do então mercado fonográfico. 

No Pará os grandes expoentes eram Mauro Cotta, Ted Max, Juca Medalha, Os Panteras, Banda Xeiro de Amor, Miriam Cunha e muitos outros. Mas o brega foi perdendo a força nos anos 90, ainda que Roberto Villar fizesse sucesso com o disco ‘Ator principal.’

Revisitado agora, por Lia Sophia, o ritmo ganha ares pop e uma releitura contemporânea, tanto nos arranjos quanto na sonoridade, que estão no CD e que também estarão no show desta quarta. Pelo menos é a expectativa que vem sendo criada pela própria cantora, pelo seu twitter.

Pro. efX
Na rede - A também compositora, aliás, se utiliza muito bem das redes sociais para divulgar suas ações, falar de trabalho, combinar de compor junto com outros artistas, além de brincar com os amigos. Nos últimos dias, foi através das twitadas, que ela fez inúmeros contatos e divulgou o show Amor Amor.

“Queridos! Acabo de confirmar mais uma participação super especial no Show Amor Amor dia 02/02 no Centur, é o talentoso @ProefX”, mandou Lia, nesta terça-feira, 01.

O show – O show traz um super time. Lia Sophia (voz/violão) tem ao lado, Adelbert Carneiro no contrabaixo, Edvaldo Cavalcante na bateria, Davi Amorim no violão de aço e guitarra, Daniel Delatuche no trompete e Esdras de Souza no saxofone.

De acordo com a artista, “o público terá a possibilidade de conhecer a riqueza dos ritmos do Estado do Pará, ouvindo grandes clássicos da música Brega do Norte que marcaram as décadas de 70 e 80 e que deram origem a vários ritmos da nossa região como o Calypso e o Tecnobrega”.

Entre as canções que serão mostradas, Lia destaca “Tchau, tchau amor”, de Bella Maria e Ivan Peter – “Música de grande sucesso na década de 80 e que ainda hoje é muito tocada em bailes da saudade que acontecem na periferia da cidade de Belém” -; “Amor Amor”, de Magno e André Carlos, “Minha Amiga”, de Mauro Cotta e Cláudio Lemos e “Ao Pôr do Sol”, de Firmo Cardoso e Dino Souza.

A  banda, no ensaios de 2010.
“Vendo neste show, as tramas da cultura local, em constante diálogo com o que há de mais moderno no discurso musical mundial, já que no disco misturam-se elementos da música eletrônica com células percussivas de ritmos regionais como o Carimbó, Lundu e o Marabaixo”, diz Lia e, ao mesmo tempo, explica por fim o convite todo especial feito a Pro. efX.

Pra seguir a Lia no Twitter, acesse aqui.

Serviço

Show Amor Amor, de Lia Sophia. Teatro Margarida Schivasappa (Centur). Participação de Juliana Sinimbú, Arthur Espíndola e Pro. efX. Projeto 1/4 de Música. Nesta quarta, 02/02, às 20h. Ingressos: R$ 1 + 2 Kg de alimentos (poderão ser trocados na bilhetria do teatro a partirdas 15h).

1.2.11

Projeto premiado de Elza Lima apresenta as Amazonas do século XXI

O imaginário que cerca a vida da mulher ribeirinha da Amazônia vai ganhar forma na exposição “O Lago da Lua ou Yaci Uaruá – As Amazonas do rio mar”, que a fotógrafa Elza Lima abre no próximo dia 16 de fevereiro, na galeria do Centro Cultural Brasil Estados Unidos (CCBEU). 

O projeto, como o blog divulgou na época,  foi contemplado com o XI Prêmio Funarte Marc Ferrez de fotografia, com apoio da Sol Informática, CCBEU e Mabeu. Além da mostra, Elza vai realizar também um curta metragem, filmado por Lu Magno e dirigido pela cineasta paraense Priscila Brasil. A previsão é que o curta seja apresentado ao público até o final deste ano.

O rio Nhamundá, localizado no Baixo Amazonas, é conhecido por acolher, em seus recantos misteriosos, o “Espelho da Lua”, onde supostamente aconteceu o encontro dos exploradores europeus Orellanas e Carvajal com as mulheres guerreiras que eles denominaram de Amazonas, durante o descobrimento do rio em 1542.

Para dar forma ao projeto, a fotógrafa viajou a região partindo da cidade de Oriximiná e passando pelos municípios de Nhamundá, Juruti, Faro e Terra Santa. Ela explora a rotina e as condições de vida das mulheres que hoje habitam a área e que seriam “descendentes” das guerreiras do passado.

Uma das fotos clicadas durante a expedição a Oriximiná
No projeto, a fotógrafa coloca em discussão como seriam as Amazonas do século XXI, que passam a ser então as protagonistas dos mistérios que ainda hoje cercam a região. Elza Lima traz a Amazônia como o tema de seu trabalho desde o início de sua carreira, em 1984, onde busca expressar através de seu olhar uma região onírica, cercada de mistérios. Quem quiser acompanhar o desenvolvimento do trabalho pode acessar o website www.elzalima.com.br




(com informações da assessoria de imprensa)

O primeiro longa de Marco Ricca esta semana no Líbero Luxardo

"Cabeça a Prêmio" ficará em cartaz de 02 a 13 de fevereiro, sempre de quarta a domingo às 19h. Ingressos a R$ 5, com entrada franca as quartas para estudantes com carteirinha meia entrada. Leia abaixo crítica sobre o filme.

Por Mattheus Rocha

A estreia de Marco Ricca como diretor não poderia ser melhor. Cabeça a Prêmio é um filmaço. Alguns cinéfilos podem até achar o longa um pouco lento ou arrastado, mas a narrativa é densa e, apesar de apresentar apenas superficialmente os personagens, a ambientação é perfeita e os conflitos se desenvolvem de maneira intensa e arrebatadora.

O roteiro não aborda o passado de ninguém. Todos são "lançados" na história e cabe ao espectador estabelecer as conexões entre eles. Cabeça a Prêmio é daqueles filmes que estimulam a inteligência e a percepção dos fatos. Mas isso não é fruto de preguiça dos roteiristas ou da direção. Muito pelo contrário.

O filme é extremamente intimista e em nenhum momento peca pelo excesso - o que é uma qualidade rara hoje em dia. A intenção é mostrar apenas o suficiente para direcionar, pouco a pouco, sem pressa, o caminho tortuoso de dois irmãos que são traficantes internacionais (e pecuaristas nas horas vagas), além de sua família e das pessoas ligadas ao esquema.

A montagem e as atuações são fantásticas. Todo o elenco está em sintonia e os destaques são a internacional Alice Braga - de Predadores (2010), e Fulvio Stefanini e Otávio Müller (espetaculares), como os irmãos mafiosos que trazem drogas do Paraguai ao Brasil.

Aliás, não é dito, nem mostrado, se são realmente drogas (acredito que sejam), ou algum outro tipo de contrabando. As referências nos diálogos são a "encomendas" ou "mercadorias" (um exemplo da sutileza da direção, que em alguns momentos chave prefere sugerir, em vez de mostrar).

Os conflitos vão ganhando cada vez mais força, até serem interrompidos por um final incrível, inesperado e genial, justamente no clímax do filme - outra característica não muito comum que Ricca lançou mão, com extrema competência. 

Que o cara continue assim e nos brinde com outras obras primas. A influência do estilo do cineasta Beto Brant é mais do que evidente. Cabeça a Prêmio lembra - e muito - O Invasor (2002). Inclusive, Marco Ricca atuou nesta pérola do cinema nacional.

Serviço
Cabeça a Prêmio, de Marco Ricca (Brasil, 2010). De quarta a domingo, de 02 a 13 de fevereiro - às 19h. No Cine Líbero LUxardo do Centur.