Alberto Silva Neto volta a sua linha do tempo no Facebook, neste sábado, 02 de maio, a partir das seis da tarde, para mais uma apresentação, desta vez, destacando poetas da literatura paraense. O convite está no ar! Para o seu delírio e inspiração.
As intervenções de Alberto Silva Neto na internet pegaram o caminho da literatura, abordada e lida em vários de seus formatos e aspectos, e iniciaram no dia 10 de abril, com a leitura de textos diversos. Naquele primeiro momento, a ação feita de forma espontânea, causou reações positivas na rede de amigos de Alberto, mas atraiu outras pessoas que toparam com ele nos feeds do Facebook. "O que foi isso? A live de poemas do Alberto da Alberto Silva Neto foi uma religação com o verbo cosmogônico . Ave!", exclamou o poeta Paulo Nunes. "Alberto Silva Neto, obrigada pela Live com as melhores poesias. Respiro, enfim", escreveu Angela Arruda.
Foi tudo tão energizante que ele voltou à live no dia 12 de abril, Domingo de Páscoa, para ler "Primavera de 1938", de Bertolt Brecht, antecipando a segunda intervenção, que rolou em 17 de abril, trazendo como temática a Poesia Política, com leituras de vários autores. Esta live foi mais densa, não menos emocionante, e abriu para a ideia de trazer, na terceira live, no dia 24, os poetas da MPB, que dias antes geraram pedidos na time line do jornalista.
“'A flor e o espinho', em parceria com Guilherme de Brito e Alcides Caminha. Para o poeta Manoel Bandeira essa música tem a frase mais bonita da música popular brasileira: 'tire o seu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor'", sugeriu o músico Luiz Pardal.
As lives ganharam força e se transformaram em um projeto, com a parceria irrefutável de Ernani Chaves, Doutor, Mestre e Professor em Filosofia, que transita pela arte em toda a sua trajetória. Juntos, eles têm nos aberto uma janela para um mundo de afetos e reencontros digitais em tempos de pandemia. Eu passei a esperar pelo momento "sextou" de ver e ouvir as leituras de Alberto Silva Neto e cheguei a protestar que as lives passassem para o sábado, mas já estou cá, no aguardo.
A poesia paraense pede passagem
Foi tudo tão energizante que ele voltou à live no dia 12 de abril, Domingo de Páscoa, para ler "Primavera de 1938", de Bertolt Brecht, antecipando a segunda intervenção, que rolou em 17 de abril, trazendo como temática a Poesia Política, com leituras de vários autores. Esta live foi mais densa, não menos emocionante, e abriu para a ideia de trazer, na terceira live, no dia 24, os poetas da MPB, que dias antes geraram pedidos na time line do jornalista.
“'A flor e o espinho', em parceria com Guilherme de Brito e Alcides Caminha. Para o poeta Manoel Bandeira essa música tem a frase mais bonita da música popular brasileira: 'tire o seu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor'", sugeriu o músico Luiz Pardal.
As lives ganharam força e se transformaram em um projeto, com a parceria irrefutável de Ernani Chaves, Doutor, Mestre e Professor em Filosofia, que transita pela arte em toda a sua trajetória. Juntos, eles têm nos aberto uma janela para um mundo de afetos e reencontros digitais em tempos de pandemia. Eu passei a esperar pelo momento "sextou" de ver e ouvir as leituras de Alberto Silva Neto e cheguei a protestar que as lives passassem para o sábado, mas já estou cá, no aguardo.
A poesia paraense pede passagem
Vale ressaltar, porém, que a lista poderia ser bem mais extensa, mas foi necessária uma curadoria que iniciou na semana passada. Alberto Silva Neto recebeu indicações da plateia virtual e fez ele sua própria seleção entre autores que já conhecia. “O objetivo maior dessa é dar visibilidade a esses autores novos ou novíssimos e a essa literatura contemporânea, contribuindo para a divulgação dessas obras que acabam sendo conhecidas em círculos restritos de amigos e pessoas interessadas em literatura”, disse Alberto Silva Neto ao Holofote Virtual.
Ele chama atenção de que essa falta de reconhecimento é gerada desde os tempos de escola e vai até às famosas leituras obrigatórias do vestibular. “Costuma-se destacar, e a própria mídia contribui para que só se fale, quando se fala, nos autores canônicos da literatura brasileira, ou seja, aqueles grandes autores que muita gente conhece, embora pouca gente leia; e isso rola tanto em termos da literatura nacional quanto na literatura paraense. No entanto, há uma imensa e excelente produção que fica à margem desse processo”, continua Alberto Silva Neto.
No caso da literatura, em especial, a paraense, observa-se a ausência de políticas públicas para esta área cultural, assim como falta consciência e interesse da mídia em geral, sem falar, enfatiza Alberto, “da falta de hábito de leitura generalizada em nosso país, que acaba deixando de fora um leque de excelentes escritores, tanto poetas, quanto prosadores e romancistas, que são pouco lidos ou mesmo desconhecidos do grande público”.
Um projeto em construção
Um projeto em construção
A experiência da apresentação ao vivo através de uma tela não é algo inteiramente novo para Alberto, que por muitos anos apresentou um programa de revista cultural ao vivo na televisão paraense. Alguns de vocês devem bem lembrar do Cultura Pai D`égua, exibido às quintas-feiras, ao vivo, na TV Cultura do Pará. O programa foi criado por ele e o saudoso jornalista e também ator José Carlos Gondim, em 2002, se não me falha a memória, e eu tive a honra de integrar a equipe, até 2008.
Aos poucos, porém, Alberto e Ernani estão descobrindo uma nova estrutura e a própria linguagem da live. “Fomos introduzindo os trechos musicais, contraponto com a palavra mas que também abrem um diálogo e fazem parte do mesmo universo. Os escritos do Ernani, apresentando e fundamentando as escolhas, nos traz uma pedagogia da arte e da literatura, no melhor sentido desta palavra. Destaco sua participação, pois sem ele, isso não seria possível.
A emoção que sentiu aliada a reação do público foi determinante para que Alberto desse continuidade ao projeto. “A primeira live foi, por uma série de fatores, extremamente emotiva, cheia de sentimentos que transbordavam de mim. Basta lembrar, no final, quando lembrei do Beto Paiva (saudoso ator) e falei de Maria Lúcia Medeiros (saudosa escritora). Eu fui às lágrimas. Brotou aquela emoção pura como a gente fala, uma emoção verdadeira quase incontrolável, e depois eu tive retorno de vários amigos sobre esse momento, da própria Valéria (Andrade), que deu o texto no Arte pela Vida”.
Ele se referia ao espetáculo realizado nos anos 1990 pelo Comitê Arte Pela Vida no Teatro Margarida Schivasappa, que envolveu várias apresentações, entre elas a da atriz Valéria Andrade que estava assistindo à live, naquela sexta-feira. Alberto, ela e eu também nos emocionamos. E isso evidenciou as razões pelas quais ele decidiu dar sequencia a essas ações digitais.
“Eu percebi o quanto essa experiência emotiva que eu tive, se tornou uma experiência para muitas outras pessoas, tanto através dos comentários, como pelas mensagens que recebi ‘in box’ das pessoas que estão se comunicando comigo. Tem sido catártico, por conta de tudo isso que estamos vivendo. Assim estas lives vem cumprindo, um papel de troca e reafirmações dos laços afetivos entre as pessoas. É uma renovação de esperanças, e isso tem me feito um bem enorme”.
Comparando às experiências de sua trajetória nas artes cênicas, ele ressalta um comentário da atriz, diretora, professora e encenadora Wlad Lima, que também estava na plateia virtual. “Ela disse que a cena vai além da cena, ou seja, quando nós sabemos que o teatro na sua essência e definição é uma arte que acontece no aqui e agora, na presença física do ator e do espectador, as lives têm demostrado que é possível transpor e ultrapassar essa ideia, e estabelecer novas relações e vínculos, sendo uma nova forma de presença, que é virtual, mas que, ao mesmo tempo, se faz concreta”, finaliza.
PARA ACOMPANHAR
PARA ACOMPANHAR
Midiateca das lives:
- Literatura
- Domingo de Páscoa
- Poesia Politica
- Poesia Política
- 30 Anos sem Rui Barata
- Poetas da MP
- A próxima é neste sábado, 2, às 18h!
Nenhum comentário:
Postar um comentário