Depois de uma longa temporada sem muitas novidades neste
setor, o Núcleo de Produção Digital, em parceria com o Centro Audiovisual
Norte-Nordeste (CANNE/FUNDAJ-RE) e Instituto de Artes do Pará, volta a sediar
cursos voltados á formação em cinema.
Anos atrás, vários deles foram realizados, de forma initerrupta, somando de
forma definitiva com a profissionalização de vários técnicos que atuam na atual
cena audiovisual paraense. A ideia é que depois deste outros cursos venham.
A parceria já oportunizou cursos com diversos profissionais
brasileiros, como Alziro Barboza (Direção de
Fotografia), Márcio Câmara (Som), Virginia Flores (Teoria da Montagem), Lia
Renha (Cenografia) e Dib Lutfi (Direção de Fotografia), possibilitando por meio
de oficinas práticas realizadas no IAP, a atualização de técnicos paraenses e
de outros Estados do Norte, gratuitamente.
Para esta retomada, a escolha do profissional para conduzir o curso de Direção de Cinema foi ótima. Trazendo
no currículo Cinema, Aspirinas e Urubus (direção), o primeiro longa metragem da
carreira, e Madame Satã (roteiro), o pernambucano Marcelo Gomes é quem vem a Belém para esta missão. Bebendo em suas origens, o cineasta traz o olhar voltado para o
sertão, mas ao invés do contexto político que marca o Cinema Novo de Glauber
Rocha, destaca o conflito individual visto claramente em seu longa de estreia.
O primeiro contato dele com o cinema foi como participante
de um cineclube que criou em sua cidade natal. Em 1991, ganhou uma bolsa para
estudar cinema na Universidade de Bristol, Inglaterra. Dois anos depois, voltou
ao Brasil e fundou a produtora Parabólica Brasil, onde realizou curtas e vídeos
ao lado de Adelina Pontual e Cláudio.
O diretor que já esteve em Belém antes, iniciou a
carreira com os curtas “Clandestina Felicidade” (1998), e “Maracatu, Maracatus”
(1995), que recebeu os prêmios de melhor filme, ator e som no Festival de
Brasília. Em 2002, foi co-roteirista do longa-metragem Madame Satã, de Karim
Aïnouz. Em 2005, Cinema, aspirinas e urubus foi selecionado para a mostra Um
Certo Olhar do Festival de Cannes.
Cena do longa "Cinema, Aspirinas e Urubus" |
Desde então, escreveu roteiros de vários filmes e dirigiu
longas-metragens selecionados para mostras internacionais e premiados em
festivais nacionais.
Em 2012, dirigiu e roteirizou Era uma vez eu, Verônica, filme vencedor de sete prêmios no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro do ano, incluindo os Candangos de melhor filme, roteiro, fotografia (para Mauro Pinheiro) e trilha sonora.
Em 2012, dirigiu e roteirizou Era uma vez eu, Verônica, filme vencedor de sete prêmios no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro do ano, incluindo os Candangos de melhor filme, roteiro, fotografia (para Mauro Pinheiro) e trilha sonora.
Gratuito e com objetivo de capacitar profissionais do audiovisual
que já trabalham com direção em cinema, além de professores e estudantes das
áreas de comunicação, artes e cinema, o curso busca definir, refletir e
discutir as diferentes fases da função do diretor/roteirista: argumento,
roteiro, decupagem, produção, filmagem, direção de atores, fotografia, direção
de arte e finalização.
O Canne - Centro Audiovisual Norte-Nordeste (CANNE/FUNDAJ-RE)
– tem sede no Recife e vem desenvolvendo suas atividades sob a coordenação do CTAv
Nacional, que funciona no Rio de Janeiro, operando ações técnicas da SAv/MinC
nas áreas de fomento, formação, difusão e memória do audiovisual brasileiro.
Juntos, o CANNE e o CTAv contribuem para implementar a política de
descentralização e regionalização do Governo Federal para o audiovisual.
O primeiro curta de Marcelo, Maracatu, Maracatus |
O Núcleo de Produção Digital do Pará (NPD Pará) existe há
seis anos. Fruto de Edital do MINC, que gerou o edital OLHAR BRASIL é
gerenciado por um comitê gestor, onde a esfera pública e sociedade civil
participam de forma democrática.
Este comitê tem como gestores o Instituto de
Artes do Pará e a Fundação de telecomunicações do Pará (FUNTELPA) e tem como
co-gestores a Associação Brasileira de Curta-metragistas do Pará (ABDeC Pará),
Associação Fotoativa e o Instituto de Ciências da Arte (ICA/UFPA).
Além de oficinas, o NPD Pará disponibiliza equipamentos de
captação e de edição de som e de imagem gratuitamente, para realizadores
independentes de todo o Estado e já apoiou diversos realizadores e
instituições, em diferentes etapas da produção durante sua existência.
Mais informações: 91 4006-2904/4006-2911.
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