O VII Encontro de Cordelista da Amazônia será
realizado dentro da XXI Feira Pan Amazônica do Livro, que abre dia 27 de maio,
no Hangar. A programação completa da feira será divulgada na próxima semana e
poderá ser acessada pelo site do evento, mas o editor e escritor, cordelista, Cláudio Cardoso, que já vem divulgando o encontro pelas redes sociais, nos deu mais detalhes e em entrevista ao blog, bateu um papo sobre o movimento literário paraense.
Cláudio Cardoso de Andrade Costa é de Belém. Poeta, escritor e compositor, publicou seu primeiro livro de forma artesanal, aproveitando suas habilidades de artista gráfico. Incentivou outros escritores a buscarem iniciativas mais independentes para divulgar suas obras.
O autor já participou nas antologias “Poesias reunidas pelos mortais da vida”, organizada pelo Clube do Escritor Paraense, “Poesia do Brasil” – Volume 6 e “Poeta, Mostra a tua Cara”, volume 5, publicadas pelo Congresso Brasileiro de Poesia. Publicou “Simbiose” (poemas e pensamentos), “Filha do Oriente”, e “Sina Nordestina”.
Mais recentemente, dentro de sua trajetória, se envolveu com a literatura de cordel, como escritor e declamador. “Já publiquei, somente este ano, oito livretos dos mais variados assuntos, sempre primando pelo humor e pela crítica social”. Ele é um dos coordenadores do Estande do Escritor Paraense dentro da Pan Amazônica e o encontro que reunirá vários cordelistas, no dia 3 de junho, no Hangar.
Está confirmada a presença do cantor, compositor e também cordelista, Moraes Moreira, que virá à feira como convidado do "Conversa de poesia", e Dr. Lourival de Andrade Junior, da UFRN (Caicó-RN), que abre o encontro com uma palestra. Também será lançada no encontro a coletânea Cordelistas Contemporâneos 2017, com obras de mais de 52 cordelistas do Brasil, sendo seis deles, paraenses.
Cláudio Cardoso de Andrade Costa é de Belém. Poeta, escritor e compositor, publicou seu primeiro livro de forma artesanal, aproveitando suas habilidades de artista gráfico. Incentivou outros escritores a buscarem iniciativas mais independentes para divulgar suas obras.
O autor já participou nas antologias “Poesias reunidas pelos mortais da vida”, organizada pelo Clube do Escritor Paraense, “Poesia do Brasil” – Volume 6 e “Poeta, Mostra a tua Cara”, volume 5, publicadas pelo Congresso Brasileiro de Poesia. Publicou “Simbiose” (poemas e pensamentos), “Filha do Oriente”, e “Sina Nordestina”.
Mais recentemente, dentro de sua trajetória, se envolveu com a literatura de cordel, como escritor e declamador. “Já publiquei, somente este ano, oito livretos dos mais variados assuntos, sempre primando pelo humor e pela crítica social”. Ele é um dos coordenadores do Estande do Escritor Paraense dentro da Pan Amazônica e o encontro que reunirá vários cordelistas, no dia 3 de junho, no Hangar.
Está confirmada a presença do cantor, compositor e também cordelista, Moraes Moreira, que virá à feira como convidado do "Conversa de poesia", e Dr. Lourival de Andrade Junior, da UFRN (Caicó-RN), que abre o encontro com uma palestra. Também será lançada no encontro a coletânea Cordelistas Contemporâneos 2017, com obras de mais de 52 cordelistas do Brasil, sendo seis deles, paraenses.
Literatura nordestina na Amazônia
Este ano, o Encontro de Cordelistas da Amazônia está mais do que contextualizado dentro da Pan Amazônica, que além de trazer como tema central a poesia, está homenageado, Mário Faustino, nordestino de nascimento mas que se tornou um grande paraense por adotar Belém, como morada e onde iniciou sua carreira literária.
Cláudio Cardoso ressalta que a cultura típica daquela região aflorou por aqui com a vinda de trabalhadores nordestinos para a Amazônia. “O cordel é velho conhecido da região norte, chegou aqui em três momentos, ou das grandes migrações, provocadas pelo ciclo da borracha, abertura da Transamazônica e da Serra Pelada, com a vinda dos nordestinos, fugidos da seca, pobreza e viam na Amazônia a grande oportunidade de mudar de vida”.
“Ele foi um dos grandes colecionadores de Cordel, com uma biblioteca de folhetos invejável, material este que está conservado no Museu da UFPA, como a grande maioria de folhetos lançados pela editora Guajarina, que havia em Belém e foi uma das maiores do Brasil”, diz Cláudio.
Integrante do movimento de escritores paraense, realiza e se faz presente em diversas atividades e ações voltadas à difusão e troca de saberes a partir da literatura paraense, junto a Antônio Juraci Siqueira, Raimundo Sodré, Heliana Barriga, Alfredo Garcia, Michel Sarmento, Maciste Costa, Walcyr Monteiro, Flor de Maria e Ed Pessoato, entre tantos outros que costumam se reunir aos domingos, na banca do Escritor Paraense, na Praça da República.
Na entrevista a seguir, falamos mais sobre o movimento literário, das iniciativas que existem como espaço à literatura local, como feiras, salões, entre outras ações que existem atualmente nesta área de produção, pesquisa e criação, que estejam estimulando um mercado editorial paraense.
Em busca de espaço e independência literária
Em busca de espaço e independência literária
Holofote Virtual: Estamos a poucos dias da feira do livro, uma das iniciativas que abrem espaço para o autor local, mas quais têm sido os caminhos tomados para produzir e publicar autores paraenses?
Cláudio Cardoso: Junto com outros editores, uns até independentes, a peso de acreditar, é que se vem mantendo, mas com muito custo, a literatura ainda ativa.
A Feira do Livro é um importante termômetro para se mensurar este movimento. Observo que a cena atual ainda desperta nas pessoas interesse na publicação de obras de todos os gêneros. À despeito das dificuldades de publicação, as novas tecnologias permitem que se publique com pouco custo e há os sites de patrocínios coletivos, como novos canais e possibilidades.
Este ano vamos homenagear a banca dentro do Estande do Escritor Paraense, que inclusive influenciou outros escritores a realizar este tipo de encontro em outras localidades como o Airton Souza, em Marabá, e o Gilvan Pinto, em Monte Alegre.
Holofote Virtual: Quais encontros, feiras e outros eventos temos de literatura paraense no estado, não só em Belém?
Cláudio Cardoso: Além da Pan-Amazônica, há outras iniciativas de escritores como a FLIPA - Feira Literária do Pará, organizada em parceria com uma livraria local; o projeto A Noite é Uma Palavra, que acontece uma vez a cada dois meses, do CENTUR, e agora com novo formato, em bairros da cidade; o Salão do livro de Santarém e as feiras e semanas literárias em escolas, onde sempre participamos, como escritores convidados.
Holofote Virtual: Vocês estão com algum novo projeto?
Cláudio Cardoso: Com relação ao Cordel, nosso objetivo é que este gênero literário seja reconhecido como disciplina escolar, como importante instrumento de apoio pedagógico, formador de novos escritores e leitores. Futuramente esperamos realizar a I Feira de Cordel da Amazônia, com programação própria e calendário anual para sua realização.
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