24.9.14

"Amazônia - Ciclos de Modernidade" no Arte Pará

Reza (Walda Marques)
A mostra reúne cerca de 100 trabalhos, que entrelaçam obras  de registros históricos e contemporâneos, na Amazônia, passando pelos os períodos Pombalino e da Borracha, chegando à modernidade. A abertura é nesta quinta-feira, 25, no Museu do Estado do Pará, a partir das 20h.

 A curadoria, do crítico de arte Paulo Herkenhoff traz o olhar atento de artistas de vários estados, como Emmanuel Nassar, Guy Veloso, Marcone Moreira, Alexandre Sequeira, Orlando Maneschy, Walda Marques, Jair Jacqmont, Otoni Mesquita, Turenko Beça, Sergio Cardoso, o Grupo Urucum, entre outros, que representam o imaginário amazônico, em pinturas, desenhos, fotografia e vídeos.

A exposição chega a Belém depois de passar por Manaus, em junho deste ano, integrando o projeto Amazonas de Todas as Artes, que realizou uma série de atividades, promovidas pelo Governo do Estado do Amazonas, no período da Copa do Mundo 2014.

Na capital paraense, "Amazônia - Ciclos de Modernidade" faz parte da programação do Salão Arte Pará 2014, ocupando salas do pavimento superior do Museu do Estado, onde existe um acervo permanente, que será integrado à mostra, criando um diálogo entre obras vindas de outras instituições e as que lhe pertencem.

O Lago da Lua ou Yaci Uaruá (Elza Lima)
É o caso da obra histórica de Antonio Parreiras,  "A conquista do Amazonas", que de acordo com o curador, "passa a fazer parte do roteiro da exposição, dialogando com o vídeo `Mentira Repetida` , de Rodrigo Braga”.  

O que mais ver - A exposição destaca, na capela do MEP, o período do Iluminismo Pombalino, exibindo ampliações de desenhos de Antonio Landi, arquiteto bolonhês que projetou o prédio do museu no século XVIII. 

Na Sala do Atelier serão mostrados 11 desenhos originais da Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira, que pertencem ao acervo da Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

“O período da borracha é representado por pinturas de Hélio Melo, artista acreano, que mostra a vida nos seringais e, na mesma sala, estão obras de Margalho e Paulo Sampaio, ambos de Belém”, acrescenta.

Os pioneiros da documentação fotográfica do norte do Brasil, como Felipe Augusto Fidanza, Marcel Gautherot, George Huebner, Pierre Verger e Silvino Santos, também fazem parte da exposição, que traz ainda uma sala será dedicada aos indígenas, com o vídeo "Matter Dolorosa", de Roberto Evangelista (AM) e as fotos de "Yanomâmis, seu Universo Simbólico e Lutas Políticas", de Claudia Andujar (SP).

Serviço
Exposição Amazônia  Ciclos de Modernidade. Curadoria de Paulo Herkenhoff, Museu do Estado do Pará, em Belém. De 26 de setembro a 9 de dezembro. Entrada franca.

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