12.7.17

Festival abre espaço aos ritmos latino amazônicos

Guitarrada das Manas marca presença
O Festival Latinidade iniciou ontem, no anfiteatro São Pedro Nolasco, na Estação das Docas, com a discotecagem do DJ Azul, e o show de Félix Robatto + Guitarrada das Manas. Nesta quarta-feira, 12, tem Pinduca, que convida Bruno Benitez, e amanhã (13), Mundo Mambo, que convida o violonista Nego Nelson. Entrada franca.

Fotos: Caio Romano

O festival vai até amanhã. Em todos os dias, o DJ Azul marca presença, a partir das 18h. Ontem depois de seu precioso set de música paraense, Félix Robatto entrou em cena e não deixou ninguém parado e muito menos com medo de chuva. A água que caiu só serviu pra deixar a plateia mais agitada.

E hoje tem novidade. Para o show desta quarta-feira, 12, Pinduca preparou um repertório especial, com carimbós e músicas com pegadas mais latinas de sua obra. O músico e cantor Bruno Benitez diz que se sente honrado em dividir o palco com ele que é um dos grandes medalhões da música paraense.

Paraense não é tapioca, mesmo!
“Hoje é um daqueles dias que dá um frio na barriga. Terei a honra de cantar uma música com o grande Pinduca, um cara importante. Vou cantar “Cavalo Velho”,  que é um clássico latino. Pinduca me falou que estava passeando pela Colômbia, quando ouviu pela primeira vez, comprou o disco e se apaixonou. Fez uma versão que vamos cantar, ele em português e eu em espanhol”, diz Bruno Benitez.

O Festival Latinidade é mais um espaço que dá voz a um movimento musical cada vez mais notório, que nos traz de volta nossas raízes latino amazônicas. Tem muita gente compondo e tocando lambada novamente, guitarrada, cúmbia, que são as máximas desses gêneros que nos ligam com a América Latina. 

O evento vai encerrar nesta quinta-feira, 13, com show  do grupo Mundo Mambo, que já tem 15 anos de trajetória. O grupo nasceu com objetivo de tocar música latina e acabou sendo agraciado pelo novo movimento da música paraense que trouxe de volta os ritmos de influências latinas. Além de tocar seu repertório latino amazônico, o grupo vai receber um dos maiores violonistas paraenses, Nego Nelson, com trajetória de mais de 30 anos.

Muita ginga latino amazônica
“Também vou tocar com o Mundo Mambo, fui um dos fundadores, e hoje a gente se encontra pelos festivais e mostras de música. Vamos fazer um excelente show a ainda termos oportunidade de tocar com Nego Nelson, sou fã”, diz Brno Benites.

Idealização da MM Produções, com incentivo da Lei Tó Teixeira, Prefeitura de Belém e patrocínio da Unama, instituição do Grupo Ser Educacional, o festival iniciou em março, no Teatro Margarida Schivasappa, seguiu em mais quatro finais de semana, em junho, no Fiteiro, e está encerrando agora, ao ar livre, com entrada franca, na Estação das Docas. 

“O festival é mais um espaço para o reconhecimento da nossa pluralidade musical, que ganhou fôlego nos anos 40 e 50 pelas ondas do rádio”, diz Márcio Macedo, produtor e idealizador do projeto.

Festival de verão abriu com Félix segue até quinta-feira, 13
O festival não poderia estar encerrando de maneira melhor. A presença boa de público, mostra que, além da produção ter acertado nas atrações, que Belém esta carente de programações neste período. O local também foi acertado, pois oferece mais segurança e estacionamento para quem vem com a família de carro. 

“Para o ano que vem pretendemos aprimorar este formato que começa no teatro, passa pelos salões para dançar e encera ao ar livre, trazendo pessoas de todas as idades que curtem a nossa boa música paraense. Para os artistas esperamos que este seja mais um espaço para que mostrem suas produções. Ganhamos todos, estamos felizes”, finaliza Márcio Macedo.

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