O projeto está no Pará desde 11 de abril, iniciando as ações em Parauapebas, passando por Marabá e agora chegando a Belém, para a realização de mais uma oficina, dia 19, e um bate papo seguido de cortejo, no dia 20 de abril, a partir das 16h, no Sesc Ver-o-Peso.
Fundado pelo músico Tarcísio Resende, mestre da percussão pernambucana, o Quebra Baque celebra duas décadas de dedicação à cultura de Recife (PE) e chega a Belém para aprender e compartilhar! Autor de três livros “Batuque Book Maracatu”, “Batuque Book Caboclinho” e “Batuque Book Forró”, o músico tem uma pesquisa voltada aos ritmos percussivos de nosso estado, com foco no Maracatu e suas vertentes.
“É uma honra estarmos com esse projeto no Pará, a gente veio com 10 integrantes para realizar essa oficina que é uma troca cultural. A gente vai fazer dinâmicas, demonstrar alguns instrumentos e depois tocar juntos. Vamos construir uma banda experimental para curtir o som de tudo que construirmos. Iremos utilizar garrafas de plástico, cabo de vassoura, panelas e muitos materiais que vão se transformar em excelentes instrumentos. O nosso cuidado com o meio ambiente e a troca com público são os momentos mais importantes, estamos ansiosos pra mostrar um pouco do nosso trabalho”, declara Tarcísio Resende, mestre de percussão e criador do projeto.
O projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e pelo Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de incentivo à Cultura, com realização da Atos Produções Artísticas, de Recife/PE. Em Belém, o projeto conta com o apoio da prefeitura de Belém, via Fumbel, Semec e SISMUB, Organização Pará 2000 e Sesc Ver-o-Peso.
Acessibilidade, sustentabilidade e educação
A oficina de construção de instrumentos percussivos com material reaproveitável e ritmos nordestinos, na sexta, 19, das 9h às 12h, conta com a participação de 50 crianças e cerca de 20 adultos acompanhantes de alunos da EMEC Milton Monte, da Ilha do Combu, numa mobilização feita pelo Sismube, via Semec, e por crianças atendidas pelo Instituto Diana Coelho, do Barreiros, e do Instituto Felipe Smaldone. Haverá intérprete em LIBRAS para 15 crianças surdas.
“Embora não consigam ouvir, o surdo sente a música pela vibração e é por meio dela e da acessibilidade em Libras que ele consegue diferenciar os ritmos e sentir os movimentos. É de fundamental importância a participação deles em uma oficina de sons no intuito de quebrar essa barreira de que o surdo NÃO pode dançar, NÃO pode sentir ou NÃO pode se emocionar com uma música”, explica Leilane Monteiro, professora e interprete de Libras.
A oficina apresenta as possibilidades de construção de instrumentos percussivos com material descartado/lixo - e consequentemente sua transformação em algo útil. Todo o material é fornecido pelo projeto.
O Instituto Diana Coelho atende crianças, jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidades social e/ou econômica, no bairro do Barreiro. 15 crianças vão participar da oficina. “Acima de tudo, desenvolvemos ações voltadas para a saúde e bem-estar dessas crianças. Por isso, acreditamos que essa experiência será uma saída do ambiente que elas e eles estão acostumados aqui no bairro e nas redondezas”, diz Cynara Avelar, diretora do Instituto.
Alunos de Parauapebas, na oficina realizada no município, dia 12 de abril. |
“Para o oficina do Sesc Ver-o-peso o convite foi feito a uma escola na região insular de Belém por desenvolver o projeto com o carimbó, initulado Projeto Pirão de Açaí, desenvolvido pelo professor Cecílio da EMEC Milton Monte, localizada na ilha do Combu”, xplica Andrea Cosy, do SISMUBE.
Bate papo e cortejo aberto ao público
Em Parauapebas, o bate papo foi em 13 de abril |
O objetivo é ocupar os espaços públicos nas cidades visitadas, levando programação gratuita, de entretenimento e educação musical a crianças e jovens da rede pública de ensino, e público em geral, proporcionando interação e troca de vivências musicais.
“A equipe que participará do bate-papo e do cortejo tem uma linda história no Quebra-Baque. Não somos só um grupo, somos amigos, músicos apaixonados e uma ONG apaixonada pelo o que faz. Muitos dos que estão conosco agora, começaram realizando essa atividade quando tinham 8 anos e continuam com a gente até hoje. Temos toda uma questão de acolhimento social. Cada um de nós estará palestrando e contando um pouco da nossa história de vida”, conta Tarcísio Resende.
Sobre o Quebra Baque
Em atividade ininterrupta desde 2003, o Grupo de Percussão Maracatu Quebra Baque é uma iniciativa cultural que busca promover a cultura e a inclusão social por meio da música. Mais de 900 pessoas já passaram pelas fileiras do grupo, participando de forma ativa e aprendendo sobre os ritmos tradicionais afro-brasileiros que representam a nossa identidade.
O grupo desempenha um papel fundamental no resgate da cultura dos ritmos tradicionais como Maracatu, Coco de Roda, Caboclinho, Xaxado e Ciranda - tendo levado esses ritmos para locais como França e Áustria, entre outros. O projeto “Quebra-Baque 20 Anos” vem fortalecer o compromisso do grupo em promover a cultura afro-brasileira, a diversidade cultural e a inclusão social.
O Quebra Baque presta-se não apenas à inclusão sócio-cultural através da música, mas também se mostra importante instrumento de difusão dos ritmos pernambucanos no Brasil e no mundo. Os ensaios do grupo sempre acontecem no segundo semestre todos os sábados, na rua Tomazina 129, Recife Antigo.
PROGRAMAÇÃO - BELÉM
Oficina (vagas preenchidas):
Data:19/04/2024
Hora: 09h às 12h
Local: Sesc Ver-o-Peso
Público-alvo: Crianças e jovens de 07 a 18 anos. (preenchidas)
Bate papo e Cortejo:
Data:20/04/2024
Hora:16h00 – Quebra-Baque Bate Papo - Sesc-Ver-o-Peso (2º andar)
Hora: 17h00 – Concentração e saída do cortejo – 17h30 - da frente do Sesc Ver-o-Peso
Percurso: Boulevard da Gastronomia e Orla da Estação das Docas
Público-alvo: Público interessado em percussão, cultura e arte
Entrada: Gratuita
SERVIÇO
Quebra-Baque– 20 anos – Parauapebas, Marabá e Belém - Pará. Confira a programação e participe. Patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de incentivo à Cultura, e realização da Atos Produções Artísticas, de Recife/PE. Apoios locais: Prefeitura de Belém, via Fumbel e SEMEC – SISMUBE, Sesc-PA e Organização Pará 2000. Mais informações: (91) 98134.7719.
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