A produtora independente Crônicas do Norte surgiu no ano passado, em meio à pandemia, com muita vontade de mostrar, na linguagem do audiovisual, a cultura paraense, suas lendas, contos e mitos. O primeiro filme estreou em agosto de 2020, "O Misterioso Homem Molhado da Meia Noite". Agora, a equipe traz “O Mistério do Poço da Moça”, que já está disponível no canal de Youtube.
"Na trama abordamos a lenda do Poço da moça, uma lenda Abaetetubense, muito conhecida na cidade. Dizem que naquele olho d’água, um casal de índios viveu um amor proibido pelas tribos rivais a que pertenciam, e nisso o jovem índio acabou morrendo em guerra pelo amor da índia, mas a índia inconformada chorou por dias naquele lago até que um dia ele voltou como uma visão e a arrebatou no lago que se transformou em um poço de tanto ela chorar. Então um grande mistério rondou por décadas e décadas naquela comunidade com varias versões da lenda", conta Paula Bittencourt, roteirista e produtora do filme.
Além dela, a equipe técnica é formada por Aller Santos, na câmera e direção de arte, além de Ícaro Rodrigues, na edição e sonorização. No elenco estão Jessica Rodrigues, como Taianá; João Araujo, como Suí; Patrick Peixoto, como Maicon; e Ênio Souza, como Kayan.
A ideia de criar a produtora veio do desejo do coletivo em valorizar a cultura amazônica, suas lendas, contos e mitos. "Veio a vontade de construir tudo isso em audiovisual. Sem ajuda alguma, iniciamos a busca por uma lenda de um homem molhado e com menos de 20 reais iniciamos nosso projeto".
Outra preocupação do coletivo foi com o registro de pessoal que repassam causos por meio da oralidade. "Observamos que que pessoas de idade que contavam essas lendas e contos populares, estavam morrendo então sentíamos no coração que precisávamos deixar armazenado nossas estórias", continua Paula.
Enquanto a produtora lança esse curta, também já tem um novo projeto, tão desafiador quanto, só que agora em formato de série. "Estamos com o roteiro de uma série, 'A Mata Tem Dona'. É uma versão de uma Matinta muito cruel, que em algumas localidades essa terrível entidade da mata fez inúmeras monstruosidades, vamos voltar na década de 1950 para contar melhor essa história", diz a roteirista.
Paula explica que as pessoas podem colaborar com a produtora de diversas formas. "Compartilhando nossos conteúdos ou nos apoiando como patrocinadores para que possamos continuar produzindo e valorizando o que é nosso. Temos uma equipe reduzida que trabalhou nesse curta, mas queremos continuar a produzir cultura e a sintonizar a arte de contar as estórias do nosso jeitinho paraense", conclui.
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