"Houve algum engano. Não me sinto nada confortável em pisar num terreno desses. Para que cutucar o touro com vara curta? Por que desenterrar defunto? Quem lucraria? Você?" A fala é de Regina Duarte, mas não é da entrevista que ela concedeu ontem a CNN, e sim, trecho de uma reportagem publicada em 2013 pela Revista Bravo.
A atriz já havia demonstrado que seu pensamento tende ao fascismo. Não deveria haver motivos para a gente se espantar, mas mesmo assim assistimos a entrevista da CNN, incrédulos. Visivelmente confusa, a ex-namoradinha do Brasil se denuncia fascista e sem competência para assumir esse cargo, no qual, na verdade, qualquer um que aceitar o desafio será apenas fantoche do fantoche.
A entrevista foi mais um capítulo dessa “novela”, agora mais do que nunca, sobre a cultura brasileira, ou melhor, a sua gestão no atual governo nacional. Nos cerca de 40 minutos de bate papo com Daniel Adjuto e os apresentadores Reinaldo Gottino e Daniela Lima, ela disse muita besteira, deixando claro tudo aquilo que ela acredita, o que se revelou de uma alienação que beira a loucura. Em alguns momentos, pensei: coitada. Ela não tem a menor noção do que é trabalho coletivo, não tem ideia da real necessidade do investimento em cultura, ou o que é, de fato, uma política cultural.
Ontem, o repórter da CNN, embora meio atônito com as reações da entrevistada, fez perguntas que ficaram sem respostas. Que ações a Secretaria de Cultura estaria encaminhando em apoio a classe artística e fazedores de cultura em tempos de pandemia?
Ela se restringiu, entre outras coisas, a dizer que estava prorrogando prazos de prestação de contas! Nenhuma palavra sobre a questão da ANCINE, por exemplo. Perguntada pela falta de manifestação de luto da Secretaria de Cultura de em relação a artistas importantes da nossa cultura, mortos pela Covid-19. O que ela fez? Piorou sua reputação.
A entrevista foi mais um capítulo dessa “novela”, agora mais do que nunca, sobre a cultura brasileira, ou melhor, a sua gestão no atual governo nacional. Nos cerca de 40 minutos de bate papo com Daniel Adjuto e os apresentadores Reinaldo Gottino e Daniela Lima, ela disse muita besteira, deixando claro tudo aquilo que ela acredita, o que se revelou de uma alienação que beira a loucura. Em alguns momentos, pensei: coitada. Ela não tem a menor noção do que é trabalho coletivo, não tem ideia da real necessidade do investimento em cultura, ou o que é, de fato, uma política cultural.
Ontem, o repórter da CNN, embora meio atônito com as reações da entrevistada, fez perguntas que ficaram sem respostas. Que ações a Secretaria de Cultura estaria encaminhando em apoio a classe artística e fazedores de cultura em tempos de pandemia?
Ela se restringiu, entre outras coisas, a dizer que estava prorrogando prazos de prestação de contas! Nenhuma palavra sobre a questão da ANCINE, por exemplo. Perguntada pela falta de manifestação de luto da Secretaria de Cultura de em relação a artistas importantes da nossa cultura, mortos pela Covid-19. O que ela fez? Piorou sua reputação.
Em um determinado ponto da entrevista, ela achou uma falta de respeito a intervenção dos ancoras do programa. Logo em seguida, surge na nossa tela Maitê Proença, exigindo "os feitos" da amiga, que ela chegou a apoiar quando aceitou o convite de Bolsonaro para a Secretaria Especial de Cultura. Regina achou que o vídeo era um arquivo antigo. "Ela nos enviou hoje", disseram os ancoras, mas ela já havia tirado os fones e não ouviu. "Ah, parem de desenterrar mortos”, repetiu à CNN. E encerrou o papo!
Acumuladora vai parar na lixeira da história
Foi aí que resolvi revirar meu baú para encontrar a dita Bravo, pois lembrava muito dessa outra entrevista, mas acho que muita gente não leu e eu digo que vale muito à pena. Sugerida por uma assessora de imprensa da atriz, que a época estava comemorando 50 anos de carreira, a reportagem seria para que a atriz falasse sobre política. “Regina gostaria de dar uma entrevista à BRAVO! sobre política. Interessa?”, escreveu o jornalista e editor chefe da Revista Bravo, Armando Antenore.
“Quando a assessora de imprensa me fez a oferta por telefone, em meados de 2012, confesso que fiquei bastante intrigado. A Regina Duarte? Uma entrevista sobre política? Depois de tanto tempo sem abordar o assunto em público? “A própria. Ela está festejando 50 anos de carreira e logo, logo vai lançar uma peça, uma exposição e um livro. O timing é perfeito para a revista, não?”, disse-lhe a assessora de imprensa.
Antenore ficou curioso, mas resolveu pagar para ver. E foi pessoalmente fazer a entrevista, mas apenas em 2013, passadas as eleições de 2012. E o que acabou acontecendo é que Regina não quis falar de política. O que houve foi um mergulho no universo cotidiano e de devaneios de Regina, com desdobramentos até na redação após ela ter concedido a entrevista.
O repórter abre a matéria discorrendo sobre o encontro com a atriz, que vai falando de sua vida e aos poucos revelando-se um ser humano desequilibrado. Ela se diz uma acumuladora, péssima mãe e avó, que vive sob forte sentimento de culpa e que tem muitos arrependimentos, um deles de não ter se unido a "patota do cinema".
Eu era uma consumidora da Bravo, desde o lançamento da revista em 1997, e tenho esse exemplar publicado em fevereiro de 2013. As capas da Bravo sempre foram comentadas e várias geravam polêmicas. A capa com Regina foi uma delas, mas foi também uma das edições menos vendidas.
Li a entrevista na época. Já não achava ela equilibrada mesmo e aí confirmei. Regina Duarte tem medo. Sempre teve. Do Lula, do comunismo e da esquerda, estes pintados a bel prazer pela Direita e todos os fascistas. A atriz que já foi chamada de namoradinha do Brasil, hoje inimiga número um da cultura, fez o escarcéu e foi parar ao lado do Messias. Esse que disse que não faz milagres, quando na verdade ele só precisaria ter bom senso para nos brindar com um. Ela noivou, casou, ajoelhou... rezou a cartilha! A reza, porém, não foi forte o suficiente. Chegou a lixeira da história.
Li a entrevista na época. Já não achava ela equilibrada mesmo e aí confirmei. Regina Duarte tem medo. Sempre teve. Do Lula, do comunismo e da esquerda, estes pintados a bel prazer pela Direita e todos os fascistas. A atriz que já foi chamada de namoradinha do Brasil, hoje inimiga número um da cultura, fez o escarcéu e foi parar ao lado do Messias. Esse que disse que não faz milagres, quando na verdade ele só precisaria ter bom senso para nos brindar com um. Ela noivou, casou, ajoelhou... rezou a cartilha! A reza, porém, não foi forte o suficiente. Chegou a lixeira da história.
Quando lembro daquele discurso de posse meu estômago revira. Imagino o medo que, mais uma vez, ela deve estar sentindo agora, provavelmente o mais real que ela já sentiu na vida, o de olhar para si mesma. Mas... Será que ela percebe? A entrevista para a Revista Bravo, assim como a entrevista que ela deu (e interrompeu) ontem para a CNN, provam que não!
Para ler a entrevista da Bravo
Tá aqui o link, no blog do próprio Antenore!
https://bit.ly/3bh5v6b
Para conferir a entrevista à CNN
Tá aqui o link!
https://bit.ly/2yuvqtS
Nenhum comentário:
Postar um comentário