20.9.23

Mundozito traz arte e acessibilidade neste sábado

Idealizado em 2021, quando foi realizado de forma virtual por causa da pandemia de Covid-19, o Festival Mundozito está de volta, dessa vez de forma presencial, e está pronto e esperando por todos no dia 23 de setembro, na Usina da paz do Icuí Guajará. Patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Rouanet (Governo Federal) e Di Casa Home Center, via Lei Semear (Governo do Pará). Entrada gratuita.

Um palco de arte e diversão para crianças, mas que também pretende ser um espaço que converse com os diversos aspectos do desenvolvimento delas e de sua relação com o mundo. “O Mundozito veio como um sonho de criar um festival que unisse várias linguagens, com o tripé formado por cinema, teatro e música”, explica o animador Cássio Tavernard, que junto com o publicitário Gustavo Rodrigues são os realizadores do Festival.

“Entendemos que o projeto não tinha caráter unicamente de espetáculo. Vimos que a palavra ‘formação’ era tão importante quanto. Temos na equipe uma coordenação pedagógica que é fundamental para nos orientar nos variados temas que envolvem o crescimento dos pequenos. Se o Mundozito conseguir ser um vetor que auxilie os pais e a sociedade no desenvolvimento das crianças, saberemos que estamos no caminho certo”, completa Rodrigues.

O evento conta com atrações musicais, teatrais, cinema, contação de histórias, teatro de bonecos, oficinas, brincadeiras e atividades, mas além de entretenimento, o Mundozito busca entregar conteúdo com responsabilidade, sensibilidade e empatia. Vai oferecer material recreativo e, ao mesmo tempo, interessante para o desenvolvimento da criança na sua relação com os pais e com o mundo. 

Atriz, encenadora, contadora de histórias, escritora de cenas, produtora e cantora, Ester Sá esteve na versão digital do Festival e é presença mais que confirmada na presencial, inclusive sendo uma das apresentadoras. “Vamos contar histórias e apresentar o Mundo Zito, nesse festival infantil muito bonito, recheado de felicidade para crianças e adultos”, diz Ester. 

Em suas obras, a temática amazônica é uma constante, como o espetáculo teatral “Iracema voa”, sobre a vida e obra de Iracema Oliveira, premiado pela Funarte na categoria intercâmbio com a cultura popular, e o espetáculo narrativo “Nina, brincadeira de Menina”, sobre a artesã Nina Abreu, do Brinquedo de Miriti de Abaetetuba. O Mundozito ainda terá a graça dos Palhaços Trovadores, o teatro de bonecos do In Bust e a alegria nas contações de Otânia Freire.

As atrações musicais serão o Bando Mastodente, a versão infantil da trupe dos Mastodontes, a Banda Zito Trio, criada para a versão digital e responsável pela trilha sonora original, e os cantores Andro Baudelaire e Ricardo Aquino. O Zito Trio é formado pelos músicos e instrumentistas Renato Torres, Diego Xavier e Armando de Mendonça, todos com carreiras consolidadas em outros diversos projetos, muitos deles voltados para o público infantil.

“Escolhemos um repertório baseado nos anseios do projeto, com uma abordagem dentro das buscas do Mundo Zito, do teatro, da música e da contação de histórias. Buscamos colocar tudo isso dentro do universo da criança, que passa pela delicadeza”, conta Renato. “O Mundozito traz essa riqueza que o Brasil tem de construir cultura para criança. O teatro popular tem como raiz essa arte feita para crianças”.

O Bando Mastodente é a versão infantil da trupe dos Mastodontes, já famosa na noite de Belém. Segundo o baterista Caio Azevedo, algumas músicas do projeto já existiam como trilha sonora de espetáculos de teatro, em espetáculos que tiveram como elenco e compositores uma parte do grupo. “Buscamos interligar nossa música a esse público novo através de uma apresentação mais lúdica que possa envolvê-lo, buscando despertar ainda mais o interesse artístico”.

Entre as oficinas programadas para o festival, estão "Assobio Para Chamar Vento (2 a 9 anos)", "Brinquedos e Jogos Ópticos", "Gravuras Com Plantas", "Percussão Corporal", "Câmera Cabeça" e "Teatrinho de Caixas Mágicas". 

UsiPaz - O local do Mundozito, a Usina da Paz é um projeto integrado ao programa estadual Territórios Pela Paz, elaborado pelo Governo do Pará e coordenado pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), em parceria com a iniciativa privada. A unidade a ser utilizada localiza-se no bairro do Icuí Guajará. Classificada por Cássio Tavernard como um presente para o projeto, o espaço promete ser um dos diferenciais do Festival.

“Vimos uma grande oportunidade de propiciar tudo que o Festival espera oferecer, em um local que trás uma responsabilidade muito grande, mas ao mesmo cria uma função social pro Mundozito, que nos dá muita honra e satisfação de poder dar esse retorno para a sociedade”.

“Os objetivos do TerPaz são de trazer entendimento e harmonia para a sociedade através da cultura, da formação e da noção de pertencimento e cidadania se alinham totalmente com os nossos. Temos estruturas de cinema e teatro, salas para oficinas, bibliotecas, áreas livres e cobertas prontas para montarmos o cenário perfeito de diversão e fantasia que o Mundozito pretende”, finaliza Gustavo Rodrigues.

As Usinas da Paz também contam com todos os espaços respeitando as demandas de acessibilidade, com áreas de passeio com piso tátil que se conectam aos prédios através de rampas fluidas. O interior dos prédios também contam pontos de apoio, como banheiros PNE (pessoas com necessidades especiais) e placas informativas em Braille.

O Festival Mundozito tem parceria com os institutos Álvares de Azevedo, que trabalha com surdos e deficientes auditivos,e Felipe Smaldone, para cegos. Ambas instituições terão profissionais trabalhando no evento e levarão crianças ao Mundozito, que terá intérpretes de libras, audiodescritores, consultoria em audiodescrição e voluntários que atuarão como guia-vidente, tocador de cadeira de rodas e intermediador na comunicação de crianças surdas participantes do evento.

(Holofote Virtual, com informações da assessoria de imprensa)

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