1.5.21

Leona é grafitada em muro do Jurunas em Belém

Colagem de imagens do taser de "Ribieirnhos"

A ação foi da terceira edição do Festival de Cinema das Periferias da Amazônia - Telas em Movimento, no qual Leona foi homenageada. Ontem, ela também bateu um papo com Gabi Luz, no Canal de Youtube do projeto, no qual ela mostrou com exclusividade o teaser do clipe "Ribieirnhos". Vocês podem conferir tudo, porque ficou gravado. Este ano o festival se fortaleceu sua rede de parceiros que amplia o debate do cineclubista na periferia e região das ilhas de Belém.

Inspiração para o movimento  LGBTQIA+ de todo o Brasil, ela é considerada a primeira youtuber do Brasil, ainda criança ficou famosa por sua série “Leona Assassina Vingativa”, lançada de forma caseira em 2009. De lá pra cá, ela trouxe diversas temáticas importantes em seus videoclipes musicais e possui uma carreira audiovisual que traz a representatividade e a irreverência como elementos principais. 

“Eu vejo isso muito mais que uma homenagem, eu vejo como um reconhecimento de tantos anos em que me entreguei fazendo vídeos para o meu público, seja no quarto da Aleijada Hipócrita como no meu primeiro vídeo, no Ver-o-Peso conscientizando vocês sobre a importância do uso do preservativo ou até mesmo dentro de um lixão chamando a atenção para um tema tão importante quanto o descarte correto do nosso lixo”, afirma Leona Vingativa, que ganhará um mural de graffiti em sua homenagem nos muros do bairro do jurunas - local de origem da artista - realizado pelo artista visual Dedeh Farias.

Festival acessou jovens da periferia e da região das ilhas 

A partir do tema “Navegações Inclusivas”, o Telas em Movimento trouxe a inclusão digital no contexto da Pandemia e a democratização do acesso ao Cinema nas Periferias como eixos principais que nortearam suas ações nesta edição, impactando de forma direta mais de 230 jovens das periferias, ilhas e quilombos de Belém e Região Metropolitana por meio de vivências e oficinas de audiovisual, comunicação e de desenho a partir do kit pedagógico “Telas da Esperança” junto às crianças da comunidade da vila da barca, periferia de Belém. 

“Eu gostei muito de participar desse projeto porque eu aprendi coisas que eu não sabia em pouco tempo. As maiores dificuldades que eu tive foram por conta da internet, por eu morar na ilha, mas consegui realizar o meu vídeo minuto e quero me aprofundar no audiovisual”, afirma Luanny Cristina, 17, moradora do igarapé Piriquitaquara, na ilha do Combu, região insular de Belém, que participou da vivência em audiovisual realizada para os jovens das comunidades que integram o Telas em Movimento. Os vídeos minuto produzidos serão divulgados nas redes sociais do Festival.

Além disso, o festival contou com um circuito de cineclubes, que teve a participação do Cineclube TF, Cine Bambu, Tela Firme, Cine Guamá, Coletivo Sapato Preto, Cine Cabocla e o Cine Ribeirinho discutindo a respeito das suas experiências em torno do audiovisual e como o cineclubismo é uma chave central para a questão da democratização do acesso ao cinema nas periferias onde o cinema tradicional não chega.

Ações e parcerias fortalecidas desde 2019

Em parceria com o Centro Integrado Empresa-Escola (CIEE), a equipe do Telas realizou o “Redes de Acolhimento: Juventude e Mercado de Trabalho” com jovens que integram a rede da instituição sobre oportunidades,  empregabilidade e competências individuais criativas por meio do audiovisual. 

Outra ação foi realizada em parceria com a Associação de Pais e Amigos do Excepcionais (APAE) foi a oficina sobre cuidados básicos com a voz para os comunicadores do estúdio de rádio e tv, projeto da instituição, ministrada pela fonoaudióloga Isabel Ventura e pode ser conferida nas redes sociais do festival.

A 3ª edição do Festival Telas em Movimento foi contemplada pela Lei Aldir Blanc  através da Secretaria de Cultura do Pará e Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, por meio do edital de Festivais Integrados. As gravações estão seguindo todas as recomendações das autoridades de saúde em virtude da pandemia da Covid-19 e contam com a participação da intérprete de Libras, Bárbara França.

O projeto vem desde 2019 desenvolvendo trabalho nas periferias urbanas e ribeirinhas da Região Metropolitana de Belém do Pará. O foco é na ampliação dos debates e produção cinematográfica e artística com impacto social nessas comunidades.

Realizado pela Negritar Filmes e Produções em parceria com uma rede de colaboradores, cineclubistas e apoiadores que juntos tiveram um papel de cobrança de políticas públicas para as periferias. Durante a pandemia, o Telas em Movimento retomou às comunidades e realizou as ações “Telas contra a Covid” e “Telas da Esperança”, mobilizando alimentos, kits de higiene, difundindo informação acerca da Covid-19 e incentivando as crianças a imaginação criativa através dos seus desenhos. 

Serviço

Encerramento do 3ª edição Festival de Cinema das Periferias da Amazônia - Telas em Movimento. No Canal de Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCS__2hu0sVhjV_tuO_knJVQ

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